Independência escrita por Harukko


Capítulo 22
Anjinho da Guarda Nunca Mais


Notas iniciais do capítulo

Desculpe não postar ontem, sinto muito mesmo, mas pelo menos aqui estou para postar o capítulo 23!! Espero que todo mundo goste bastante, comentem!!

OBS: Virão o primeiro episódio da série Patrulha Salvadora? Entrem na página Geração - Patrulha Salvadora no Facebook, eu vou postar.



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Não acredito que ele falou isso, agora nem sei mais se sou tão forte quanto pareço. Tentei me conter, mas as lágrimas saiam mesmo assim, fui ao banheiro porque ninguém podia me ver desse jeito. Coloquei a caixinha no lixo e comecei a limpar o rosto, quando me deparo com Margarida e Carmem me olhando. Droga, eu não queria que ninguém soubesse!
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– Alicia, você está chorando? Mas o que aconteceu? - pergunta Margarida.
– Nada, não aconteceu nada.
– Amiga, você sabe que pode confiar na gente. - fala Carmem sensivelmente.
– Do que vocês estão falando? Eu estou bem, eu já disse que estou bem.
– Você pode ser forte, mas não tem o coração de pedra, isso eu tenho certeza. - diz Carmem.
– Eu não quero falar nada, eu preciso ficar sozinha.
– Então quer dizer que realmente tem alguma coisa? O que é? Fala logo! - diz Margarida.
– Eu não quero! Me deixa em paz!
– Desculpe Alicia, mas a Margarida e sua boca grande não sabem o que falam. Não fica magoada com a gente, só queremos te ajudar. - fala Carmem.
– Eu não preciso de vocês, eu só preciso de... De ... - começo a chorar antes de terminar a frase.
Abraço a Carmem e não consigo dizer mais nada, ela tenta me motivar:
– Mesmo que eu não saiba o que aconteceu com você, eu tenho que certeza que chorar não vai valer a pena. Você é a menina mais forte que eu conheço, aquela que enfrenta tudo e todos.
– Não sou não.
– Você é sim. Eu nunca te vi chorar desse jeito, você sempre aguenta firme o que sente e não vai ser dessa vez que irá desistir, eu não vou deixar. Limpa o rosto e vamos pra festa.
– Certo. Eu não devo fugir, eu devo enfrentar como faço sempre! Mas será que vocês guardam esse segredinho?
– Sim. - falam Margarida e Carmem juntas.
Fui pra festa tentar curtir e esquecer o que aconteceu. Cantamos "Parabéns" e dançamos o resto da festa, não vi mais o Paulo, acho que ele foi embora. Resolvi ir as onze e meia.

(Segunda - Feira, na escola)

Não estava com a menor vontade de ir, mas fazer o que?! Com os nervos a flor da pele eu fui me arrastando pra escola.
Por mais que eu tente, não consigo ser tão forte a ponto de simplesmente ignorar e fingir que nunca escutei as palavras do Paulo. Isso me perturbou a noite toda, por isso tive insônia e dormi no recreio:
– Você é mais maluca do que eu pensei, levanta daí! - grita Paulo me acordando.
– O que você quer? - pergunto sonolenta.
– Tinham uns meninos do 8º ano querendo derramar pasta de dente em você, se liga!
– Aé? E você não precisa me ajudar, eu me viro sozinha.
– Eu só estava te livrando de uma barra, evitando que você pagasse mico!
– E quem disse que eu pedi a sua ajuda? Você já ajudou até demais ontem na festa. - levanto e vou embora.
Quer dizer, tento ir, mas ele me segura pelo braço:
– Acho que forcei a barra.
– Então você acha que forçou a barra?! Me humilha e vem dizer que acha que forçou a barra?
– Mas por que você tá sempre se intrometendo na minha vida?
– Tento impedir que você faça coisas erradas e prejudique os outros. Você usa a sua independência para fazer besteiras, mas não usa a cabeça.
– E você o que tem haver?
– Eu quero te ajudar, enxerga isso! - digo e depois saio correndo.
Droga Paulo! Vê se cresce e para de inventar essas brincadeiras infantis.
Chego perto de Bibi, Maria Joaquina, Marcelina e Marisa:
– Que festa em Mari! - digo.
– Eu sei, foi demais. A minha festa não poderia ser diferente!
– E o seu vestido? Era único. Eu não usaria esse tipo de vestido na minha festa, mas como eu sou totalmente diferente de você...
– Eu também jamais usaria um vestido tão simples como o seu. E um sneakrs?
– O que quê tem? Tá na moda.
– Mas em festa de gala? Aposto que você não sabe nem andar de salto.
– Como se eu me importasse.
– Quando a questão é moda você não sabe nada! – diz Maria Joaquina.
– E quando a questão é chatice você sabe de tudo! - saio sem a deixar reverter a situação.
Passaram se horas até o sinal tocar para a saída. Eu como sempre, peguei meu skate com o Firmino e sai da escola.
Que coisa! Na aula eu emprestei a minha caneta para a Valéria e ela se esqueceu de me devolver, já estou entrando na escola novamente quando bato de frente com o Paulo:
– Pra variar, a moleca desajeitada. – diz ele.
– Fica quieto! E não se preocupa, vou sair bem rápido pra ninguém ver a minha cara agora que eu voltei ao normal! - falo irônica.
– Tá, foi mal! Era isso que queria ouvir?
– Não.
– Então o que quer ouvir? – pergunta.
– O silêncio, é só você calar a boca!
– O que? Não entendi.
– Seu tonto você disse pra mim te esquecer, é o que eu estou fazendo. Com licença! - o empurro e saio.
Comigo não cola essa de se fazer de certinho. Até parece né Paulo?! Eu realmente me preocupava com você, e nem isso você merece. Quer saber?! Pra mim o mundo pode cair em cima de você que eu não vou ligar, cansei de ser anjinho da guarda de quem não merece.


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Notas finais do capítulo

Será que a Alicia não se preocupa mais com o Paulo? Ou é só da boca para fora? Esses dois ainda vão dar o que falar! Comentem e recomendem a fanfiction :)