Summer Camp escrita por Maria Júlia, lifedbieber


Capítulo 7
Capítulo 7 - Pela ultima vez.


Notas iniciais do capítulo

MINHAS TOTOSAS E TOTOSOS, EU TO MUITO FELIZ E SABEM POR QUE? Eu e a Larissa (minha irmã totosa) fizemos nosso pai gastar mais de mil e setecentos reais em livros, eu estava assaltando as estantes e voltamos com um monte de sacolas pra casa. E a nossa mãe falou que nós somos muito fanáticas por livros, poxa.. magoou. Esse capítulo é pra desviar um pouco do Paulo e da Alicia, ok? Então não me mantem.



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Os lábios de Paulo eram gostosos, o beijo dele era gostoso. Suas mãos desceram até a minha bunda e ele apertou aquele local e dando um riso entre o beijo, eu tomei conta do que estava fazendo e logo o encarei bufando, ele tentava se manter sério mais começou a rir, lhe mandei o dedo do meio e saí andando.

– Filho da égua. - disse.

POV Margarida

Já era de noite, as meninas tinham ido jantar enquanto eu ficava no quarto, estava sem fome. Enquanto tocava Emblem3 no meu celular, algumas lembranças invadiam a minha mente, a morte dos meus pais no acidente de carro foi a pior coisa que aconteceu comigo nesses tempos, mais eu acabei sendo adotada por uma família que cara, eu amo eles demais. Ninguém daqui do acampamento sabe disso e eu pretendo que eles não saibam tão cedo, eu odeio contar da minha vida para eles.

– Ora ora se não é a menina adotada daqui. - uma voz soou pelo quarto, era a cobra da Maria Joaquina entrando, engoli seco e me sentei na cama. Ela tinha em mãos um iPad e parecia que ia me mostrar algo, seu olhar estava estranho, parecia ter ódio de mim, eu nunca fiz nada pra essa garota, nunca a vi uma vez se quer na vida. O projeto de Barbie como a Alicia diz, sentou na minha cama e logo deu play em um vídeo (se quiser ouvir, clique) que eu estava cantando quando pequena.

– O que você vai fazer com isso? - perguntei.

– Nada ué, apenas quero que nossos colegas vejam o quanto você gosta de cantar, saber que você é adotada e que seus pais morreram em um acidente de carro.

– Por que você quer fazer isso? Como descobriu? Eu nunca contei á ninguém, e sem contar que eu não te fiz nada garota. - eu estava ficando nervosa, meus olhos estavam marejando, essa garota é uma peste cara.

– Nenhum motivo especial, eu apenas gosto de ver os outros sofrendo. - isso pra mim foi a gota d'água e eu logo meti a minha mão em sua cara, olhei para a porta e as meninas junto com os meninos estavam boquiabertos, peguei meu violão e calcei o chinelo, eu precisava sair daquele mundinho ali, eles me deram espaço e eu logo saí correndo em direção a floresta, estava tudo escuro mais não tenho medo.

POV Daniel

Olhei para os meninos sem entender aquela cena, já bastava eu ter vomitado na Barbie hoje, a Margarida sai daqui quase chorando por conta dessa coisa. Alicia tomou o iPad que estava em sua mão e foi para perto de nós, deu play em um vídeo e logo apareceu aquela garotinha cantando e tocando violão, sorri, se a Margarida tinha uma voz incrível nessa idade, imagina hoje, com dezessete anos. Peguei uma lanterna que tinha em cima da cama de uma das meninas e saí pela floresta a fora procurando-a, um som de violão e uma voz meiga vinha ao meu lado direito - que gay - caminhei até aquele local e puf, lá estava a Margarida.

– Eu sei nada vai mudar, mas tenho tanta coisa pra falar Sobre você (sobre você) Sobre mim, sobre nós tente me ouvir agora (Tente me ouvir agora!) É! pela última vez É! pela última vez. Eu quero que prometa. Todo seu destino é meu.. - me sentei ao seu lado e logo ela tomou um susto, deixei a lanterna em uma posição que iluminasse nós dois e encarei seu corpo, put* que pariu, ela é gostosa demais. - Dá pra parar de encarar o meu corpo, principalmente as minhas coxas e me responder, o que faz aqui?

– Eu sei lá, queria te ouvir cantando de novo. Não liga pro que a Barbie diz, você canta e toca muito bem. - disse.

– Eu não me preocupo se ela fala mal ou não da minha voz, ou do violão. É outra coisa.

– Posso saber? - fez um gesto negativo com a cabeça. - Ê porque não? Pode confiar em mim, eu tenho esse jeito meio.. estranho e safado, mais sei guardar segredo, principalmente quando é dos amigos.

– E que.. - suspirou. - No mesmo dia que eu gravei esse vídeo, de tarde meus pais postaram ele na internet e bem, tiveram muitos acessos, mais de noite a gente saiu pra uma festa de aniversário e meu pai acabou batendo o carro em um caminhão que vinha na contra mão, eu por estar morrendo de sono acabei dormindo no banco com um monte de cinto em mim e pelo o que os policias disseram, meus pais não estavam com cinto no carro, eles apenas queriam me proteger, não ligavam pra eles mesmos. E eles acabaram morrendo, e quem sobreviveu foi eu.. uns meses depois eu fui adotada por uma família assim, muito rica e tals, eu amo demais eles, mais eu queria que meus pais ainda estivesses vivos. E tipo, o nome da música é Pela última vez.. foi a última vez que eu vi os meus pais, vivos, as vezes eu penso que isso foi um aviso, sei lá.

– E você não queria que a gente daqui do acampamento soubesse disso correto? - perguntei e ela assentiu. - Não sei por que iriam te zoar, eu queria ser adotado. Parece ser muito legal, mesmo eles não sendo o seus pais de sangue, eu sei que eles te amam de mais e vice versa. Essa música é bonita, você canta muito bem.

– É.. - sorriu. -

– Toma a minha blusa de frio, monta nas minhas costas e vamos voltar para o acampamento. - disse e ela me olhou com uma cara estranha, Margarida vestiu minha blusa e eu ri, ficou um pijama tipo, gigante. Ela colocou o violão nas costas e montou em mim, apertei suas coxas contra a minha barriga e voltamos para o acampamento onde Helena estava com uma cara preocupada, ela desceu das minhas costas e ia entregar minha blusa porém não deixei. - Relaxa, ela só quis esfriar a cabeça. Fica com a minha blusa, seu perfume vai ficar nela, gosto disso. - rimos.

– HUUUUUUUUUUUUM SAFADENHOS. - Jaime gritou do fundo.

– Jaime, vai pegar a Bruna que você ganha mais. - disse e ele me lançou um olhar furioso, bufei e voltei para o chalé.

POV Marcelina

Eu tô confusa, sabe o que é estar confusa mesmo? Não sei se estou começando a gostar do Daniel, ou do menino que eu não consigo lembrar o nome de jeito nenhum, talvez a Alicia sabe quem é ele. Eu não fiquei com ciumes do Daniel com a Margarida - mentira, fiquei sim - mais talvez ele só queria ajudar, af. Entrei para dentro e me cobri com uma das cochas de pelinho que tinham lá, Alicia estava lendo A Culpa é das Estrelas e só faltava chorar ali, seus olhos estavam marejados já.

– ALICIA CAPETA ME ESCUTA. - taquei uma almofada em seu rosto.

– O QUE É CRETINA? - me gritou de volta, ri e a encarei.

– Então.. sabe aquele menino dos olhos azuis? - ela assentiu. - Esses dias ele ta me secando sabe, como se eu fosse um pedaço de carne e ele fica me encarando toda hora, as vezes da um sorrisinho sem graça e quando eu olho de novo, cadê o menino? Ele some, do nada.

– É o Jorge, ele é mauricinho sabe. - disse e eu concordei. - Ele parece ser assim por causa dos pais, metade dos meninos mauricinhos e das projetos de Barbie pelo mundo - referiu-se a MJ, aposto - são por causa disso.

– Hum..

– Por quê em Marcelina?

– Nada não. - respondi e me virei para o lado tentando pegar no sono, porém uma vaca invadiu a minha cama se jogando ao meu lado. - Alicia, o que foi merda?

– VOCÊ TÁ GOSTANDO DO JORGINHO É? - gritou, ou melhor berrou e eu neguei. Valéria e Margarida olharam para mim rindo, as encarei e acabei rindo também, olhei para Bruna que estava ao lado da cama de Alicia e ri fraco, ela não se movia, estava apenas concentrada naquele livro que não dava pra ver o nome. - BRUNA ACORDA!

– AI DESGRAMA, QUEM MORREU? - ela caiu da cama.

– Só os pais da Margarida. - Maria Joaquina disse e só escutamos um estrondo vindo de sua cama, ela tinha lhe dando um tapa na cara tão forte que a mesma caiu da cama gemendo de dor. Carmem a puxou pelo braço enquanto Valéria levantava MJ. - Eu disse a verdade, não tinha motivo pra você ter me dado um tapa.

– Escuta aqui, o dia que os seus pais morrerem e alguém fizer piadinhas sobre isso, você vai saber como é bom Maria Joaquina. E eu vou estar na sua frente, rindo com os outros, tudo que você faz com as pessoas vai voltar pra você, e ainda pior. - disse séria, Alicia estava se matando de rir e bem, eu também.

– BEM VINDA AO TIME DAS QUE ODEIA A BARBIE. - a Bruna gritou, essa menina é louca, ela estava quase do lado das duas e pra que gritar? - É melhor a gente falar baixo antes que a Helena venha aqui reclamar, parece que nós somos piores que os meninos.

– Só que não. - eu disse.

– Concordo com a Marce, só que não mesmo. - Carmem disse.


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Notas finais do capítulo

Em fim gente, é isso. Gabi vai continuar.