As Consequências De Uma Armação escrita por Yas


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O capítulo 1 está ai, espero que gostem e por favor não sejam fantasminhas.



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Capitulo 1

Minha vida com certeza não era o que uma adolescente pediria, começando pelo irritante despertador ao meu lado, gritando histericamente, fazendo-me joga-lo pela parede. Quem se importa que já fosse o decimo só neste mês? Melhor o despertador do que a cara de alguma patricinha, que neste momento, eu desejava que fosse Tânia, a namorada do meu irmão... Gêmeo! Blargg odeio ter um irmão gêmeo, primeiro porque ele era o cara mais popular da escola, segundo porque ele era feio e não se parecia comigo, terceiro porque ele era amigo do cara que eu gostava, ou melhor, gosto...

Okay, isso foi clichê demais, típica fala de mocinha das histórias, mas fazer o que se Damon conseguia deixar todas as meninas de quatro – inclusive eu – diante daquele lindo sorriso de canto. Completamente perfeito! Stefan tinha sorte de estar sempre ao seu lado. Tudo bem, eu sou a garota mais sortuda apenas pelo fato de ele estar em minha casa todos os dias, mas sempre acabo fazendo algo que irrita Stefan e brigamos para logo em seguida eu subir para meu quarto e me trancar lá dentro pelo resto da noite.

Mas voltando ao inicio – que eu quase me esqueci... Levantei-me da cama com minha tia gritando do andar de baixo, já que o despertador não fora suficiente. Arrastei-me até o banheiro, lavando meu rosto, tentando – claro que inutilmente – tirar minhas enormes orelhas. A noite passada for como todas as outras, imagens do acidente de carro. Era como se acontecesse novamente, tudo.

A agua entrando em meus pulmões e tirando-me quase que todo o ar restante, olhara para os lados em busca de ajuda, batendo nos vidros, de todas as formas tentando abrir a porta. Entrei em desespero, mamãe já se encontrava inconsciente e papai lutava para manter os olhos abertos, o que não durou por muito tempo. Logo vi que minhas forças acabaram, me levando para uma imensa escuridão, acordara no hospital recebendo a noticia de que as duas pessoas mais importantes da minha vida haviam morrido.

Dali em diante minha vida virara um inferno, Stefan parara de falar naturalmente comigo, e quando falava, era apenas para me culpar de tudo, minhas amigas se afastaram me deixando na beira do abismo, eu entrara em depressão por longos meses, precisando de médicos todo o tempo, pois queria me matar, não aguentava mais a culpa. Isso durou um ano completo, até eu começar a dar sinais de melhoras.

Nada voltou como era antes, tudo mudara em minha vida. Meu lugar de líder de torcida fora ocupado por Miranda Mayer, não a conhecia e nem me dei ao luxo de conhecê-la, minhas notas caíram e... Elena Gilbert sumira, pelo menor aquela Elena Gilbert, alegre, animada, disposta a tudo, amando a todos, agora tudo o que me importava era... Bem, apenas eu mesma e meu pequeno irmão, Jeremy de dois aninhos. Mantive-me firme por ele, o único ser que merecia um sorriso meu.

Tomei um banho colocando a primeira roupa que vi. Não estava com paciência de me arrumar, não que eu me arrumasse, mas fazia um esforço. Penteei os cabelos com os dedos, deixando-os completamente embolados, já que apenas possuía a aparência de liso. Peguei minha bolsa, jogando-a sobre os ombros, tomando coragem para enfrentar mais um dia.

– Finalmente garota, achei que ia morrer naquele quarto. Sabe que horas são? Sete, Elena, são sete horas da manhã – Jenna gritou fazendo-me tapar os ouvidos e Jeremy rir, sendo que estava em sua cadeirinha na cozinha – Vá para a escola, não quero vagabunda na minha casa... – aquilo fora a gota d’agua.

– Sua casa? – gargalhei alto – Essa casa é da minha mãe, e você não tem nem um direito de falar mal de mim, sendo que sempre foi uma puta, ou vai negar? – esbravejei dando um beijo na testa do meu irmãozinho e saindo de casa.

Bufei irritada correndo para chegar no colégio na hora, o que com certeza não aconteceu. Atrasada e encrencada, já que já era a sexta vez no mês, e este havia apenas duas semanas. O mundo me odiava, só pode.

Por fim, fui mandada para a diretoria e entrei na terceira aula, como sempre tendo as piadinhas de todos. Era irritante. O sinal tocou, intervalo. Sai da sala e vi o grupinho de populares, meu amado – perceberam a ironia? – irmão Stefan, sua namorada Tânia que possuía os cabelos tingidos de loiro, era horrível, pois usava progressiva e já começava a danifica-lo. Possuía Lillith, uma branquinha de cabelos castanhos que caiam cacheados até sua cintura, era a mais legal, educada que às vezes me cumprimentava com um sorriso inocente. Matt, um loirinho de olhos azuis que era capitão do time de futebol, um metido que adorava exibir seu porte físico. E por ultimo e mais importante, Damon, olhos azuis incríveis que hipnotizavam qualquer garota, musculoso e um sorriso de canto incrível e lindo, era capitão do time de baquete e era ótimo o ver com a camisa do jogo e o short, completamente suado com os cabelos negros grudando na testa. Sim, eu o observava jogar.

Eles conversavam animados enquanto Tania abraçada Stefan, apalpando sua bunda. Aquilo era completamente nojento. Matt estava com sua nova namorada, uma ruivinha, mais uma para sua grande lista. Passei reto por eles, indo me sentar sozinha uma mesa afastada. Coloquei meus fones de ouvido e passei a ouvir minha playlist. Nickelback, Lullaby. A musica mais linda do mundo, não percebendo quando alguém se sentou ao meu lado, apenas quando tocou meu ombro, chamando minha atenção. Meu queixo caiu quando percebi quem era.

– Vai ficar me olhando ou vai sorrir e dizer olá? – indagou com seu perfeito sorriso de canto. Damon.

– Eu... Érr... – gaguejei, só poderia minha mente pregando uma peça de que Damon Salvatore estava realmente ali – Bom... O que faz aqui? – perguntei tirando meus fones e o encarando com uma sobrancelha arqueada.

– Não posso mais sentar aqui? Pelo que eu saiba, as mesas são da escola – disse brincalhão e foi impossível não rir com sua risada tão gostosa de ouvir – Longo progresso! Elena Gilbert riu.

– Não... É que... – fiquei séria novamente, sentindo minhas bochechas quentes. Mas que diabos estavam acontecendo comigo? – Eu... Ninguém fala comigo, principalmente Damon Salvatore – disse seu nome numa voz engraçada e ele riu, uma risada fácil de conseguir.

– É, pode ser. Elena Gilbert, a rainha das pessoas estranhas... – murmurou – Sabe, eu nunca fui muito com esse apelido. Era injusto.

– Não preciso de sua pena Damon, eu prefiro ser ignorada à ver alguém sentir pena de mim – disse com rancor, voltando a colocar os fones – Preciso ir – disse olhando as horas no celular e vi que o sinal estava preste a bater. Levantei e voltei para sala.

Eu era doente, só pode. Eu gosto do cara que simplesmente me ignora e quando ele vem falar comigo, eu o ignoro. Okay, podem tacar pedras, tijolos e tudo que estiverem em suas mãos. Em meus pensamentos, não percebi que estava sozinha na sala. Levantei e fui para casa.

Tomava um banho com o celular ligado na playlist, tocando Taylor Swift, quando ele vibrou, mudando para Katy Perry. Alguém me ligando, nunca me ligavam. Atendi enrolada na toalha, sem desligar o chuveiro.

– Alô? – indaguei incerta.

Elena? Sou eu, Damon – okay, o que está havendo aqui? Onde estão as câmeras? Damon Salvatore conversa comigo no intervalo e agora me liga?

– Damon? Como... Como você tem meu numero? Não me lembro de ter te dado – não, eu não havia dado.

E não deu, peguei com o Stefan – Stefan tinha meu numero? Oh, estou surpresa.

– Ah claro... Stefan... – murmurei – Mas então, o que quer?

Você estava no banho? É que estou ouvindo do som da agua caindo – disse e o imaginei movendo suas mãos, como sempre fazia enquanto conversava. Toquei-me e rapidamente deliguei o chuveiro.

– Não, claro que não – menti na cara dura e ele riu.

Mas eu liguei por outro motivo... Não que sair comigo? Amanhã a noite? – meus olhos se arregalaram de imediato. Mentira né? Agora sim, onde estão as câmeras? – Elena, você ainda está ai? – ótimo, fiz papel de idiota. Claro eu tinha que responder. Responde logo idiota!

– Ãh... Claro... Err... Eu só fiquei surpresa, quer dizer, eu fui grosseira com você no intervalo, e agora está me convidando para sair?

É então – riu – Aceita? Não gosto de levar um não.

– Claro que sim! – disse com a voz desesperada, me recompondo rapidamente – Quero dizer, tudo bem, amanhã eu não tenho nada marcado.

Então ok, te pego as oito – e desligou, me deixando sorrindo que nem uma boba apaixonada, o que eu era realmente. Sorri com a imagem de nós dois, indo para o quarto, me trocar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e comentem dizendo o que acharam ^^