Tell Me That Youll Open Your Eyes escrita por CarlaC


Capítulo 1
CAPITULO ÚNICO


Notas iniciais do capítulo

Bom, é a minha primeira... espero que não seja tão ruim.. e que vocês realmente gostem.. a fic foi inspirada em uma música que eu adoroo.. e que eu indico pra ouvirem lendo ela..
SNOW PATROL - OPEN YOUR EYES

http://www.youtube.com/watch?v=H1XUbJEPShE



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Aquele dia tinha tudo pra ser mais um perfeito nas nossas vidas, eu namorava a pessoa mais perfeita do mundo, éramos felizes... estávamos voltando do melhor restaurante da região, comemorávamos nosso noivado, ele era doce, gentil, um sonho de homem, e eu me achava a pessoa mais sortuda do mundo  por ele me amar do mesmo modo como eu o amava, insanamente, intensamente, docemente, ele me completava e eu a ele, era visível em nossos olhos, por ele eu faria tudo e ele por mim...

 

Era uma noite chuvosa, estávamos ansiosos pra voltar pra casa e comemorar o nosso noivado, eu estava encantada ainda com a meia aliança que ele havia me dado, ele nunca media o dinheiro... seu carro era uma prova daquilo.. um carro maravilhoso, só pra combinar com a pessoa maravilhosa que o dirigia.

 

As curvas do caminho eram fechadas, ele dirigia cautelosamente já que ele aproveitava pra me espiar e sorrir pra mim, eu adorava aquele sorriso meio de lado, era tão angelical... não existia beleza que se comparasse a de Bill, nenhuma do mundo, e aquela beleza era toda minha, o carro era de câmbio automático, logo ele entrelaçou nossas mãos, ele acariciava minha mão e a beijava...

 

- eu sou o homem mais feliz do mundo, só por você ter aceitado ser a minha mulher.. - ele falou com um brilho nos olhos.

 

- você só me fez ter a certeza de que eu sou a dona do homem mais perfeito desse mundo.

 

- eu te amo tanto, Cléo.. - ele falou tão sério que me fez sentir um frio na espinha.

 

- eu também te amo, Bill... você vai ser sempre meu único homem - falei tão sério quanto ele.

 

- nada, nem nunca vai nos separar, o que eu sinto por você é único, infinito... eu vou sempre estar aii - ele encostou a mão no meu coração disparado - enquanto esse coração bater...

 

Eu o olhava tão satisfeita, tão cheia de mim... ele passava a observar a estrada, a chuva havia aumentado.. em mais alguns minutos chegaríamos em casa e passaríamos a noite nos amando, alguns carros passavam em alta velocidade por nós, Bill não tinha pressa, a pista estava escorregadia, eu brincava com o celular na mão quando ele caiu, eu me desprendi do cinto e me abaixei pra pegar, quando voltei com ele na mão eu avistei as luzes da cidade logo a frente, o sinal estava aberto pra nós, e Bill continuou seu trajeto e eu havia me prendido novamente ao cinto...  o barulho foi ensurdecedor...  o cantar de pneus e o rosto assustado de Bill, foi a última coisa que eu vi por completo. o resto foram só flashes...

 

O carro rodava, e eu me segurava ao cinto como se minha vida dependesse daquilo, eu me batia nas partes do carro, a mão de Bill ainda segurava a minha e os airbags abriram nos prendendo . Quando o carro tocou o chão, eu já não ouvia nada, o baque foi surdo... eu havia desmaiado... quando acordei ouvia um gemido baixo do meu lado, uma respiração fraca.. consegui abrir os olhos e vi Bill me olhando preocupado, havia sangue em seu rosto, seu corpo estava visivelmente preso entre o banco e o volante do carro, sua mão ainda apertava a minha, entrei em pânico ao vê-lo assim, comecei a ter ciência do que acontecia ao nosso redor.. eu não poderia acreditar naquilo, nós havíamos sofrido um acidente de carro? como? eu ouvia vozes do lado de fora,e ao longe sirenes.. quanto tempo havia se passado? me lembrei de Bill, tornei a olhá-lo

 

- eu não vou te deixar só. - ele falou percebendo o meu medo.

 

- eu to com medo, você tá bem amor.. fala pra mim? - perguntei desesperada.

 

- eu to bem, ugh - ele gemeu baixo e fechou os olhos..

 

- amor, você tá bem? abre os olhos.. olha pra mim... - comecei a chorar

 

- eu vou ficar bem, vamos esperar o resgate chegar... tudo vai terminar bem.. não chora amor... - ele dizia segurando minhas mãos..

 

- meus pés estão presos... - falei soluçando.

 

- eu to bem - ele falou tossindo e puxando o ar...

 

- amor, você não tá bem... - falei virando o rosto pra poder chegar perto da janela.. - SOCORROOO... genteee.. alguéem.. por favoorr... -  e deixei as lagrimas me dominarem..

 

- calma amor.. fecha os olhos... é só um pesadelo. vai passar.. fecha os olhos.. - ele falava pra mim...

 

- nãoo.. nãoo.. me olha nos olhos,Bill.. me olha nos olhos.. por favor - eu dizia entre as lágrimas..

 

Então ele me olhou nos olhos, havia dor nele, eu podia ver naqueles olhos castanhos, sua mão acariciou a minha ternamente e pegou na aliança que ele havia colocado no meu dedo..

 

- você confia em mim? - ele perguntou e eu não respondi - heein, Cléo.. você confia em mim? - ele insistiu com força em suas palavras..

 

- sim, eu confio - falei entre soluços..

 

- eu te amo, entendeu... eu te amo - ele começou a falar rápido demais.

 

- eu também, eu também -  e eu consegui aproximar o meu rosto do dele..

 

Nossas bocas se tocavam dolorosas, havia dor, medo, incertezas naquele beijo, sua língua passeava na minha boca, lágrimas corriam pelos nossos rostos eu sentia o gosto de sangue que havia em sua boca... ele me deu vários selinhos.

 

- Cléo Kaulitz, você me fez o homem mais feliz de todo esse mundo, não há palavras que possam dizer o que eu sinto por você... eu já me sinto seu marido - ele falou respirando fundo.

 

- para amor.. não fala assim.. parece que você vai me deixar - eu falei chorando.

 

- eu não vou te deixar, eu to aqui com você... eu não tenho pra onde ir - ele falou forçando um sorriso.

 

- eu não vou pra lugar nenhum sem você - eu falei passando a mão livre em seu rosto.

 

- eu vou ficar segurando a sua mão, não vou largar.. vamos agüentar até o resgate chegar.. - sua voz falhou..

 

- amoor... Bill.. Bill.. fala comigoo.. - sua mão estava ficando fria.

 

- calma, amor.. calma... eu to aqui.. acha que eu vou te deixar assim fácil? - ele falou segurando a minha mão..

 

- não.. enquanto meu coração bater... você continuará me amando - eu falei olhando em seus olhos...

 

- isso.. isso mesmo... veem, fecha os olhos meu amor.. fecha...você vai ver.. vai parecer só um pesadelo que já vai passar... - ele falou com dificuldade..

 

Fechei meus olhos e segurei firme em sua mão, Bill não costumava me decepcionar... eu pude ouvir um sorriso em seus lábios e sorri com ele... sua outra mão estava presa..

 

- Bill Kaulitz... eu sou a mulher mais feliz do mundo por ter passado cada dia desse ano de namoro, e desse noivado.. eu já me sinto sua esposa, a mais feliz de todas as mulheres desse mundo e de outros..  - falei deixando as lágrimas caírem.

 

- eu te amo, Cléo... você sempre vai ser o meu amor... sempre.. sempre... eu te amo tanto... meu anjo.. - ele parou de falar, e eu ouvi as vozes lá fora..

 

 

- são dois.. são um casal... ele tá preso nas ferragens..

 

 

- ela esta solta, puxem ela com calma... Ferdinand trás a serra, vamos abrir o carro.

 

 

- você pode me ouvir? me chamo Vanessa, sou do resgate, você pode me ouvir? ei moça!!­

 

 

- aham - sussurrei..

 

-  que bom.. como é seu nome querida? e o motorista e seu namorado?

 

- me chamo Cléo... é meu noivo... ajuda ele por favor.. ele tava com dor.. ajuda ele.. por favor Vanessa... ajuda eeleee - comecei a chorar desesperada.

 

- calma, Cléo.. já vamos tirar ele dai junto com você.. como ele se chama?

 

- Bill, Bill Kaulitz..

 

­- Bill? Bill? você pode me ouvir? me chamo Vanessa, se tiver me ouvindo aperte os olhos... - e eu vi uma luz fraca iluminando o interior do carro.

 

 

- Ferdinand, raápido com essa serra aqui.. temos um paciente inconsciente.. rápido..­

 

Minha cabeça girou em parafuso, fiquei totalmente desesperada.. ele tava falando comigo agora, pouco, senti o vento entrar através de uma fenda que foi aberta em cima de nós a chuva ainda caia com força se misturando as lágrimas de meu rosto...

 

- Vanessaa.. Vanessaa... - comecei a gritar totalmente imobilizada na maca...

 

- oi, Cléo... eu to aqui.. calma..

 

- cade o Bill? cadê meu noivo.. ele tá bem? - eu chorava

 

- Calma, Cléo.. ele já esta na maca.. vocês vão ao mesmo hospital, seu namorado sofreu politraumatismos, estava com uma hemorragia interna grave, e seu estado era critico...

 

- ele não vai morrer, não é? ele não vaii - comecei a chorar.

Eu vi a maca de Bill passar ao meu lado pra ambulancia diferente..

 

- Biiil, amoor.. abre os olhos.. olha pra mim.. me diz que você vai abrir os olhos - gritei desesperada.

 

- calma, Cléo.. vamos pro hospital agora...

 

No percurso chorava compulsivamente, ele não poderia fazer isso comigo, ele não poderia.. ele disse que iria ficar comigo até o resgate chegar... comecei a me lembrar de suas palavras, ele estava sofrendo de dores naquela hora e eu fui tão infantil, tão medrosa.. e ele não queria que eu percebesse.. ele tinha que ficar bem... ao chegar no hospital fui direto a sala de raio-x, não me deram nenhuma informação de Bill, eu estava ficando entorpecida pelos remédios... quando fui levada ao quarto com apenas um principio de hipotermia, Vanessa entrou no quarto...

 

- cadê o Bill... cadê? - perguntei entre soluços..

 

- Cléo.. querida...

 

- cadeeeee - gritei..

 

- eu sinto muito.. seu noivo não resistiu aos ferimentos... ele não respondeu aos estímulos de reanimação a caminho daqui... mas ele falou antes de ir a óbito... disse que era pra cuidarmos de você, que você era o amor da vida dele.. e disse algo parecido com 'enquanto o coração dela bater, meu amor viverá', seus olhos eram intensos e apaixonados .- ela falou limpando os olhos..

 

Eu não tive forças pra responder... ele havia dito aquilo dentro do carro pra mim, nós estávamos sós, não tinha ninguém pra ouvir tal coisa.. ele realmente havia dito aquilo... e ele cumpriu o que havia dito.. ficou comigo até o resgate chegar... recebi alta 24h depois, da família de Bill conhecia apenas o irmão gêmeo dele, ele me esperava na porta do hospital, eu era o caos em pessoa, eu não queria mais saber de vida, minha vida tinha morrido... me deixado no momento em que Bill não abriu os olhos...

 

Tom, me levou até a capela do cemitério no centro da cidade, haviam muitos familiares, fomos em silêncio até a porta.. ele estava tão inconsolável quanto eu...

 

- você tem que ser forte.. por Bill, por você, por mim... e por minha mãe - ele falou me abraçando.

 

- eu não sei se consigo.. eu não seiii - falei me abraçando a ele e chorando, não era só meu corpo que balançava o choro dele também me sacudida..

 

Ao entrarmos na capela, a mãe de Bill soluçou doloridamente ao me ver, eu tive vontade correr.. ao ver de longe meu noivo naquele caixão.. ao chegar mais perto, minhas pernas amoleceram, mas me mantive firme... ele estava tão pálido, tão frio... seu rosto era sereno.. como ele podia ter um rosto sereno? como uma beleza pálida e fria como mármore poderia me deixar... lágrimas silenciosas rolaram por meu rosto, Simone e Tom me amparam até a cova aberta, seria o momento mais critico pra mim, ou melhor pra nós... ver o caixão descer, foi pior do que vê-lo sendo fechado, eu e Simone nos abraçamos a Tom, chorávamos dolorosamente, o vento frio e uma leve garoa começaram a soprar pelo cemitério, quando cobriram de terra, ficamos pra colocar as rosas em cima da terra, Simone se ajoelhou em cima do tumulo do filho e Tom ao seu lado... ergui minha cabeça pra uma macieira que tinha próximo a nós, e vi um vulto muito familiar, não poderia ser...

 

Apressei o passo, quase corri naquela direção... ao chegar próximo gritei..

 

- ESPERAA.. - e ele virou-se.. ele não estava só.. havia mais um homem loiro com ele...

 

Seu olhar era um misto de dor e conforto em ouvir minha voz... Bill olhou-me ternamente e colocou a mão no peito, o homem loiro a seu lado estendeu um papel a mim... com uma mão peguei o papel e com a outra toquei em algo frio.. a mão de Bill, seus dedos frios seguraram os meus, sua boca abriu mas dela não saiu nenhum som, seu rosto se fechou em um rosto sereno... e eu desmaiei...

 

Acordei com Tom e Simone ao meu lado e senti o papel em minha mão..abri desesperada e trêmula e li o que havia escrito..

 

Quando a vida nos dá escolhas nas horas mais inusitadas, abrimos mão do nosso egoísmo e damos lugar ao nosso amor, e meu amor por você, foi e sempre será enorme, eu tinha que escolher entre o meu medo da morte e o medo de conviver com a culpa de ser egoísta e escolher por mim, escolhi por você, pelo nosso amor, não me arrependo, fui feliz o quanto pude com você, se tivesse de passar por tudo, não falharia na escolha que fiz... diga a Tom que cuide de nossa mãe, e a minha mãe que não lamente por minha partida, eu parti em nome do amor que eu sentia... que ela passe a te amar pelo que eu sinto por você, e quanto a você, meu amor... meu anjo.. não esqueça de cada palavra que eu lhe disse, minha esposa.. enquanto o seu coração bater, meu amor viverá dentro de você! eu te amo!

 

B.

 

FLASH BACK - PDV BILL -

 

 

O acidente foi muito rápido, a ultima cosa que me lembro de ter visto tinha sido o carro cortar o meu sinal aberto, eu ainda freie, antes do airbag abrir eu vi Cléo bater com a cabeça no vidro da porta e desmaiar... pensei com toda a força que ainda me restava.. ‘deus, ela não, ela não, meu anjo não’, . Foi naquela hora que eu ouvi uma voz próxima a mim.

 

 

- se você pudesse escolher? – um homem loiro apareceu de frente ao vidro quebrado.

 

 

- que é você? – perguntei assustado, não havia ninguém proximo a nós.

 

 

- eu me chamo Joe, responda a minha pergunta – ele falou sério.

 

 

- eu.. eu... – olhei pro rosto da minha amada desmaiada ao meu lado. – ela.. elaa.. por favor – comecei a chorar.

 

 

- você escolheria ela? Ela? E não a sua vida, a vida com seu irmão, sua mãe? – ‘como ele sabia isso tudo de mim?’, pensei

 

 

- sim, sim... cara.. para de falar, ajuda ela... – falei com fúria.

 

 

- você trocaria de lugar com ela? Sua vida pela dela? Mesmo sabendo que ela vai viver e você não? – ele continuava a falar tanto.

 

 

- sim, claro... eu morreria se ela me deixasse, eu não sobreviveria sem ela.. – falei

 

 

- e ela sobreviverá sem você? – ele insistiu

 

 

- ela é forte, ela tem a minha familia pra apóia-la, chega de perguntar, salva ela pelo amor de deus...

 

 

- então vai ser assim, eu vou te acompanhar até a passagem... se despeça, ela vai acordar assustada.

 

 

- posso ficar com ela até o resgate chegar? – perguntei olhando o rosto dela.

 

 

- pode.

 

 

- Joe.. posso fazer uma perguta?

 

 

- faça...

 

 

- morrer, dói?

 

 

- é como um sono... eu prometo que não vai doer, só pense na sua amada, no rosto dela que eu seguro a sua dor.. confie em mim, Bill, confie... – ele falou e eu senti uma segurança estranha.

 

 

Não demorou pra que ela acordasse assustada como ele falou, era evidente o pânico naqueles olhos verdes lindos.

 

 

- eu não vou te deixar só. - falei.

 

 

- eu to com medo, você tá bem amor.. fala pra mim? – ela perguntou assustada

 

 

- eu to bem, ugh – gemi entregando a dor que eu sentia e eu fechei os olhos pensando no rosto dela..

 

 

- amor, você tá bem? abre os olhos.. olha pra mim... – ela falou com lágrimas na voz

 

 

- eu vou ficar bem, vamos esperar o resgate chegar... tudo vai terminar bem.. não chora amor... -  falava pra ela tentando regular o pouco ar que me restava..

 

 

- meus pés estão presos... – ela falou... ‘solte ela, solte ela, Joe’- pensei.

 

 

- eu to bem – falei tossindo...

 

 

- amor, você não tá bem... – ela falou virando o rosto pra fora... - SOCORROOO... genteee.. alguéem.. por favoorr... 

 

 

- calma amor.. fecha os olhos... é só um pesadelo. vai passar.. fecha os olhos.. – falei tentando acalma-la e fechei os olhos, já me sentia fraco...

 

 

- nãoo.. nãoo.. me olha nos olhos,Bill.. me olha nos olhos.. por favor - ela dizia entre as lágrimas..

 

 

Então tentei reunir forçar pra abrir os olhos e me mostrar bem, por mais que eu não tivesse, doía tudo por dentro, mas aqueles olhos verdes, a dona deles, acariciei sua mão, tocando a aliança que eu havia coloca em seu dedo

 

 

- você confia em mim? – ela não respondeu – Heein, Cléo.. você confia em mim? – eu insisti com força, já não me sentia mais tão vivo..

 

 

- sim, eu confio – ela falou entre soluços..

 

 

- eu te amo, entendeu... eu te amo – meu tempo tava acabando, eu tava sentindo.

 

 

- eu também, eu também -  ela falou aproximando o rosto do meu..

 

 

Aquele seria o meu ultimo momento com ela, eu sabia daquilo, coloquei todo sentimento possível naquele beijo, sua lingua passava na minha boca, ela tinha um sabor único, um sabor doce, tão Cléo ... dei vários selinhos nela, não queria que aquele momento acabasse.

 

 - Cléo Kaulitz, você me fez o homem mais feliz de todo esse mundo, não há palavras que possam dizer o que eu sinto por você... eu já me sinto seu marido – falei em um tom de despedidas.

 

 

- para amor.. não fala assim.. parece que você vai me deixar – ela chorava.. ‘droga’, pensei

 

 

- eu não vou te deixar, eu to aqui com você... eu não tenho pra onde ir – forcei um sorriso pra ela

 

 

- eu não vou pra lugar nenhum sem você – ela falou passando a mão no meu rosto, aai aquele toque tão macio dela, suspirei.

 

 

- eu vou ficar segurando a sua mão, não vou largar.. vamos agüentar até o resgate chegar.. – meus sentidos simplesmente sumiram...

 

 

- FALE COM ELA... AINDA NÃO BILL, AINDA NÃO.. FALE COM ELA.. O RESGATE TÁ CHEGANDO, NÃO A ASSUSTE! – Joe falou na minha cabeça e eu ouvi a voz assustada dela.

 

 

- amoor... Bill.. Bill.. fala comigoo..

 

 

- calma, amor.. calma... eu to aqui.. acha que eu vou te deixar assim fácil? – falei respirando difícil

 

 

- não.. enquanto meu coração bater... você continuará me amando – ela falou com aqueles olhos de gata me olhando.

 

 

- isso.. isso mesmo... veem, fecha os olhos meu amor.. fecha...você vai ver.. vai parecer só um pesadelo que já vai passar... – e você não vai ver minha dor, pensei.

 

 

Naquela hora, eu abri meus olhos novamente e vi Joe do lado de fora do vidro, ele fazia sinal de positivo pra mim, com certeza estava a hora, segurei firme a sua mão memorizando aquele toque, lembrando as noites que passamos juntos, as alegrias que ela havia me proporcionado, as vezes que ela me chamava de leãozinho, aquilo me fez sorrir... olhei-a mais uma vez e ela sorria comigo, como se estivesse lembrando de tudo.

 

 

- Bill Kaulitz... eu sou a mulher mais feliz do mundo por ter passado cada dia desse ano de namoro, e desse noivado.. eu já me sinto sua esposa, a mais feliz de todas as mulheres desse mundo e de outros..  – ela falou com lágrimas nos olhos apertados.

 

 

- eu te amo, Cléo... você sempre vai ser o meu amor... sempre.. sempre... eu te amo tanto... meu anjo.. – e tudo ficou escuro. E eu ouvi a voz de Joe.

 

 

- chegou a hora meu caro, você cumpriu a sua palavra, o resgate chegou.. vamos?

 

 

- eu já morri? – perguntei e vi que eu estava do lado de fora do carro, ver a cena por outro ângulo era assustadora...e a voz de Joe ecoava em minha cabeça, eu não mexia a minha boca;

 

 

- seu corpo está no fim, mas como você pode ver... seu espírito vive, talvez por uma promessa que você tenha feito a ela – ele apontou Cléo na maca.

 

 

Enquanto eu seguia meu corpo, senti um puxão em meu umbigo, e voltei ao meu corpo, eu via Joe, mas parecia que ninguém mais o via, eu estava em uma ambulância...

 

 

- Cuidem da Cléo, cuidem dela.. ela é o amor da minha vida, da minha existência,diga que eu a amo... e que enquanto o coração dela bater, meu amor por ela estará vivo e forte! – e tudo se tornou um clarão...

 

 

FIM

 


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Notas finais do capítulo

Eu espero sinceramente que não tenha ficado tosco..
e que vocês tenham gostado.. não sei quandou vou escrever outra e se vou escrever.. tenho muito medo dessas coisas :D