Pokémon: The New World - Interativa escrita por The Quinn


Capítulo 8
Relembrando O Passado


Notas iniciais do capítulo

Yoooooooo! Como estão, adoráveis crianças? ¬3¬

Eu sei, demorei um pouquinho mais do que costumo demorar. Mas para compensar, fiz um capítulo gigante logo de uma vez rs Espero que não fiquem chateados por eu ter colocado tanta coisa num capítulo só :p

Boa leitura ^3~



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– Seu imprestável! Como se deixa perder assim, inútil?!?

Gritos e ofensas eram disparados em direção à Hydreigon, que somente ouvia a tudo de cabeça baixa, seus ferimentos da última batalha ainda sangravam consideravelmente, e tinha que admitir, estava ardendo muito.

– Me perdoe, Senhor. Fiz tudo que podia, que estava a meu alcance, mas no fim, Latias conseguiu me vencer. Prometo que isso nunca mais se repetirá. – Disse em tom baixo, porém audível. Sua voz era trêmula, e seu rosto expressava respeito ao ser que a sua frente estava, e se fosse analisar melhor, também veria uma pontada de medo.

– Que realmente não se repita. E você... – Agora dirigia a palavra ao outro ser ao lado de Hydreigon. – Você é estúpido! Conseguiu perder o Anel De Cronos e agora provavelmente ele está em mãos de algum Escolhido! Como pôde ser tão babaca?

– P-perdoe-me. E-eu juro, nem percebi quando ele caiu de minha cauda. Nem tenho ideia de onde isso possa ter ocorrido, Mestre. – A voz de Persian também era trêmula, bem mais, sua cauda espiralada entre as pernas e as orelhas baixas.

– Urgh, vocês dois me enojam. Como pude escolher Pokémon tão incompetentes para me ajudarem na conquista do Novo Mundo?!? No final, o único otário aqui sou eu. – Mewtwo disse, com sua mão direita na testa, em sinal de dor de cabeça, os olhos fortemente fechados.

Os três estavam num lugar enorme, fechado e rochoso. Escuro, muitíssimo escuro, só era possível enxerga-los por conta da luz de holofote que jazia em cima de cada um deles. Persian e Hydreigon estavam em frente à um grande degrau. Encima desse, mais um degrau e sobre esse, um trono dourado e preto, com uma espécie de aura negra o rodeando. Mais ao fundo, um lugar isolado e fechado também, somente com uma estreita, mas nem tanto, passagem. E havia uma espécie de escudo de proteção rosado e parcialmente transparente cobrindo o local isolado, como se se algo de extrema importância estivesse ali guardado.

– Bem, acho que posso ‘’reconsiderar’’ a falha de Hydreigon, ao menos derrotou aquele dragãozinho medíocre do vale de Dragnólia. Com certeza, se estivesse vivo, atrapalharia muito nossos planos atuais. – Depois de longos minutos de silêncio, Mewtwo retomou a falar, agora aparentemente mais calmo, mas os olhos ainda mantinham uma expressão raivosa.

– Hey, mas a vitória dele foi injusta! Onde já se viu um Thunder Wave surtir efeito num Ground? Ele só venceu porque você deu o maldito poder de invencibilidade à ele! E mesmo com isso, ele conseguiu perder para Flygon! Ele fracassou tanto quanto eu, Mewtwo! – Persian argumentou, indignado com a situação imposta. Não aceitava ser diminuído perante o dragão Dark. Sem perceber, começou a gritar, sem pensar nas consequências que seriam impostas sobre si depois.

– TRATE-ME COM RESPEITO, MEDÍOCRE! – Mewtwo gritou com ódio em sua voz, o grito ecoando por todo o local. Imediatamente, Mewtwo deu uma patada, com força além do comum, no rosto do gato persa. O tapa foi tão forte que foi impossível a cabeça do gato não virar para o lado com o impacto.

Persian continuou com a cabeça baixa e virada por um tempo, sem reação. Segundos depois, se voltou novamente à Mewtwo, e um arranhão vertical podia ser visto passando no meio das pálpebras de seu olho direito, começando em cima e terminando em baixo do olho. Murmurou um ‘’Desculpe-me, Senhor’’ e redirecionou seu olhar para suas patas.

– A vitória de Hydreigon foi ‘’comprada’’. Não tente negar isso, Mestre. – Uma quarta voz surgiu da escuridão do lugar. Após o dito, um quarto holofote se iluminou, lançando sua luz em direção ao dono da frase um tanto desafiadora. – Perdoe-me, estava escutando a conversa, não pude evitar dar minha opinião sobre. E também, Hydreigon só conseguiu a localização dos guris porque EU o informei. Acho que no final das contas, eu fui o único a cumprir o objetivo diário por hoje. E olha que eu tive que procurar por quase todo o continente para achar a localização exata aquelas pestes, a minha missão era a mais difícil de todas. Persian, você só tinha que encontrar os amuletos de Palkia e Dialga, e perdeu o segundo, e Hydreigon, você deveria ser o ‘’invicto’’ daqui, como conseguiu perder?

– Cale a boca, Manectric, ninguém lhe chamou aqui. – Mewtwo respondeu ao tal Manectric, que era um shiny, portanto, tinha a coloração preta, sua juba era de um amarelo mais puxado para o ouro, e seus olhos azuis como cristais de cor turquesa.

– Acontece que você não só ajudou, Manectric! Você acha que eu não sei que foi você que mandou Salamence meter o pé depois da luta?!? – Hydreigon rebateu.

– Você iria mata-lo. E não é nosso dever matar inocentes agora, só deve morrer quem é necessário sair de nosso caminho. – Respondeu, tranquilo, o Pokémon elétrico. Estava deitado numa espécie de rocha alta e lisa na parte de cima, com uma forma cilíndrica. Sua pata esquerda estava cruzada sobre a direita, dando um certo charme ao Pokémon, que por natureza já era bonito. A luz branca sobre si só o deixava mais ‘’brilhante’’ do que já era.

– O que está havendo aqui? – A quinta voz surge. Dessa vez, uma voz feminina. – Afinal, que tais missões são essas, que vocês insistem em manter em sigilo de mim?

– Absol, entenda, você ainda não está preparada para fazer o que nós três fazemos. Sua tarefa por enquanto é somente ir atrás dos objetos que queremos que traga para cá. Por falar nisso, conseguiu o que pedimos? Graças à seu amiguinho aqui, Persian, seremos obrigados a fazer o ritual com apenas os amuletos que você trouxe. Se é que conseguiu algum. – Manectric respondeu, e ao final deu um sorriso cínico, como se duvidasse da capacidade da Absol.

– Bom, consegui achar esses cinco. – Absol tirou, de uma espécie de mochila frontal que carregava consigo, cinco amuletos distintos, e os jogou em direção aos outros quatro que ali estavam. Só agora, uma quinta luz surgiu sobre a Pokémon, a iluminando também. – Hey, porque até agora não me explicaram pra que servem essas coisas? Eles tem uma certa semelhança com Svartex, meu pingente... Tem alguma haver com os tais espíritos Lendários que estão aparecendo pelo mundo? Bem, quando estou com meu amuleto posso invocar Yveltal, e percebi que todos esses guris que invocam Lendários por ai tem um amuleto também, então tirei a conclusão que...

– VOCÊ NÃO TIROU A CONCLUSÃO DE NADA! – Mewtwo gritou com a Pokémon. Em vez de se assustar, a mesma somente parou de falar, e olhou seriamente para seu ‘’mandante’’. – Sabe, tem certas coisas que você ainda não pode saber, frágil Absol. Tudo no seu tempo certo, por enquanto, pare de fazer perguntas e somente faça o que eu mandar e fale quando eu permitir, okay? – Disse, frio e com autoridade, e sendo respondido com um ‘’Sim, Senhor’’ visivelmente forçado de Absol.

– Mestre, deixe-me voltar ao plano terrestre. – Pediu Persian, prendendo a atenção de todos em si. – Talvez, se eu procurar, posso achar onde perdi o Anel de Cronos, o amuleto de Dialga.

– Se é isso que quer. Vá, suma da minha frente, acho que será até melhor não te ter por aqui. – Mewtwo respondeu com ignorância e desprezo ao gato, que lançou um olhar feio para ele.

Persian então se virou pra trás, começou a correr e então pulou, e, em pleno ar, sua imagem começou a oscilar, até então sumir de uma vez. Havia usado a técnica que Mewtwo tinha lhe concebido, o de teletransporte imediato. Para qualquer lugar, seja de uma dimensão a outra, se um plano de vida à outro. Até mesmo pequenas viagens no tempo o gato tinha capacidade de fazer, mas evitava, já que sempre que fazia isso usava muita energia vital, correndo o risco de ir à morte.

– Absol, vá atrás de Persian. – Comandou Mewtwo depois que o gato branco não estava mais ali. – Somente o siga. Quando tiver de fazer algo, eu lhe ordenarei telepaticamente. Vá. – Mewtwo apontou sua mão esquerda para Absol, e então uma cúpula rosada a cobriu, e depois ela desapareceu. – Você, Hydreigon: Vá para Ungraterfol City. Banette e Purugly estarão o esperando lá dentro de algumas horas para passarem a noite em um hotel, acabaram de descobrir mais três Escolhidos que já possuem seu amuleto. Tratam-se de uma Liepard, um Zigzagoon e um Blaziken. Não podemos deixar que descubram o poder que possuem. Amanhã, quando amanhecer, pegue o amuleto deles e traga para cá, e, caso for preciso, mate-os. Avante.

– Sim, Mestre. Prometo não falhar desta vez. – Hydreigon lançou voo, foi o mais alto que pode e ‘’atravessou’’ o teto do local, como se o mesmo fosse um portal ligando duas dimensões distintas. E realmente era.

– Argh, Manectric, parece que você é único que ainda presta aqui. – Mewtwo vai em direção ao seu trono e se senta nele. Manectric continuava na mesma posição de antes. – Mas ainda não entendo, por que simplesmente não contamos para Absol que ela é a escolhida de Yveltal? Qual o seu plano?

– Vá por mim, será melhor se ela não souber de nada. Não queremos perder nosso único membro de coração puro para o lado dos mocinhos, não? Se ela descobrir, com certeza irá nos abandonar para ficar com a ‘’Liga da Justiça Pokémon’’ e ainda é bem capaz de nos entregar a eles. Ela não pode saber o que sabemos. – Respondeu Manectric, abrindo um sorriso malicioso e fitando o nada. Mewtwo somente acenou positivamente com a cabeça.

– Parece que, finalmente, a grande Guerra irá começar. Realmente, não podemos perder alguém com tanto poder como ela. – Mewtwo, de repente, começou a gargalhar, mas não uma gargalhada normal, e sim uma... mais diabólica. – Ah, Escolhidos... vocês não tem ideia do que os esperam. QUE COMECE A GUERRA PELO NOVO MUNDO! – Sua risada ecoava no local, deixando tudo mais sombrio do que já aparentava.

{...}

– Hey, olhem! A Flygon está acordando! – Kirlia disse, animada.

– Mas o que que aconteceu... – Flygon perguntou, se levantando vagarosamente.

– Ao que parece, você desmaiou depois de uma luta com um tal Hydreigon maléfico. Foi isso o que fiquei sabendo. – Uma voz desconhecida pela dragão falou. A mesma olhou para o dono da voz, e se deparou com um outro Kirlia, só que esse, ao contrário da já conhecida por ela, não era shiny, e tinha um jeito mais de menininho.

– Ah, sim, é verdade. – Ela se recordou do acontecido e concordou com a cabeça. - E quem é você? – Flygon pergunta, agora confusa.

– Esse Kirlia e mais outros três Pokémon apareceram aqui ainda há pouco. Pelo que eles falam, um integrante do grupo deles se comunica telepaticamente com Victini, e o Lendário os ordenou que viessem para cá passar a noite. Parece que o Lendário já sabia o que eles encontrariam aqui. – Explicou Tyrogue, calmo.

– V-Victini? Então, ele tal integrante é um Escolhido também? – Agora, havia ficado mais confusa ainda perante a situação.

– Todos os quatro do grupo são. – Serperior do nada aparece, assustando a todos com seu ‘’sorrateirismo’’. – Mas, aparentemente, só um deles, Vulpix, consegue usar pelo menos um pouco do poder de seu Guardião.

– Vulpix? – Flygon se virou procurando pela criatura, e viu que a pequena raposa estava deitada a seu lado, com um sorriso fofo no rosto. – Ah, então é você.

– Ele ficou ai a tarde toda esperando você acordar. – Disse Espeon, se aproximando os dois. – Ele tem muito bom coração, pode ter muita compaixão quando quer. Ah, claro, deixe-me apresentar. Prazer, Espeon. Como já viu, esses são meus amigos Vulpix, Kirlia e também há Cubone, que está logo ali. – A gata apontou para o último Pokémon do grupo, que estava sentado com Eevee, Lairon e Emolga, conversando. Ao notar o olhar da dragão sobre si, Cubone acenou simpático, num sinal de ‘’Olá’’. Flygon retribuiu com um sorriso singelo. Olhou em volta de novo. Só agora havia reparado que estava dentro da caverna dos anciãos novamente.

– Pelo que percebo, vocês já sabem sobre os Guardiões e Escolhidos, certo? – Flygon indaga.

– Sim, sim. Já sabemos de tudo, inclusive, nós já até temos os nossos amuletos, que por acaso já andavam com a gente há um bom tempo, menos o de Espeon, que é uma história longa de se explicar agora, mas enfim. Embora seja tudo muito novo e complicado, me parece bem interessante ser portador de um espírito Lendário. Mal vejo a hora pra saber de quem sou Escolhido. – Kirlia disse, animado e sorridente.

– Vejo que agora podemos voltar de onde paramos. – Slowking e Alakazam surgem ao fundo. – Bem, todos aqui, exceto Emolga, já possuem seu amuleto. Faremos uma breve ‘’apresentação’’ de cada um deles.
Arcanine possui o amuleto Sempiternal, portal entre a luz e a escuridão. Amuleto já comprovado como sendo de Lugia.
Mothim, StarSpirits, amuleto comprovado de Rayquaza.
Flygon, Amuleto de Brahma, já comprovado como de Latias.
Kirlia shiny, seu amuleto é um pingente da antiga e extinta Clave de Fá, utilizada pelos humanos nas músicas á milênios atrás.
Tyrogue, seu amuleto não é um pingente igual o da maioria. Parece que, como bom lutador, somente uma faixa será preciso para invocar seu Guardião.
Eevee shiny, Star Eye. Esse é um amuleto um tanto quanto especial, pois além de invocar o Lendário, ainda te dá a capacidade de enxergar melhor em situações de risco, podendo enxergar detalhes invisíveis a olho nu. Você tem sorte por tê-lo.
Serperior, Amulet Of Blue Moonlight.
Lairon, esse pequenino pingente pontiagudo é seu amuleto. Não aconselho deixa-lo solto, procure algo para prendê-lo, diminuirá consideravelmente os riscos de perde-lo.
Kirlia, sua pedra da lua que usa como colar e que já anda com você há um tempo considerável, é sua fonte de poder.
Cubone, vejo que esse seu pingente em formato de coração que lhe foi dado por sua mãe é muito importante para você. E será mais ainda a partir de agora, cuide-o mais do que já cuidava antes.
Vulpix, seu bracelete é seu amuleto, como já deve saber. Não é novidade para você que com esse objeto você consiga invocar Victini
E Espeon, o Anel de Cronos é seu amuleto. Sei que pensava em devolver esse anel ao seu ‘’dono’’, mas não faça isso por nada nesse mundo. Ele lhe pertence agora, e só com ele você pode liberar sua força oculta.

– Hey, mas é Lucario? Você não citou o nome dele em nenhuma hora até agora. Inclusive, ele tá tão calado de umas horas pra cá... – Eevee estranhou os fatos, e logo todos estavam se perguntando a mesma coisa.

–Bem, porquê você mesmo não explica seu amuleto, Lucario? – Alakazam indaga.

Todos os olhares se voltam para Lucario, que estava sentado num ponto isolado, olhando fixamente para uma corrente com um estilhaço de Dark Gem em sua mão, mas essa Dark Gem tinha um... ‘’brilho’’ diferente. E parecia trazer diversas lembranças para Lucario...

– Bem, é uma longa história... – Ele começou, mais calmo e sereno do que o normal. Todos agora estavam preocupados com o Pokémon.

Flashback On

Era um campo aberto, mas com pedaços de grama desfalcados, deixando a terra a mostra. Não havia nenhuma árvore nem arbusto em volta, era um espaço perfeito para batalhar. O dia estava ensolarado, o sol estava muito forte e o calor chegava a incomodar. Mas, ao longe, algumas poucas nuvens cinzentas podiam ser avistadas, com certeza no dia seguinte choveria, e muito por sinal. Nenhum Pokémon andava por aquela redondeza. Bem, ou quase nenhum...

– Prepare-se, ai vai mais um ataque! – Gritou a pequena Ralts shiny, lançando um Psyshock em direção a seu adversário.

– Pode vir! Eu irei conseguir usar o Aura Sphere dessa vez! – Respondeu, convicto, Riolu.

O pequeno Pokémon azulado juntou a base do pulso de suas duas mãos, e juntou toda a força que pôde. Uma pequeno indício azul surgiu, e uma pequena esfera começou a se formar. Quando já estava grande o suficiente, Riolu a lançou para colidir com o Psyshock. Mas no meio do caminho, a esfera se dissipou no ar, e o Psyshock acabou passando direto e acertando Riolu, que foi lançado para trás.

– Argh, droga! – Riolu gritou e deu um soco no chão, após se recuperar do ataque que levou. – Não pense que só porque ainda não sei usar o Aura Sphere irei perder! – Ele correu em direção a Ralts, em uma tentativa de Quick Attack. Ralts usou um Protect, mas Riolu conseguiu quebrar a ‘’barreira’’ e acertou Ralts, que caiu no chão.

Ralts se levantou e se sacudiu um pouco para tirar a poeira. Já recuperada, pôs-se a lutar novamente. Usou um Magical Leaf, folhas brilhantes foram em direção a Riolu rapidamente e em grande quantidade. Riolu somente protegeu seu rosto com seus braços, colocando-os em forma de X. Foi acertado algumas vezes, mas quase não teve muito efeito, já que tinha uma certa resistência a ataques vegetais. Ralts então soltou um pequeno sorriso. Sabia que o adversário faria aquilo, e usou sua distração para usar um Toxic nele. Um raio roxo surgiu embaixo de Riolu e o ‘’engoliu’’ por alguns milésimos se segundos, e então sumiu. Quando Riolu saiu do raio, se sentia tonto e cambaleava um pouco. Suas bochechas e a parte embaixo de seus olhos tinham uma leve coloração roxa.

Riolu resolveu contra-atacar. Avançou correndo mais uma vez, empunhou suas duas patas no ar e logo uma aura roxa as encobriu, fazendo o formato de uma pata com garras bastantes afiadas, parecidas com patas de felino, usaria um Shadow Claw. Quando estava perto o suficiente, pulou com a intenção de atacar por cima. Mas então Ralts usou o Double Team, e várias imagens suas clonadas surgiram, deixando uma dúvida de qual era a verdadeira. Riolu interrompeu seu ataque e voltou ao chão, analisando o cenário. Quando achou finalmente saber qual era a verdadeira, voltou com o Shadow Claw e atingiu uma das Ralts’ como num corte em X. Ao ser atingida, a figura se desintegrou, e Riolu passou direto, indo ao chão. Se levantou e viu que agora não havia mais nenhuma Rals’ a vista. Começou a sentir tontura de novo, e caiu ajoelhado, sentindo-se ficar mais fraco, era um efeito do Toxic. De repente, um Psyshock o atingiu por trás, o jogando para frente. Ele rolou alguns poucos metros até parar. Tentou levantar-se de novo, mas suas forças agora eram muito poucas, e se desse mais um ataque, o Toxic agiria de novo, e ele acabaria em estado crítico. Por inteligência, decidiu se render a derrota e se deixou cair.

– Foi uma boa batalha, Riolu. Como sempre, me surpreendeu hoje, principalmente agora ao aceitar a derrota. – Ralts se aproximou do amigo, sorrindo simpaticamente. Então, uma lux branca começou a envolver a Pokémon, que começou a mudar de formato e tamanho. Quando a luz acabou, Riolu viu que sua amiga Ralts agora era uma graciosa Kirlia shiny.

– Parabéns por ter evoluído. – Ele disse, seco. Kirlia deu um sorriso e respondeu um ‘’Obrigada’’. Riolu sempre havia sido meio ignorante e arrogante, por isso Kirlia nem ligava mais com o jeito que ele falava com ela, sabia que, por dentro, era uma boa pessoa e só queria o seu bem, já que eram bastante amigos. Ele se levantou e passou a mão pelo corpo, para tirar a terra. Depois, se sentou no chão com as penas cruzadas e as mãos apoiadas no chão, no espaço entre as pernas. – Eu não entendo. Eu treino quase todos os dias, durante horas seguidas, mas ainda assim ainda não consegui evoluir. Até você já conseguiu passar de estágio. O que é que tem de errado comigo?!? – Ele perguntava, se lamentando.

Kirlia olhou com um olhar triste para o amigo, sabia que ele queria mais que tudo evoluir. Seu olhar então se animou e ela murmurou um ‘’Espere aqui’’ para o outro. Correu em uma direção qualquer e alguns minutos depois voltou. Agora carregava em mãos uma corrente prateada, com um estilhaço de Dark Gem na ponta. Riolu a olhou confuso, onde ela tinha arrumado aquilo? Hoje em dia, Dark Gem’s eram muito difíceis de se encontrar, já que a maior parte delas estavam em mãos de contrabandistas.

– Tome, fique com isto. Minha mãe me deu esse pingente há um tempinho atrás, e disse que me traria sorte e que me incentivaria a treinar para evoluir, pois sempre que eu olhasse pra ele, lembraria dela e de como ela é forte hoje. Sei que o presente foi para mim, mas agora quero que fique com ele. Assim, quando o olhar, lembrará de mim e de todo o treinamento que tivemos juntos, para ficar mais motivado. – Kirlia terminou, doce. Ao terminar a frase, ainda meio tímida, se aproximou de Riolu e lhe deu um pequeno beijo na bochecha, fazendo os dois corarem um pouco. – Bem, tenho que ir agora. Amanha a gente se vê, Riolu. – Ela fala indo embora, dando um aceno para o Pokémon lutador, que retribui com um aceno também e um pequeno sorriso, quase imperceptível.

Ele olhou novamente para o pingente, o colocou no pescoço, e o apertou com sua mão esquerda. Havia recebido aquilo há poucos segundos, mas já era a coisa mais importante de sua vida.

{...}

– M-mas o que?!? Por que?!? Por que ele fez isso?!? – Kirlia perguntava, indignada e com lágrimas nos olhos.

– Eu não sei, minha filha, ele somente passou aqui pela manhãzinha e deixou essa carta para você. – Disse sua mãe, passando a mão na cabeça da filha, tentando consola-la. – Me desculpe filha, mas não posso fazer nada.

– Não entendo. Por que ele teve que ir embora? Podia ficar aqui treinando comigo, por que faz tanta questão assim de evoluir que foi embora para sabe lá Arceus onde? – Kirlia estava inconformada, era visível isso.

Isso tudo era porque, no dia seguinte à luta que Riolu e Kirlia tiveram, o Pokémon apareceu quando o sol ainda estava nascendo em sua casa, e deixou uma carta em sua porta. Ao acordar, a mãe de Kirlia a entregou o papel, e ao abrir, teve uma surpresa nem tanto agradável: Riolu estava decidido a treinar até evoluir, e por isso, deixou a vila onde morava, abandonou tudo e não se despediu de ninguém, nem mesmo de sua família. Só tinha deixado uma simples carta, falando que não voltaria mais, e desejando tudo de melhor para sua amiga. Kirlia estava muito magoada, lógico, mas tentou entender o lado do amigo.

Meses depois disso, Kirlia, após muito refletir, chegou a uma conclusão: Se Riolu estava disposto a ser o melhor Pokémon lutador que já se conheceu, se um dia se revessem, queria estar a altura dele, tão forte quanto. Por isso, decidiu sair em viagem também, com a permissão de sua mãe. Desde aquele dia, vem treinando arduamente, na busca da força pela qual seu amigo também foi atrás...

Flashback Off

– E foi isso que aconteceu. – Lucario terminou. Todos olhavam surpresos para ele, ninguém jamais imaginaria que alguém como Lucario já tivesse tido uma amiga de verdade. – Um tempo depois de sair de minha vila, um certo... incidente, ocorreu, e acabaram por roubar isto aqui. – Lucario agora se referia à Dark Gem. – Alguns dias mais tarde me roubarem, comecei a ir atrás dessa Gem novamente, a procurei por todo o lugar. Então, na minha obsessão para encontra-lo, passei a roubar Gem’s também, mas nunca achava a que eu queria.

– Deve ter sido por isso então que roubou a minha caixa de Stone’s e Gem’s. – Tyrogue chegou a uma conclusão. – Deve ter visto que havia uma Dark Gem aqui dentro e a queria pra você, na esperança de ser o que tanto procurava. Estou certo?

– Sim, está. Eu sei, isso é totalmente insano, mas... – Lucario suspirou e pesou seu olhar, sua expressão era conturbada, um misto de tristeza, talvez por relembrar esse momento do passado, e alegria, por ter reencontrado algo de tanto valor sentimental.

– E-eu... Eu conheço essa Dark Gem. – Kirlia shiny disse. Imediatamente, todos a olham. – Essa Dark Gem... Essa corrente... A história que você contou... – Ela se cala e fica pensativa, como se lembrasse de algo - Fui eu quem te dei essa Gem, Lucario. Eu sou a Kirlia que era a sua amiga. – Finalmente ela revela.

A expressão de todos muda drasticamente, estavam todos surpresos. Era uma revelação bem inesperada, e pensar que os dois já foram melhores amigos, sendo que a pouco tempo atrás estavam quase se matando, era muita coisa nova de uma vez só para assimilarem. Longos minutos de silêncio se passam. Ninguém tinha coragem para puxar um assunto.

– Cara, depois dessa, acho que vou até dormir. Valeu, falou povão, até amanhã. – Arcanine quebrou o silêncio, se dirigindo a um canto mais isolado da caverna. – Você vem comigo, não é mesmo, Mothim?

– Ah, qual é, eu quero ver como é que os dois vão se acertar. – O Pokémon de voz fina implorou, e em troca ganhou um olhar fuzilador de Arcanine.

– Eu não tô pedindo, tô mandando! Vem logo, projeto de mariposa. – Arcanine dá uma leve patada em Mothim, que cai nas costas do cachorro avermelhado.

– Hey, me espere, Arcanine, eu vou com vocês! – Eevee corre em direção aos dois, que já estavam se retirando do local.

– É-é... tá bem tarde já, né? Eu, Espeon, Vulpix e o Kirlia também vamos nos ajeitar por ai, boa noite pessoal. – Cubone fala, meio sem graça. O quarteto vai numa direção da caverna oposta a de Arcanine.

– Emolga, o que acha de irmos dormir também, hein? – Lairon pergunta a esquilinha, que acena num ‘’Sim’’ e dá um sorrisinho fraco. Logo, todos entenderam o recado, e cada um foi para seu canto, inclusive os anciãos, deixando a Kirlia e Lucario sozinhos.

Kirlia se aproxima de Lucario, e se senta a seu lado. Ficam sem falar nada mais um pouco, até que ela decide tomar uma inciativa.

– Então... o que andou fazendo depois que saiu da vila? – Pergunta, baixinho e com a voz fraca. Percebia-se de longe que ainda estava extasiada e em choque pela descoberta de agora a pouco.

– E por que você quer saber?

– Me respondeu direito seu babaca. Olha que eu também vou dormir e te deixo aqui sozinho falando com os espíritos. – Ela responde, por um momento irritada. Ela olha para Lucario, e vê por um breve momento um sorriso em seu rosto, como se ele soubesse que essa seria a sua reação. Não conseguiu evitar corar ao pensar nessa possibilidade. – M-me responde!

– Okay, okay... Por onde começar...

E ali os dois ficaram, conversando sobre o que aconteceu em suas vidas depois daquele dia que ficou tão marcado na memória de cada um...



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Notas finais do capítulo

Gostaram?!? Digam que sim, please, deu mó trabalhão fazer esse capítulo rs

E avisando que, os amuletos que não tem imagem e que eu já dei a descrição antes, eu não coloquei novamente, para poupar espaço e tempo.
Ah, e o link do amuleto do Tyrogue, porque não tá entrando no capítulo como link: http://www.ps3attitude.com/wp-content/uploads/2008/12/sf4_belt_bonuslg1.jpg

Acho que em certas horas a leitura ficou cansativa, então, se estiver mesmo, peço desculpas.

Ah, mais uma vez, eu não revisei :p (Preguiça). Então peço que me avisem se estiver algo desconexo ou com algum erro de português, para eu poder consertar.

Até ^3^ s2 s2