Imperfect Love escrita por AneLeBlanc


Capítulo 1
Diga "eu te amo"


Notas iniciais do capítulo

Esse dia realmente aconteceu comigo, não como todas as partes da história, eu tive que modificar para parecer mais "interessante". Mas naquela quinta, minha vida tinha acabado. Eu ainda amo o garoto da história, amo ele como ninguém. Um amor platônico não correspondido.



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Estávamos sentados. Quase colados de tão perto. O Yukio me acalmava. Ele afagava minha cabeça. Ela estava entre as pernas para que ele não visse meu rosto corado.

Sozinhos... pensei Por favor, Yukio, me beije...

Era como se ele lesse meus pensamentos. Ele afastou meu braço que estava ao redor da minha cabeça, fazendo uma proteção anti-olhar-do-Yukio, ele segurou meu queixo e ergueu meu rosto. Seus olhos brilhavam. Estar lá, com ele, senti-lo, era tudo o que eu queria.

Seus lábios tocaram os meus. Eram macios. Já os meus, eram secos. Sua língua umedeceu meus lábios, logo após ele pediu passagem para encontrar com a minha. Eu permiti. Agora, nossa línguas dançavam enquanto exploravam cada canto de nossas bocas.

O beijo cessou. Sorrimos. Ele puxou minha cabeça e a posicionou em seu colo. Ele encarava as nuvens. Eu peguei seu celular e coloquei a música Lonely Day, do System Of A Down.

Seu olhar voltou-se para mim. Tão doce. Tão gentil.

_ Sayo, hoje não é um dia sozinho, nem para mim e nem para você - disse ele de um jeito tão doce que fez meu coração bater forte.

Então, ele trocou a música para uma mais triste ainda. Era do anime Naruto. Era a música que tocara quando o Terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi, morrera. Hokage's Funeral. Era como estava escrito o nome da música. Apenas um piano e um violino tocando essa música. Muito triste.

Meus olhos ficaram marejados. Eu me levantei do colo de Yukio e me encolhi e um canto e comecei a chorar. Ele me abraçou.

_ Calma... ficaremos juntos para sempre, Sayo... - disse ele.

Quando ele ia continuar a falar, eu o interrompi.

_ Pare! Não prometa o que não pode cumprir! Não... não prometa isso sem sentir nada por mim... não prometa sem me amar... - minha voz falhou.

_ Quem disse que não sinto? - perguntou ele em meio ao um olhar doce.

Yukio levantou minha cabeça. Secou minhas lágrimas e me fitou.

_ Eu... - tentei dizer.

_ Eu sei - disse Yukio.

_ Não, eu preciso dizer... - quis chorar novamente - se não disser, não me sentirei bem... estou guardando essas palavras desde quando te vi...

_ O ano todo? - espantou-se.

_ Sim...

_ Por que não disse antes?

_ Não consegui... mas agora - olhei nos seus olhos - eu direi! Eu... e-eu... é que eu... t-te... é que eu te amo... muito... - minha voz falhou.

Eu estava corada. Ele estava sorrindo. Yukio acariciou meu rosto e me beijou novamente. Ele mordiscava meu lábio levemente. Durou nosso beijo. E... se eu soubesse que seria o último, teria feito durar mais.

_ Yukio? - chamou outra voz feminina.

Era Nyumi. Yukio havia parado de me beijar.

_ Nyumi - disse ele.

Naquela hora eu entendi tudo. Eles se amavam. Ele mentiu para mim. Nyumi não amava só um. Tinha outro cara. E ela amava esse outro cara mais que amava o Yukio.

_ Desculpe - ela virou-se.

_ Espere! - chamou o Yukio indo até ela.

Eu ouvi tudo. E vi também. Yukio se desculpou por ignorá-la e ela se desculpou por ignorá-lo também. Ambos de desculparam-se, e eu vi... Um abraço, apertado. Ele apertou Nyumi.

_ Tenho que ir - disse ela me fitando pelo canto dos olhos.

_ Tchau - despediu-se Yukio.

Espere os passos dela sumirem... pensei.

Vi o olhar do Yukio. Ele estava feliz, não por estar comigo, mas pela Nyumi. Eles ficariam juntos.

Me encolhi com as mãos segurando a cabeça. Chorei. Chorei como não chorava desde a morte de uma pessoa especial e próxima da família.

Yukio veio correndo até eu. Perguntou diversas vezes o que acontecera. Eu não respondia. Estava atordoada.

Eu me acalmei, mas as lágrimas ainda escorriam pelos meus olhos. Meu mundo acabara. Eu fitei Yukio com raiva e tristeza nos olhos.

_ Você mentiu... - disse soluçando.

_ Mas o qu-

_ CALE-SE! - interrompi ele com um grito - você mentiu sobre seus sentimentos por mim!

Ele ficou espantado. Não disse nada. Só ouviu.

_ Você ama a Nyumi! Sempre amou ela, nunca me amou! Nunca! E eu... eu te amei de um jeito que nem ela– disse como se ela fosse um monstro - te amou! Eu me dediquei ao máximo para te agradar! Até você disse que eu era a garota perfeita para você! E o que você fez? Mentiu para mim!

Ele continuou calado.

_ Por que... - minha voz falhou, mas eu não iria me permitir ser fraca - Por que você ama ela?! Por que ela pode te fazer feliz, mesmo você sabendo que os outros meninos beijam ela e ela deixa ser tocada por outros, enquanto eu seria fiel a você?! Eu te faria feliz! O que ela tem que eu não tenho?! - estava desesperada, histérica.

_ Eu te amei como nunca... - disse pela última vez.

Eu voltei a chorar desesperadamente. Virei as costas e saí correndo de lá. Esperei que ele me gritasse, que dissesse para eu esperar, mas eu sabia que não aconteceria. E assim foi aquele dia.


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Notas finais do capítulo

Bem... eu ainda amo a pessoa dessa história. Cegamente. Platonicamente. Mas... o amor é assim, né? Bem, na maioria das vezes é. Quatro palavras longas. Para sempre. Eterno. Infinito. Longas e belas palavras. Sei que não durou meu romance, mas foi eterno enquanto durou. E para mim, o amor que eu sinto ainda dura. O meu amor por essa pessoa é eterno. É infinito. E para mim, durará para sempre. São palavras fortes, porém, eu tenho confiança nelas.



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