Abstract Nonsense escrita por Alek


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A música, pelo título deve estar meio óbvio, usada é Abstract Nonsense que, embora eu ame muito a versão do Amatsuki, é originalmente da Kagamine Rin.
Espero que gostem dessa fic e tal, eu fiz ela pensando em quanto essa música se parece com uma música tema de algum personagem aleatório, e achei que ela combina bastante com uma das personalidades que eu fiz pra Kagene Rui.
Então, boa leitura. ^-^



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Sentada na última cadeira, olho para o que fiquei desenhando durante aquela chata aula de história. Pessoas com sorrisos, de mãos dadas, e eu ali no meio. Quanta utopia! Como se algum dia pudessem me aceitar no meio deles... Como se algum dia a vida tivesse luz novamente.

Aceito que sou uma condenada a viver para sempre triste e sozinha, aceito que sou tudo o que vocês dizem, porém... Eu só queria que isso acabasse. Mas tudo o que eu tento fazer para acabar com isso são só fantasias na minha mente.

Minha cabeça abaixa por entre os braços e quero sentir lágrimas escorrendo, quero demonstrar expressão, mas a minha vida se tornou tão igual que nem mais expressões direito eu tenho. Levanto-a um pouco, e apuro meus ouvidos para ouvir o que vocês conversam.

"Essa menina é realmente um fantoche monocromático."

"Ela nem se move por si própria, todos podem controlá-la."

Uma sinfonia variável. De palavras dolorosas.

Ah, coloque um preço sobre mim, e faça-me repetir e perder um ano da minha vida nessa vida que nem tem tanto valor assim. Faça-me pensar que eu sou um lixo ridículo deposto de qualquer jeito em suas miseráveis vidinhas.

Ah, arredondando seria...

Novamente sozinha.

Ponho minha cabeça para fora da janela, querendo que tudo isso pare, querendo ser notada, apenas que alguém falasse comigo... Ou que eu simplesmente desaparecesse. Mas infelizmente eu não tenho coragem de morrer. Como estou cansada disso. Mas é inútil tentar me matar, embora o médico injete hormônios no meu pulso, eu não posso ficar mais feliz.

Então apenas como um pedaço de bolo e respiro fundo.

Terminando a última aula eu vou para o pátio na frente daquela escola sem cores. Vejo as pessoas sempre falsas enganado outras, não percebendo os laços de forca se apertando entre os pescoços delas, e os parafusos nunca devem estar apertados o suficiente para impedir que façam coisas idiotas.

Tão falsos que vivem vidas duplas dentro e fora do mesmo corpo, uma verdadeira fábrica de amizade, usando alguém até que este se torne inútil.

Por entre as mechas de cabelo caindo pelos ombros e escondendo minhas orelhas eu ouço eles conversando.

"Essa menina é também um macaco da mídia."

Embora não saiba do que eles falam, já que não ligo para o que visto do mesmo jeito. Essa é uma maneira ridícula de conseguir seguidores, negociando com uma voz estridente quem é o mais influente de todos, quem merece continuar existindo.

Duas meninas jogam outra no chão. Eu não a conheço, mas deve ser igual a mim para ser tão maltratada, embora tenha conhecidos, contudo nenhum deles se mexe para ajudá-la.

Vou para um canto excluído do jardim, e aponto a faca do meu lanche retirada da mochila para o peito, mas ainda não estou preparada para sofrer. Viro-me então para o banheiro, e mesmo com a cabeça encharcada de água e submersa, tiro-a ao menor sinal de falta de oxigênio. Sou uma fraca, deveria ter morrido quando nascido.

Só estava pensando que...

Saio de lá, mas quando atravesso a metade do pátio novamente, dessa vez sou eu quem é jogada no chão.

"Ah, venha aqui também."

Chamando outra garota de curtos cabelos loiros, as duas meninas de antes se aproximam.

Quanto eu teria dado para matá-las naquele momento. Mas... O arredondamento seria...

Elas me chutam, e eu só posso ficar parada. Me pegam pelos cabelos negros que tanto amo, e gritam na minha cara.

Isso é inútil, eu definitivamente não gosto disso, quero que isso pare, já estou cansada!

Mas não adianta. Se nem todos os pensamentos que tive até agora funcionaram, porque esse funcionaria?

Rastejando como um mendigo aproveitando a pausa de chutes pelo choro da menina loira. Ah, isso prova do que eu sou feita, o arredondamento mais próximo da metade.

Eu vou me arrastando até o fim da calçada, e fico de pé para ver onde estou. Fui parar no meio da rua.

Penso em deixar alguém me atropelar, assim darei adeus a essa vida, mas vejo um bonito ursinho de pelúcia no outro lado. Me aproximo, e ele está estraçalhado por conta de alguém.

Desesperada novamente, eu corro. Atiro mentalmente em mim mesma com uma arma, mas não suporto ver meu próprio sangue dentro da minha própria cabeça.

Deve ser só um engano, devo apenas sonhando e amanhã acordarei com o sol calmamente batendo no meu rosto, com uma bandeja cheia de comida na minha cama e sorrisos direcionados a mim... Como se fantasias pudessem me salvar.

Mas, mas...

Eu quero chorar, eu quero sentir algo, isso é muito doloroso e não há ninguém para me ajudar a não cair em um abismo de emoções não demonstradas.

Essa voz tola, que fala na minha cabeça.

"Ignore isso. E aceite o que você é."

No fim, não sou nada mais do que lixo comum.

Olho para cima, e falo para ninguém em particular.

- Certamente irá chover amanhã.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro de português me avisem, mesmo eu lendo ela tantas vezes, algumas vezes seu olho fica viciado na ideia que se desliga das palavras. Espero que tenha ficado boa... E espero que deixem um comentário. Até o/



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