Pequenas Coisas escrita por Ju Xavier


Capítulo 25
Chega!!




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Renê narrando- Liguei para a Alice e pedi que ela viesse, ela nem tentou recusar, mas não expliquei o que aconteceu com a Lê, apenas disse que eu e a Helena precisávamos falar com ela e que era importante. Subi ao quarto novamente e a minha princesinha continuava dormindo, a Helena fazia carinho em seus cabelos ainda deitada ao seu lado

–- A Alice já está a caminho.- Falei e sentei à beira da cama.

–- Que ótimo, não vejo a hora de entender o que está acontecendo. Me dói ter que vê-la assim.- Ela diz de cabeça baixa

–- Eu sei me amor, também me sinto desse jeito, mas olha, vamos resolver isso, a nossa filha vai ficar bem.- Levantei sua cabeça e a abracei beixando um beijo no seu pescoço, pude sentir sua pele arrepiar e abri um meio sorriso.- Eu acho melhor a gente descer e esperar a sua irmã chegar.

–- Tem certeza que é uma boa ideia deixá-la aqui sozinha?

–- Ela está dormindo, e desse jeitinho não acorda tão cedo. - Ela concorda e da um beijo em sua testa antes de sairmos. Já na sala, tento acalmar um pouco a Helena puxando assunto. -Foi impressionate!- Ela me olha questionando, então continuo.- Quando você a abraçou.- Expliquei.- Ela estava nervosa, mas foi só você a abraçar que ela se acalmou.

–- Porque ela viu que que só nós três estávamos no quarto.- Ela afirma.

–- Como se ela estava com os olhos fechados? Ela sentiu que era você Helena e isso foi impressionante!- Ela sorrir e me beija, adoro vê-la sem graça, fica ainda mais linda.

Helena narrando- Depois do que parece uma infinidade de horas a Alice chega, reclamo por ela ter demora um bocado, mas logo voltamos ao assunto que interessa. Conto todo a história da Letícia, e vejo pela sua expressão qua a coisa não está nada boa.

–- Vamos Alice, fala logo, o que está havendo com a Letícia?- Perguntei aflita, Renê segurava a minha mão tentando me acalmar, o que era difícil pois ele também estava bem nervoso.

–- Bom, não vou tentar enrolar vocês, pelo que me contaram, a Letícia pode está com princípio de depressão. - Ah por favor, ela só pode está brincando né?

–- Depressão? Mas ela é só uma criança!- O Renê questiona e aperta um pouco mais a minha mão.

–- Mas calma gente, pode ser isso, como também pode ser um estresse pós traumático, que também explicaria as alucinações. Antes de afirmar qualquer coisa eu preciso conversar com ela primeiro.

–- Ela acabou dormindo depois de uma crise. Alice, tem algum concelho pra gente?- Minha voz sai um pouco rouca o que faz o Renê colocar sua mão livre no meu ombro e apertá-lo.

–- Não a deixem sozinha, nem por um segundo, pode ser perigoso.

–- O que você quer dizer com "perigoso"?- Renê pergunta e eu temo a resposta.

–- A Letícia pode tentar se machucar.- O Renê ficou transtornado, largou a minha mão e levantou.

–- Ela é uma criança! Nunca pensaria em fazer isso!- Ele altera um pouco a voz, eu agarro sua mão outra vez e ele volta a sentar, seus olhos estavam vermelhos, prestes a chorar, então com meus dedos faço círculos na palma de sua mão, um carinho que aprendi com ele, que sempre consegue me acalmar.

–- Alice, mais alguma coisa?

–- Tentem distraí-la, a levem para passear, mostrem o quanto a amam. Eu sei que está sendo difícil pra vocês também, mas, tentem agir normalmente, pelo menos na frente dela.

–- Vamos fazer isso sim, obrigada Alice, você ajudou muito!- Ela me abraçou se despedindo.

–- Que isso, volto aqui amanhã depois do almoço para conversar com ela, está bem?- Concordei e a levei até a porta.- Helena, eu sei que o Renê não gostou muito, mas eu falei sério sobre a deixar sozinha. Se você notar ansiedade, nervosismo ou qualquer coisa do tipo, não desgruda dela em hipótese alguma.

–- Eu entendi Alice, vou ficar com ela.- Ela saiu e eu voltei ao sofá, fiquei de pé na frente do Renê que tinha a cabeça baixa.- Ei, como você está?- Coloquei as minhas mãos sobre seus ombros.

–- Eu não sei, é confuso. A Alice estava falando sério? O que você acha sobre isso?- Ele perguntou mas não levanta a cabeça.

–- Ela falou sério sim, Renê. E eu vou fazer o que ela pediu, tudo o que ela pediu.- Enfatizei o "tudo", e ele levantou a cabeça.

–- O que? Você também acha que a Letícia pode se machucar?- É a segunda vez que ele aumenta a voz hoje.

–- Meu amor, eu não sei o que a Letícia pode fazer, e esse é o problema. Não sabemos o que ela está sentindo, nem o que se passa naquela cabecinha, eu sei que ela é muito nova, mas ela pode está depressiva.- Respondi ainda de pé, olhando em seus olhos.

–- Chega!! Eu não quero mais ouvir sobre isso.

–- Ok.- O deixei sozinho e subi até o quarto onde ela ainda dormia.


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