Cuidado com o Anjo escrita por Ana Paula Puridade


Capítulo 16
Capítulo 16




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Eu me senti muito mal por ter deixado a casa deles, apesar de ter sido uma prisão pra mim. Mas lá eu me senti muito bem, eu pude sentir como é ter uma família de verdade, como é ser querida por uma família de verdade. Eu sentirei falta deles, mas eu não posso ficar longe da Candinha, ela é como uma mãe pra mim e não se separa uma mãe de uma filha, isso é errado.
Assim que chegamos, eu corri, entrei em casa e gritei:
– Candinha, cheguei! – gritei.
Ela veio até mim.
– Malú? Minha menina, você voltou! - disse a Candinha me abraçando.
Quanta saudade desse abraço caloroso que a Candinha me dava, que saudades dela!
– Que saudades, Candinha! Te amo muito, muito ,muito! - disse a abraçando ainda mais forte.
– Eu também, minha menina. Eu estava morrendo de saudades suas! - disse ela.
– Nem acredito que estou aqui novamente com você. - disse sorrindo.
– Nem eu, até que o Doutorzinho São Romão foi muito gentil em te deixar me visitar. - disse ela.
– Bom, é que eu fugi! – disse.
– Você fez o que? Malú isso pode complicar ainda mais a sua situação, você tem que voltar pra lá. - disse ela.
– Não, Candinha! Eu vim pra ficar, eu vou ficar só hoje aqui, amanhã de manhã, iremos pra outro lugar, pois o Médico de Loucos virá aqui pra me buscar, tenho certeza! - disse.
– É. Iremos pra onde, mocinha? – perguntou.
– Bom, se formos pra um hotel, ele pode nos achar, pousada também, pra casa de algum amigo também, pois a Rosa conhece todos os meus amigos, mas ninguém conhece a vila onde você morava antes de vir trabalhar aqui! – disse.
– Você que ir pra minha casinha humilde? – perguntou.
– Sim, Candinha, nós vamos pra lá e depois veremos o que faremos! – disse.
–Malú, você está acostumada com tudo do bom e do melhor e lá... - disse ela, mas eu a interrompi.
– Candinha, eu me lembro muito bem que, quando eu fui lá, sempre fui muito bem recebida e todos são muito gentis, eu só não posso é voltar pra casa do Médico de Loucos. – disse.
– Malú, vou deixar sua mala aqui, eu tenho que ir. Umas 20h00, eu passo pra te buscar. - disse Adriano.
– Obrigada por tudo, Adriano, eu nunca vou me esquecer do que você fez por mim. - disse o abraçando.
– Não precisa agradecer, Malúzinha! Somos amigos e você sempre pode contar comigo. - disse ele apertando o meu nariz.
– Eu te levo até a porta. – disse.
– Não precisa, aproveite o tempo pra matar a saudade da Candinha! Tchau, Candinha. Tchau, Malú. -disse ele saindo.
Ele saiu e ficamos eu e a Candinha conversando. Quando a Dora me viu, correu e me abraçou. (A Dora é uma grande amiga, ela nem parece que é empregada dos meus pais, pois eu sempre a trato como se fosse uma irmã.) Ficamos eu, a Dora e a Candinha conversando. Quando a Martírio viu, ficou uma fera, mas ela não pôde fazer nada, afinal de contas, eu sou a filha dos patrões dela.

[Narração da Ofélia].

As coisas lá em casa estão melhores. A Malú e o João Miguel não estão brigando, nem precisei perguntar nada pra ela. João Miguel descobriu que os pais dela querem que ela se case com ele, eu tenho certeza que seria um ótimo casamento, mas o João Miguel e a Malú estão completamente contra isso. Mas estamos torcendo para que tudo dê certo. O que tem me preocupado, recentemente, são os pesadelos da moça que ninguém sabe o que é, (ela se recusa a contar), e também me preocupa esse namoro da Rosa com o Vicente, porque eu não gosto muito desse rapaz, já disse isso à Rosa, mas ela disse que é porque eu não o conheço direito, mas algo me diz que esse relacionamento não irá fazer bem à ela.
Saí hoje de manhã com a Tininha. Fomos visitar uma amiguinha dela no hospital e depois a levei ao parque.
Quando eu cheguei em casa, a Balbina estava pálida e bastante nervosa, a Tininha saiu correndo pro quarto pra brincar com a Malú e com o Quilate.
– O que houve, Balbina? – perguntei.
– A Malú, senhora, eu não a encontro! - disse Ballbina nervosa.
– Calma, Balbina, deve ser mais uma das brincadeira da Malú. – disse.
– Não, senhora. Hoje de manhã, um amigo dela esteve aqui, ela me pediu pra fazer um suco pra eles e depois sumiu, ninguém a viu depois disso. Já procurei pela casa toda e também pelos arredores da casa. - disse Balbina aflita.
De repente, a Tininha vem correndo gritando e chorando:
– Vovó Ofélia, vovó Ofélia, a Malú foi embora! - gritou ela descendo as escadas.
– Como assim, querida? – perguntei.
– Olhe, vovó. - disse ela me entregando uma foto da Malú.
Na foto estava escrito:
“Meu amor, me perdoe por ter te deixado, eu te amo muito, nunca se esqueça disso. Sempre guardarei os momentos que estive com você, nunca se esqueça de mim!
Obs: Isso não tem nada a ver com seu pai, não fique com raiva dele, ele te ama.
Te amo muito.
Malú.”
– E agora? O João Miguel vai ficar irado. – disse.
– É melhor ligarmos pra ele e contarmos tudo! - disse Balbina.
– Não, é melhor não, eu não sei como eu conseguiria contar isso a ele, não sei. - disse.
– Então, devemos ligar pra menina Rosa, ela pode ter uma ideia de onde a Malú possa estar. - disse Balbina.
– É isso mesmo que eu vou fazer! - disse pegando meu celular e discando pra Rosa.


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