Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 19
“Ame apesar de tudo: do medo, da ansiedade, da angústia, da incerteza, do passado, do futuro e do presente. Ame apesar dos outros e de você mesmo!” - Luís Carlos Mazzini.


Notas iniciais do capítulo

Ei gente! Desculpa por não ter postado ontem, desculpa mesmo, esqueci por completo da fic, e sinto muito mesmo por isso, principalmente por tanta gente comentar, me sinto ainda pior.

Muito obrigada de ♥ por quem comentou, amei ler todos os carinhosos reviews, amei de montão! Obrigada por tudo, meninas!

Bom, é isso, não enrolarei mais, leiam o capítulo e me digam o que acharam nos reviews! Beijos e fui!



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Cerca de cinco taças depois, a garrafa completamente vazia, e o rosto corado por causa do vinho, eu encarava o rosto do loiro, que encarava o meu, num momento só nosso, somente nós dois, podendo ver cada detalhe do seu rosto com perfeição graças a lâmpada da sala. Estávamos deitados no sofá até agora, mesmo já tendo passado a muito tempo das dez da noite.

Levei minha mão até seu rosto, sem nenhum sinal de que havia bebido, apenas seu hálito denunciava. Meus dedos abriram caminho até seus fios dourados, que continuavam no mesmo lugar até eu explorar fazendo carinhos delicados e sutis. Sempre gostei de fazer cafuné no Steve, mas que agora é melhor, já que a vergonha toda foi embora.

O loiro fecha os olhos aproveitando o carinho, e continuo até sentir sua mão no meu braço, o segurando delicadamente me impedindo de continuar. Ele se aproxima e junta nossos lábios levemente, apenas saboreando as pequenas reações tão sutis que as vezes nem percebemos. Minha mão desce até seu rosto e ali fica, a deixando na altura do maxilar.

Os beijos não passavam de carinhos, com o loiro mordendo meus lábios com cuidado, e eu depositando beijos ao redor da sua boca o fazendo sorrir. Steve não parou de observar o meu rosto, comentando o quanto meu rosto era bonito, meus olhos brilhantes, e de como meu sorriso o deixava sem chão.

Beijei sua bochecha também, e descendo novamente pelo queixo e subindo até seus lábios, eu podia sentir seus dedos na minha cintura apertarem levemente mais. Passou pela minha cabeça que Steve estivesse pedindo discretamente por mais. Estava? Eu não poderia dizer, já que tudo o que fizemos até agora não passou de beijos e nada mais.

Obtive minha resposta ao sentir Steve descer com os beijos pelo meu pescoço lentamente, saboreando cada pedaço da minha pele exposta. Arfei sentindo cada poro do meu corpo se arrepiar intensamente, e cada pensamento dentro da minha cabeça se dissipou junto com o ar dos meus pulmões, me deixando sem fôlego nenhum.

Deixei minhas mãos em seus ombros enquanto sua boca beijava meu pescoço, e mordiscava cada vez mais, mas não passando da clavícula. E novamente, me passou pela cabeça que ele quisesse por mais, e percebi que eu também queria. Mas isso era bom? Não tenho quase nenhuma experiência no assunto, a única pessoa com quem tive algo do tipo, bom... Deixei no Brasil com uma história que prefiro esquecer.

E enquanto Steve acariciava meu pescoço com seus beijos lentos e delicados, e mordicava delicadamente sem deixar marcas amanhã, pensei o quanto eu desejava por mais. Mas era o momento para isso? No sofá da casa dele depois de tomar toda uma garrafa de vinho juntos? Ou que fosse algo mais especial, algo que lembraríamos com sorrisos no rosto?

Deixei acontecer, até ver onde vai. E de fato, Steve não forçou a barra em momento algum, porém deixou bem claro o que queria. Quando as coisas ameaçaram ficarem quentes demais, consegui ter forças para fazê-lo parar, apenas o despertando da nuvem que estava sua mente no momento.

Nada ficou estranho em seguida, mas eu podia sentir ainda a pequena nuvem quente entre nós, como se meu corpo chamasse pelo o dele, e o dele chamasse pelo o meu. Mas consegui, com muito esforço da minha parte, parar e não continuar aonde havíamos parado. Até me senti orgulhosa disso.

Steve se virou para mim pronto para pedir desculpas pela ousadia do que havia acabado de acontecer, e antes que ele dissesse alguma coisa que eu sabia que ele diria, eu disse que não era necessário, afinal, erámos namorados a meses e que já estava na hora de progredirmos em alguma coisa. Além do mais, beijos no pescoço não é nada demais.

Me despedi com beijos não tão demorados quanto os que aconteceu no sofá, mas que proporcionaram tanto prazer quanto. Voltei para o meu apartamento com um sorriso intenso no rosto, sabendo que eu precisaria de um longo banho morno para conseguir dormir depois do que aconteceu.

E enquanto a água morna água morna lavava minha pele e relaxava meus músculos, refleti pelo o que acabou de acontecer. Eu ainda podia sentir os seus dedos na pele da minha cintura aonde a blusa levantou levemente, e sua mão na base da minha coluna por baixo da blusa, e seus beijos no meu pescoço e perto da orelha. Eu arfava só de lembrar.

Terminei o meu banho com a promessa de pensar mais sobre isso. Eu queria realmente ter algo do tipo com ele, mas que sempre esperei pelo momento certo. E se houvesse chegado finalmente? Eu não gostaria que se tornasse um trauma como foi com o meu ex no Brasil, algo que preciso esquecer se quero ter um futuro com Steve.

O despertador tocava insistentemente ao meu lado na cama. O sol já estava alto no céu, e infelizmente, por descuido meu, com toda a sua luz no meu rosto pois esqueci completamente de fechar as cortinas, de novo. E resmungando, saí da cama sentindo meu corpo pesado e nada contente de sair do quentinho e conforto que era a minha cama.

Tomei um banho morno, pois a água ainda estava fria, o sol só havia aparecido agora pela primeira vez essa semana, provavelmente seria um daqueles dias agradáveis, não muito frio e nem muito quente. Assim espero, pois Steve havia me avisado na despedida que a minha entrevista nas Industrias Stark seria hoje, ás duas e meia. Eu estava nervosa, não posso negar.

Porém, eu tinha tempo de sobra para me preparar e me acalmar, e ainda teria tempo de fazer algo que eu gostasse, tipo ver um filme qualquer na televisão, algo que seria bom e bastante agradável. Por isso, terminei logo o banho, e com um copo de iogurte em mãos, fui para a frente da televisão esperando até a hora do almoço.

Passava nada de muito legal, mas o filme Sem Saída passava, porém eu não quis assistir, o ator principal me lembrava muito alguém, uma pessoa que era frequentemente parada na rua por pessoas achando que fosse o ator de verdade, algo que ás vezes me irritava profundamente, mas eu sempre disfarçava pois as pessoas não tinham culpa. A culpa era sempre dele.

Desliguei a televisão irritada, pensando o quanto ele foi um atraso na minha vida, o quanto era babaca e o quanto me irritava profundamente, e mesmo assim, eu não arredava o pé de esquecê-lo, mesmo que amigos próximos me dissessem para fazer exatamente isso. Pelo menos isso já passou, estou com alguém verdadeiramente sincero e carinhoso.

E só foi pensar nele, que ele aparece, batendo na porta pedindo para entrar. Não consigo evitar de sorrir e correr para a porta e abrir recebendo um beijo logo de imediato sem me dar nem tempo de dizer “bom dia”, e se eu já não esperasse algo assim dele, ficaria surpresa. Retribuo ao beijo com um sorriso feliz no rosto.

Steve se afasta devagar, com um sorriso tão feliz quanto o meu, e é isso que enche minha barriga de borboletas, vendo o quanto um beijo só é capaz de deixa-lo feliz, e claro, me deixando assim também. Um suspiro escapa da minha boca e seu sorriso só aumenta. O convido para entrar e ele logo aceita, fechando a porta para mim enquanto jogo fora o iogurte.

–Dormiu bem? – pergunta e vejo que ele está com o jornal do dia debaixo do braço. O retiro curiosa para a sessão de palavras cruzadas, algo que eu sempre fazia desde que era criança antes que o meu pai fizesse, algo que me deixava injuriada.

–Sim, dormi sim – respondo sorridente, e enquanto pergunto o mesmo para ele, procuro por algum lápis ou caneta que esteja por perto, e Steve me oferece uma caneta que estava em cima da mesa de centro, agradeço animada e dispenso todas as outras folhas, o que me interessa mesmo é as palavras cruzadas, fazendo Steve rir com a minha animação.

–Se eu soubesse que você gostava tanto de palavras cruzadas, teria comprado uma revista somente disso – comenta risonho se sentando ao meu lado no sofá procurando pelo controle da televisão, aposto que sim.

–O sonho de toda garota... – respondo brincalhona retirando o controle de trás das costas dele, aonde eu havia deixado e ele não havia visto. Ele ri enquanto a liga procurando algo para assistir enquanto eu me concentrava no jogo.

–Mas preparada para hoje? – pergunta casualmente, fingindo ser uma pergunta qualquer, mas posso sentir que ele esperava bastante vindo de mim, e não fico surpresa, pois ele espera que eu consiga preencher a vaga, e sabe que eu consigo, mas vai tentar me convencer? Sei que posso em algo mais simples, e não uma multinacional.

–É, mais ou menos – digo dando de ombros e ele assente com a cabeça, e só virando os olhos para o seu rosto enquanto finjo estar concentrada no jornal, posso ver que ele não ficou satisfeito com a resposta – Você realmente espera que eu consiga, não é? – pergunto e ele desliga a televisão, dando uma pausa antes de responder.

–Você só tem que acreditar em si mesma, Laura – responde sério, e dou um sorriso de lado, pegando em sua mão e enlaçando nossos dedos com carinho. Deixo o jornal de lado e deito a minha cabeça em seu ombro, fechando os olhos enquanto ele me abraçava.

–Obrigada... – agradeço baixinho e ele beija o topo da minha cabeça por longos segundos. Não há outro lugar além desse que eu gostaria mais de estar, com alguém que me faz tão bem quanto me faz feliz.

Steve me deixou na porta da empresa com a sua moto, prometendo me buscar assim que terminasse, e para isso, que eu ligasse para ele. Me despeço com um rápido beijo enquanto sinto seu olhar nas minhas costas, e não consigo evitar um sorriso com isso.

Porém, a felicidade deu o lugar ao sentimento de intimidação. Para começar, a fachada do prédio demonstrava tudo aquilo que eu podia ver só na entrada, imponência, poder e elegância. Algo que para uma garota nervosa entrando pela primeira vez, assusta. Não que houvessem espinhos e caveiras por todo o lugar, mas que me fazia pensar que qualquer momento poderia aparecer alguém pronto para gritar comigo ou me dar uma bronca por estar tão assustada.

Engoli em seco e saí de frente das portas giratórias, que pareceu que estive ali por quase quinze minutos ao invés de apenas segundos. Passei por um trânsito de pessoas vindo de todas as direções, algo que eu poderia só ver em filmes. E me coloquei de frente ao balcão com secretárias bonitas e atenciosas, com uniformes típicos da profissão delas. Um terninho azul marinho com uma fita salmão presa no pescoço, e claro, o cabelo muito bem preso. Eram oito secretárias no total.

–Bom dia, aonde tenho que ir para a minha entrevista? – pergunto tentando esconder todo o meu nervosismo, minhas mãos suando e a minha vontade de voltar para casa e me esconder debaixo dos cobertores até 2022.

Porém o sorriso dela me acalmou um pouco, parecia estar feliz em me ajudar e me orientar. Ela pediu os meus documentou e meu nome completo, e também tirou uma foto minha de uma pequena câmera escondida para que pudesse colocar no crachá que seria feito ali na hora. E logo em seguida, me orientou o caminho que eu teria que seguir, um pouco complicado, já que as vezes me perco no caminho ao supermercado que fica a três quadras da minha casa.

Agradeço e enquanto ando até o corredor que ela me disse para ir, olho em volta. Tudo é quase do mais absoluto branco, com colunas brancas enormes, e quadros de artes de todos os tipos por toda parte. Até aí pode parecer algo até mesmo confortante, mas se não fosse tudo completamente branco, desde as paredes, os pisos, até o balcão de atendimento, eu me sentiria confortável aqui.

Há um corredor, que só aqui começou a criar algumas cores, como o tapete vermelho com linhas douradas se estendendo até o final do corredor, aonde haviam dois caminhos de lados apostos, também com tapetes vermelhos. Aqui também há alguns quadros de artes plásticas, estranhas para mim. E algumas portas, com vidros transparente mostrando tudo o que estava acontecendo dentro. Geralmente pessoas trabalhando ou reuniões.

Virei a direita, como a secretária simpática me disse para fazer. E era praticamente a mesma coisa, com a diferença de novos quadros e sofás confortáveis postos nas laterais, provavelmente para servir de descanso a alguém esperando para entrar em alguma dessas inúmeras salas.

Por fim, depois de ficar indecisa entre esquerda e direita duas ou três vezes, cheguei. Um corredor mais estreito, eu diria quatro metros ao em vez de sete, eu acho, como eram os outros. Havia uma porta de madeira, a única que eu vi aqui, e algumas cadeiras do lado de fora. Me lembrou muito meus tempos de escola quando eu ia para a sala do diretor por algum motivo e haviam vários garotos e garotas esperando para entrar, provavelmente encrencados.

Uma moça me esperava do lado de fora, que sorriu ao me ver e se aproximou de mim oferecendo a mão para eu apertá-la. Imaginei que fosse a pessoa a me entrevistar. Suas roupas eram elegantes e profissionais, e seu andar era tão elegante quanto. A cumprimentei um pouco nervosa.

–Laura Teixeira? – perguntou lendo na prancheta, e assenti ouvindo a dificuldade que era para os americanos pronunciar o meu nome, algo normal para mim depois de meses morando aqui – Sou a assistente do senhor Stone, o responsável pela admissão de funcionários daqui. Ele me pediu pessoalmente para que eu realizasse a sua entrevista, e que pedisse desculpas em seu nome por não poder fazer pessoalmente – disse e assenti com a cabeça novamente, sem saber ao certo o que dizer – Vamos começar? – pergunta abrindo a porta da sala me dando espaço para entrar. Respiro fundo e entro sem saber ao certo o que vem pela frente.

“Ame apesar de tudo: do medo, da ansiedade, da angústia, da incerteza, do passado, do futuro e do presente. Ame apesar dos outros e de você mesmo!”.

Luís Carlos Mazzini.


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Notas finais do capítulo

Sempre pergunto isso, mas estou curiosa! O que acharam? Gostaram ou ficou mais ou menos? O que posso melhorar? Podem dizer.

Obrigada por lerem e até daqui duas semanas, quando postarei o próximo capítulo, tentarei postar no domingo certinho, juro que tentarei. Beijos e até! ;D