Isabella:

Acordei e percebi que ainda era cedo. Tentei levantar mas minha perna doía muito.

– Precisa de ajudar, amor? - O Edu pergunta ainda sonolento.

– Não precisa, dá pra eu me virar. Volta a dormir, ainda é cedo.

Consigo pegar uma roupa na mochila e vou até o banheiro perto dos quartos. Faço minha higiene de costume e vou para a barraca novamente, encontro o Edu guardando algo na mochila.

– Bom dia. - Digo dando um beijo nele.

– Bom dia amor, a perna tá melhor?

– Tô andando com um pouquinho de dificuldade, mas tá melhor sim.

– E então, vamos tomar café?

– São 07:40 ainda.

– Mas eu tô morrendo de fome.

– Então vamos.

Fomos até o refeitório para tomar café, depois fomos até a varanda e ficamos conversando, até ouvir gritos:

– Isa, eu preciso falar com você. Aquele imbecil do...

– Êpa, vai com calma. Já me viu hoje? - Falo.

– Vai tomar...

– Êpa! - Eu e o Edu gritamos juntos, rindo.

– Cês estão tão engraçadinhos hoje. - Ela diz cruzando os braços.

– Acho melhor deixar vocês sozinhas. - O Edu me dá um selinho e nos deixa a sós.

– O que aconteceu, garota? - Pergunto enquanto ela senta do meu lado.

– O Igor. Ele me beijou, dá pra acreditar?

– E o que tem demais nisso? Ele tá a fim de você.

– Eu não quero me envolver com ninguém. Nunca mais.

– Lia, presta atenção, bastante atenção. Não é porque aquele idiota do Bruno te decepcionou que todos os garotos farão o mesmo. O Bruno era um galinha, o Igor não é. E o Edu me disse que ele tá de olho em você dese o dia da festa do colégio.

– O Igor é... é... é...

– É...? - Pergunto.

– Extremamente lindo, encantador, gostoso e apaixonante. - Ela faz cara de triste.

– Então vá em frente. Só que com os pés no chão.

– Mas... eu tenho medo. E acho que ainda tá muito recente o que aconteceu com o Bruno.

– Lia, vai ser feliz. Não o iluda. Diga que não quer nada sério no momento, mas tente algo. Fique com ele, sei lá, e aproveite para conhecê-lo melhor.

– Então, vou começar pedindo desculpas pelo tapa que dei na cara dele.

– Você deu um tapa na cara dele? - Digo num impulso.

– Mas foi sem pensar.

– Isso que dá ser agreste.

– Foi sem pensar, já disse. Vai participar da gincana?

– Vou sim.

– Vai começar daqui a pouco. Vamos logo para o campo.

– Que campo?

– Ah... o lugar para os esportes radicais, ué.

– Tá, vamos!

Eu não pude participar de nenhum jogo pois minha perna impedia. Fiquei observando a Lia, o Igor, o Edu e o Vitor se divertirem. Houve competição na piscina, corrida do ovo, corrida no saco, pega-bandeira, etc.

O Edu sentou ao meu lado na arquibancada, exausto.

– Você não participou de nada.

– Pois é. Pelo menos à tarde terá jogos de cartas, tabuleiro...

– Vai participar?

– Claro. Tenho que participar de algo, não acha?

– Claro. - Ele diz sorrindo. - Tá com fome? Já são 13:00, o tempo passou rápido.

– Tô sim.

Chamamos os meninos e a Lia para almoçar conosco, eles pareciam ter se divertido bastante. Almoçamos e fomos para sala de jogos. Os meninos foram jogar sinuca e enquanto eu e a Lia disputávamos no futebol de mesa, perguntei:

– Falou com o Igor?

– Sim. - Ela deu um sorriso discreto. - Estamos ficando.

– Jura? Que ótimo! E aí, o que ele disse?

– Disse que não vai me decepcionar, e que vai esperar o tempo que for pra ter um relacionamento sério comigo.

– Que fofo, Lia!

– É... ele pareceu verdadeiro.

Depois de mais 7 partidas, fomos para o camping jogar dominó. Venci a Lia 3 vezes e o Vitor 5 vezes. Os meus rivais eram o Edu e o Igor que pareciam profissionais. Jogamos "Detetive" com mais 2 colegas. E logo após, jogamos UNO, barallho e "Banco Imobiliário."

Depois de passar a tarde toda e o início da noite jogando, fomos jantar e logo depois nos reunimos em roda no camping igual a noite anterior. Conversamos, brincamos e rimos até 23:30 quando o sono ficou incontrolável.

Eu e o Edu fomos para a barraca. Comecei a trocar de roupa, enquanto ele ficou me observando.

– Que foi? - Pergunto pegando a blusa que estava servindo como meu pijama.

Ele puxa a blusa da minha mão e começa a me beijar. Entrelaça minhas pernas em sua cintura e beija meu pescoço. Eu sabia o que estaria prestes a acontecer. Ele tira os meu short, me deixando apenas de calcinha e sutiã. Sua mão explora cada parte do meu corpo. Tiro sua blusa e mordo seu pescoço, ele solta um gemido baixo e tira meu sutiã. Retiro sua calça e sua ereção é visível. Ele me deita e fica por cima de mim, envolve sua mão em minha cintura e beija meu corpo inteiro, enquanto eu gemo alto. Ele para por um segundo.

– Amor, você tem certeza?

Respondo com um beijo, ele tira minha calcinha e sua cueca. Sinto ele entrando em mim e começo a gemer involuntariamente.

– Te amo. - Ele sussurra no meu ouvido.

Eu começo a arranhar suas costas e ele intensifica os movimentos, me fazendo dar um grito de prazer. Percebo que estou chegando no ápice, e ele também. Ele sai de cima de mim e me envolve em seus braços.

– Eu também te amo. - Digo antes de pegar no sono e ele sorri.

Foi a melhor noite da minha vida...