Já era noite no Reino de fogo, o Rei estava ocupado planejando uma forma de adentrar o Reino doce, não se sabe ao certo o que ele queria, estava óbvio que dar anistia à princesa Chamas não era um motivo válido para invadir um reino pacífico como o Reino Doce, era outra coisa. Minutos depois entrou um homem velho e moribundo com um pedaço de pergaminho dentro de uma bolsa mágica que o protegia de pegar fogo

– Milorde, aqui está - Disse o Velho

O Rei de fogo ficou animado ao saber que sua entrega havia chegado, era uma carta do Embaixador do Reino Doce a respeito da Guerra

"Meu caro Rei, não há motivos para jogar homens nesta guerra sem causa, está perdendo tempo, dinheiro e vidas, vidas que não podem ser substituídas. Por favor, saia dessa guerra o quanto antes, pois seu próprio povo pode estar conspirando contra você, afinal você está tirando homens do povo para lutar, filhos perdendo seus pais, pessoas passando fome... Você pode acabar com tudo isso com apenas uma palavra"

– O que ele pensa que está fazendo? - Disse o Rei de fogo

– Ele quer negociar um tratado de paz Milorde - Disse o velho mensageiro

O Rei de fogo voltou a olhar para o papel, por mais que fosse vergonhoso uma derrota para eles, o Embaixador tinha razão, se continuassem lutando seu próprio povo se rebelaria contra ele

– Onde está minha filha? - Perguntou o Rei

– Na sala de extração, ainda estamos trabalhando no...

– Eu sei, continuem assim, preciso falar com meu General - Disse o Rei

...

Ainda naquela madrugada, soldados faziam rondas por todas as ruas do Reino, mas era pior, eles entravam em casas em busca de rebeldes

Princesa Jujuba corria pelas ruas procurando uma rota de fuga, qualquer uma, mas a quantidade de guardas que vigiavam as saídas era enorme, ela atravessou uma rua vazia, pelo menos aparentemente mas ela percebeu que não estava vazia quando sentiu uma pancada em seu tornozelo e duas bolas de metal enrolaram-se entre si, suas pernas estavam imobilizadas

– Mas o que? - Ela sentiu um puxão no seu braço, a trazendo pera dentro de um beco, ela olhou novamente pera o lado e viu um rapaz de fogo com cinzas no seu rosto a trazendo para uma parte escura do beco, ela tentou gritar mas ele a segurou e abaixaram-se ao lado de um latão de lixo

– Faz silêncio que eu solto você - Disse o Jovem

A Princesa tentou falar mas isso só mostrou que ela não iria cooperar, depois ela ficou com a respiração mais lenta e calma

– Ok, Ok, vou te soltar - Disse ele tirando a mão se sua boca

– QUEM É VOC... - Ele calou-a de novo

– Que droga princesa, cala a boca senão alguém nos acha!

Princesa jujuba reconheceu sua voz

– R-Raposa? - Pensou ela

– Vamos tentar de novo, eu vou soltar você mas fique calada! - Disse ele em um tom baixo

Ele soltou primeiramente sua mão, ela automaticamente levou as mãos para abraça-lo, quando ele tirou a mão da boca ela pode falar

– Raposa! Você está bem? Eu você... - Perguntou ela

– Não se preocupe! Não é a primeira vez que eu fico encurralado, e você sabe disso! - Disse ele se levantando com cuidado rindo

– É... Eu sei - Disse ela com um tom mais irritado - Mais pode ao menos dizer como você conseguiu fugir?

– Sabe princesa, você não conhece todo o meu grupo, muitos daqueles soldados me conhecem e estão lá a meu mando, eu costumo revelar maus segredos mas não todos - Disse ele andando mais a frente

A Princesa Jujuba sorri

– Onde estão o Finn e o Jake? - Perguntou ele

– Eu não sei, mas eles foram para o castelo - Respondeu ela

– Espero que fiquem vivos - Disse ele

– Eu também... - Disse a princesa num tom mais triste, pois sabia que seu Reino estava em jogo

– É... temos que voltar pra casa, a essa altura os soldados do Rei já devem estar no meu acampamento - Disse ele

– Pra onde nós vamos então? - Perguntou ela

O Raposa pensou um pouco

– Eu vou pra casa! - Disse ele num tom tranquilo, a princesa Jujuba achou aquilo meio arriscado devido a lei marcial que estava acontecendo, mas ela também estava cansada e estava tarde

– Você... quer ir comigo? - Perguntou ele

– Eu? - Disse ela confusa

– Bem... aqui você não pode ficar né? - Disse ele sorrindo

Ela assentiu e seguiu ele em meio as ruas escuras