Harry já estava acordado a mais de uma hora, mas não havia animo algum para se levantar da cama. Na sua mente repassavam as cenas da noite anterior, onde ele e Gina brigavam e gritavam a caminho do dormitório feminino. Ele começou a achar que colocará por água a baixo todo o seu plano de conquista lá. Encarou por um momento o armário e como se tivesse visão de raios-X pensou nas roupas novas que comprará e na nova pessoa em que estava se transformando por essa menina. "Será que eu devo desistir de tudo?" a pergunta pairava sobre sua cabeça. O moreno então se levantou abriu uma das gavetas do armário tirando de lá um livro de capa preta foi um presente de seu tio Sirius, na contra capa havia uma bela mensagem, apesar da caligrafia horrorosa, Harry costumava folhear o livro em momentos como este. Na verdade era um caderno onde havia fotos e frases da época da adolescência de seu pai, mãe e o próprio tio, além de pensamentos dos três, leras de músicas e outras coisas. Com as enormes viagens dos pais de Harry, Sirius se vez mais presente em sua vida até morrer em um fatal e terrível acidente de carro no deserto da Califórnia, nos EUA. O tio costumava ser um cara aventureiro, procurando pelo mundo novos lugares pra conhecer. Em uma das páginas Harry encontrou a seguinte trecho:
“Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?"
No momento fizera algum sentido para ele. O moreno decidiu que não seria em vão e que Gina Weasley seria dele custasse o que fosse. Demorando-se um pouco para escolher a roupa do dia ele desceu para tomar café. Depois da refeição resolveu dar uma volta pelo campus, quando ia saindo deu de cara com Dino, que bloqueou sua passagem
– Potter, que bom ver você? - Dino disse em tom zombeiro
– Bom dia Dino.
– Será que eu devo te perguntar pela Gina? Soube que brigaram ontem depois da aula... - o garoto fazia círculos ameaçadores em volta de Harry, que entrou em estado de atenção. Não havia contado a ninguém sobre a briga
– Não sei do que está falando, não teve briga. - ele achou melhor mentir e ver no que dava
– Ah não Potter Nerd? Então deixa eu lembrar você.... - Dino encarou Harry - Tiveram alguns gritos onde ela te chamava de Potter Idiota, te acusava de armar um plano para m pegar fazendo alguma coisa supostamente errada. -
– Foi um acidente. - o moreno disse firme, ele sabia que o por estava por vir.
– Acidente? Você marca uma aulinha particular com a minha gata as 20 de uma sexta feira, faz o bom moço em leva lá para o alojamento e no caminho por acidente você me encontram em uma situação que eu prefiro não falar aqui. Quer saber Potter? Concordo com a ruiva, você armou tudo! - Dino falou baixo e no minuto seguinte Harry sentiu que foi acertado no queixo e quase caiu para traz, ele revidou dando um forte empurrão em Dino, seguido isso foram socos para todos os lados e logo todos no corredor entre o refeitório e a saída gritava "Briga!Briga!Briga!", os dois caíram no chão e a coisa todo começou a ficar séria demais para continuar, Harry baterá com a têmpora no chão e um pouco de sangue escorria do local, alguns alunos se juntaram para separar os dois e no meio deles Harry pode ouvir Rony chamando seu nome
– Harry, cê tá bem? - o ruivo o ajudava a levantar
– Sim eu estou. - o moreno ficava em pé sozinho, colocando no rosto os próprios óculos que o amigo lhe entregava. Ele pode ver Dino já saindo do local e bufando de raiva pelo soco que levará no olho
– Vou te levar na enfrenaria, isso no seu olho está feio!
– Não! Vou acabar me ferrando se descobrirem disso aqui. Eu mesmo cuido, tenho remédios no quarto. - Os dois seguiram para o quarto que dividiam e logo que entraram Rony indagou
– Cara me fala como aquilo tudo começou? - e sentou-se na cama. Harry começou a contar para ele enquanto cuidava dos próprios machucados.

Gina acordou de manhã como se tivesse levado uma paulada na cabeça, todo seu corpo doía, mas ela sabia que era do sofrimento do dia anterior. O ruiva levantou- se e seguiu para tomar café, ela encontrou Luna
– Gina, sente aqui. - a loira apontou a cadeira ao lado e a ruiva obedeceu - Já está sabendo?
– Do que?
– Da festa de hoje menina! Grupo de direito, precisamos ir! Acho que a Hermione ai também.
– Ah não sei Luna, não estou com clima de festa...
– Ah não, vai-me dizer que brigou com o Dino. Por que se for isso jamais permitirei que você fique em casa por causa dele. - a menina sorriu doce
– Não foi só isso Luna, tem outras coisas. Mas você tem toda razão. Não vou deixar de me divertir por causa de gente idiota. - ao dizer isso a ruiva pensava em Harry, não em Dino. Após o café as duas subiram e começaram uma longa sessão de beleza. Gina ainda estava em um estado deplorável de desgaste. Após passar várias horas se arrumando ainda precisava escolher uma roupa e foi nesse momento que Hermione entrava no quarto, ela tinha acabado de receber uma ligação de Rony a convidando para ir ao teatro do campus, estava passando uma montagem de Romeu e Julieta, história que a menina adora.
– Amiga! Vamos à festinha? - Gina pulou em cima da menina
– Que festinha? Estava na biblioteca estudando. - ela apontou os livros
– De direito, parece que vai bombar!
– Você não estava deprimida?
– Eu estou deprimida, só que a minha depressão é diferente da sua. Já devia saber disso.
– Tinha me esquecido. - a morena riu - Mas não posso ir, vou ao teatro... Com o Rony! - as duas sorriram e começaram a pular
– Ah que fofo! Tem que rolar um beijo.
– Para com isso Gi, ele me disse ontem que está afim de uma menina aí.
– Opa! Como assim ontem? Não sabia disso. - Gina disse e Hermione contou a ela como foi sua noite de sexta - Hermione amiga nerd tapada! A menina é você!
– Hãm? Que? Claro que não sou eu!
– Claro que é! Ele te chama para um programa romântico desses, te fala uma coisa dessas e você não percebe que a menina é você. Coitado do Rony vai ter que gastar mais dinheiro com você, vai te levar para o teatro. Eu aposto que ele odeia Romeu e Julieta.
– Ele odeia mesmo! - a morena confirmou
–Viu! Ai Meu Deus! O que exatamente seria de você sem mim? - nesse momento Luna entrou no quarto. - Luna prioridade máxima! Hermione vai ao teatro com Rony. Precisamos deixá-la linda.
– Pra já! - as três começaram a escolher roupas e mais roupas...

Harry se encarava no espelho do quarto, seu olho conseguirá ficar duas vezes maior, além da boca inchada. Mas isso não o intimidava, não desistiria de Gina por nada.
– Ei Quasimodo - Rony entrou no quarto rindo - Cara seu olho está horrível, bota gelo nisso!
– Obrigado por me animar curupira. Vai sair? - o moreno observou o amigo vestido em roupas sociais
– Vou. Com a Hermione.
– Hum... Já se declarou para ela? - Harry jogou se na cama
– Digamos que mais ou menos, só que ela pareceu não ter entendido muito bem.
– Ou você não falou muito bem?
– Ah cala boca! - o ruivo disse - Vai ter festa hoje lá no direito
– Sério? Talvez eu vá...
– Que?
– Talvez eu vá.

Rony esperava Hermione na porta do teatro, mas entediado que qualquer um no mundo. Ele odiava esse tipo de peça, preferia stand up. Mas como a menina parecia ser tão devagar quanto ele em matéria de romance precisava encarar esse sofrimento. Viu Hermione se aproximar, ela usava um vestido vermelho curto, sapatos preto e o cabelo solto, em sua opinião estava linda.
– Olá Rony
– OI Hermis, está linda! - a palavra saiu sem querer
– Você também. - eles entraram para a sala do teatro. No decorrer da peça Hermione se encantava sabia a fala de alguns personagens, enquanto Rony cochilava e era cutucado pela menina quando começava a roncar. Quando a peça acabou seguiram para o pátio a fim de voltar ao dormitório.
– Nossa foi legal né? - o ruivo começou
– Legal o que Rony? Você dormiu quase a peça toda. - a menina riu
– Ah mentira, só dei um cochilinho... - os dois riram
– Não entendi.
– O que você não entendeu?
– Você! - ela disse e o ruivo fez cara de incógnita - Estava na cara que não queria ver a peça, por que me chamou?
– Por que você gosta ué.
– Só por isso Ronald Weasley? - a morena levantou uma sobrancelha. E o ruivo ficou levemente vermelho
– Talvez...
– Por que talvez?
– Por que... - ele parou e olhou ao redor - eu gosto de te ver feliz.
– Hum... - Hermione o circulou rindo - Ou talvez por que....
– O que você quer de mim Hermione?
– Que diga exatamente o que você sabe que eu quero ouvir. - ela piscou e sorriu para ele
– Tá me seduzindo Granger?
– Talvez sim ou talvez não. Depende de você.
– Hum... Entendi. - Rony a puxou para perto de si, olhou no fundo dos seus olhos - Sabe a menina do segredo? - Hermione fez que sim - Ela é você. - a menina sorriu
– Me beijo Ron. - o ruivo a beijou calmamente, até sentir que ela já estava entregue, para puxar mais pra perto e aprofundar o beijo.

Harry tinha ido a festa do curso de direito, mas como sempre a única coisa que havia lá eram bebidas, mulheres nuas e caras que se achavam muito bons para ficarem com uma só de cada vez. Como ele odiava esse comportamento. Então resolveu caminhar pelo compus, no máximo assustaria alguém com sua nova aparência. Andou pelo jardim de direito, jardim de medicina, ciências naturais, enjoo e resolveu voltar para o quarto. Caminhou lentamente enquanto ouvia Beatles nos fanes de ouvido do celular. Quando passou pelo alojamento feminino lembrou-se de Gina, odiou-se, e a música nem ajudava, I wanna hould your hand, tinha que ser justa essa? Continuou seu caminho. Mas afrente viu um vulto magro, seu corpo entrou em estágio de atenção, já ouvirá fala de assaltos naquela área do campus, guardou o celular, ouviu um barulho próximo a uma lixeira, como se alguém tivesse caído. Não pensou duas vezes em ajudar a tal pessoa, quem sabe ela não foi vitima de um assalto? Harry andou devagar até o locar, realmente alguém havia caído, uma mulher, o que já era de se esperar. Ele aproximou, estava desacordada, virou a mulher de rosto para cima, levou um susto ao ver que era Gina, ali caída ao lado da lixeira, quase escondida. Sacudi-a um pouco e nenhuma resposta, com certeza não estava morta, aproximou sua mão das narinas da jovem, para depois aproximar o nariz e constatar o que já suspeitava, a menina havia bebido demais. Ele olhou para os lados e sem pensar duas vezes levantou-a no colo e carregou para dentro do prédio, com muita, muita sorte ninguém os veria. E qual era o quarto de Gina? Uma vez Hermione lhe disse que dormia no terceiro andar, talvez fosse no mesmo andar. Harry remexeu nos bolsos de Gina a fim de encontrar uma chave ou algo assim. Achou apenas um pedaço de papel com um pequeno número 2, bem não custava nada tentar. Harry carregou a ruiva três andares acima indo direto ao quarto de número 302, empurrou a porta e nada de abrir. Gina já estava pesando uma tonelada para Harry, ele cuidadosamente calou a menina sentada no chão, mexeu no tapete, no quadro de avisos do corredor e nada da chave. Olhou para cima e viu uma pequena prateleira, passou a mão por ela e bingo, lá estava a chave. Abriu a porta e colocou a menina para dentro, sorte aquele ser mesmo o quarto dela. Harry olhou para Gina deitada na cama e seu pensamento turbilhou. Será que deveria realmente ajuda-la? Fechou os olhos e olhou para fora do quarto pela janela, voltando os olhos para a ruiva. "Potter você é extremamente idiota e merecem todos esses machucados na sua cara." Harry sussurrava para si enquanto tirava a roupa de Gina e a carregava para o banheiro do quarto, abriu o chuveiro em água fria e deixou cair sobre ela, que aos poucos foi voltando a si. Depois de alguém tempo ele julgou que já estava bom, secou-a e levou de volta para cama.
– Hermione? Mione?- a ruiva sussurrava
– Gina, escuta sou eu Harry. - o moreno dizia enquanto a ruiva apenas o encarava- Encontrei você caída e te trouxe para cá. Tá tudo bem?
– Uhum... Harry.... - a menina esfregou os olhos - Frio - o moreno observou como ela tremia
– Onde esta sua roupa de dormir Gina? - a menina apontou a porta e o moreno viu algumas roupas penduradas, pegou a que achou ser mais quente e a vestiu. - Gina, vou embora antes que me vejam aqui.
– Não, Harry.... - Gina parecia tentar focar o olhar - Frio, fica... - Harry olhou para a ruiva e desistiu de ir embora. Sentou-se no chão ao lado dela
– Estou aqui Gina. - ele disse baixo, a ruiva o encarou e sorriu, voltando a fechar os olhos.