Independência escrita por Harukko


Capítulo 48
Querer é Poder


Notas iniciais do capítulo

Eu amei a volta da Nina, ela é muito querida por todos, leia esse novo capítulo dedicado a ela, espero que gostem!! Boa Leitura Meus Fofos!!



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– Prazer Alicia! - ela estende a mão.
– Prazer Nina, pode me chamar de Ally! - falo apertando a mão dela.
Nina pegou um vídeo game portátil em cima da cama e falou empolgada:
– Let's go!
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O Jogo era de luta, claro! Era por soma de pontos. Na primeira partida ela conseguiu somar 140 pontos, e eu apenas 108. Minutos depois acabamos o jogo com 5 rodadas cada uma, ela fez, ao total 710 e eu 547.
– Nossa você é boa mesmo, Nina! - elogio.
– Falei! - diz Mário - Acredita que ela participa de campeonatos desse jogo aí?
– Sério? Nem sabia que existia.
– Pois é, não é muito famoso, mas ocorre na América do Sul. - afirma o garoto.
– É por etapas. Primeiro vem a etapa Municipal, onde eu jogo com pessoas do Município, se eu passar, represento o nosso Município. Em seguida vem a fase Estadual, e se eu conseguir ganhar, representarei o estado em uma competição feita no país. - ela explica - E se eu ganhar vem a melhor parte, representarei o Brasil em um campeonato contra os países da América do Sul. Dos sete anos que participei, ganhei três, e fique um ano em segundo lugar e outro em terceiro!
– Que legal, parabéns!
– A segunda vez que ela participou foi com nove anos, e foi quando ganhou. Ela foi eleita a única deficiente e a mais nova a ganhar esse campeonato! - informa Mário.
Olho um pouco incomodada pra perna dela, tento disfarçar mais achou que não consegui.
– Está tudo bem?
– Tá sim ,Mário. - respondo.
– Bom, você naturalmente não está acostumada a ser amiga de pessoas como eu, né?!
– Não Nina, não é isso!
– Vamos dar um passeio com o Rabito, eu conto tudo pra você.
Concordamos, Mário pega o Rabito que estava meio indisposto, e saímos caminhando pela praça.
– Bom, eu vou ser bem franca, não gosto muito de falar nesse assunto. Mas se for para conseguir outra amiga eu conto, afinal, eu não tenho muitas mesmo.
Fico em silêncio e espero ela começar a história.
– Quando eu era pequena, com cinco anos, eu e meus pais estávamos passeando pela cidade de Londres. Iriamos com o motorista, mas papai insistiu em dirigir. Era uma tarde de inverno, havia nevado pela manhã, o asfalto estava escorregadio. - ela conta lembrando-se do momento - Estava tudo bem até... - Nina fica tocada nessa parte da história, e faz uma pausa - Um cachorro grande e peludo atravessou a frente do carro e, meu pai, ele virou o volante no reflexo do fato. O carro capotou, papai morreu na hora, minha mãe foi levada ao hospital, mas não sobreviveu. E eu, bom, eu tive paralisia no lado esquerdo do corpo.
– Sinto muito Nina. - falo com respeito.
– Agora eu vivo com o meu avô, ele tem dinheiro suficiente para pagar todos os aparelhos e tratamentos pra mim. - explica - Mas, ainda tem gente que me olha diferente, acha que não pode se tornar minha amiga.
– Mas a Nina está evoluindo - fala Mário tentando cortar o clima triste -, com tratamento e cirurgia, ela já consegue mexer o braço esquerdo, já recebeu até outra muleta!
– É eu vi, melhor assim!
Não chegamos a dar uma volta na praça e resolvemos voltar. Mário me contou que Nina agora trabalhava como modelo.
– Eu tenho uma foto de quando era pequena, te mostro quando chegarmos em casa. - diz ela.
Fomos tranquilamente para casa, sem pressa de se atrasar para o almoço.
Chegando lá, a Natália nem perguntou por que demoramos, talvez ela já esteja acostumada com os passos lentos e pequenos da Nina.
– Aqui está. - fala Nina me alcançando uma foto.
Nossa, nem dá pra perceber que é a mesma pessoa. Na foto que ela me entregou, havia uma menina pequena de cabelo castanho, maria chiquinhas e franja. Dava para notar que seu lado esquerdo era quase completamente paralisado (Foto da Nina).
– Você está bem diferente! - digo.
– É, ela está linda! - fala Mário.
– Valeu gente!
Natália pergunta se não iriamos almoçar hoje, então vamos comer. No almoço, Nina me conta que se mudou pra Brasília e vem as vezes pra São Paulo, e quando vem, sempre visita o Mário.
Mais tarde a gente ficou jogando vídeo game e conversando, Nina se lamentou por não poder correr ou jogar bola com a gente. Mas Mário falou que quando a gente quer, a gente pode.
Ele pegou a pipa e pediu pra gente acompanhar ele. Fomos até o pátio baldio e o Mário disse:
– Hoje você vai soltar pipa Nina!
– O que? Está maluco, Mário?
– To falando sério! Alicia segura a pipa, e você solta a muleta e se apoia em mim.
– Você não pode estar falando sério. - fala Nina.
– Estou sim. Olha você tem que ficar mexendo a pipa lá em cima, desse jeito. - explica Mário fazendo movimento com as mãos - Pode deixar que eu te guio.
Ele pega a Nina no colo e ela segura a pipa, Mário corre com a garota no colo, dando movimento pra pipa ir pro céu. Quando ela já estava lá em cima, ele solta a garota e a segura pela cintura enquanto ela controla a pipa.
Fiquei muito feliz de ver os dois se divertindo, principalmente Nina. O ruim foi saber que ela teria que ir embora.
Mais tarde a Natália fez suco e torta de morango pra gente comer, em seguida ficamos brincando com a Diana, irmã do Mário, que tinha nove anos.
Depois o avô de Nina veio buscá-la, e eu resolvi ir em embora também, estava ficando tarde.


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Notas finais do capítulo

A Nina é muito linda e fofa, né gente?! Eu adoro ela, fico feliz dela ter participado desse capítulo da história. Deixe seu comentário, expresse sua opinião. #EsperandoComentários