Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 2
My universe will never be the same


Notas iniciais do capítulo

Oláá á á á
Então, migos, hoje eu não tenho muito o que falar mesmo não (que raridade, filmem isso). Eu particularmente não gosto muito desse capítulo, sei lá, mas tem umas partes que eu ri para caraca escrevendo e espero que vocês riam lendo (tipo o diálogo Finnick e Peeta, mas deixa quieto) aisudiuew
A música do título é Glad You Came, do The Wanted e a do capítulo é Green Light, do John Legend com o Andre 3000.
Ah, e FELIZ NATALLLLLL! Comam muita rabanada e panettone e engordem bastante aisudaoiweuae
Pretendo postar antes do Ano Novo, então vou deixar pra desejar feliz 2014 quando eu postar de novo



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“Dying to meet you,

so let's mess around

I've got an obsession of us getting down

Come just a little bit closer

I just need permission so:

Give me the green light…

Give me just one night…

I'm ready to go right now!”

– Na moral, Peeta, só me diz onde você fez auto escola para eu não passar nem perto. – Disse Gale, arrancando uma risada de Finnick, sentado no banco do carona.

– Auto escola. – Finnick repetiu, rindo. – Ele comprou o diploma, isso sim.

– Bom saber. – Respondeu Peeta. – Da próxima, vocês vão e voltam de metrô. Vão ter que ficar na porta da estação esperando abrir de novo para poder voltar, dormindo na escada.

– Brincadeirinha, Peeta. – Finnick logo amaciou o tom de voz. – Você dirige muito bem, sabia? E é cheiroso. Uma delícia.

– Se veste bem, é estiloso, beija bem, bom de cama. – Gale disse, controlando a voz para não cair na gargalhada novamente.

– Tá, cara, já entendi. Vocês me amam. E amam meu carro.

– Quando eu tiver o meu, não vou precisar ficar me humilhando por causa de carona. – Finnick disse em voz baixa logo que eles chegaram à fachada da boate.

Parecia promissor. Era uma porta dupla com vidro escuro, mas era possível ver as luzes dançando na parte de dentro do lugar. Logo acima um letreiro néon azulado e vermelho bastante chamativo berrava para toda a rua que ali se localizava a Sexy Nights. Havia um segurança na entrada e assim que eles saíram do carro puderam ouvir a música abafada que atravessava as portas e os alcançava no meio da rua.

Eles entregaram o ingresso ao segurança, que os encaminhou para uma pequena bilheteria ao lado das portas de vidro. Eles terminaram de pagar as entradas (e morreram em míseros 20 reais para uma entrada VIP, já que o panfleto tinha abatido a maior parte do valor ofical) e depois de agradecer ao bilheteiro, Peeta empurrou a pesada porta escura e os três pisaram na boate.

Finnick prendeu a respiração. Imediatamente ele foi atingido por uma enxurrada de feixes de luzes multicoloridas e o pelo cheiro doce característico do gelo seco. O som berrava uma batida eletrônica hipnotizante que fez com que ele começasse imediatamente a bater os pés.

– Vamos encontrar a nossa área VIP e arrumar uma bebida no meio do caminho. – Gale sugeriu, seguido de ruídos de concordância dos outros dois.

Não foi difícil achar o que estavam procurando. Uma escada de mármore no canto do salão abarrotado de gente dançando colada levava a uma área delimitada por uma cortina de penduricalhos e pedaços assimétricos de tecidos azulados. Eles afastaram todos os adornos e adentraram o lugar, que parecia uma versão menor e mais privativa do que tinham visto no primeiro andar: A música tocada era a mesma, mas havia mais pufes, um bar maior e bem menos gente sem que o lugar passasse a sensação de estar vazio. Estava apenas mais confortável do que lá embaixo, onde todos se espremiam e suavam, dançando colados sob as luzes coloridas.

Finnick foi imediatamente ao bar, com os dois amigos ao seu lado e pediu uma Lagoa Azul. O gosto de refrigerante de limão misturado com tutti frutti e a leve queimação da vodka lhe desceram pela garganta e ele sorriu. Ele deixou os olhos passearem pelo ambiente ao seu redor pela primeira vez desde que pisara no lugar.

– Cara, eu não posso beber muito, não. – Gale comentou. – Senão não sobra dinheiro se eu quiser pagar um drinque para alguma menina.

Finnick riu, mas seus olhos não deixaram a pista onde diversas meninas dançavam rebolativamente.

– Nossa pobreza me impressiona. – Ele respondeu, rindo.

Então, uma lufada de ar cheirando a um perfume deliciosamente cítrico atingiu Finnick em cheio e uma voz feminina aveludada e levemente aguda se fez ouvir bem ao lado dele.

– Um desses de maçã verde aqui, por favor. – A voz pediu ao bartender, fazendo com que Finnick se virasse imediatamente para encarar quem quer que tivesse acabado de fazer o pedido.

Ele deu de cara com a garota mais linda que já havia visto em toda a sua vida e olha que isso não era pouco. Ele já havia topado com muitas meninas ao longo da vida, meninas diferentes, que traziam consigo belezas diferentes. Mas essa era diferente. Ela tinha algo que capturava seu olhar e não libertava-o mais. Era como se Finnick estivesse preso. Nem que ele quisesse seria possível desviar os olhos da aparição em sua frente.

Os olhos profundamente verdes da garota o encararam por um momento e um brilho levemente malicioso os iluminou. Ela passou a mão nos longos cabelos castanhos lisos e ajeitou um dos brincos, pegando o drinque do bartender logo em seguida e conseqüentemente quebrando o contato visual. Ela passou por ele sem olhar em sua direção, e se juntou às amigas do outro lado do salão.

– Finnick? – Ele ouviu a voz de Peeta chamá-lo e se virou para o amigo, que segurava um drinque com um guarda chuvinha.

– Vocês viram o que eu vi? – Finnick respondeu com outra pergunta, ainda meio atordoado. Será que ela era real? Ele olhou para o lugar para onde ela supostamente tinha voltado e não a viu de novo. Meu Deus, será que agora ele dera para ter alucinações? Ou para ver espíritos, igual nos filmes onde o cara enxerga alguém que ninguém mais vê o tempo todo e no fim descobre que a visão misteriosa era um fantasma? Impossível um fantasma ser tão bonito. E ele também duvidava que a garota fosse uma alucinação, porque ele simplesmente não seria capaz de criar algo tão surrealmente lindo.

– Do que você está falando? – Gale perguntou, parecendo preocupado. “Era só o que me faltava”, Finnick pensou. “Estou vendo coisas agora.”

– A garota que passou aqui, agorinha mesmo! – Ele falou rápido, sua voz se elevando. – Pediu uma bebida de maçã verde!

– De blusa preta? – Perguntou Peeta, virando a cabeça de um lado para o outro, como se procurasse a menina também.

– Isso! – Finnick respondeu, a voz um pouco mais alta que o normal. – Saia rosa justinha. – Os pensamentos de Finnick já começaram a vaguear para as curvas perfeitamente delineadas pela saia colada.

– Vi, cara. – Peeta respondeu, dolorosamente indiferente. Ele bebeu um pouco de seu drinque e ergueu as sobrancelhas. – O que tem ela?

O que tem ela? – Finnick repetiu, incrédulo. Será que só ele era capaz de ver que a garota mais linda do mundo inteiro tinha acabado de passar do lado deles? Dançando a mesma música que eles? Respirando o mesmo ar que eles? – Vocês são cegos?

– Eu nem olhei direito para ela. – Peeta respondeu. – Por quê? Ela é bonita?

Finnick ficou parado por um momento, olhando para o caminho que a garota tinha feito para voltar a companhia das amigas.

– Eu não disse que ia encontrar a mulher da minha vida aqui? – Ele disse, presunçoso. – Acho que acabei de achá-la.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Eu amo essa músicaaa! – Johanna berrou assim que Annie chegou com a bebida na mão.

Katniss e Annie riram.

– Eu ainda preciso de uns drinques para me animar e poder me jogar na pista de dança. – Katniss respondeu.

Annie e Johanna reviraram os olhos exatamente ao mesmo tempo.

– Você precisa parar com isso. – Disse Johanna. – A gente está numa área VIP maravilhosa, tocando uma música maravilhosa, com uns mil caras maravilhosos doidos para conhecer uma garota linda como você e você aí me dizendo que precisa de uma bebida para se soltar.

Annie assentiu, embora achasse o discurso de Johanna exageradamente animado e otimista. Mas Johanna tinha dessas coisas, e talvez fosse exatamente por isso que gostassem tanto dela.

– Vamos, Kat. – Disse Annie, puxando a amiga pela mão. – Você se mata de estudar naquela faculdade e se mata de trabalhar naquele estágio, aguenta chefe chato e gente chata. Se dá um desconto. Só hoje. – Annie pediu. – Você precisa aloprar pelo menos uma vez na vida. – Os olhos de Annie cintilaram maleficamente. – Mas já que você quer uma bebida, vamos lá pegar. Vi três caras gatinhos perto do bar, quem sabe a gente consegue sair da seca. – Ela propôs, lembrando-se do loiro alto de olhos verdes que a encarou quando ela estava no bar. Era estranho admitir, porque Annie era muito paquerada e estava acostumada com olhares indiscretos, mas ela se sentiu quente e nervosa – de um jeito muito bom. - com o olhar que ele lhe lançou. Era diferente. Não era como se ele estivesse a imaginando nua. Era como se ele estivesse se perguntando se ela era algum tipo de milagre.

E era exatamente esse o caso. Entretanto, Finnick não era nem de longe um santo. Ele não podia negar que estava também pensando sobre como a garota ficaria sem roupas.

– O loiro de olhos verdes é meu. – Annie anunciou, sorrindo enquanto elas caminhavam na direção do bar.

E lá estavam eles, parados exatamente na mesma posição que estavam quando Annie saiu de lá sozinha. Annie olhou para os três antes que eles a vissem e lançou um olhar significativo às amigas. Então ela acionou o modo “provocar” e andou rebolativamente até o bar junto das outras duas, sentando um banco revestido de franjas azuis enquanto Katniss pedia Gim com tônica. Ela viu quando o loiro a olhou embasbacado novamente. Ela sentia no ar o quanto ele estava maravilhado com ela.

E não tinha como negar que ela estava adorando.

Enquanto isso, Finnick saía do transe. Ele não ia conseguir nada com garota nenhuma se ficasse de boca aberta com aquele olhar abobado na cara, independente do efeito que ela tivesse sobre ele.

Ela estava sentada de pernas cruzadas e ele podia ver suas pernas bem torneadas. No momento, ela estava de costas para ele e tudo que ele conseguia enxergar era o mar de cabelos castanhos cor de chocolate que iam até sua cintura. De repente, ela se virou – de caso pensado, vale acrescentar. – e ficou bem de frente para Finnick. Eles se olharam durante infinitos segundos e foi exatamente naquele momento que eles perceberam que seus olhos eram exatamente do mesmo límpido tom de verde. Annie conhecia as regras da paquera, ela deveria encará-lo por alguns segundos e depois desviar os olhos, para manter um clima de mistério. E foi exatamente o que ela fez. Abaixou os olhos e sorriu, mais para si mesma do que para ele.

– Vamos dançar. – Disse Johanna.

As três saíram andando e foram para o meio da pista, sacudindo os quadris ao som do DJ e olhando freqüentemente para os três que ainda estavam no bar.

– Porra. – Disse Peeta. – Porra. – Disse ele novamente, após uma pausa. – Você estava certo. Ela é uma delícia mesmo.

– Você sonha alto demais, Finnick. – Disse Gale, balançando a cabeça reprovadoramente.

Então, Finnick traçou uma estratégia. Ele ia ficar encarando-a daqui, vendo-a dançar – o que, sinceramente, ele não se importava nem um pouco em fazer até o dia amanhecer. – até ela achar que ele não ia tomar a iniciativa. Quando ela se cansasse de apenas olhá-lo, ele iria até a pista e a tiraria para dançar.

E foi exatamente o que ele fez. Entre olhares e sorrisos, ele esvaziou outros três copos de Lagoa Azul até finalmente abrir caminho na pista de dança e chegar até Annie. Ele se sentia estranhamente nervoso, como se fosse a primeira vez que ele fazia isso – até parece. -, mas não desistiu. Colou um meio sorriso sedutor na cara e foi andando até ela, até que a distancia entre eles praticamente sumiu.

– Oi. – Ele disse, sorrindo abertamente para ela, que se afastou discretamente das amigas.

– Oi. – Ela respondeu, sorrindo um sorriso de expectativa, adoravelmente animado.

Ele mordeu os lábios e olhou para baixo. Annie não conseguia explicar como esse gesto dele lhe fez ficar ardendo de todas as maneiras possíveis. Ele era tão incrivelmente lindo que nem ela conseguia acreditar na sorte que estava tendo

– Eu não sou muito bom com essas coisas. – Finnick disse, mas era mentira. Ele apenas resolvera adotar uma postura modesta e tímida. Ela tinha cara de quem gostava disso. – Mas eu estava te vendo dançar e... – Ele parou a frase no meio e fitou seus olhos novamente. – Você é muito bonita, alguém já te disse isso? – Os dois sorriram. Sim, já haviam dito isso a ela. Mas por algum motivo, ela gostou mais de ouvir isso na voz grave e suave de Finnick.

Ela olhou para baixo, parecendo envergonhada. Geralmente, isso era parte de um personagem que ela inventava para parecer tímida e frágil na frente dos caras que a abordavam. Mas naquele momento, ela não sabia o que responder.

– Acho que eu comecei errado. – Ele disse, passando a mão no cabelo. – Qual é o seu nome?

– Annie. – Ela respondeu, ainda balançando os pés no ritmo da música. – E o seu?

– Finnick. – Ele disse.

– Então, Finnick – Ela começou, sorrindo para ele. – O que você acha de dançar essa música comigo?

– Uma honra. – Ele disse e ela riu. Ela o chamou com o indicador, um pedido para ele chegar mais perto. Obviamente, ele obedeceu. E eles dançaram. Uma, duas, três, mil, nenhum dos dois sabem ao certo quantas músicas. A única coisa que eles se lembram é de ter se divertido, conversado ao pé do ouvido e contado alguns poucos detalhes da vida pessoal um para o outro.

– Vou pegar uma bebida para a gente. – Finnick disse, após um tempo. – O que você quer?

– Traz o que você achar que eu vou gostar. – Ela piscou.

Gale o interceptou na metade do caminho até o bar.

– Estou vendo que as coisas tão indo bem para o seu lado, hein? – Ele sorriu.

– Melhor impossível. – Ele concordou. Mas subitamente, ficou sério. – Cadê o Peeta?

– Ali. – Ele apontou um dos pufes no canto do recinto, onde ele conversava com uma menina. Por alguma feliz coincidência, Peeta olhou para os dois no exato instante em que Gale apontou para ele. Finnick lhe lançou um olhar quase mortífero, que parecia prometer seu assassinato caso Peeta não se juntasse a ele naquele momento. Ele pediu um tempinho para sua vítima e chegou aos dois em meio segundo.

– Você vai dormir no Gale hoje e me emprestar seu carro. – Finnick anunciou, como se aquelas decisões se tratassem apenas dele próprio.

– Nem fodendo. – Peeta respondeu, olhando incrédulo para o amigo.

– Cara, pelo amor de Deus. – Finnick começou a tropeçar nas próprias palavras, parecendo desesperado. – Eu estou te implorando. Eu faço qualquer coisa que você precisar em qualquer momento da sua vida se você me quebrar essa. Eu preciso da casa só para mim. – Peeta ia começar as objeções, mas Finnick o interrompeu, seus olhos oscilando do amigo para a pista onde ele havia deixado Annie, provavelmente assustado com a possibilidade de ela vir procurá-lo por causa da demora e pegá-lo naquela situação ridícula. – Olha a mulher que eu estou prestes a pegar, Peeta. Eu preciso levá-la para algum lugar, porque eu não vou deixar essa oportunidade passar. Essa sorte um sujeito como eu não tem duas vezes. – Ele destacou as últimas quatro palavras, para que Peeta se sentisse culpado por estar estragando mais ainda a já estragada vida amorosa do amigo. – Você não vai me impedir!

Peeta olhou o amigo, um tanto indeciso. Finnick quase sorriu, porque conhecia Peeta bem o bastante para poder afirmar que ele estava quase cedendo.

Os três tinham uma espécie de pacto: Fazer de tudo para ajudar uns aos outros quando o assunto envolvesse mulheres. Mandamento primeiro da amizade desses três: Não estragarás/empatarás/destruirás a possível transa do próximo. Era meio que uma questão de princípios. Eles sabiam o quanto era difícil arranjar alguém para qualquer um do trio, então quando a benção era concedida, eles se esforçavam ao máximo para não interferir no milagre.

Gale era o único que morava sozinho, em um conjugado na zona norte da cidade. Não era difícil chegar lá, eles podiam rachar um táxi. Peeta pensou que se estivesse no lugar do amigo, era isso que gostaria que fizessem por ele.

– Só porque a sua mina é uma puta de uma gostosa, hein? – Ele respondeu e Finnick teve vontade de lhe dar um beijo. – Não. Acostuma. – Ele enfatizou, observando o sorriso débil do amigo.

– Cara, te amo. Te amo muito. Você é meu irmão. Amo vocês. – Finnick disse, correndo para o bar e pedindo dois drinques, crente que a noite não podia ficar melhor.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

– Trouxe um de maçã verde porque foi o que você estava pedindo quando eu te vi pela primeira vez. – Disse Finnick quando chegou ao sofá vermelho encostado na quina da parede da boate onde Annie aguardava por ele sentada de pernas cruzadas.

– Você prestou atenção. – Annie comentou, levemente impressionada.

– Não tive muita opção. – Ele respondeu, aproveitando a chance para jogar a milésima indireta cheia de segundas intenções da noite. – Desde que eu te vi no bar não deu para parar de prestar atenção no que você fazia.

– Ah, por favor. – Annie disse, rindo. – Você não devia ficar falando essas coisas. Vai acabar criando um monstro.

– Se eu não disser, alguém vai dizer. Então eu prefiro ter a honra.

Os dois sorriram ao mesmo tempo. Ele podia ter respondido com um simples “só estou falando a verdade” acompanhado de um sorriso cara de pau. Os caras que paqueravam Annie tinham um papo tão enfadonhamente repetitivo que ela já havia até decorado as cantadas e as melhores respostas para deixar todos os caras ainda mais encantados por ela. Era um jogo que Annie estava acostumada a jogar. Ela conhecia bem as regras e sabia como trabalhá-las ao seu favor. Mas de uma certa forma, Finnick era meio diferente. Ele não respondia o que ela estava acostumada a ouvir e isso a obrigava a formular novas repostas em sua cabeça. Era a primeira vez em muito tempo que Annie sentia que estava de fato conversando com alguém que conhecia em uma noitada, não repetindo respostas mecanicamente despreocupadas e sedutoras para caras que também repetiam cantadas mecanicamente despreocupadas e sedutoras.

– Touché. – Annie respondeu enquanto pensava nisso tudo. – Mas depois não vá reclamar quando eu me tornar incrivelmente metida e nariz em pé com todos esses elogios.

– Quando você ficar metida – Finnick começou, colocando a mão que não segurava o drinque na cintura de Annie. – isso vai significar que você finalmente acreditou em tudo que eu passei essa noite inteira te dizendo.

– Você já parou para pensar que eu posso já saber e acreditar em tudo isso que você me disse, mas estar disfarçando para esconder meu lado egocêntrico e fazer você querer ficar comigo? – Annie perguntou, provocando.

– Não quero saber como você é fora daqui. O que eu vi aqui dentro é mais do que suficiente para saber que eu não vou te deixar escapar tão fácil. – Ele sorriu. – Nem se você já for metida, nariz em pé ou egocêntrica. Eu posso lidar com isso.

Annie sentiu que seu auto controle vazava de seu corpo por todos os seus poros. De repente – e ela não saberia dizer se foi o álcool fazendo sua cabeça girar, as luzes piscantes da pista, a batida hipnotizante ou tudo isso junto. – ela sentiu a coisa rastejando em sua direção. Os olhos verdes de Finnick grudados nos dela, o mesmo pensamento rondando a cabeça de ambos. Ela sabia, de alguma forma tinha certeza que ele estava sendo assaltado pela mesma coisa arrebatadora. Um único comando enviado por seu cérebro rapidamente fragmentado em vários outros. Olhar Finnick. Encarar Finnick. Chegar perto de Finnick. Beijar Finnick.

Os dois estavam sentados, mas instintivamente Finnick segurou a cintura de Annie com mais firmeza enquanto ela arranhava sua nuca. A Annie sentiu todos os seus órgãos internos chacoalharem quando Finnick enterrou a cabeça na curva de seu ombro e beijou seu pescoço lenta e delicadamente.

Merda. Annie pensou enquanto a língua de Finnick invadia sua boca mais uma vez. Não posso fazer isso aqui em público. Ela se sentia queimando por dentro, como se tivessem ateado fogo em seu peito, mas ela sabia que continuar beijando Finnick em um lugar público não ia dar muito certo devido ao fato de a única coisa que a impedia de arrancar as roupas dele e sentar em seu colo ali mesmo era o seu já fragmentado e remendado auto controle. Era melhor parar, mas ela não se sentia apta para realizar tal feito.

A muito custo, ela conseguiu se afastar, mas Finnick manteve o rosto muito perto do dela.

– Vamos continuar isso lá em casa? – Sua voz baixa e ligeiramente rouca só dificultava a difícil tarefa de Annie de manter a compostura.

Annie assentiu, mordendo o lábio, ainda se sentindo levemente incapaz de falar alguma coisa.

Ele a beijou suavemente de novo e a puxou pela mão, guiando-a para a saída da boate e àquela altura a única coisa que passava na cabeça de ambos era que a noite ia ser bastante comprida e divertida.


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Notas finais do capítulo

Antes que vcs comecem a reclamar que eu não fiz "suspense" pro primeiro beijo Fannie, porfa, gente, eles se conheceram em uma balada. Não caberia aqui a Annie de cu doce, né? Eles são apenas duas pessoas desejando uma a outra e a procura de diversão. Não rola aquela coisa de conquista. Pelo menos por enquanto EUHEUHEUEH
Beijos, beijos e feliz natal mais uma vez!!!!



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