O Reino de Onigiri escrita por Shadow_Yume


Capítulo 1
O Chamado dos Guardiões




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No reino de Onigiri, reinava uma certa paz. Era uma paz bem vinda, pois esse reino havia atravessado grandes guerras no passado. É dito que seus regentes eram protegidos por doze guardiões durante essas crises. E os sábios predisseram que uma estava prestes a começar...

Capítulo 1: O Chamado dos Guardiões.

“Ohime-sama” Diz Shigure, o mordomo, entrando apressadamente no salão. Shigure era o líder dos empregados do palácio e conhecia bem as funções que cada um exercia.

“Shigure-san” Tohru se levanta e vai até ele.

Tohru Honda era a princesa do reino de Onigiri. Sua mãe, a rainha estava no exterior cuidando de assuntos importantes e ela foi deixada para praticar a liderança que no futuro lhe seria necessária.

“Deve se apressar os convidados especiais chegaram”

“Oh tão rápido” Diz um tanto surpresa.

“Já são duas da tarde” Diz Shigure com uma enorme gota sobre a cabeça.

“É mesmo! Ah, com licença” Diz Tohru correndo.

“É uma tontinha mesmo” Pensa Shigure apenas observando.

Em um outro salão.

“Aqui estão, quatro dos doze” Diz Shigure assim que chegaram no cômodo.

“Obrigada, Shigure-san” Agradece Tohru e se volta aos quatro, que estavam sentados á mesa.

“É um prazer conhece-la, Ohime-sama” Diz Yuki, um jovem de cabelos roxos e olhos profundos.

“Ah...O-o prazer é meu” Diz a princesa fazendo uma pequena reverência. “Onde está o quarto?” Pergunta Tohru olhando para os todos os presentes e vendo que faltava um.

“Hm? Ué, ta faltando um...” Diz Shigure notando a falta do quarto.

“Tohru-Hime! Você sabe quem sou eu?” Pergunta Momiji, um garoto loiro de olhos claros e com voz fina.

“Hm...Coelho!”

“Pin-Pon!” Brinca Momiji sorrindo.

“Isso não é apropriado Momiji” Repreende Yuki em tom severo.

“Ah...desculpe” Ele pede nada envergonhado e com um sorriso carismático estampado.

“T-tudo bem” Tohru da um meio sorriso, por todos a tratarem da mesma forma, não estava acostumada com aquilo vindo de estranhos, principalmente o jeito alegre de Momiji, a cordialidade era tão freqüente que parecia que fazia parte de seu nome.

“Kagura, apresente-se” Sussurra Yuki para a garota de cabelos castanhos, parecida com a Princesa, mas não tinha o rosto tão infantil, os olhos eram sérios.

“Hime-sama” Chama a garota.

“Você é o macaco?” Tohru tentou chutar, Kagura balança a cabeça de forma negativa.

“Javali” Ela diz calmamente, Tohru sente o rosto aquecer.

“Desculpe...” Ela diz meio sem jeito.

“Não há problema” Diz Kagura na mesma impassividade.

“Ah, é aqui” Diz um jovem de cabelos brancos e negros ao entrar na sala.

“Aí está o quarto” Diz Shigure.

“Hatsuharu-san” Diz Tohru

“Como sabe o meu nome?” Surpreende-se.

“Minha mãe, falou muito bem de você” Ela diz sorrindo e feliz por tê-lo conhecido.

“Não se preocupe Hime-sama, Hatsuharu-sama irá protegê-la” Diz Haru.

“Obrigada” Ela diz abrindo um sorriso.

“Pode contar conosco, certo Yuki?” Diz Kagura olhando para o garoto, que concorda.

“Encontraremos os outros oito” Diz Shigure

“C-certo, já sabem onde encontra-los?” Pergunta a princesa um tanto preocupada.

“Eles estão no reino, é tudo que sabemos” Diz Shigure.

“Grande ajuda...” Diz Haru baixinho.

“O reino é grande... Como vamos fazer?” Pergunta a princesa olhando para Shigure e depois para os guardiões.

“A moda antiga: procurando” Diz Shigure.

“Mas...Vocês são quarto...” Diz a princesa olhando para os guardiões.

“Não, não. A missão deles é ficar aqui protegendo a senhorita” Informa Shigure.

“Temos que acha-los, o mais rápido possível, não concordam?”

“Isso é certo, mas não há pressa” Diz Yuki

“Como não? Temos que acha-los.”

“Eles logo vão aparecer” Diz Momiji.

“Não se preocupe Hime-sama” Diz Kagura.

“Temos que acha-los...” Pensa Tohru decidida.

“Com o tempo os outros virão” Diz Haru.

“Hai...” Concorda Tohru desanimada.

“Com esses aqui, será fácil encontrar os restantes” Pensa Shigure apenas observando.

Em outro lugar do palácio, mais tarde.

“Ei, alguém sabe porque fomos chamados?” Pergunta Haru.

“Não sei, mas não pode ser coisa boa” Diz Yuki

“Nunca é...” Diz Kagura fazendo cara feia.

“...Vocês também estão sentindo isso?” Pergunta Haru em tom sério e alarmado, Yuki, Kagura e Momiji ficam em silêncio, apenas seus olhos rodavam pelo salão.

“É...” Diz Kagura ainda sentindo a presença.

“Essa presença estranha...” Diz Haru.

“Muito suspeita” Diz Kagura se levantando do sofá.

“Vem daqui” Diz Yuki seguindo a estranha presença.

“O que estão fazendo?” Pergunta Hanajima, aparecendo na frente deles. Saki Hanajima era uma bruxa de grande poder. Servia como protetora e tutora para Tohru desde criança.

“Investigando” Diz Haru.

“Hm...” Hanajima fica olhando para eles sem sair do caminho.

“Assim, você sabe o que tem naquela torre?” Pergunta Haru apontando para janela afora.

“Sei, não devem ir para lá, se preocupem com a princesa” Diz Hanajima friamente.

“Certo” Diz Yuki

“Esqueci uma coisa” Diz Kagura se afastando.

“Onde está a Tohru-chan?” Diz Momiji com toda a folga.

“‘Ohime’.” Corrige Hanajima.

“Tohru-Hime” Diz Momiji alegremente.

“Não fica bem trata-la de forma tão íntima” Diz Hanajima calmamente.

“Certo, certo” Diz Momiji balançando a cabeça.

“Na outra torre...” Pensa Kagura passando por trás de uma estátua de soldado, e desce as escadas de pedra. “Uma porta?” Diz empurrando a porta de ferro havia celas, todas possuíam uma energia estranha, alguma espécie de selamento, o lugar era fundo, muitas celas estavam vazias, o lugar era mal iluminado, havia outra porta. “O que eles escondem?” Se pergunta empurrando a porta, mas só havia uma parede, como se algo tivesse sido barrado, Kagura passa a mão pela ‘parede’, era apenas pano, atrás havia outra porta. “Seria um tesouro?” Pergunta Kagura para si mesma e levantando o pano e passando, só havia mais corredores, transformando o lugar em um labirinto, os corredores eram iluminados por uma luz alaranjada, no chão havia água, como se um cano estivesse estourado, havia vários caminhos, mas aquela energia estranha vinha apenas de um deles, o caminho da esquerda, seguiu e parou em frente a uma cela com uma barreira no lugar de grades. Kagura tocou na barreira, mas fora repelida. “Mais forte do que eu?” Perguntou inconformada.

De dentro da cela, surge um olho brilhando. Kagura recua um pouco.

“Quem é?” Pergunta ainda assustada.

“Garota, pode me tirar daqui?” Pergunta o dono do olho.

“P-porque eu faria isso? A sua energia... é estranha...” Diz Kagura tentando não parecer muito assustada.

O dono do olho se aproxima da barreira, deixando Kagura vê-lo. Aparentava ser apenas um garoto normal.

“Tem coragem de me deixar aqui?” Pergunta o garoto.

“Tenho mais coragem do que imagina” Responde um tanto brava, pelo garoto tentar faze-la de idiota.

“Desfaça a barreira, AGORA!!!” Grita o garoto acertando um soco na barreira que vibra com o golpe.

“Porque não me diz o seu nome?” Pergunta Kagura calmamente e se sentado no chão em frente à cela.

Se eu disser meu nome verdadeiro ela ira embora.” Pensou o garoto avaliando sua situação. “Kyo.”

“Sou Kagura, porque está aqui? O que fez?” Pergunta um tanto interessada.

“Isso não é importante.” Diz Kyo. Era a ultima coisa que ele queria conversar.

“Deve ser muito grave, isso aqui estava muito bem escondido” Diz observando o local.

“...O pessoal desse castelo não é tão bonzinho quanto você imagina...alias, o que você é?”

“Já percebeu?” Pergunta Kagura calmamente.

“Você não é uma pessoa comum, isso eu notei”.

“Sou o Javali” Diz ela sem olhar para ele.

“Hm?” Ele pergunta sem entender.

“Eu faço parte do grupo dos 12, os 12 animais do horóscopo chinês” Diz Kagura ainda sem encará-lo.

“...Idaí?” Pergunta Kyo.

“Foi você que perguntou...” Responde um tanto mal humorada.

“...E o que você está fazendo no castelo?”

“Protegendo a princesa”

“Entendo... O que faz aqui?”

“Senti uma energia estranha e vim ver, pensei que pudesse prejudicar a princesa” Diz Kagura olhando bem para o garoto.

“Energia estranha?” Kyo se faz de desentendido.

“Sim, uma energia forte e profunda” Diz Kagura torcendo os olhos.

“E porque isso prejudicaria a princesa?”

“E se fosse um inimigo?” Pergunta Kagura com um leve sorriso.

“Eles não guardariam um inimigo tão perto da princesa, guardariam?” Pergunta Kyo revirando o jogo.

“E se ele estiver escondendo alguma coisa?” Pergunta Kagura tentando revirar novamente o jogo.

“Acha que estou escondendo algo?”

“Acho estranho você estar aqui” Responde Kagura apenas observando a cela.

“O pessoal daqui exagera muito”

“É, eu sei.”

“Escuta, os caras aqui me esquecem facilmente, não tem como você arranjar algo pra mim?”

“Claro, vou buscar comida e bebida, ta?” Diz Kagura se levantando.

“Eu agradeço” “Será que foi convincente” Se pergunta Kyo.

“Já volto” Diz Kagura antes de ir embora.

“...É...parece que chegou a hora” Diz Kyo depois que a garota saiu.

Em algum salão do Castelo.

“Esse lugar é tão tedioso...” Diz Haru

“O que você esperava” Pergunta Yuki

“Pensei que seria mais divertido” Responde.

“O que estão fazendo?” Pergunta Kagura entrando no cômodo.

“Nos entediando e você?” Pergunta Haru

“Buscando comida” Diz Kagura se pendurando no portal e tentando descobrir para onde ir.

“Buscando pra quem?” Pergunta Yuki. Não fazia tanto tempo desde a hora do almoço.

“Pra princesa” Mente Kagura.

“Ela não pretende nos usar como empregados, pretende?” Pergunta Haru.

“Não, eu só quero fazer um agradinho” Diz Kagura sorrindo, para tentar ser convincente e para que Haru parasse de falar sobre isso.

“É uma boa idéia” Diz Yuki

“Que besteira...” Diz Haru

“Depois nós teremos uma recompensa, quem sabe?” Diz Kagura imaginando algo.

“Seria interessante” Diz Yuki também imaginando.

“....” Haru fica apenas observando os dois.

De volta a prisão.

“Eu trouxe, não sei se você gosta mais eu trouxe” Diz Kagura carregando algumas coisas nos braços.

“Qualquer coisa serve... como vai passar isso?”

“Direto pela barreira, ela me anula, mas não a comida” E passa facilmente os alimentos “Viu?”

Kyo nem responde, apenas devora tudo que fora passado.

“Acho que trouxe pouco” Diz Kagura observando como Kyo comia.

Kyo assente enquanto devorava.

“Kyo, o que acha de eu falar com a rainha?” Pergunta Kagura sentado novamente em frente a cela.

“O QUE?!” Berra Kyo e engasga com a comida.

“Qual o problema?” Pergunta sem entender.

“Não fale com ela, não fale com ninguém a meu respeito, entendeu?” Diz Kyo seriamente, até intimidou Kagura.

“T-ta, mas...hm... “Qual o problema de eu falar com a rainha?Ele dever estar aqui há muito tempo, devem até ter esquecido dele”.

“Eu disse que eles são exagerados, se você os lembra de mim, eles podem fazer coisas piores comigo”.

“No mínimo você merece” Diz Kagura observando.

“Eu tenho cara de quem merece estar nesse buraco?!” Berra Kyo

“Eu tenho cara de babá?!” Berra Kagura.

“Eu não me lembro de ter pedido a sua ajuda” Diz Kyo de forma grosseira.

“Então apodreça aí” Diz Kagura andando.

“Ei, ei, ei, não pode me deixar aqui” Reclama Kyo

“É claro que posso” Diz Kagura em um tom seco.

“Por acaso não tem coração?”

“Você foi grosso...” Diz Kagura se voltando para ele.

“...Ta, foi mal...”

Kagura começa a sentir pena do garoto.

“O que foi?” Ele pergunta olhando estranhamente para ela.

“Nada.”

“Ta... da pra me trazer mais alguma coisa pra comer?”

“Vou tentar.” Diz Kagura voltando ao normal. Ela se levanta e volta pelo caminho de onde veio.

“Garota esquisita...” Pensa Kyo. Ele acerta um soco na barreira, fazendo-a vibrar. “Melhorou um pouco, mas ainda não é o bastante.”

Continua


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