E se Você não Lembrar? escrita por bellsanded


Capítulo 47
Capítulo 47- Incertezas




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(Edward Povs)

 

Eu não acreditava que tudo estava acontecendo novamente, lá estava eu segurando Lucy quase que morta em meus braços, então a dor começou a invadir meu peito novamente, não podia acreditar que estava revivendo aquilo, não eu não podia
perde-la.
- Lucy volte... Eu pedia mas ela parecia nao me ouvir era como se estivesse presa em alguma dimensão longe dali.
Lucy estava quase sem sangue, ela estava tão palida que quase parecia um de nós, Carlisle tentava reanima-la, enquanto eu segurava suas mãos como que com medo
de solta-la e ela partir, seu corpo todo tremia, ela estava entrando em choque.
- Edward decida? Carlisle disse me encarando enquanto os batimentos de Lucy estavam cada vez mas fracos, quase que inexistentes.
Eu não podia surportar a ideia de transforma-la, não agora que eu a tinha de volta, essa ideia era quase que uma loucura a meu ver.
- Edward decida? Carlisle voltou a insistir..
Como que por milagre, pude ouvir alguns batimentos cardiacos, era como se o ar voltasse ao meu pulmão, pois eu soube naquele momento que poderiamos salva-la.
- Não, nos podemos salva-la... Eu respondi
- Edward sinto muito, mas so temos duas saídas. Carlisle respondeu com os olhos repletos de dor, eu sabia que se houvesse lágrimas, nos dois estaríamos derramando-as naquele instante.
- Não, eu não vou transforma-la... Eu gritei perdendo o controle enquanto a segurava em meus braços, apertando-a contra meu peito.
Não que a idéia de tê-la para sempre não fosse tentadora, mas eu não podia priva-la de viver todas as emoções humanas, não podia suportar a ideia de não deixa-la viver
todas as aventuras humanas intensamente, Alice insistia que tudo aquilo não passava de egoísmo meu, pois eu não havia vivido nada do que Lucy ou Bella poderiam viver,
até podia ser, mas eu não queria fazê-la se afastar de todos os seus amigos e da sua mãe, não agora que ela havia voltado, que sendo Bella ou Lucy, ela estava ali novamente em meus braços, e mas uma vez eu a havia colocado em perigo.- Lucy Volte... Eu sussurrei quase que como um último sopro de esperança
Carlisle me encarava esperando pela minha decisão, mas eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para poder salvar Lucy, naquele instante seu coração pareceu ouvir minhas súplicas, e começou a bater forte como que numa luta, finalmente Lucy havia me escutado e estava lutando pela vida.
- Ela ainda está viva, Carlisle... Eu disse sentindo a alegria emanar na minha voz, apesar de saber que a possibilidade de perder-la ainda era real.
- Sim, mas por pouco tempo, precisamos leva-la ao hospital, ela precisara de varias transfusões. Carlisle respondeu-me urgentemente.
Naquele instante eu sabia que o tempo estava contra nos dois, eu sabia que Lucy não suportaria sequer mas nenhum minuto sem receber sangue, e tratamento, eu sabia que não havia tempo a perder, a peguei no colo, e em velocidade vampirica, corri até o Centro médico, pois aquela era única chance de Lucy.
- Vá, estarei lá em alguns minutos. Carlisle me disse antes de eu sair.
Assim que chegamos ao hospital, começaram as movimentações, enfermeiras correndo em minha direção com a maca, enquanto Dr.Albert vinha correndo pelo corredor, em nossa direção, segurando bolsas de sangue nas mãos, enquanto eu a observava ser atendida, algo em meu peito fazia com que ele latejasse, era como uma adaga afiada sendo enfiada em meu coração, eu conhecia aquela dor, era a dor da perda, o medo de perder Bella novamente.
- Salve-a.. Eu sussurrei encarando Dr.Albert..
- Faremos o que for possível. Ele me respondeu sem muitas esperanças.
Enquanto enfiavam tubos por todos os lados em Lucy, Dr.Albert injetava estimulantes para que Lucy pudesse voltar a si, as enfermeiras cuidavam dos tubos, e a examinavam procurando por algum outro ferimento que pudesse estar oculto, durante todo o procedimento não pude soltar suas mãos, se eu a fizesse seria como
me despedir dela, e isso eu não suportaria uma outra vez.
- Cadê seu pai, Edward? Dr.Albert me perguntou
- Está a caminho. Eu me limitei a responder
- Você pode me explicar o que aconteceu com sua namorada? Ele me indagou
- Foi um acidente de carro, quando cheguei no local ela estava presa, tudo que pude fazer foi tira-la e a trazer pra ca. Eu respondi editando tudo o que podia para que a história parecesse coerente com os fatos.
- Como ela está? Eu o indaguei agoniado
- Ainda não sabemos, mas no momento conseguimos estabiliza-la, ela está recebendo sangue e as enfermeiras estão terminando de costurar os cortes, mas essa noite será crucial. Dr.Albert respondeu sendo bastante sincero.
Eu sabia que podia perde-la a qualquer momento, e somente em pensar nisso eu sentia todo o meu corpo estremecer e começar a latejar, toda minha mente parecia
um pequeno filme de lembranças, eram imagens de Bella misturadas com momentos que eu havia vivido com Lucy, era como se eu estivesse enlouquecendo.
Naquele momento Lucy estava em coma induzido, para que seu corpo pudesse se recuperar de todos os ferimentos e da imensa perda de sangue, talvez fosse a hora de ligar para a Sra.Amber, mas o que eu iria dizer, não podia dizer a ela que sua filha havia sido sequestrada por um vampiro, muito menos que ela namorava com um.
Carlisle entrou pela porta do hospital e veio direto em nossa direção, me encarou e tentou se mostrar surpreso, mas ao vê-la, sua expressão paternal tomou conta totalmente de seu rosto, enquanto a examinava, seus olhos pareciam escurecer , ele estava preocupado com alguma coisa, que os médicos não podiam notar.
- O que foi? Eu o indaguei
- Acho que precisaremos de mas do que essa quantidade de sangue, agora que notei, Vlad a mordeu.Carlisle disse mostrado-me a marca de meia-lua se formando em seu pulso, era como um deja vu, alguma coisa me dizia exatamente o que vinha a seguir, não eu não poderia fazer aquilo novamente, era como se todos os fatos estivessem se encaminhando extamente como 50 anos atrás, e aquilo começava a fazer meu coração congelado, perder todo o seu ritmo.
- Não, isso não pode estar acontecendo novamente. Eu resmunguei encarando Carlisle.
- Calma, Edward talvez como tudo seja apenas mas uma coiencidencia, não se esqueça de que ela já foi Bella, mas isso não quer dizer que seu destino seja o mesmo.
Carlisle respondeu tentando me tranquilizar, mas nada naquele momento poderia me fazer ficar calmo, eu estava em completo estado de alerta.
- Edward você terá que fazer novamente, tire o veneno dela. Carlisle me ordenou
- Talvez eu ......não acho que poderei suportar dessa vez. Eu indaguei
- Tenho certeza de que conseguirá. Ele retrucou
- Não, você não entende, dessa vez seu cheiro é muito mas forte e tentandor, do que era antes. Eu retruquei
- Mas você só tem duas escolhas, ou deixa a transformação acontecer, ou retira todo o veneno que puder. Carlisle fora enfático nas escolhas que haviam.
E antes que eu pudesse responder qualquer coisa, me veio a mente toda aquela cena, o momento em que o sangue de Bella percorreu minha garganta, o momento em
que eu quase me perdi no frenesi, fora como ser tomado por algo muito mas poderoso que você, e certamente era, eu nunca havia provado tal sangue, nem mesmo quando matava humanos, era um frenesi enlouquecedor, era como provar do mas doce dos chocolates, era como ser tomado por uma enlouquecedora sensação de
extase, o monstro dentro de mim parecia estar se libertando naquele instante, e meu maior medo era não poder controla-lo.
- Ande Edward, não posso segurar todo mundo lá fora por muito tempo. Carlisle interrompeu meus pensamentos enloquecedores.
Me aproximei de seu pulso, e naquele mesmo instante pude sentir o cheiro estranhamente familiar, o aroma tentando todo o meu auto-controle, e sem pensar cravei meus dentes em seu pulso, era como estar sentindo todo aquele frenesi novamente, mas seu sangue era ainda mas doce, mas saboroso do que qualquer sangue que eu já houvesse provado, todo o meu controle estava começando a se perder, eu podia sentir o sangue quente descendo pela minha garganta, o monstro dentro de mim rugia enlouquecido, e sua voz ecoava em minha cabeça como uma doce e cruel melodia "Beba tudo", a voz do monstro sussurrava em minha mente, mas então me concentrei
em seu rosto estranhamente familiar e mesmo assim tão diferente, em seu sorriso que iluminava qualquer lugar por onde passava, e por fim no imenso amor que sentiamos, fora o suficiente para que eu voltasse a me concentrar em retirar apenas o veneno, suguei todo o veneno, mas o monstro continuava a tentar, mas então Carlisle interviu por mim, me puxando de seu pulso, naquele instante senti a presença de um humano dentro do quarto, e permaneci de cabeça baixa, fingindo que estava dormindo, ninguém precisava me encarar agora, ainda mas sabendo que meus olhos estariam vermelhos, e eu ainda estava em frenesi.
Eu não podia ficar mas ali, eu não conseguiria suportar mas, não depois de provar aquele snague doce e enlouquecedor, me levantei e sai caminhando em direção para fora do hospital, eu precisava de ar puro para poder me recompor, demorou alguns instantes, mas logo consegui voltar ao normal, mas eu logo perderia o controle novamente se continuasse com aquele gosto na boca, o que me deu uma ideia, sair para caçar, eu sabia que não era o momento certo para isso, mas era para o própio bem de Lucy, e para minha sanidade. Também aproveitaria a situação para poder avisar a Sra.Amber que devia estar enlouquecendo pela ausência de Lucy.
Peguei a floresta em direção a casa de Lucy, e depois de me alimentar de um leão da montanha, sai correndo em velocidade vampirica até em casa, para poder saber de Alice, para minha surpresa, ela estava acordada, e se recuperando de toda aquela loucura, ela ainda estava fraca e Jasper me parecia preocupado, mas todos me disseram para me concentrar em Lucy, que eu ainda podia salva-la.
- Ela está no hospital.. Eu indaguei
- Nos sabemos, Alice nos disse assim que despertou. Jasper respondeu
- Obrigado, não a teria encontrado sem você. Eu agradeci Alice.
- Vá, você precisa estar ao lado dela. Alice respondeu sorrindo.
Não seria nada etico da minha parte chegar andando na casa de Lucy, eu não teria como explicar a Sra.Amber como chegara tão rápido em sua casa, então peguei a Harley que estava estacionada na garagem, e peguei a estrada em direção a casa de Lucy, minhas mãos gélidas apertavam os guidões como se fossem se soltar,
a última vez que eu encarara o velocímetro ele marcava quase 189km/hrs, não demorou muito para que eu chegasse a casa de Lucy.
A Sra.Amber estava sentada na varanda e parecia agoniada com o sumiço de Lucy, eu não sabia muito bem como iria explicar tudo que estava acontecendo, mas sabia que a verdade não era uma das opções.
- Sra.Amber.. Eu a chamei me aproximando cautelosamente
- Edward.. Ela disse surpresa ao me ver sozinho.
- Lucy está com você? Ela me indagou deixando as lágrimas rolarem pelo seu rosto.
- Calma, não se preocupe, Lucy está comigo. Eu me limitei a responder.
- Preciso vê-la. Ela disse enquanto pegava um casaco e vestia.
- Vamos, venha comigo. Eu disse passando o outro capacete para ela.
Eu tinha que ter preparado-a mas não sabia como, eu não encontrava palavras para poder dizer a Sra.Amber que talvez sua amada filha não sobrevivesse aquela noite, que ela havia perdido mas sangue do que havia em seu pequeno corpo.
Parei alguns metros antes do hospital, e desci da moto tirando o capacete, enquanto a encarava, Sra.Amber parecia estranhamente agoniada.
- Diz logo.... Ela gritava histérica.
- Dizer o que? Eu a indaguei
- Que minha menina está morta... Ela respondeu enquanto as lágrimas insistiam em percorrer seu rosto.
- Não, ela não está. Eu respondi
- Mas então o que aconteceu, porque está me levando para o centro médico. Ela continuava gritando histericamente.
- Lucy sofreu um grave acidente de carro, e perdeu muito sangue, mas já está estável. Eu falei subindo na moto novamente.
- Vamos logo... Ela dizia enquanto passava seus braços em volta da minha cintura .
Assim que chegamos no hospital, a mãe de Lucy saiu correndo desesperada em direção a recepção, mas pude observar que Carlisle já a esperava para poder conte-la, e lhe explicar a situação delicada de Lucy, eu permaneci por alguns instantes do lado de fora, observando-os enquanto todo o meu corpo parecia gritar por causa da dor aguda que espremia meu peito, eu sabia que talvez a perdessemos.



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