Me chama - Clato escrita por Tadis


Capítulo 1
Me chama - One-shot


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! One shot de Clato aqui!

http://www.youtube.com/watch?v=MWXBxy_ZaU8 - esse é o link da música, que por algum motivo, me inspirou a escrever essa fic.

Boa leitura!



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–Clove! Baixinha... - Cato, o melhor manuseador de espadas do Distrito 2 chamou por uma menina de cabelos longos.

–Cato! Grandão... - respondeu a menina se aproximando.

Ver Cato e Clove era algo completamente irônico. Enquanto ele era alto e forte, ela era baixa e magra. Ele, loiro de olhos azuis e ela, morena de olhos castanhos. Por conta dessas diferenças que trocaram suas primeiras palavras e dali, saiu uma amizade.

–Tenho uma coisa importante para te contar baixinha. - falou o loiro, colocando os braços ao redor da cintura da amiga e a trazendo para mais perto. - Vou me voluntariar esse ano.

Clove, que já tinha seus braços posicionados sobre os ombros do garoto, abriu o mais lindo dos sorrisos e deu um beijo no canto da boca do loiro.

–Isso é ótimo Cato!

–Eu sei! Só que...

–Só que o quê? - perguntou a menina com uma expressão confusa.

Me dá vontade de saber...

–Eu quero comemorar essa notícia com a minha melhor amiga... Só eu e ela. - o loiro sorriu malicioso e beijou os lábios da garota com desejo. Por necessidade de ar, se separaram, ambos com sorrisos maliciosos nos lábios.

–Vem - disse em tom de sussurro, dando um beijo no pescoço de Cato - Vamos lá pra casa.

Com isso, deixaram o Centro de Treinamento e seguiram em direção a casa de Clove para "comemorarem".

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Um mês havia se passado desde aquela noite. Durante esse mês, nada mudou entre a relação de amizade colorida de Cato e Clove, só o fato que a menina parecia estar meio adoecida há algumas semanas.

Hoje era dia da Colheita, onde Cato seria voluntário. E ele realmente se voluntariou, mas não esperava que o nome de sua melhor amiga fosse ser sorteado.

–Isso não podia ter acontecido! Não pode ser! - Cato falou, enquanto abraçava o corpo pequeno de Clove no sofá da sala do trem.

–Mas aconteceu grandão. A gente não tem o que fazer... - Clove se permitiu ser abraçada pelo corpo de Cato como forma de proteção, como se ali fosse o local mais seguro do mundo.

E por pior que toda aquela situação fosse ruim para a amizade de anos dos dois, eles não se afastaram, Muito pelo contrário! Faziam questão de mostrar o carinho que sentiam um pelo outro através de beijos e abraços. E foi assim que passaram o tempo na Capital.

Antes que alguém, pense que estavam apaixonados, eu posso garantir que não. Entre Cato e Clove era a mais pura amizade. Se algumas coisas feitas por eles dois iam além do que amigos normalmente fazem, era por pura necessidade humana. E eles confiavam somente um no outro, a ponto de nunca terem se entregado a qualquer outra pessoa. E isso é o que mais me fez admirar Cato e Clove... A lealdade entre eles.

Mas nada fazia com que Clove ficasse melhor. A leve mudança de comportamento e os enjoos não passaram desapercebidos pelos olhos de Enobaria, a mentora dos dois carreiristas.

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Quando fazia 10 dias que os tributos estavam na arena, um paraquedas chegou para os amigos do distrito 2. Glimmer e Marvel, os tributos do distrito 1 que também eram carreiristas, já haviam sido mortos.

Dentro do paraquedas havia uma caixa retangular e um bilhete de Enobaria. "Só para ter certeza" era o que estava escrito. Dentro da caixa havia um teste de gravidez.

–Clove, você acha que... - Cato tentou formular uma pergunta.

–Deve ser isso. Só pode ser isso! - disse Clove.
Bem, 15 minutos depois Enobaria não tinha mais suspeitas e sim certezas.

Olhando para os dois amigos, era possível ver o quanto os dois estavam abalados. Clove queria sobreviver para poder cuidar do bebê, mas para isso, perderia o melhor amigo e pai da criança. Cato queria que o bebê nascesse e crescesse, mas queria conhece-lô.

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Três dias haviam se passado. Durante esse tempo, houve uma mudança de regras, onde dois tributos poderiam tornar-se vitoriosos, desde que fossem do mesmo distrito. Isso era o que Cato e Clove precisavam ouvir para ter certeza que podiam preservar sua amizade e a vida de uma criança, feita por acidente. Ah, também foi anunciado um banquete na Cornucópia.

–Eu vou e mato a 12. Você fica dando cobertura. - disse a dona dos olhos castanhos.

–Ok, mas qualquer coisa, me chama. - Disse o loiro a abraçando.

Me chama, me chama, me chama

E foi isso que aconteceu. Ela o chamou. E me chamou também!

–Cato! Cato! - Uma Clove desesperada gritava pelo nome do amigo. Ela estava com as mãos sobre a barriga, tentando de alguma maneira proteger o que estava ali dentro. Thresh, o menino do distrito 11 batia com a cabeça de Clove contra a Cornucópia.

O chamado de Clove foi atendido, tanto por Cato quanto por mim. Ele veio correndo, porém quando chegou, ela estava jogada no chão.

–Clove, fica comigo. Você precisa ficar bem, por mim e pelo bebê. - disse o loiro com lágrimas no rosto.

Em um minuto ele percebeu que era inútil. Ela não poderia ser salva. Nem ele. Nem o bebê. Por querer prolongar seus últimos momentos com a amiga, Cato começou a soltar todos os elásticos que prendiam os longos cabelos negros da menina. Deu um beijo e sua bochecha e votou sua atenção para a barriga dela. Depositou um beijo ali. Olhou para ela mais uma vez e fechou os olhos da garota com suas mãos.

–Durma em paz. Vocês dois. Nos vemos algum dia. - disse Cato se levantando. Não queria ver a melhor amiga e seu "acidente" serem levados embora, mas não queria ficar longe deles.

Ta tudo cinza sem você... Está tão vazio...

Cinco dias depois, cato estava sendo atacado por bestantes. Dentre os 21 animais, somente uma daquelas criaturas não o atacara. Não conseguia. Cato notou que os olhos daquele bestante em particular eram iguais aos olhos de sua melhor amiga, e desejou os vê-lo para sempre. Depois de toda a dor causada pelos animais, Cato me chamou indiretamente.

Nem sempre se vê, mágicas no absurdo. Mágicas no absurdo. Mágicas, mas cadê você?

Quem eu sou? A morte. Meu trabalho é resgatar a alma das pessoas e levar elas para o seu devido lugar quando chegar a hora. Confesso que a hora de Cato e Clove chegou muito rápido, e a do bebê mais ainda. Mas acho que foi melhor assim... Uma amizade bonita como a deles merecia ser muito mais que uma lembrança bonita para um deles. Merecia ser eternizada, e eu me certifiquei para que isso acontecesse. O bebê teve que ser sacrificado... Só adiantei o trabalho, que aconteceria mais cedo ou mais tarde.

Depois que levei eles para um lugar bonito e tranquilo, entendi o porque da garota ter ficado grávida. Serviu para me mostrar que nem as coisas mais frágeis podem ser protegidas com algo bonito e duradouro. E eu percebi que Panem era um lugar horrível e que nada nem ninguém estava protegido.

Mas enfim... Caso você conheça uma história que mereça o "eterno", me chama.


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Notas finais do capítulo

Bom, se chegaram até aqui, é porque leram tudo! Agradeço se comentarem, seja o que for!

Beijos!



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