Isabella:

– Ela está bem na minha frente, e me fazendo perguntas sem sentido, pois desde que cheguei só olho e penso nela...

Falando isso, ele me puxa pela cintura e me beija. Foi indescritível esse beijo. Parece que eu senti todas as emoções boas de uma só vez, foi longo, intenso... Perfeito.

Ele ficou meio envergonhado depois do beijo, mas foi minha vez de falar:

– Edu, eu também não tirei você da cabeça desde que te vi... E eu gosto de você.

Ele me deu outro beijo e fomos abraçados até chegar em casa.

– Depois eu quero conversar com você direitinho pode ser? - Pergunta.

– Claro que pode.

Ele me dá um beijo e entramos. Vou direto pro meu quarto e fico pensando em tudo que aconteceu...

Edu:

– Eduardo! - Ouço minha mãe me chamar.

– Oi mãe! - Vejo que ela está séria

– Eu vi você com a Isa... Se beijando.

Eu tinha certeza de que algo ia acontecer de ruim, depois dessa afirmação dela.

– Mãe, eu posso explicar...

– Você não vai me explicar nada! Você vai terminar qualquer coisa que você tiver com a Isa, ou, senão, vai direto para Espanha. E se você comentar que eu tenho algo a ver com a sua decisão vai ficar de castigo por 3 meses. Quero que pareça espontâneo.

Fala saindo da sala e indo em direção a cozinha. Eu vou para o meu quarto, não consigo resistir as lágrimas que caem dos meus olhos sem parar, e de pensar que a 30 minutos atrás meu mundo estava perfeito. Eu tinha conseguido beijar a menina em que eu não parava de pensar... Não quis almoçar, nem sair do quarto, fiquei fazendo a atividade do dia e as que eu tinha que recuperar, logo depois escrevi mais um poema:

"Um segundo, e todo seu mundo despenca em queda livre em um abismo

revestido por estiletes!

Cortes se multiplicam e o sangue se mistura as lagrimas...

Fantasmas dançam ao som dos meus medos

Nesse dia todos os planos se esvaíram!

Toda a segurança e confiança se reverteram em pó!

Só restou a angústia que sufoca e a dor que me consome sem dó"

Tereza:

Eu avisei a ele e tive que ser drástica. Nem fui chamá-lo para o almoço, ele também não desceu. A Isa perguntou:

– O Edu não vai descer?

– Até agora ele não desceu.

– Quer que eu vá chamar ele?

– Não! Não é necessário.

– Ok.

Na hora do jantar, eu resolvo chamá-lo:

– Eduardo você não vai jantar?

– Não tô com fome.

Entro em seu quarto e fecho a porta:

– Você já fez o que eu mandei?

– Não. - Vejo uma lágrima cair dos seus olhos.

– Eu vou trazer seu jantar aqui.

Em 5 minutos volto trazendo o jantar:

– Tá ai... É melhor você comer, senão vai ficar doente

Ele me olha com raiva. Eu saio do quarto e vou jantar com a Isa.

Isabella:

– Tereza, o Edu não vai jantar?

– Já levei lá. Ele não quer descer.

Era impressão minha ou o Edu estava me evitando? Termino o jantar e vejo que a Tereza tem muita louça para lavar, então vou no quarto do Edu e escuto um choro. Por que ele estaria chorando?

– Edu...- Chamo baixinho, batendo na porta. - Sou eu, Isa.

– Espera um pouco.

Ele abre a porta e vejo que ele está com os olhos vermelhos... Muito vermelhos.

– O que aconteceu?

– Entra.

Ele fecha porta e se vira pra mim:

–O que aconteceu? - Pergunto novamente

Ele me abraça forte e eu retribuo e falo no seu ouvido:

– Eii... Não chora! Me diz o que aconteceu.

– Promete pra mim que vai saber pro resto da vida que eu te amo?

Tá... Aquilo me assustou muito...

– Prometo, mas...

– Que independente do que eu faça ou deixe de fazer você não vai duvidar que eu só amo você?

– Edu...

– Promete Isa... Por favor.

Sinto meu ombro molhado pelas lágrimas dele:

– Prometo.

Ele me olha, me dá um beijo longo e fala:

– Princesa, já são 22:00 você precisa dormir.

– Quero ficar aqui. Com você. Quero saber o que você tem.

– Me escuta, vai descansar. Eu prometo que eu te amo.

– Eu também te amo...