Vingardion High escrita por Patch, Luna Bizuquinha


Capítulo 3
Primeiro dia de aula.




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Uma sirene soou dentro do quarto, fazendo com que eu saltasse da cama e batesse de pé no meio do quarto com o coração saindo pela boca.

– Bom dia, novato! É assim que acordamos em Vingardion! – Falou Hugo sorrindo.

– Clausum reseret! Até mais Owteman! – Despediu-se Pietro, saindo com vários livros nas mãos.

– Andrew, seu armário é ali! – Hugo apontava para uma estante de livros.

– Ah, que legal! Vou vestir um livro! Mal posso esperar para tapar o meu...

– Diga: Aperi armarium –Hugo disse interrompendo-me – , e ele abrirá. Terá tudo o que precisa. Agora tenho que ir amigão! Clausum reseret!

A estante de madeira se abriu e haviam muitas roupas a minha disposição. Vesti o uniforme de Vingardion, que consistia-se em um terno preto, com um desenho de um castelo no peito esquerdo.

Em seguida, saí do meu quarto diretamente na torre em que havia entrado na noite anterior. Diferentemente de ontem, a torre era um tumulto naquele horário do dia. Muitos alunos saindo de seus quadros e correndo em direção ao pátio.

Sem saber para onde ir, encontrei uma menina no gramado, sentada em uma pedra e lendo um pergaminho aparentemente velho. Tentei me aproximar dela para perguntar se sabia onde era minha aula.

– Hey, você! Loirinha! Sabe onde fica a...

– Ventus agrum circa angulum perturbatus – recitou a menina antes que eu terminasse a frase.

Uma ventania me lançou longe dali, em meio a uma área desértica.

– Senhor Owteman?

– Sim?! – Respondi meio tonto.

– Bem na hora senhor Owteman. Achei que já iria se atrasar logo no primeiro dia. Agora levante-se do chão e junte-se aos membros da classe. A propósito, sou o sr. Johanes. Professor de artes terrestres.

Levantei-me do chão e juntei-me à multidão. Logo ali no meio, havia uma linda menina. Ruiva, de cabelos ondulados com os olhos azuis que me lembravam alguém. Ela tinha aproximadamente um metro e setenta e cinco, magra, com curvas perfeitas e uma cinturinha que deixaria qualquer um no Rio, louco. Ela usava um blazer preto, com a camisa de manga cumprida branca por baixo e uma saia curta.

– Perdeu o sentidos ao aterrissar garoto? – perguntou uma linda menina próxima à garota ruiva.

– Até onde eu sei, ainda não. Mas poderemos resolver isso em um mísero segundo – respondi com ironia.

– Acho que sua aterrissagem não foi muito boa, devo fazer você tentar de novo? – perguntou a menina enfurecida.

Logo me contive a respondê-la, pois lembrei que estava com a desvantagem de ser um menino normal em meio a fortes magos.

Ao decorrer da aula, sr. Johanes explicava sobre posição de mãos e sobre como fazer magias em silêncio. Fui notando que não eram todos os alunos que eram escolhidos para mexer com a terra.

– Próximo aluno: Lenita Leviatã. – Declarou o professor.

Lenita Leviatã era uma menina negra, com cabelos crespos, olhos verdes,magra e de estatura média. Devia medir um metro e sessenta e cinco, aproximadamente. Sua cintura era fina, suas pernas eram grossas e continha belíssimas curvas.

A menina aproximou-se do arbusto morto, que o professor indicou e esperou as ordens dele.

– Lenita, quero que reviva este arbusto! Quero que faça com que ele possa viver para florescer novamente, assim como antes quando era vivo! – Ordenou o sr. Johanes.

– Sim senhor! – Aceitou a menina.

Lenita impôs as mãos sobre o arbusto, fechou os olhos e começou a movimentar as mãos como se tivesse fazendo círculos no ar. Logo depois ela fazia um movimento de abaixar os braços e levantá-los vagarosamente. Quando ela abriu os olhos, a cor verde era brilhante, hipnotizante. Após mais alguns movimentos o arbusto mexeu-se, cresceu e floresceu. As flores eram um tom de rosa, quase branco e eram grandes. Tinham algo que parecia um fio saindo do centro dela. Parecia algo que atraísse insetos para ela.

– Lenita, agora deixarei você fazer algo que todos vocês adoram em uma aula. Ataque um colega de classe qualquer que você queira e ele terá a chance de se defender utilizando seus próprios poderes! – Ordenou o sr. Johanes.

Lenita ainda com seus olhos brilhantes, olhou para mim, que estava na frente da multidão e disse:

– Et interfice eum!

A planta veio em minha direção fazendo das flores, uma grande boca com dentes afiados prontos para me morder!. Fechei os olhos quando ouvi:

– Forcefield!

Quando abri os olhos, a menina ruiva havia entrado em minha frente e levantado o dedo mindinho, fazendo brotar um campo de força em minha volta.

Quase me mijei.

– Margot! A ideia da tarefa era a de que ele se defendesse por si próprio! – Exclamou o sr. Johanes.

A menina jogou seus cabelos para o lado, deu um breve sorriso para mim e me estendeu a mão.

– Margot Tenebrarum!

– A-A-Andrew! – respondi ainda sem palavras.

– Interessante... Prefiro o meu. – Disse Margot jogando os cabelos para o lado– Margô!

–Vejo você por aí. Beijos! Margot! – disse jogando novamente os cabelos para o lado.

– Está bem! Até breve – disse eu tentando ser simpático.

Será que ela está com algum problema no pescoço, pois não para de jogar os cabelos!? – pensei.

Mais tarde, encontrei me com Hugo e Pietro conversando pelo corredor.

– Hahaha, não acredito que aconteceu isso! – Hugo falou gargalhando.

– Nem eu, mas ser salvo por...

– E aí galera, qual a boa do almoço? – Perguntei tentando ser simpático.

– Hugo estava me contando sobre um rapaz que foi salvo por uma linda donzela indefesa hoje, durante a aula de artes terrestres... – Pietro falou em tom frio e sarcástico.

– É, mas parecia que a donzela era tudo, menos indefesa! – respondi em tom de brincadeira.

– Não entendi. – disse Pietro.

– Nossa, aquela garota é um espetáculo, que curvas, que comissão traseira, que corpo maravilhoso! Se eu pego, eu esculacho! Ainda mais que ela é meio sem noção!!! Hahaha... – contei empolgado.

Hugo fez uma cara de pânico e tentou correr para cima de Pietro, que havia estendido uma mão em minha direção.

– Dignus est poena! – recitou Pietro.

Na mesma hora, fui lançado contra a parede, ficando preso na mesma e sentindo uma dor que me tirou a consciência.

Quando acordei, estava em uma grande sala deitado em uma cama de hospital, com Hugo sentado em uma poltrona ao meu lado.

– Hey, nunca mais se refira à Margot Tenebrarum como um objeto sexual, se você ainda quer sair daqui vivo. – Aconselhou-me Hugo.

– Ela é a g-garota de Pietro? – Balbuciei.

– Exatamente. Ela é a garota de Pietro Tenebrarum!

– N-não!!! C-creio q-que n-não estamos muito bem agora n-né? – perguntei, mas com dificuldade devido a dor.

– Espero que passe! Por enquanto, acho que é melhor passar a noite na enfermaria. – disse Hugo – É um conselho de amigo!


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