Por Abigail/Abby...

Panem, de muitas formas é completamente difícil de descrever. Meus pais disseram que quando os americanos invadiram Panem, eles saquearam as maiores riquezas, porém, o mais novo presidente reconstruiu a Capital e o Distrito 12.
Os Jogos Vorazes, os pacificadores, os limites...tudo! Tudo voltou a ser como a dezesseis anos atrás. Já era tarde da noite, decidi sair de casa durante a madrugada para me encontrar com o Andrew, filho da Annie e Finnick, amigos dos meus pais, Finnick, já falecido já possui grande respeito e honra em toda Panem.
-Eu te amo!-pude ouvir Andrew murmurar.
-É tão bom ouvir e falar isso!-respodi em um sussurro.
-Já está ficando tarde! Amanhã é dia de Colheita! Se os pacificadores nos pegam quebrando o toque de recolher...
-Vamos ser detidos?
-Isso, Abby!
-Tenho mais medo do que meu pai vai fazer com você! Olhe que eles são vitoriosos!
-Mais também eram vitoriosos!-ele respondeu em um suspiro.-Mamãe enlouqueceu depois da morte de meu pai! Mas mudando de assunto e sua relação com o Dereck?
-Tá falando do nerd do meu irmão? Ele não aguentaria nem dois segundas naquela arena idiota...-ele soltou um risinho.
-Que foi, Andrew?-perguntei com a voz ainda no meu sussurro mínimo.
-Casa comigo, Abigail Rose Mellark?
-Se eu tivesse 19 anos eu diria que sim, mas a sua vaga já está garantida!-ele apertou meus dedos e me beijou. Após o beijo eu sorri e encostei minha cabeça em seu peito. Andrew era muito bonito! Ele era robusto, de cabelos castanhos claros e olhos de mesclagem verde com cinza.
-Pra sempre!-ele disse.
-Pra sempre juntos!-murmurei.
-Parados! Os dois! Mãos ao alto! Se separem!-droga! Pacificadores não! E agora? Vão nos prender? Cortar as nossas línguas? Nos fuzilar? Naquela situação eu só pensava no pior. Só queria voltar pra casa! Um pacificador me pegou pela cintura e começou a me revistar, com Andrew, o mesmo acontecia. O capitão nos algemou e nos fez caminhar 2 quilômetros até a delegacia. Fomos postos em uma mesma sala, me sentei em uma cadeira de ferro. Até que um pacificador alto, de cabelos e olhos escuros entrou na sala. O delegado, pensei.
-Ora, ora! O quê temos aqui? Dois jovens apaixonados que namoravam desrespeitando o toque de recolher e a travessia dos limites!-um pacificador se aproximiu, tirou minhas algemas e aplicou uma agulha muito grossa no meu braço direito. Doeu muito e uma única coisa que veio à minha mente foi de que ele acabara de coletar meu sangue. O mesmo aconteceu com Andrew. Fiz uma careta. O pacificador saiu e o delegado ficou nos rondando, alguns minutos depois, o mesmo pacificador retornou à sala com duas fichas.
-Vejamos...-continuou o delegado.-Abigail Rose Mellark e Andrew Cresta Odair! Quem diria!-ele falou assentindo e olhos escuros me fuzilando. Até que se levantou e começou a gritar:
-E agora? Que farei com vocês seus jovens rebeldes?! Posso arrancar dedo por dedo, unha por unha, só para haver uma punição exemplar!-aquela fala me assustou.-Porém, como são filhos de vitoriosos dos Jogos Vorazes, até que merecem alguns...vejamos...privilégios!-aquele tom de voz mais calmo tinha acabado de me dar uma esperança de vida.-Esta é uma chance única! Se forem apanhados novamente, ficarão presos por um longo tempo! Agora nós telefonaremos para os seus responsáveis!-ele estalou os dedos e um pacificador nos levou até uma sala, passamos por várias celas até chegar na sala de detenção para vitoriosos. As pessoas gemiam e imploravam por comida. Juro ter visto uma menina de uns 14 anos morrer na nossa frente, virei para frente me concentrei em jamais voltar a pensar naquele acontecimento novamente, seria fifícl esquecer daquilo.
A sala era acomodável, teto, piso e paredes brancas. Tinha umas 3 pessoas lá dentro, reconheci-os de imediato. Eram meus amigos Kyle Brown, Christian Guillera e Mike Town. O pacificador nos trancou e sentamos no chão como todos os outros.
-Que fazem aqui?-perguntei.
-Estamos aqui tem 1 hora! Pichamos a casa do prefeito!-disse Mike com deboche.
-Me surpreende que existem filhos de vitoriosos tão...sapecas!-comentou Kyle.
-É mesmo!-concordou Andrew. Conversamos durante um curto período, até que a porta de ferro fora aberta, a pacificadora chamou por mim e por Andrew. Nos despedimos dos outros e caminhamos até a recepção. Estavam meu pai e Annie estava furiosa.
-Mãe, me desculpe!-pediu Andrew.
-Que fizestes! Mas tens uma pinta de teu pai! Perdoo-te!-ela respondeu serena.
-Pai! Olhe eu...-tentei me explicar.
-Poderia ter nos avisado?-perguntou papai de braços cruzados.
-Era um encontro secreto! Sempre quis me aventurar!
-Para a sua sorte, não foi a sua mãe que atendeu ao telefonema! Fui eu! Deixei ela dormindo, nada falei para ela! Nem diga nada! Mas também lhe perdôo, também era rebelde na sua idade.-ele me deu um abraço, subi em seu carro simples e fomos para casa.
-Quem será o mentor este ano?-perguntei.
-Eu!-respondeu papai.
-Mentor do Distrito 13...
-Sentirei saudades de vocês, florzinha!-disse papai afagando meus cabelos loiros. Fui pro meu quarto e dormi.
Acordei com os pardais na minha janela. Nevava do lado de fora. Estava demasiado cedo. Mas do mesmo modo, tomei um banho de água quente, vesti uma calça legun preta, suéter bege, casaco de neve preto, cachecol rosa e botas marrons. Mamãe já estava acordada, imagino de que papai tenha inventado uma mentira. Ela estava preparando o café da manhã, Dereck estava muito bem agasalhado como eu e devorava um pai com manteiga de amendoim.
-Bom dia, querida! Que queres comer?-ela perguntou calorosamente.
-Humpf...bom dia! O mesmo que o Dereck!-anunciei me espreguiçando.
-Coma rápido! A Colheita é daqui a vinte minutos!-ela anunciou.-Vá se despedir do seu pai! Ele será o mentor do Distrito esse ano! Você sabe o porquê?
-Sei, o nosso Distrito nunca teve vitoriosos, então, como a senhora e o papai vivem aqui, serão sempre mentores!
-Exato, minha querida!-ela falou me entregado o prato que estava a minha refeição.
-Dormiu tarde, Abby! Viu?-ouvi Dereck comentar.
-É contra?-perguntei cruzando os braços.
-Não! Quem me dera ser como você!
-É! Mas você nunca vai conseguir!-falei afagando-lhe seus cabelos claros. Aí o sino tocou, a Colheita estava para começar. Me despedi de papai e fomos para o local de concentração. Chegando lá, coletaram nosso sangue e fomos para as nossas fileiras. Da Capital, chegava uma mulher de meia idade, peruca laranja, batom laranja e vestido laranja.
-Bem vindos! Bem vindos! Felizes Jogos Vorazes e que a sorte sempre esteja ao seu favor! Agora, antes de sortearmos o menino e a menina que representarão o deslumbrante Distrito 13, nós assistiremos um filme muito especial vindo lá da Capital. Visualizei Andrew e Dereck na fila dos meninos, ambos estavam sérios e temerosos. Eu não prestara atenção alguma durante o filme, até que a fonte de constante irritação terminou. Aí a dama laranja continuou:
-Agora, nós vamos sortear os tributos! Como sempre, primeiro as damas!-senti um calafrio e meu coração mais rápido do que o normal, prendo a respiração e engoli um nó. A mulher remexeu os envelopes na urna, puxou um e foi dizer o nome da sortuda menina que representaria o Distrito 13.
-Nossa tributo é...Abigail Mellark!-não! Não! Aquilo não estava acontecendo comigo! Prendi a respiração, soprei um beijo para meu irmão, minha mãe, Andrew e encarei meu pai na extremidade leste do palco. Subi ainda pasma, porém de cabeça erguida.
-O nosso menino será...-Dereck não! Andrew não! Mike não! Christian não!-Roby Colchester!-era o pequeno Roby, de 13 anos que se achava o máximo em tudo. Sei de que eu mesma não aguentaria nem 1 dia na arena, é claro, eu sou boa em facas, no arco como mamãe e forte como papai, mas jamais seria capaz de matar alguém! Um ser humano!
-Estes são os nossos tributos! Cumprimentem-se!-cumprimentei Roby com relutânciaa, estava consciente do que faria! Confiante! Determinada! Eu iria vencer!
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Fui enviada para uma sala de espera individual e sem graça. Fiquei pela janela observando a multidão de jovens deixarem a área de concentração. De repente, a porta se abre, mamãe, Dereck, Annie e Andrew entraram na sala.
-Escuta! Não temos muito tempo!-disse mamãe.-Escute os conselhos do seu pai! Ele sabe como vencer! E saiba que torço muito or você e de que lhe amo demais!-ela falou e me deu um abraço apertado. Foi a vez de Dereck, a seguinte.
-Boa sorte, Abby! Acabe com os carreiristas! Corte eles ao meio e arranque seus dentes!-ele falou tentando me dar humor.-Te amo, mana!-ele falou me dando aquele seu abraço de urso que parecia que iria me esmagar, apesar de ele não ser nada robusto ou muito forte, ele era apenas um magrelo, não tinha força, como eu! Aí Annie veio me abraçar:
-Abby! Você pode fazer isso! Você é corajosa! Você consegue!-ela sussurrou. Enfim, foi a vez de Andrew. Ele me beijou apaixonadamente.
-Eu te amo! E mesmo que pereças na arena, jamais deixarei de lhe amar!-ele me silenciou e me abraçou, deu-me um selinho. Um pacificador entrou e nos mandou sair. Depois disso, fui despachada junto a Roby para um carro de luxo e levada até um trem de maior luxo ainda. Arregalei os olhos com os candelabros de cristal e os talheres de prata pura. Roby logo se acomodou no sofá azul marinho e eu fiz o mesmo um pouco depois. Enfim, a dona laranja se apresentou.
-Meninos, eu sou a Katie e serei a responsável por vocês durante as suas estadias na Capital, vou apresentar-lhes o seu mentor: Peeta Mellark! Só um instante! Com licença!-ela pediu educadamente saindo de nosso vagão. Roby se aproximou de mim e estendeu a mão.
-Eu sou o Roby, prazer em lhe conhecer!-eu retribuí o aperto de mão.
-Abigail! Mas me chame de Abby!-forcei um sorriso.
-Conhece ele?
-Quem?
-O Peeta? Nosso mentor?
-Claro que sim! Ele é meu pai!
-Você jura?
-É isso mesmo se você não sabe.-neste exato momento, papai entrou na sala, me deu um abraço e se sentou na poltrona em nossa frente.
-Oi, Roby e Abby! Eu sou Peeta e vou ser seu mentor!
-Oi, Peeta! Eu sou o Roby!-disse ele se apresentando formalmente.
-Oi, pai.-dei um breve aceno.
-Bom, eu queria que vocês primeiramente pegassem isso!-ele colocou nosso colo um caderno e uma caneta, ele era bem organizado.-Anotem no caderno a primeira lição: Como conseguir patrocinadores.
Os patrocinadores são aliados do idealizador(a) dos Jogos Vorazes. Se você consegue uma ampla simpatia com eles, mais cedo ou mais tarde na arena, se estiver vivo, eles mandarão um paraquedas com um brinda dentro, geralmente coisas de que precisamos, como: remédios, sopa, cobertores e em casos raros pistas.
Você consegue patrocinadores se mostrando um tributo interessante e o demasiado valente e inclusive com uma bela história de vida, mas pontuações altas nas sessões individuais, roupas impressionantes no Desfile dos Tributos, mostras de talentos nos treinamentos e até mesmo seu senso ou estado de espírito.
-Bom pessoal, essa foi a primeira lição de várias durante sua custódia da Capital.-ele anunciou indo até a sua cabine pessoal. Roby e eu nos entreolhamos após anotarmos tudo aquilo no caderno. Até que le decidiu falar.
-Abby, você quer fazer uma aliança na arena?
-Tudo bem, Roby! Eu topo!-falei e ele sorriu.
-Amigos?
-Amigos!-decidi tomar um banho, fui para a minha cabine e tomei um banho quente na banheira de porcelana. Após o banho, vesti uma das roupas do armário feito exclusivamente pela Capital. Todas as roupas exageradas ao máximo, até achar a mais normal o possível demorou um bom tempo; era um vestido até os joelhos rosa bebê com uma faixa verde, um par de sapatilhas cor de rosa, prendi o cabelo em uma trança e voltei para o vagão principal, todos me aguardavam para jantar.
-Demorou, Abby...-brincou Roby, dei um meio sorriso.
-Minha princesa linda!-disse papai me girando no ar.
-Estou com uma fome...-falei me sentando na cadeira de madeira clara talhada em ouro. Me servi de peru com arroz amarelo, bebi suco de uva; enfim, nós conversamos bastante até que bateu aquele soninho, troquei de roupa e pus um pijama de cetim. Liguei a televisão, o velho apresentador Ceasar Flickermann estava a falar sobre os tributos da edição 89 dos Jogos Vorazes. Ele debatia sobre os misteriosos tributos do 13 que seriam os últimos a chegar na Capital, tinham apenas informações de que eram uma menina filha do vitorioso e da vitoriosa Katniss e Peeta Mellark e outro era um garoto ruivo chamado Roby Colchester de 13 anos. Deitei na cama ainda atormentada e depois de algum tempo consegui dormir...