Amor e outros problemas escrita por Ariana Sterblitch
Notas iniciais do capítulo
Aquaria, Vicky Sousa, Nani Bieber, Amai e Nathyigiusto muito obrigada pelos comentários. Já tô feliz pra caramba! Amo quando vocês comentam. Um capítulo aí pra vocês.
Isabella:
– Isa, pelo o amor de Deus, chega de conferir essa mochila. - A Lia pega a mochila da cama e coloca nas costas.
– E se eu estiver esquecendo alguma coisa? - Pergunto.
– Tá levando repelente, escova de dente, calcinha, sutiã, escova de cabelo e celular?
–Tô.
–Então tá tudo certo.
– Tenho pressentimento de que estou esquecendo algo.
– Tá levando pílula do dia seguinte? - Ela dá uma risada alta.
– Super engraçadinha! - Digo, séria.
– Tá ou não tá?
– Não Lia!
– Eu sabia. - Ela tira algo da bolsa. - Toma!
– Eu não quero isso.
– Tanto faz. - Ela coloca o remédio em um dos bolsos da minha mochila. - Já são 08:05, Isabella.
– Acho que não esqueci nada mesmo.
– Ótimo! Vamos! - Ela começa a me puxar.
–Calma! Eu sabia... ia esquecer meu fone. - E vou até a cômoda onde ele está.
– Meninas, vamos logo! - Ouço o Edu chamar.
– É a sua namorada. - A Lia fala.
– Bora, amor!
– Tô indo. - Digo.
Nos despedimos da Tereza e fomos para escola onde o pessoal já estava animado. Em 15 minutos a diretora começou a falar:
– Bom dia pessoal, temos 6 ônibus na frente da escola, podem se direcionar para lá. Cada ônibus tem 60 assentos, entrem e sentem-se, sem bagunça. Boa viagem!
Ela tava parecendo aquelas aeromoças chatas, sabe? Tinha 320 alunos para esse passeio. O sítio deveria ser gigante. Entrei no ônibus e me sentei ao lado da Lia, o Edu estava sentado com o Vitor e o Igor estava com o Mateus, um menino do 2º ano.
– Isa, olha! - A Lia me chamou.
– O quê?
– O Bruno. Ele veio. - Avistei ele com uma loira entrando no ônibus.
Ele encarou a Lia e se sentou duas cadeiras atrás da gente. Ela estava ameaçando chorar.
– Ah não Lia, você estava tão animada. Ele não vai estragar nosso passeio, combinado?
Ela assentiu com a cabeça e eu mudei de assunto. A galera do ônibus tava muito animada, em 2 horas estávamos no tal sítio. Era realmente gigante, parecia aqueles castelos antigos de tão grande. Nos direcionaram para um quadra (também gigante) e a diretora (novamente) começou a falar:
– Os professores serão seus guias, apenas hoje. Preciso que vocês formem grupos com 32 alunos em cada.
Obedecemos. Fizemos um tour no sítio. Conhecemos a piscina, os quartos, o espaço para camping, o refeitório, o espaço para festas, a mini-fazenda, o lago (onde podíamos pescar), a varanda enorme, a sala de jogos, o lugar para os esportes radicais, e depois voltamos a quadra. Já eram 12:03.
–Agora que já conhecem o lugar, peço que se direcionem ao refeitório para o almoço.
Na mesa, eu, a Lia, o Edu, o Vitor, o Igor nos sentamos juntos. O almoço era feijoada.
– Vocês gostaram do sítio? - O Vitor perguntou.
– Eu amei, é super lindo. - Respondi.
– Bacana. - O Igor disse.
– Super legal. - A Lia respondeu.
– Achei legal. - O Edu responde.
Terminamos de almoçar e ficamos na mesa conversando.
– Lia, onde você vai dormir? - O Igor pergunta.
– Ainda não sei, mas não trouxe barraca, então provavelmente dormirei no quarto.
– Eu tenho uma barraca, se você quiser... - O Igor falou tímido. Ai que fofo!
– Ah, não é preciso.
– Ah Lia, qual o problema? Tem nada demais. - Digo pra ajudar o Igor, que sorri pra mim.
– Bem, depois a gente resolve isso. - Ela diz, confusa.
– Ô Igor, você disse que precisava de ajuda feminina para dar opinião naquela... naquela... sua... blusa. - O Edu fala, percebo que ele também quer ajudar o amigo. - Chama a Lia.
– Eu? Por quê eu? - Ela pergunta.
– Porque você entende de moda. - Digo me tornando cúmplice.
– Mas agora, gente?
– É que tava querendo usar a blusa à noite, ela tá lá no quarto 37. - O Igor entra no nosso "empurrãozinho."
– Tudo bem.
Eles saem em direção ao corredor que leva aos quartos.
– Deixa eu ver se entendi. Vocês querem armar o Igor e a Lia, é isso? - O Vitor pergunta.
– Unhum. - Eu e o Edu falamos em coro.
– Ah não! Por favor não, eu não quero ficar de vela aqui. - Ele diz, nos fazendo rir.
– Se você não quer ficar de vela, te aconselho a ir na piscina. Tem várias gatinhas lá. - O Edu diz.
Ele corre em direção a piscina, nos fazendo rir novamente. Dou um pequeno murro no braço do Edu e pergunto:
– Gatinhas, é?
– Boba. - Ele diz ainda rindo. - Elas são gatinhas, você é rainha.
Fico sorrindo, toda boba.
– Vamos na sala de jogos? Sabe jogar videogame?
– Você não quer que eu jogue videogame, né?
– Por quê não? É legal.
– Não curto, prefiro ficar te vendo jogar.
– Como quiser, alteza.
Ele arranjou um grupo de meninos para jogar e eu fiquei assistindo TV ali mesmo, como umas meninas da minha sala. Quando deu 14:35 ele me chamou.
– Bora armar a barraca?
– Por quê? Perdeu no jogo?
– Vai ser difícil você me ver perder. - Ele diz se gabando.
– Vi você perder 5 vezes.
– Só sonhe. Você vem comigo?
– Sim.
Fomos de mãos dadas até o local, já tinha 8 barracas armadas ali. Em 30 minutos a nossa estava pronta. Ele foi no quarto onde tinha colocado nossas coisas e logo, colocamos na barraca. Resolvi e até um dos banheiros tomar banho, vesti uma blusa de manga comprida branca com detalhes rosa e um short jeans. Fui até a varanda e encontrei o Bruno e a loira que tinha visto mais cedo aos beijos. Era um descarado mesmo. Resolvi ir até a piscina e encontrei muita gente ainda nela, sentei-me numa cadeira e fiquei vendo o pessoal.
– Tá linda. - Ouço alguém sussurrar no meu ouvido. Era o Edu.
– Obrigada. - Dou um sorriso bobo e ele se senta ao meu lado.
– Do camping dá pra ver melhor o sol se pôr.
– Vou ter que andar muito até lá.
– Tá preguiçosa, hein? Te levo nas costas.
– Não preci... - Ele me colocou nas costas dele, enquanto eu gritava para ele me soltar.
– Quieta Isabella. - Ele fala rindo.
Em 5 minutos eu estava no camping, o sol já começava a ser pôr. Eu sentei no colo dele e ele me abraçou. Ficamos ali, juntinhos até começar a escurecer.
– Eu te amo. - Ele sussurrou no meu ouvido.
– Eu também te amo. Muito.
Ele me deu um beijo, um beijo quente e calmo, e logo desceu para o pescoço.
– Edu. - Tentei lembrá-lo que alguém poderia chegar a qualquer momento.
– Tudo bem. Temos tempo suficiente. - Ele sorriu maliciosamente e piscou.
Eu entendi muito bem o que ele quis dizer...
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Amores, já sabem né? Comentem. Me façam sorrir que hoje estou triste. E leitores fantasmas apareçam!