Independência escrita por Harukko
Notas iniciais do capítulo
Ooi meus fofos, estou caprichando para as últimas emoções de Paulícia!! Espero que gostem dos últimos capítulos!!
Mudando o foco, as férias pequenas estavam chegando, isso significa: Acampadentro! Esta certo que faltava mais de um mês, mas eu estava muito ansiosa!
– Crianças, tenho uma novidade muito boa para vocês!
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Diz a professora Helena entrando eufórica na sala de aula.
– O que é? - perguntamos.
– O Acampadentro foi cancelado.
– Como assim? - ficamos chocados.
– Isso aí meu amores. Como vocês sabem, cada turma da escola tem um dia de Acampadentro, e por uma infeliz coincidência, a Diretora Olivia terá de fazer uma viagem a negócios bem no dia do segundo ano, e ela achou que eu, Firmino e Graça, não daríamos conta de tudo. Porém... - ela fez uma pausa - Ela adiantou o Acampadentro para nós, e não será na escola, será em uma casa de praia que a escola alugou!
– Sério professora? - pergunta Maria Joaquina.
– Sério!
Todos comemoraram alegremente, quando nos acalmamos a Marisa perguntou:
– E quando a gente vai?
– Semana que vem, segunda-feira. Eu convenci a Diretora de que seria melhor passarmos duas noites lá, ou seja, voltamos na quarta!
– Vai ser muito irado! - diz Adriano.
– Sairemos às oito horas. Devemos levar, basicamente, a mesma coisa que o acampamento. - explica.
– Pelo menos é uma casa de praia, bem melhor que uma cabana. - diz Maria Joaquina.
Passamos aquela aula só conversando sobre a viagem, e por fim, os menores de idade tiveram que levar um bilhete onde pedia a assinatura do responsável (sinceramente eu não sei porque, já que na viagem para o acampamento isso não foi preciso). Depois da aula, eu fui à casa da minha tia, era uma casa vermelha que ficava em uma esquina. Eu morava lá, mas meus pais venderam e compraram o apartamento que moro hoje.
Bato na porta e grito:
– Tia Marcela, você está ai?
– Estou aqui querida!
Chego na sala e vejo ela mexendo no notebook.
– Atrapalho?
– Que nada, eu só estava fazendo alguns trabalhos.
– Claro, quando se é uma engenheira você quase nem descansa! - brinco.
– Não exagera! Mas, você precisa de mim para alguma coisa? - pergunta ela fechando o notebook.
– A escola vai fazer uma excursão para a praia, e precisamos da assinatura de um responsável. Como papai e mamãe não estão no país, eu vim pedir para você assinar. - explico.
– Ok. E vocês ficarão quanto tempo fora? - pergunta ela pegando uma caneta e assinando o papel que entreguei.
– Três dias. É que a diretora vai viajar no nosso dia de Acampadentro, então iremos fazer uma excursão antes.
– Ok. Vou pegar alguma coisa para a gente comer. - ela sai da sala calmamente.
Eu, cuidadosamente abro o notebook dela. Vejo uma página cheia de números e cálculos malucos, umas imagens com linhas de diferentes cores, formas geométricas e anotações com uma letra quase ilegível, era tudo tão confuso. A tia Marcela é a irmã mais nova da minha mãe, e a única engenheira da família. Todos são, ou médicos ou advogados, mas ela foge do padrão, por isso que amo muito a tia Marcela, ela me entende por ser diferente, e nunca tentou mudar o meu estilo.
– Aqui está! - ela entra com uma bandeja de suco e biscoitos - Me conta, quando você viu a sua mãe pela última vez?
– Faz alguns meses, ela veio me visitar. - estendo a mão e pego um biscoito com pingos de chocolate.
– Vai dizer que ela trouxe aqueles presentes fofos de novo? - pergunta rindo.
– Aham, ela sabe que não gosto desse tipo de roupa e mesmo assim ainda me presenteia com isso!
– Sua mãe é uma figura!
Ficamos conversando a tarde toda, relembrando os fatos de antigamente. Minha mãe sempre disse que eu puxei a tia Marcela, porque sou teimosa e diferente das meninas da minha idade. A minha tia, praticamente me criou, enquanto minha mãe viajava eu morava com ela, até completar quinze anos, aí ganhei um apartamento.
A tia sempre me incentivava a continuar andando de skate e jogando futebol, independente do que os outros iriam falar. Quando eu estava com ela, tudo parecia tão simples, as escolhas pareciam mais fáceis, bastava seguir o coração. Ela é muito importante para mim, como uma segunda mãe.
– Então, você sabia que eu vou viajar para o Japão daqui a dois meses?
– Sério, tia? Diz para o vovô e para a vovó que eu mandei um beijo!
Na verdade, minha bisavó é japonesa e meu bisavô é brasileiro, mas eu chamo de avós.
Era seis horas e eu precisava ir embora, infelizmente.
– Eu prometo que volto, tia! - falo saindo da casa.
– Qualquer problema, pode me consultar! - diz ela acenando da porta.
– Farei isso! - murmuro num tom mais baixo.
Vou para a casa lentamente, sem pressa, pois o céu ainda estava claro. Encontro com Marcelina, Kokimoto e Paulo no caminho.
– Alicia! - grita a Marcelina do outro lado da rua acenando para mim.
Eu vou até lá e cumprimento.
– Você não quer ir ao cinema com a gente? - pergunta Paulo.
– Não, valeu. Estou precisando descansar.
– Ah, qual é?! Eu vou ter que ficar segurando vela para esses dois!
– Você que escolheu vir. - diz Koki.
– Tá, mas eu preciso trocar de roupa.
– Que nada Alicia, você está ótima assim mesmo. - elogia Paulo.
Eu fico meia sem jeito, a Marce e o Koki ficam nos olhando de uma forma estranha, isso me deixa mais constrangida ainda. Então assim, partimos para o cinema.
Continua...
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O que acharam da tia da Alicia?? Eu amei ela!! Infelizmente faltam oito capítulos para a história acabar (contando com o capítulo Especial), espero que todos estejam curtindo!!!