Super Uke! escrita por Frience


Capítulo 2
Não contavam com a astúcia dele!


Notas iniciais do capítulo

Frience, a super autora flopada Q
Bem, o aniversário do Kai passou, mas o que vale é a intenção, não é babies? /APANHA
Vou responder os reviews do 1, tá? Ç_Ç q

Espero que consigam rir, nem que seja pelo cantinho da boca :D

Boa leitura~



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  Kai voltava pra casa, pálido como leite. Andava em passos lentos e firmes. Já era tarde da noite e Uruha já ligara diversas vezes, obtendo sempre a mesma resposta: “Já estou quase chegando”. Kai pensou em tudo que passara, será que aquele velho tinha mesmo poder...

Flashback

 - Se aceitar, eu lhe darei meus poderes, você fala tão mal de mim que imagino como se sairia sendo um herói.

 - O-O que? Poderes? Eu sabia, o senhor é só um velho bêbado de mau caráter.

 - Não, não sou, sou um cientista, vítima de um acidente...

 - Foi cobaia pra uma coisa e blá blá blá, vai imitar o Quarteto Fantástico? O Flash? Aaaah, não, você foi picado por uma barata...

 - Primeiro: esses heróis que você falou são pura ficção para as criancinhas. Segundo: barata não pica e o homem aranha foi o mais tosco de virar super herói.

 - A história dele é melhor que a sua!

 - Então, rapaz, já que você sabe taaaanto, quer tanto, eu vou lhe dar meus poderes. Tenho poder pra isso.

 - CLAAAARO, quer saber, tenho mais o que fazer, tipo cuidar do amigo que VOCÊ atropelou! – disse Kai, virando as costas e começando a andar.

  O velho homem agarrou a camisa de Kai por trás, puxando o pano e o rasgando-o, trazendo Kai para trás com firmeza. Ele tapeou o peito de Kai com força, deixando por instantes a marca vermelha de seus dedos. O velho homem jogou Kai no chão e começou a correr em volta dele, fazendo um círculo. De repente, o velho homem parou, levantou os braços para o céu e gritou com voz fina:

- Wijsheid van de wereld, laat mij mijn bevoegdheden te geven aan deze jonge man!

  Então, um grande raio azul desceu do céu e acertou o peitoral de Kai com impacto, fazendo o jovem baterista tremer.

 - Assim lhe entrego meus poderes rapaz, sempre que precisar de dicas, eu aparecerei nas horas mais inoportunas. Bem, eu vou falar as regras e escute com atenção: Você deve manter sua identidade em segredo para todo mundo! Até para seus amigos ai. Deve usar uma fantasia ridícula e sempre usar frases impactantes, jurando que você é o bom e ninguém pode com você. Ah, aproveite as meninas... ou os meninos, vai saber sua opção sexual e...

 - M-Mas, e-e-espere, o que eu posso fazer?! – perguntou Kai, no chão, sem reação.

 - Bem, você tem força, pode voar, pode ver através das paredes, tem olhos a layzer...

 - P-P-Perai, i-i-sso ai é o Super Man...

 - O QUE? Não me compare com aquele serzinho de quinta, você vai descobrir outros poderes com o tempo e, você não enfraquece com uma pedrinha verde, seu ponto fraco são cogumelos e doces. Boa sorte garoto!

   Sumiu.

Fim do Flashback

...Kai sentia-se diferente, sentia-se... mais vivo... mais forte...

 - SOCORRO!!!!!

  Kai virou-se para trás, um homem estava sendo assaltado por três mascarados. Seriam os mesmos daquela manhã?! Por algum motivo Kai ficou feliz, ficou ansioso. Tirou seu sinto e o prendeu no rosto, dando voltas que deixou apenas os olhos e o nariz a amostra. Ele estava numa praça grande, com relevos com grama, Kai estava numa superior a do plano que estavam os vilões e a vítima. Kai subiu num montinho de grama, colocou as mãos na cintura e disse em voz máscula:

 - HEY VOCÊS, gatos da justiça.

  Os assaltantes pararam, olharam para Kai... um louco sem medo da morte em cima de um montinho com um cinto na cara, sem camisa e as calças caídas nos pés. Resultado: vilões rindo.

 - WHAT THE HELL CARA?! – disse um deles.

 - É vocês que vão para o HELL! – falou Kai, ainda falando sério – Aqui vai o super!

  Com isso, Kai avança para os homens, mas não havia reparado que suas calças tinham caído sem o cinto e acaba tropeçando e rolando o morrinho abaixo.

 - Que zé mane.

 - QUEM É VOCÊ INFELIZ!? – gritou a vítima.

  Kai levantou-se rapidamente, quase desequilibrado de novo, disse:

 - Eu ainda não sei quem sou, mas quando inventar, vocês nunca esquecerão, háh-... – antes que Kai termine a frase, cai de novo.

 - Ta vendo, é por isso que a gente é assaltante e não usuário de drogas.

  Kai levantou-se novamente, tirou o tênis e arrancou as calças, ficando assim, só com a cueca no corpo e o cinto na cara. Não sabia o que fazer, nem sabia por onde começar, se não tivesse poder algum, morreria ali mesmo e só seria lembrado como o cara drogado de cuequinha. Avançou nos assaltantes com os olhos fechados e balançando os bracinhos, o primeiro soco que acertou mandou um dos caras para longe, muito longe, uma distancia que não seria vista por Kai de onde ele estava.  O outro saiu assustado, correndo o mais rápido que suas pernas resistiam.

 - Aonde pensa que vai? – perguntou Kai, que na mesma hora, arremessou seu sapato com força, que acertou em cheio a cabeça e desacordou o cidadão – TANDAM! – gritou Kai feliz, virando-se para a pessoa que havia salvado.

 - OH MY GOD, MUITO OBRIGADO! QUEM, QUEM É VOCÊ?!

 - Bem, eu ainda não tenho um nome, mas posso ser chamado de “a sua esperança”.

 - Incrível!

 - Bem, não ande mais tarde assim da noite sozinho, meu filho. – pisca.

 - Sim senhor! – respondeu o homem, que aparentava ser bem mais velho que Kai – Mas posso te fazer uma pergunta?

 - Claro!

 - Porque eles eram gatos da justiça?

 - Porque eles arranham a justiça, entendeu?

Vítima sem nome #1: Gota.

 - Bem, boa sorte. – falou Kai, que esticou o braço pra cima, tentando voar, mas não saiu nem a um palmo da terra – Droga, como isso funciona!?

  Repetiu o movimento, em vão. Logo, ele começou a pular...

 - VOA! VOA! VOA! VOOOOOOOOO-

  E Kai decolou numa velocidade incrível indo em linha reta cada vez mais alto...

 - PARA! PARA! PARA! – dizia, no ar, balançando os bracinhos para cima e para baixo.

  Parou. Começou a cair.

 - Não! Não! VOA! VOA! VOA!

...

  E Kai sobrevoava a cidade de Tokyo com ziguezagues e rodopios, estava sobre os mais altos prédios, conseguiu manter-se constante, até que fechou os olhos e naquele momento sentia-se como um Deus, sentiu-se capaz, sentiu-se forte, sentiu-se realizado... mas não sentiu que um prédio se aproximava e... bateu.

  Riu alguns minutos, com a cara naquele vidro frio.

 - Agora tenho que ir pra casa, vejamos onde estou... – disse baixo para si mesmo.

  Com um largo sorriso, seguiu para casa, voando.

  Na casa do Gazette.

 
 - Gente, e onde o Kai se meteu? – perguntou Ruki, abrindo os armários de biscoitos.

 - Eu não sei, também estou preocupado, ele saiu a bastante tempo, ele deve estar sozinho, com frio e com fome e...

 - AI URUHA, que drama, logo ele aparece por ai. – disse Aoi.

 - O problema é que ele não apareceu ainda, eu já liguei de novo e dessa vez ele não atendeu. Acho que o Kai ta mal, ta na pior, deve estar chorando na beiradinha de um passeio, a mercê de caras maus que estão tendo pensamentos impuros com ele e, ele, pobrezinho, deve estar com medo, desesperado e gritando meu nome e

 - URUHA! – gritaram, Ruki e Aoi.

 - Meo, se controla!  - disse Reita, entrando em cena devagar.

  A campainha toca.

 - EU ATENDO! – disse Aoi, indo até a porta – Se for o Kai quem vai xingar ele sou eu por ter que ficar ouvindo os chiliques do Uruha!

  Aoi abriu a porta e deparou-se com a imagem de Kai com um largo sorriso... de cueca e segurando o sinto na mão.

 - AAAAAAAH EU DISSE, EU DISSE, EU DISSEEEE!!! – gritava Uruha, correndo em círculos na sala.

 - Mas Uru, calma, pela cara dele parece que ele gostou, viu. – disse Ruki rindo.

 - CALA A BOCA RUKI! – disse Uruha, parando de correr – Não brinque com isso, não vê que a situação é delicada?!

 - Uruha, pra você tudo é delicado! – brincou Reita.

 - AHMELDELS, eles abusaram do Kai, fizeram horrores com ele, o jogaram na sarjeta com apenas roupas íntimas, o tentaram enforcar com o cinto e depois o doparam e depois... e depois... aaaaah... – Uruha vira os olhos e cai desmaiado no tapete.

 - Aaah não, de novo não. – disse Aoi, indo acordar Uruha novamente.

 - Bem gente, eu vou dormir. – disse Kai sorrindo e andando dando pequenos pulinhos.

 - Kai, espera ai, está tudo bem com você? – perguntou Reita.

 - Melhor impossível Rei, fiquem tranqüilos que as hipóteses do Uruha não tem fundamento, eu estou bem.

 - Ah, bem, é que você está sem roupa... – disse Reita.

 - Ah isso, eu... bebi um pouco, só isso. Está tudo bem. – falou isso, Kai foi feliz para o quarto.

 - Kai? Bebendo? Conta outra! – falou Reita, olhando para Ruki.

 - É, bem estranho... ele encher a cara, porque beber nem é tão grave assim. – disse Ruki, com voz de desinteressado.

 - Porque eu não estou surpreso com sua atitude?

 - Rei, eu não vou me meter nos assuntos do Kai de novo, caaaansei!

...

 - URUHA! URUHA! URUUUHA! ACONTEÇA O QUE ACONTECER, NÃO ENTRE NA LUUUZ!!! – dizia Aoi, sacudindo o corpo de Uruha. 

  Reita apaga a luz da sala.

 - Prooooonto, problema resolvido. – disse Reita, piscando.

 - MUITO ENGRAÇADO REITA! – disse Aoi, nervoso.

  No quarto do Kai.

 - Mal posso esperar por amanhã, oooh, preciso conseguir uma fantasia e um nome e, preciso de alguém de confiança para guardar meu segredo. Alguém que não seja do Gazette... AIIINN, será que vão escrever histórias sobre mim?! OWWWNNN – pensava Kai, mesmo tarde e até cansado, não conseguia dormir de tão animado.

  Pensava em mil frases, poses e golpes. Estava tão contente por ter se tornado aquilo que mais queria desde o hospital, Kai queria ser um símbolo, queria mostrar as pessoas que a esperança delas não precisava mais morrer em assaltos, brigas, sequestros...

  Atropelamentos.

  Ele seria a prova viva de um novo mundo, começando por uma nova Tokyo.


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Notas finais do capítulo

~~~~~~x~~~~~~
Eu sei, o Kai é o herói mais tosco e sem criatividade que existe @_@ *morre*
Espero que tenham gostado :D
Agora, dá uma esmolinha[reviews], vai!? *u*



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