Independência escrita por Harukko


Capítulo 24
Vingança, Doce Vingança


Notas iniciais do capítulo

Estava muito ansiosa para postar esse capítulo, aposto que vocês também estavam ansiosos para ler, depois daquele final tão fofo com um beijo de Paulicia quem não estaria?! Boa leitura para todos!!



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– Mas tem sim algo errado comigo... Você. - ele vai se aproximando até tocar meus lábios, e assim iniciamos um beijo.
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O que ele pensa que está fazendo? Eu não dei permissão para isso. Bom, por algum motivo eu não estava recuando e sim curtindo ali, o momento. Foi estranho! Como se o mundo estivesse parado para nós, como se o resto não importasse. Esse foi o meu terceiro beijo com o Paulo, só que foi diferente, dessa vez eu senti que não faltava mais nada.
Nos separamos e eu fiquei vermelha, assim como ele:
– V-você pode me...me explicar isso? - pergunto nervosa.
– Não, quer dizer, não sei. Ai, não me deixa mais confuso!
– Eu acho que vou fingir que isso não aconteceu, tchau! - que constrangimento.
– Espera, não faz isso. - fala ele me segurando pelo braço - Eu posso explicar.
– É tudo que eu mais quero saber!
– Desde o começo do ano eu ando diferente, eu consigo sentir isso. E achei que poderia ter algo haver com você, então eu não tive escolha.
Começo a rir bem baixinho, ele nota e pergunta:
– O que foi?
Ainda rindo eu respondo:
– Paulinho, Paulinho você está cada vez mais sensível!
– Pra variar, você me zoando. Será que você não leva nada a sério?
Levanto da cadeira e o abraço:
– Você é muito fofo!
Ficamos assim por algum tempo, até Jaime e Adriano chegarem:
– Os pombinhos já fizeram as pazes?
– Não! - grita o Paulo me empurrando tão forte que eu quase caio no chão - Não tem pombinhos nenhum!
– Aham, sei. Vamos fingir que acreditamos Jaime.
– Ou melhor Adriano, vamos embora. Eles precisam de privacidade!
– Não é nada disso! - Paulo tenta se explicar, mas eles nem ligam, só seguem andando.
Ele ficou de costas pra mim, olhando os meninos irem embora. Cutuco seu ombro, e mal espero ele se virar pra lhe dar um tapa no rosto:
– Imbecil!
Saio correndo, nem vejo se ele me segue ou não. No banheiro eu lavo o rosto e repito pra mim mesma:
– Eu sou mais forte, e não vou desistir!
– Alicia! - diz uma voz que acaba de entrar no banheiro.
– Hã? - levo um susto.
– É verdade que você e o Paulo voltaram? - pergunta a dona da voz misteriosa, Bibi.
Como os boatos se espalham rápido:
– Não! Eu nunca vou fazer essa bobagem de novo.

(Dois dias depois, quarta-feira)

Fico esperando a Valéria na escola, até que chega alguém e fala:
– É impressão minha ou você fugiu de mim o recreio todo ontem?
Droga! O Paulo percebeu.
– Mas é claro que não, isso é patético!
– Mas foi o que pareceu.
– Estou pouco me importando com isso, agora me deixa em paz que eu estou esperando alguém!
– É um menino?
– Não te interessa, sai logo.
– O pátio é público, isso quer dizer que eu posso ficar onde me der na telha.
Dou um soco bem forte no braço dele:
– Ahhhhhh! Isso dói!
– Você deveria me agradecer, eu bem que poderia te nocautear aqui no pátio mesmo! VAI EMBORA LOGO!
Assim que ele se afasta a Valéria vai chegando e percebe que eu não estava de bom humor:
– O que aconteceu dessa vez?
– O Paulo pra variar.
– Tinha que ser. O que ele fez pra você?
– Ele veio todo educado e me beijou, mas assim que percebeu a presença do Adriano e do Jaime, me tratou como um nada! Ele tem vergonha de mim, só pode ser isso.
– Não liga não, ele é um bobo mesmo.
– Eu não ligo. Só o que eu digo é que ele vai me pagar, e muito caro.
– No que você está pensando em fazer?
– Calma Valéria, você vai descobrir junto com todo mundo!
TRIIINNNN

– É melhor a gente entrar, não quero perder a aula de Português! - falo irônica.
Ao entrar, a professora dita a lição que deverá ser feita. No silêncio da sala, me veio um plano em mente. Estavam todos fazendo os exercícios, quietos e concentrados, seria uma pena se alguém interrompesse esse silêncio com gargalhadas, e seria uma pena maior se essa pessoa fosse eu.
Discretamente eu me dirijo à classe do Jaime e pergunto:
– Você pode me emprestar à cola?
– Cola pra que? A professora deu alguma folha?
– Não Jaime, é que a aula tá chata e eu resolvi fazer um cartão pra minha mãe, já que ela vai vir sábado lá pra casa! - desculpa esfarrapada, eu jamais faria isso.
– Ta, pega lá com o Paulo.
Nossa, o destino está mesmo a meu favor. Assim tudo fica mais fácil! Vou até a classe do Paulo que ficava bem perto, e digo:
– O Jaime disse que eu poderia usar a cola dele. - arranco das mãos do garoto e vou pra minha classe.
Eu pego uma tesoura e corto a cola ao meio, sem fazer escândalo claro, se alguém me pegasse no flagra o plano ia por água abaixo. Desculpe Jaiminho, mas isso foi necessário! Vou caminhando até Jaime, e no caminho finjo que tropeço e jogo a cola na cabeça do Paulo. A turma toda começa a rir, e com razão, pois a cena foi muito engraçada!
O Paulo ficou com cara de tacho enquanto a turma se divertia, depois que os risos diminuíram eu disse:
– Professora, eu não sei o que aconteceu com a cola. Aposto que o Paulo cortou e queria fazer mais uma de suas brincadeiras comigo!
– Não professora, eu juro que... - ele tenta se explicar.
– Quieto Paulo, vá se limpar! Rápido.
Chego perto dele e sussurro:
– Esse é só o começo... - pisco o olho - Baby!!


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Notas finais do capítulo

Nossa, que moleca malvada!! kkkkkk Mesmo o Paulo merecendo depois de tratar a Alicia daquele jeito na frente do Jaime e do Adriano, confesso que senti uma peninha dele (só um pouquinho) e vocês??