Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 33
“Não bastava me fazer gostar de você, tinha que me deixar totalmente apaixonada" – Pequena Sereia.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Buenas noches! Espero que tenham sentido a minha falta pois eu senti a de vocês! Minha gente! Passei essas duas semanas doidinha para postar capítulo de Love Story. Vocês sabem que estou apaixonada pela história, né? Quando paro para ler um pedacinho, não paro mais.

Mas bora ao capítulo! Adorei escreve-lo e adorei lê-lo. Espero que vocês também! Beijos! A gente se vê lá nas notas finais. Fui!



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As moças secretarias ficaram animadas ao me ver passando com as flores. Sorri tímida me despedindo de todas. Passei pela catraca e a porta, peguei o ônibus e desci no ponto certo. Fui para casa e tranquei a porta. Me joguei no sofá sentindo o cheiro das flores mais uma vez. Eu precisava pô-las logo em um vaso com água.

Arrumo um e coloco água, deixo as rosas no meio da sala na mesinha de centro e meu celular começa a tocar. Imaginei que fosse Steve perguntando se eu já havia chegado em casa, mas era Alicia.

—Hey! – atendo feliz e de bom-humor. Claro, mas influência e culpa do Steve do que de mim mesma.

Nossa... Que humor feliz... – ela comenta fingindo estar impressionada. Rio dela – Vamos no shopping, comprar aquele vestido que você falou ontem? – convida e fico tentada a recusar. Eu queria passar o resto do dia com o Steve, mas Alicia continuava a precisar de mim. Tenho que aceitar.

—Sim, claro – confirmo sem nenhum tipo de dúvida – Vem me buscar ou nos encontramos lá? – pergunto e ouço a sua conversa rápida e seca com o pai.

A gente se encontra lá. Meu pai não liberou e nem vai liberar tão cedo o carro – explica e já vejo caroço nesse angu...

—O que você fez? – pergunto tensa e me apoiando na parede atrás de mim. Com tudo o que aconteceu com Alicia, não me surpreenderia se eles tivessem discutido muito e feio.

A gente conversa lá, ok? – desconversa e respiro fundo. É, ela fez alguma coisa. Nos despedimos rapidamente e fui para o meu quarto me arrumar. Escolhi apenas coisas básicas, e roupas que seriam confortáveis para andarmos por horas e que não me fizessem passar frio ou calor.

Uma calça jeans azul clara gasta pelo tempo e lavagens, uma blusa branca lisa de alcinhas que ia até um dedo antes do meu umbigo, uma jaqueta verde-água, um cachecol cinza liso, uma bolsa grande e azul clara, sapatilhas pretas e um cordão com perolas de várias cores, claro, perolas falsas, e não verdadeiras como aquela recepcionista do restaurante de ontem.

Mas antes de sair, bati na porta do Steve, não atendeu. Então mandei uma mensagem para ele, e quando eu já estava entrando no ônibus ele respondeu. Na mensagem ele dizia que estava resolvendo “coisas” e que voltaria tarde. Eu sei bem que coisas são essas. Coisas que envolvem a S.H.I.E.L.D e que não posso ficar sabendo de quase nada pois seria perigoso para mim.

Chateada, mas não decepcionada, me sentei perto da janela e esperei o ônibus seguir viagem. A viagem demorou um pouco por causa do trânsito, que fazia o ônibus parar quase toda hora. Mas quase uma hora depois, chegamos. Mandei uma mensagem para Alicia avisando que eu havia chegado, ela respondeu que estava esperando em frente a Marcy’s há um bom tempo. Me apressando para chegar até a loja, a encontrei observando a vitrine, mas sem entrar.

Eu sabia que ela gostava de preto, mas estava demais a roupa dela. Uma saia rodada lisa e preta, uma regata roxa escura, botas pretas de cano curto, uma jaqueta de couro preta com mangas de renda também pretas, uma gargantilha preta que estava na moda e uma mochila pequena, e adivinha? Preta também.

—Vamos procurar primeiro aí? – pergunto olhando a loja. Eu conhecia muito pouco a Marcy’s, mas era bastante popular para comprar vestidos, vestidos de baile de formatura de ensino médio, e não o que procurávamos. Mas como eu não sabia quanto Alicia podia pagar, arrisquei perguntar.

—Não, claro que não – ela nega firmemente, descartando a possibilidade – E oi para você também – ela usa o sarcasmo e sorrio sem graça – Aqui é só um lugar para você me perceber – ela ironizou e passamos a andar.

—Como não perceber você? Tudo tão claro, o chão, as paredes, tudo branco e você toda de preto. Como não vou notar? – brinco e ela me empurra de leve com o ombro com um leve sorriso no rosto. Rio baixinho voltando a me comportar – O que você realmente tem em mente? – pergunto.

—Sobre o vestido ou a vida? – pergunta brincalhona. Rio dela – Bom, quero algo animado, alegre, que me destaque – explica e assinto com a cabeça não entendendo muito bem o que ela quer.

—Estamos falando de vestidos, certo? – pergunto preocupada e ela ri – E não de cachorros, certo? – pergunto novamente e ela gargalha. É bom vê-la assim, rindo. Eu até havia me esquecido que eu estou aqui para isso. Irei me esforçar agora. Agora é sério.

—Sim, falando de vestidos – ela confirma enquanto estico o pescoço para ver uma loja de sapatos com promoções “imperdíveis”, eles dizem.

—Você querendo algo alegre? Conta outra – ironizo a fazendo revirar os olhos um pouco sem graça – É sério? – pergunto estupefata e animada. Alicia queria comprar algo mesmo animado e alegre? E não algo preto apenas?

—Continue falando desse jeito e comprarei o vestido feito pela própria rainha do inferno – ela ameaça em tom de brincadeira me fazendo agora revirar os olhos. É cada uma... – Vem cá, e como está você e o Steve? – pergunta curiosa e dou um sorriso só de ouvir o nome dele – Só sei que está completamente apaixonada por ele – ela afirma e assinto com a cabeça.

—Eu não fiquei com você ontem por mais tempo porque Steve havia me convidado para um jogo de futebol semana passada. Eu não podia negar – justifiquei e ela assente com a cabeça compreensiva – E foi demais, Alicia, muito incrível. Depois fomos jantar e... – um suspiro apaixonado escapou da minha boca.

—E... – ela me incentiva a continuar, mas paro de andar para fita-la com uma cara idiotamente apaixonada – Não... – ela nega pasma e embasbacada, parando e ficando de frente para mim. Ela agarra os meus dois cotovelos olhando para os meus olhos – Ele disse...? – ela perguntou com um sorriso animado e assenti com a cabeça.

—E ainda disse com uma frase de uma música do Roberto Carlos, um cantor brasileiro! – completo e ela sorri feliz e alegre, animada e exaltada, impressionada e emocionada.

—E como foi o jantar? – ela pergunta ainda sorrindo e segurando os meus braços. Sorri meio boba olhando para as minhas sapatilhas – E o que você disse? – perguntou animada e segurando os meus braços com mais força. Ela realmente queria saber. Aí... Esqueci quanto é bom ter uma amiga com quem contar essas coisas...

—Depois de ficar um maior tempão olhando para ele com uma cara de idiota feito a sua – respondi brincando e recebendo um tapa no ombro vindo dela, ri baixinho – Eu disse que eu também. Terminamos o jantar. Fomos para casa dele e... – solto no ar para ela entender bem o que eu queria dizer. Sua cara denuncia que ela entendeu, e entendeu bem.

—Meu deus! Laura! – ela diz surpresa e me arrastando até o banco mais próximo para conversarmos, ou seja, eu prestar um depoimento detalhado e profundo de toda a minha noite com o Steve, e provavelmente o que aconteceu depois – Conte-me tudo, sem cortar detalhes, nada – ela pede, ou manda olhando no fundo dos meus olhos sedenta.

—Alicia... Isso é meio particular demais – justifico sem graça e tímida. Não conseguiria contar sobre a minha noite com ele para ela, na verdade, nem para ninguém. Foi um sacrifício com o ginecologista!

—Ah, sim, tudo bem – ela entende numa boa e sorrio aliviada – Mas foi bom... Mais ou menos... – reviro os olhos com a sua pergunta. Para cortar a curiosidade, decido criar coragem e dizer logo de uma vez.

—Foi ótimo – respondo me levantando e encarando a cara maliciosa dela. Eu não devia ter usado a palavra ótimo, mas sim bom, pois foi o que ela usou, e agora ela vai achar que a noite foi incrivelmente incrível, bom, foi, mas não era a minha intenção! E... Ufa! Chega de pensar sobre isso – Vamos? – pergunto apressada e ela se levanta sem dizer nada, mas aquela maldita cara maliciosa ainda estava lá.

Fomos em tantas lojas que não achei que fosse possível ela recusar cada opção de cada loja que visitamos, mas ela fez. Não só recusou, mas também ficou me importunando com mais perguntas. Achei que ela fosse se contentar com o que eu disse, mas não funcionou. Meu deus... Como eu a faço parar??

Nesse momento, eu reclamava que seria difícil encontrar uma opção de total agrado dela, mas ela acreditava em mim? Claro que não. Aquela cabeça teimosa ainda tinha esperanças de encontrar O Vestido, e quem sou eu para dizer o contrário, certo?

Mas então, o susto, a surpresa e fiquei chocada. Parei de andar e encarei o casal mais à frente. A moça eu não conhecia, mas o cara sim. Sim, porque eu o via oito horas por dia há quatro dias até agora. Jhones andava despreocupado pelo shopping com uma bela moça ao seu lado.

—Podemos entrar rapidinho? – pergunto apontando para a loja de sorvetes, a mais próxima e a que eu poderia me esconder do meu chefe que ainda bem que não me notou, ainda.

—Você quer sorvete? – pergunta ela estranhando, talvez porque eu pedi tão de repente e com a minha cara assustada e chocada.

—Não, apenas me esconder do meu chefe – respondi rápida, e nem esperando a sua resposta, agarrei sua mão e a puxei para dentro da loja. O clima estava frio, por isso agarrei minha jaqueta e olhando para o vidro esperando o casal passar.

—Qual dos dois? A moça bonita ou o cara gordo? – pergunta Alicia me observando.

—O cara – respondi e ela assentiu com a cabeça.

—Bom, aproveitando que estamos aqui, vou querer um sorvete, vai querer também? – pergunta e nego com a cabeça me encostando no vidro e querendo parecer o mais normal possível, isso para os funcionários não chamarem os seguranças.

Alicia, com um pote pequeno de sorvete de chocolate em mãos se sentou na mesa mais próxima da janela, aproveito e me sento ao seu lado. Pego uma colher e começo a saborear o doce com ela reclamando, mas sempre de olho na janela para saber quando eles passaram e quando poderemos prosseguir.

—Uma pergunta, seu chefe, ele é rico? – Alicia pergunta direta e sem enrolar, a cara dela – Porque para uma moça como aquelas estar com ele... – ela solta no ar e nego com a cabeça.

—Ele não é rico, apenas tem uma boa condição – explico não com muita certeza – E não quero defendê-lo, o cara é chato para caramba, mas não é porque ela é bonita que o cara feio que estiver com ela tem que ser rico – explico e ela assente com a cabeça.

—Sim, eu sei Laura, acredito em amor desse jeito, o problema é que isso é a vida real. Quantos casais você conhece que são assim? – ela pergunta e afirmo com a cabeça. Mas quantos casais eu conhecia que ganham mais do que quarenta mil por mês? Além do Tony e a Pepper? Nenhum.

—Pode ser uma irmã – chuto e ela nega com a cabeça discordando. Foi aí que eles passaram, devagar e observando as lojas com calma. Não poderiam ser irmã e irmão, estavam juntos e abraçados demais.

—Duvido muito – ela comenta virando o rosto de volta para mim depois que eles sumiram – Além do mais, ele tem cara de que nasceu aqui, mas ela não. Deve ser espanhola, colombiana, ou até mesmo do seu país – ela sugere e assinto com a cabeça sabendo daquilo. Se ela não nasceu em terras latinas, deve ser os pais então.

—Bom, vamos? – pergunto apontando para a saída. Ela afirma e se levanta com o pote em mãos – E pode ficar tranquila que não quero mais – aviso e ela revira os olhos batendo com o pé no chão.

—Agora que comeu quase tudo? – pergunta injuriada e rio dela – É sério! Olha! – ela leva o pote até o meu rosto próximo demais, sujando a ponta do meu nariz com sorvete – Tem quase nada – ela reclama sorrindo e rindo de mim. Passo o dedo e limpo o dedo com a boca mesmo enquanto continuávamos a tentar encontrar algo para ela usar na apresentação de depois de amanhã.

Não encontramos nada. Combinamos de voltar em outro shopping amanhã, mas espero que eu consiga pelo menos levantar do sofá depois de trabalhar. Confesso que hoje foi fácil pois foi bem mais leve do que ontem ou anteontem, mas tenho medo de amanhã não ser.

Peguei um táxi para voltar para casa e o dividindo com ela. Paguei metade da viagem e ela pagou o resto quando chegou na casa dela, já que era o mesmo caminho mesmo. Subi cansada e desejando a minha cama mais do que qualquer outra coisa. Desejava um pijama macio e cheiroso, com uma cama macia e quente, com direito a um bom banho relaxante e morno. E claro, antes jantando uma comida preparada pelo Andrew. Não vou ter saco para preparar.

Coloco a chave na fechadura e abro a porta encontrando Andrew com os pés apoiados na mesinha assistindo televisão tranquilamente com o controle estendido e apontando para a televisão. O cumprimento brevemente e fechando a porta.

—Steve passou aqui e pediu para você ir vê-lo quando chegasse – Andrew avisou e assenti com a cabeça deixando a bolsa no sofá ao seu lado e a jaqueta foi junto – Você não dormiu aqui noite passada, né? – ele perguntou desconfiado e olhei em outra direção sem graça – Não, tudo bem. Desculpa a pergunta, mas é que fiquei preocupado, só isso – justifica e aceito a resposta.

—Tudo bem. E o jantar? – pergunto e ele aponta com o controle para a cozinha sem tirar os olhos do aparelho mudando de canal novamente – Obrigada – agradeço e vejo um prato em cima da pia com um pano em cima. Retiro o pano e a minha barriga ronca. Macarrão com molho de tomate, um bife de carne e batata frita – Já falei que te amo, Andrew? – pergunto e ele sorri enquanto ri.

—Pode demostrar seu amor assinando televisão a cabo – ele rebate e concordo. Sei que ele quer isso, e muito, mas tenho que rever o orçamento para ver se dá para fazer.

—Pode ser netflix? – pergunto e ele levanta a mão com um sinal de positivo. Sorrio e levo o prato para a mesa com garfo e faca na mão, onde começo a comer com fome e vontade. Deixo o prato vazio na pia prometendo ao Andrew que eu lavaria depois de falar com o Steve. Ele concorda e saio de casa. Bato na porta do nosso vizinho que atende bem rápido.

—Oi – ele me recepcionou com um sorriso enorme e animado. Sinto frio na barriga e sorrio de volta.

—Oi – rebato começando a ficar ofegante apenas com a presença dele na minha frente. Me arrependo bem na hora de não ter escovado os dentes ou comido uma balinha para o hálito. Acabei de comer, não devo estar com um bom hálito.

E enquanto eu me arrependia, Steve me pega de surpresa puxando a minha cintura e reivindicando os meus lábios para os dele. Suspiro e quase me derreto por completo com o beijo. Um beijo simples mas tão poderoso a ponto de me deixar sem chão e quase sem ar.

Entro em sua casa e ele me deixa na parede com cuidado, acariciando meu cabelo e o meu rosto. Sorrio feliz, porém, acima de tudo, totalmente apaixonada por esse homem. E pela maneira como ele me beija, totalmente apaixonado por mim.

Não bastava me fazer gostar de você, tinha que me deixar totalmente apaixonada.”

—Pequena Sereia.


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Notas finais do capítulo

Ah... Eu só quero alguém que me beije como o Rogers beija a Teixeira... Isso é pedir demais? Acho que na minha condição de simples mortal, sim.

Eu adorei o capítulo, adorei mesmo. E não é porque eu sou uma autora meio egocêntrica, mas sim porque se eu fosse uma leitora como vocês, eu iria gostar. Eu adoro o clima leve e engraçado da fic, e adoro as cenas de beijo. Sempre tento fazê-las marcantes e mortais para qualquer uma, KKKKKKK

Mas a opinião de quem importa aqui é a de vocês. Gostaram, minhas lindas? Espero que sim! Me diga pelos comentários, ok? Pleeeeaaase!!

Beijos e até daqui a duas semanas.

Ps: A "promoção" da recomendação ainda está rolando. Recomende e ganhe capítulo toda semana.



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