Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 29
“O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo". - Martha Medeiros


Notas iniciais do capítulo

Minha gente! I'm back! Eu sempre volto! Não é? Sou pior do que os filmes do Nicholas Cage, sempre voltando... KKKKK Será que ele não percebe que está ruim a carreira dele? Poxa, ele é um ator tão bom... Adorava ele, mas depois daquele filme Apocalipse, não dá. Não dá e não consigo mais.

E outra coisa. Uma pena. Ninguém recomendou. Então só postarei todo domingo de duas em duas semanas, ao em vez de semanalmente como é na minha outra fic. Mas, como prova que sou boazinha, ou pelo menos um pouco, deixarei isso em aberto. Se recomendarem duas vezes, não importa até quando, postarei toda semana. Ou seja, com duas recomendações, posto toda semana.

Bom, é só isso. Espero que gostem do capítulo. Tenho escrito bastante nos últimos dias. Nem mesmo a escola e a academia tem ocupado o meu tempo o suficiente para não me deixar escrever. E a inspiração tem andado boa também!

Beijos e boa leitura! Fui!



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Consegui organizar a pilha de documentos, e depois tive que fazer sete vezes o mesmo caminho para entregar os documentos. Meus pés doíam, e as minhas panturrilhas também. No tempo em que fiquei sem ter o que fazer dentro da sala, fiquei massageando a panturrilha e torcendo para o Andrew não estar tão ocupado assim para vir aqui e me dar uma massagem.

Mas já era quatro e vinte, pensei que talvez eu pudesse pedir ao Jhones para ser liberada vinte minutos mais cedo hoje, seria muito abuso? Ou melhor não? Sou novata, estou aqui há apenas três dias, melhor nem arriscar. Por isso, mantive a minha bunda quieta na cadeira enquanto eu me ocupava com um joguinho de celular e o carregando ao mesmo tempo para não descarregar.

Quando faltava cinco minutos para eu poder ir embora, mais um documento chegou, segui o mesmo caminho pela nona ou décima vez só hoje e bati na porta. Jhones me atendeu.

—Senhor, já são cinco horas – avisei e pude ver que ele havia perdido por completo o horário.

—Preciso que você fique mais meia hora – avisou e meu desespero ficou evidente no meu rosto.

—Mas senhor, eu preciso ir, tenho compromissos depois do trabalho – respondi tentando fazê-lo entender que eu não podia ficar – Se eu não tivesse nada, eu juro, eu ficaria, mas eu realmente não posso adiar isso – justifico e ele estreita os olhos.

—O que você tem para depois de tão importante? – pergunta curioso para saber se eu dizia a verdade. Mas é claro que eu não podia dizer que tinha um jogo de futebol para ir com o meu namorado e nem que a minha amiga precisava de mim na casa dela para desabafar. Eu tinha que arranjar uma desculpa.

—O senhor conhece aquela empresa de televisão a cabo daquela propaganda do paraquedas? – pergunto e ele estreita os olhos, para depois seu rosto se suavizar em saber do que eu estava falando.

—Sim, conheço – afirma e suspiro em alivio baixinho.

—Então, é muito difícil conseguir agendar a instalação dos aparelhos, e eu consegui, e olha que marquei isso três meses atrás – explico mentindo na cara de pau, sem nem saber o nome da empresa, apenas que vi numa propaganda e desconfiei que a empresa fosse ruim mesmo.

—Você é louca? É a pior TV a cabo de Nova Iorque! – ele avisou e assenti com a cabeça no maior fingimento.

—Sim, eu sei, mas é a única que atende para o posicionamento do meu prédio, as outras não fazem – justifico e ele toca o meu ombro complacente com a minha situação.

—Cancele logo o contrato, assine a internet de vinte, trinta megas e assine a Netflix, muito melhor – aconselha e concordo com ele, dizendo que eu faria assim que o contrato vencesse –E boa sorte com eles, você vai precisar. E pode ir – permitiu e agradeci antes que a porta fosse fechada com força na minha cara. Sorri vitoriosa e fui com uma certeza presa até a sala pegar a minha bolsa e sair daqui logo.

Peguei o celular e o carregador e joguei tudo na bolsa, mas não sem antes de mandar uma mensagem para o Andrew avisando que eu voltaria tarde da noite hoje. Ele respondeu com uma carinha maliciosa. Revirei os olhos com cada ideia dele...

Peguei o ônibus que daria para a minha casa, porém mais alguns pontos depois e eu ficaria bem perto do prédio da Alicia. Desci e, com pressa, avisei ao porteiro que eu estava para ver a moça do 501, e ele concordou. Avisou pelo interfone e me permitiu subir. Bati em sua porta depois de subir pelo elevador e vi a sua cara de ressaca, como se estivesse há uma semana daquele jeito.

—O que houve com você? – pergunto vendo suas roupas, seu pijama velho e amassado, a boca suja de farelo de biscoito, e o seu cabelo, preso num coque bagunçado e de qualquer jeito, e claro, extremamente sujo.

—Entra – ela me deu passagem e entrei, observando tudo a minha volta. O apartamento com quem ela divide com o pai, está totalmente bagunçado, parecia que alguém havia arrombado a casa e revirado tudo para achar alguma coisa.

—Então, vai me falar ou não? – pergunto de frente para ela. Ela cruza os braços na frente do peito respirando fundo.

—Minha mãe morreu – conta e estreito as sobrancelhas. A mãe dela? Ela nunca tinha me falado sobre ela? É claro que eu sabia que ela tinha mãe, até porque o pai dela não foi quem pariu ela, mas Alicia a conhecia?

—Sua mãe? Você a conhecia? – pergunto e ela assente com a cabeça andando até a sala e se sentando no sofá coberto por migalhas de biscoitos salgados. Prefiro ficar de pé e conversar com ela desse jeito.

—Ela se separou do meu pai quando eu era muito pequena, e ela tinha alguns problemas com drogas e bebidas, esse tipo de coisa – conta e me assusto com a história, mas tento não deixa-la perceber – Meu pai conseguiu a guarda definitiva por ela estar metida a tudo isso – completa e me sento na cadeira perto da janela completamente chocada com a história.

—E ela te visitava? – pergunto e ela afirma de novo se sentando sobre as pernas.

—Uma vez ao mês, ou duas vezes. Depende muito – explica e assinto com a cabeça. Pelo menos ela ainda se importava com a filha, não é?

—Ela já foi enterrada? – pergunto sabendo que aquilo não era fácil para ela, com certeza não era fácil. Ela tinha um vínculo forte com ela, pelo simples fato de ser filha e mãe, mas agora imagina mesmo sobre toda essa dificuldade? A união deveria ser uma das mais fortes que eu já teria conhecido.

—Duas semanas atrás – conta e se levanta caminhando até a cozinha com louça para lavar provavelmente desde duas semanas também.

—Ela morreu semanas atrás? – pergunto e ela confirma abrindo uma  latinha de refrigerante, oferece e tomo apenas um gole.

—Desculpa não ter contado antes, mas é que eu não conseguia te contar, simplesmente não conseguia nem sair do quarto – explica mas dispenso suas desculpas, não há nada para perdoar, ela precisava desse tempo, eu entendo perfeitamente.

Sem dizer nada, a puxo para um abraço, algo que tenho a impressão que faltava na vida dela depois que a mãe morreu. Alicia me abraçou com força enterrando o seu rosto no meu ombro, e logo em seguida, vieram os soluços de choro. A abracei mais forte fechando os olhos querendo de alguma forma não deixa-la desse jeito.

Ela chorou apenas um pouquinho, mas o suficiente de quebrar todo o meu coração e me fazer segurar as minhas próprias lágrimas, pois agora ela não tinha ninguém além de mim e o pai. E falando nisso, e o pai dela?

—Alicia, onde está o seu pai? – pergunto e ela se afasta devagar e limpando os olhos com a blusa.

—No trabalho. E se você está pensando que ele esteja sumindo da minha vida, sim, é verdade, principalmente agora depois disso – ela conta, mas não é algo que me surpreende.

—Ele não te deu nenhum apoio? – pergunto e ela nega – Nenhum? – pergunto novamente em descrença, e ela continua negando com a cabeça – Meu deus... – murmuro me sentando na pia onde estava seco.

—Vamos sair hoje? – pergunta e dou um sorriso de lado sem jeito.

—Não posso, hoje não dá, mas amanhã com toda certeza eu posso – garanto e ela assente com a cabeça – Vamos ao shopping, temos que comprar algumas coisinhas para a apresentação, o que você acha? – sugiro e ela assente com a cabeça, mas ainda estava muito para baixo, e não seria hoje que eu conseguiria colocar um verdadeiro sorriso no rosto dela.

—Na verdade, nem sei se vou continuar com isso – comenta e nego com a cabeça pegando em suas duas mãos não acreditando no que estou ouvindo.

—Já basta o Andrew quase ter desistido do concurso. Você toca divinamente, não desperdice, Alicia. Toque, mas toque com o seu coração que com certeza a sua mãe vai ouvir – garanto e ela sorri em descrença com o que estou falando.

—Você falando isso é tão clichê e brega! Credo! – ela reclama risonha saindo de perto de mim e voltando para a sala, rio enquanto desço da pia.

—Então prometa que vai ou irei continuar falando clichês e breguices – ameaço e ela ri.

—Sei não Laura... – ela coça a nuca e já logo tenho uma ideia de algo bem brega para ela ouvir.

—Toque com o seu coração e todos irão escutar – brinco e ela ri baixinho.

—Ainda continuo com um pé atrás – ela me desafia cruzando os braços. Penso por um instante e sorrio.

—O amor da sua mãe por você vai guia-la até onde os seus sonhos alcançarem! – respondi com uma voz poética e sonhadora, ela riu e finalmente garantiu que iria continuar com o concurso – Até que enfim!

—Obrigada – ela agradece me abraçando mais uma vez, e sinto que tem alguma coisa presa ao seu cabelo, pego e mostro a ela, era um biscoito, ela riu e jogou fora em qualquer lugar da casa.

—Mas prometa para mim que vai contratar alguém e fazer uma limpeza nessa casa. Você não pode viver desse jeito – digo e ela concorda comigo e vai avisar ao pai para liberar o dinheiro.

Fiquei mais um pouquinho, conversamos apenas mais um pouco, mas eu tinha que voltar para casa, e ela entendeu perfeitamente. Nos despedimos e saí dali quase que correndo, eu tinha quase meia hora até o Steve bater na minha porta pronto para irmos.

Peguei o ônibus sabendo que assim seria muito mais rápido do que indo andando. E voei nas escadas de tão rápida que eu fui. Corri apressada para abrir as escadas, fui apressada para tirar a roupa e tomar banho, e nossa, foi um alivio tremendo, mas algo que eu não podia enrolar muito.

Não molhei os cabelos, apenas enxuguei o corpo passando somente desodorante. Fui para o quarto de toalha sabendo que Andrew ainda não havia chegado em casa, ainda bem. Escolhi a minha roupa e os sapatos, deixei tudo em cima da cama. Fui para o banheiro, fiz um delineador bem rapidinho porém me orgulhei do resultado e um batom rosa avermelhado, muito bonito.

E depois fui vestir a roupa para depois fazer o cabelo. Escolhi um vestido florido com fundo escuro de cintura marcada e saia volumosa, como eu gosto de usar, e sem mangas. Um casaco de cor clara pois aqui em Nova Iorque faz muito frio à noite. Uma bolsa grande e rosa clara, um cachecol claro com listras quadriculas e finas, uma botinha clara de cano curto, uma pulseira com dois pingentes azuis e brincos de perola com enfeites dourados ao redor.

Me olhei no espelho enquanto Steve não chegava, até que fiquei bem. Mas aí olhei para o cabelo. Estava bonito solto, quando ficou quase todo o dia com um rabo de cavalo. Só o que eu fiz foi pegar um enfeite de cabelo e prender duas mechinhas ao redor do cabelo e colocar na parte detrás da cabeça. Ficou bonito e delicado.

E bem na hora em que eu colocava a carteira, celular, batom, esse tipo de coisa dentro da bolsa, Steve bateu na porta, abri e o vi sorrindo.

—Você se supera a cada dia – ele me elogia e sorrio um pouco envergonhada – Vamos? – pergunta me oferecendo seu braço, assinto e enlaço seu braço ao meu – Ainda bem que você veio assim, porque eu estava pensando em comermos alguma coisa depois do jogo, o que você acha? – pergunta e concordo.

—Claro, podemos jantar – acrescento e ele assente com a cabeça enquanto descíamos as escadas. Seu perfume estava me fazendo fechar os olhos apenas para sentir ainda mais forte. O loiro reparou, pois sorriu e beijou o topo da minha cabeça.

Paramos na frente do prédio, e havia um táxi na frente, achei que não fosse para a gente, mas era, pois ele abriu a porta do banco traseiro para mim.

—E a sua moto? – perguntei enquanto eu chegava para o lado para ele poder entrar também.

—No conserto – responde e assinto com a cabeça entendendo. Era até bom, pois estou com um vestido que eu não conseguiria segurar a saia para ela não levantar por causa do vento – Estou pensando em vender ela – ele comenta e me espanto. Steve ama aquela moto! Como ele conseguiria vender ela?

—Não, não e não! – nego firme – Nem por cima do meu cadáver – completo e escuto uma risadinha do motorista, ignorei apenas – Você ama aquela moto, porque vender? – pergunto descrente e o loiro ri beijando as minhas mãos com carinho.

—Onde você estava todo esse tempo? – pergunta tocando o meu queixo com carinho, com a voz baixa e parecendo hipnotizada. Ele estava? Eu não sei, mas agora eu sei que eu estou. Seus olhos focavam nos meus, com atenção e amor. Sorri sentindo minhas bochechas queimarem um pouco e olhar para baixo com aquele sorriso tímido que aparece toda vez que ele fala algo do tipo.

Seus lábios tocam os meus, devagar e delicadamente, um beijo pequeno e discreto, mas que fez a minha barriga se revirar toda e explodir em borboleta voando para tudo que é lado. Sorri e segurei a sua mão que encostava no meu joelho.

—Eu é que tenho que dizer: “onde você estava todo esse tempo?” – pergunto tocando seu rosto, talvez fosse para tentar acreditar (mais uma vez) que ele fosse real. E era! Pois sorriu feliz, e talvez apaixonado... Ou mais.

Steve pôs o braço por cima dos meus ombros me aproximando para mais perto. Beijou o topo da minha cabeça enquanto eu encostava em seu ombro de maneira confortável.

Eu sabia que não era apenas as palavras que me faziam estar apaixonada por ele, não era. É muito mais do que isso. Talvez fosse o jeito brincalhão dele, ou o modo carinhoso como ele me trata. Mas sinto como se ele pudesse perceber o que eu estava precisando antes mesmo de eu mesma saber. Se não for amor, o que é então?

Não sei se aquelas “três palavras” serão ditas ainda esse ano. Mas eu sou tímida demais para dizer primeiro, por mais que eu tivesse certeza que eu me sentia daquele jeito. Ou talvez não fosse necessário. Eu consigo sentir, Steve me ama, e me ama tanto quanto eu amo ele.

“O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo".

— Martha Medeiros.

 


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Notas finais do capítulo

O capítulo hoje foi bem legalzinho. Finalmente vocês souberam o que aconteceu com a Alicia, né?

Ah gente.... Tadinha.... Me deu uma peninha dela! Realmente foi bem triste para ela, e difícil também. Mas a nossa Laura vai ficar do lado da amiga, né? Mesmo depois de um tempinho separados, a amizade continua de pé!

E para quem sentiu falta do Steve Gato Rogers (Juh... Tô falando de você sim!) ele voltou! E vai voltar muito mais nos próximos capítulos, vai sumir, mas vai aparecer de novo. Vai ser sempre essa montanha russa. Mas ele SEMPRE volta, ok? Guardem isso para o final da fic, ok?

E falando sobre isso, a fic eu não faço ideia de quantos capítulos vem pela frente. Já escrevi sobre a segunda fase do concurso e logo em seguida vem a terceira e última fase, e depois é o concerto. "Faltam muitos capítulos?" Não faço ideia, queridas. A tia aqui tem pensado em coisas para acontecerem durante a fic e preparar o terreno para o final. Mas posso chutar que vai até os sessenta capítulos (?).

Então... Me digam o que acharam! E lembrando, com duas recomendações, eu posto toda semana! Estou tão ansiosa para postar quanto vocês para lerem!

Beijos e até daqui a duas semanas! (talvez... quem sabe?).



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