Summer Camp escrita por Maria Júlia, lifedbieber


Capítulo 15
Capítulo 15 - Eu não quero isso.


Notas iniciais do capítulo

E quem tá merecendo uns tapa agora por demorar a postar? Eu, Maju.. gente eu acabei de chegar de viajem e mesmo estando morta de cansaço vim escrever um capítulo pra vocês, eu no caminho vim pensando em um monte de coisa e acho que esse capítulo vai ficar bem grandinho. Minhas aulas vão começar na semana que vem (segunda) e graças a Deus eu vou estudar de manhã e a tarde irei ter muito tempo pra escrever e postar nas duas fic's, não vou demorar igual esses dias. Em fim, é isso e boa leitura. /Maju



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– Paulo e Alicia, eu quero conversar com vocês dois. - Helena disse antes que eu pudesse responder o que ele havia dito, aí vinha merda para nós dois.. Coloquei outra colherada de sorvete na boca e saí andando com o Guerra até a sala da mesma, me sentei na cadeira e ela me encarou com um sorriso cínico nos lábios.

– O que manda? - perguntei mesmo imaginando sobre o que era.

– Quando eu elaborei esse acampamento, os chalé's foram construidos separados. Ou seja, menina não entra no chalé de menino e vice versa.. o que vocês dois tinham na cabeça de quase "ficarem" na frente do seus amigos? - ela ia dizendo mas Paulo interrompeu-a.

– Desculpa diretora, mas você acha mesmo que eu ia levar a Alicia pra cama na frente dos meus amigos? Nem que eles não estivessem ali, eu não ia fazer uma coisa que ela não quisesse ou algo parecido. Você não é nossos pais para ficar dando sermão em tudo que fazemos, eu já vou completar dezoito anos e tenho noção do que faço. - falou.

– Paulo eu posso não ser os pais de vocês, mas eu quero ser amiga.. eu não quero que ninguém acabe ganhando filhos aqui. - esse papo já tinha me deixado estressada e a primeira coisa que veio em mente foi sair dali. Paulo veio atrás de mim e me prensou na parede de trás do chalé.

– É sério que você vai ficar nervosa por causa do que ela disse? - perguntou e eu revirei os olhos. Paulo riu e continuou a me prensar na parede, suas mãos pousaram na minha cintura e logo seus lábios se encostaram aos meus. Eu não queria ceder ao beijo mas o desejo falou mais alto, de novo, passei minhas mãos envolta de sua nuca e puxei alguns fios de seus cabelos, Paulo desceu sua boca até meu pescoço e deu uma mordida forte ali.. aquilo doeu mas eu não ia gritar, acabando com o clima.. espera que clima Alicia? Não tem clima nenhum nessa "bagaça". - Eu vou ir pro chalé, juízo você.

Ignorei ele e fui caminhando até o lago, ninguém além de Jorge estava ali. O mesmo veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, o que esse menino quer comigo? Eu em..

– Olha Alicia, eu sei que você e o Daniel sabem da casa verde.. dos bilhetes e das fotos da Margarida. Eu não elaborei isso, Maria Joaquina que me fez entrar nessa porque eu havia descobrido da casa. Você e o Daniel estão tentando fazer com que eu me afaste da Marcelina não é? - assenti. - Não tente fazer isso, eu não sei porque mas ela me faz pensar de outra forma.. de um jeito diferente.

– Ok, eu vou pensar. - falei e ele assentiu indo embora do lago, eu não sabia se ele dizia a verdade, mas por um lado se eu dar uma chance pra ele e o mesmo iludir a minha melhor amiga eu vou me sentir culpada, e pelo outro se a Marcelina descobrir que eu escondi tudo isso dela, ela nunca vai me perdoar. - O que eu faço meus deuses? O que eu faço?

POV Margarida

No saguão todos nós conversávamos sobre o Colégio Militar, ninguém queria sair do acampamento pra ir pra esse lugar que deve ser um inferno. Mário e Carmem chegaram abraçados e isso fez com quem nós os zoassem, Daniel comia um pote de sorvete de flocos e esses eram os meus preferidos. Peguei uma colher e coloquei no pote, tirei uma bola gigante e coloquei na boca enquanto ele me encarava com um beicinho de todo tamanho.

– Para com esse beicinho e essa cara de cachorro que acabou de cair da mudança. - falei e ele riu sem graça. Jorge entrou no saguão e se sentou ao lado de Marcelina e em seguida lhe deu um beijo na bochecha. - Eles estão namorando? - cochichei no ouvido de Daniel.

– Eu não sei. - disse. - Pra quando é o casamento?

– Não sei Daniel, pra quando é o seu com a Margarida? Daí nós podemos nos casar todos juntos. - Jorge respondeu rápido o que me fez ficar boquiaberta, e Marcelina também, Jaime puxou o famoso "UUU TOMA" e em seguida nossos amigos também começaram a falar isso. - Eu to brincando cara, relaxa.

– Se você diz tudo bem, eu tava quase levando isso a sério. Tenho uns contatos bons de umas igrejas aqui. - Daniel disse e eu lhe dei um tapa forte no braço. - Eitha, o que eu falei de errado? É sério ó.. tem o Juca e o Leonardo, são uns carinhas ótimos pra arrumar uma vaga de casamento duplo.

– Você é muito abusado. - respondi e isso fez o mesmo rir. - Eu não quero ir pra droga desse colégio semana que vem.. é tortura.

– Vish amiga, não é só você.. - Bruna disse e eu fiz bico.

Me levantei e fui andando em direção ao chalé, a única pessoa que estava la dentro era Maria Joaquina e graças aos deuses dormia. Entrei no banheiro e fechei a porta, me despi e tomei um banho demorado, me enrolei na toalha e adentrei novamente no quarto, o projeto de Barbie não estava ali mais o que era bem estranho - como sempre - dei de ombros e peguei um short jeans, uma blusa branca e por cima o moletom que Daniel havia esquecido no quarto, calcei meus chinelos e deixei meus cabelos soltos para eles secarem, me sentei na cama e peguei meu violão começando a tocar Mundo Sim - Condução do Sistema.

POV Valéria

– VOCÊS ACHARAM MESMO QUE IRIAM FICAR SEM GINCANA HOJE? - Helena chegou gritando no saguão junto com Eduardo que estava quase dormindo em pé. Fomos para o local onde todas as gincanas aconteciam, e um embrulho surgiu no meu estômago, dessa vez tudo ia ser mais difícil. Eram duas etapas, uma fácil e outra nem tanto. - Está faltando alguém?

– Margarida, Alicia e Paulo. - respondi.

– Vá chamar a Margarida, já a Alicia e o Paulo não precisam vir. - ela disse e eu dei de ombros, fui para o chalé e encontrei Margarida cantando. Ela se assustou ao me ver e se levantou, ia dizer algo porém eu a puxei de pressa para as gincanas. - Ótimo, vamos começar. Equipe azul será dos meninos e equipe vermelha das meninas, quem atravessar o lago junto com os obstáculos sem cair e pegar a bandeira no topo da árvore ganha. - falou. - E Maria Joaquina, sem drama por quebrar a unha ok?

Segurei o riso e logo que o apito soou nós meninas saímos correndo. Eram várias pontes e pneus no caminho, junto com cordas e um negocio de ir e voltar sentada pendurada em cima do lago. Bruna, eu e Marcelina demos a louca quando chegamos na árvore que estava a bandeira, porém Jaime, Davi e Jorge estavam do outro lado da árvore discutindo pra ver quem ia subir primeiro. Preparei minhas mãos e subi igual uma macaca tentando pegar a bandeira, Davi estava do outro lado representando os meninos.. aah ele não ia ganhar mesmo, eu nunca perco.

– VAI VALÉRIA, VOCÊ CONSEGUE! - as meninas gritavam.

– PÔ DAVI, PEGA ESSA DROGA LOGO! - Jaime e Jorge gritaram.

Levantei um pouco os braços e puxei a bandeira, Davi tentou pegar ela de mim o que me fez desequilibrar e cair da árvore batendo as costas com tudo no chão. Marcelina me ajudou a levantar, eu sabia que minhas costas iriam ficar roxas e dolorida depois, mas o meu time precisava ganhar. Os meninos vieram correndo em minha direção e a primeira coisa que eu fiz foi jogar a bandeira para Margarida que estava no meio do caminho.

Ela tacou a bandeira para Carmem e a única opção era Maria Joaquina, já que ela não tinha ninguém por perto e Mário se aproximava dela. Carmem jogou a bandeira para a mesma, olhei com um sorriso desapontado no rosto e ela me encarou com um sorriso enorme nos lábios, Daniel se aproximou dela na tentativa de pegar mas acabou caindo no lago. Ela passou pelos pneus e pela ponte chegando na reta final comemorando.

– Quem diria em.. você não fez drama por quebrar a unha. - falei e ela riu.

– Meninas nunca perdem para meninos. - disse e eu sorri.

POV Jaime

Depois de termos perdido para as meninas, eu saí dali indo para o lago. Avistei Alicia de longe e corri para o banco me sentando ao seu lado, ela se afastou mas eu peguei em seu braço puxando-a para o quartinho dos faxineiros. Ninguém havia nos visto, eu espero.. porque se não eu estava encrencado.

– É sério que você vai me abusar? - perguntou e eu ri.

– Se você for boazinha, não. - respondi e ela se afastou mas ainda, prendi ela na parede e comecei a dar mordidas no seu pescoço. - Olha.. o Guerra já deixou sua marca no seu pescoço? Que irônico, ele pode.. eu não, porque em Alicia? Porque?

– Para Jaime.. - ela se debatia contra mim. - Eu não quero isso seu filho da puta.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, espero que tenham gostado.. não ficou essas coisas mas eu tentei. Beijos.