Rachel governa o lado obscuro escrita por Rafa


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.



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—VÔO QUATRO – SETE - TRÊS para Bucareste agora embarcando os passageiros prioritários.

Eu chequei meu bilhete pela milionésima vez, porque eu nunca tinha viajado como prioridade na minha vida. As quatro vezes em que eu estive em um avião, eu tinha assentos horríveis com vista para a asa.

Mas nope, lá estava ele, o meu lugar bem na frente, onde Rach prometeu que me dariam uma bebida antes mesmo de decolar. Eu seria capaz de me esticar em uma cadeira reclinável, bebericando um suco de laranja recém-espremido, enquanto todos os outros arrastavam suas malas de volta para os lugares mais baratos.

Levantando, eu peguei a alça da bagagem de mão da minha Gucci-genérica – aquela que eu não gostaria que se perdesse se a minha bagagem fosse para Roma, ou algo assim, porque você pode misturar os dois lugares — e fui em direção ao avião.

Em poucas horas, eu estaria, assim, a mil milhas de distância do Lebanon Valley Community College, que eu abandonei antes mesmo de começarem as provas finais.

Qual era o ponto de tentar um F+?

E eu estaria muito longe para ouvir minha mãe gritando novamente sobre como eu desperdicei alguns milhares de dólares de ensino e que eu deveria apenas esquecer o imprestável que a fazia lembrar demais do vagabundo do meu pai — e que ela odiaria ainda mais se ela soubesse que ele era um vampiro, pelo amor de Deus.

Eu estaria em um castelo cheio de servos, desabando em uma cama enorme e comendo metade dos Tastykakes que eu estava levando para Rach porque você não pode encontra-los na Europa por algum motivo.

E acima de tudo, eu estaria em um país que assustou o meu ex-namorado até o último fio de cabelo, embora ele fosse morto-vivo, como metade das pessoas na Romênia. Eu tinha certeza de que Sam nem sequer me ligaria lá, porque ele me mandou mensagem tipo umas vinte vezes me implorando para ficar em casa — e depois simplesmente desapareceu. Finalmente.

Eu dei à senhora o meu bilhete e arrastei a minha mala pelo túnel em direção ao avião.

Sim, era tudo de primeira classe para mim pelas próximas duas semanas. De primeira classe e livre de caloteiros-sanguessugas.

Bati com a minha bagagem de mão sobre a abertura e vi aqueles grandes assentos de couro me esperando.

Então como é que eu não estava mais animada?

##**##

RACHEL

— NÃO FOI tão terrível, — Dorin insistiu. Mas ele estava torcendo as mãos gordas e oscilando em torno de minha mesa. — Eu já vi incidentes piores nas reuniões dos Anciões!

Eu tinha minha cabeça enterrada nas mãos, mas olhei para cima para dar-lhe um olhar cético.

— Sério? Você já viu algo pior do que um dos vampiros mais poderosos cometendo traição ao diretamente dizer à princesa que ela é incapaz de governar? Algo pior do que a maneira que eu nem sequer me defendi?

— Você está sendo muito dura consigo mesma. — Sugar entrou na conversa de seu lugar no sofá. —Você só está se reunindo com os Anciões há alguns meses. Você não pode lutar contra eles!

Eu lhe atirei um olhar agradecido.

— Você está certa. Eu não sei como eu poderia.

Então me virei de volta para Dorin, que estava procurando em sua memória por algo pior do que motim.

— Houve uma vez, anos atrás, quando dois Fabray estaquearam um ao outro, bem no salão de reuniões. — Ele acenou com as mãos. — Não que eu tenha olhado! Mantive minha cabeça baixa nessa vez!

Eu suspirei. Sim, claro que ele abaixou. Porque nós somos Dragomir.

— Quinn disse que vai haver outro julgamento, — eu disse com tristeza. —Essa traição é punida com destruição. —Como quase tudo no mundo dos vampiros.

—Onde está a menina? — Dorin olhou em volta como se Quinn pudesse estar escondida em um canto — como se isso fosse alguma vez acontecer. Então meu tio serviu a todos nós um pouco do chá que Sugar havia pedido. — O que ela está fazendo?

— Você conhece Quinn. — Eu tomei um gole, desejando que eu pudesse tomar chá sempre que eu quisesse. Isso me lembrava de estar em casa com meu pai, que respondia a cada crise com camomila. Infelizmente, eu sempre esquecia a palavra romena "ceai," e na vez em que eu tinha tentado ferver a água por mim mesma, a velha cozinheira me enxotou para fora da cozinha, praticamente gritando comigo.

— Ela queria um tempo sozinha para andar em seu estúdio e ler seus livros de direito. — Olhei para minhas próprias prateleiras, cheias de livros da minha mãe biológica. —Eu deveria estar lendo a lei também.

— Eu posso traduzir para você, — Sugar ofereceu. — Apenas me diga o que você precisa saber.

Eu tentei sorrir.

— Obrigada. — Mas será que eu mesma sei o que eu precisava saber?

—Tente não se preocupar, Anastácia, — ela acrescentou. — Parece que Quinn já cuidou de tudo.

— Sim, ela foi relativamente feroz, — Dorin confirmou, com um estremecimento. — Se eu fosse Claudiu, eu estaria cuidando das minhas costas!

—Sim... — Me corrigi, tentando soar mais "real". — Quero dizer, sim, claro que Quinn assumiu o controle. — Eu caí atrás da minha mesa enorme, que também havia sido trazida da propriedade Dragomir, na época quando eu estupidamente estava entusiasmada com a ideia de ser uma princesa.

— Nós deveríamos ir agora, — observou Dorin, e eu olhei para o meu relógio, surpresa ao ver que era quase meia-noite. —Anastácia terá um dia agitado amanhã. — Ele olhou para Sugar. — E nós temos um longo caminho até em casa.

Pousei minha xícara de chá, percebendo que eu fui grosseira por mantê-los até tão tarde.

— Por que vocês não ficam aqui esta noite? — Eu ofereci. — Há dezenas de quartos. —Talvez centenas? — E esse negócio de descer a montanha é tão perigoso no inverno.

Dorin e Sugar trocaram olhares, e ambos pareciam aliviados.

— Se você tem certeza, — disse Dorin. Ele empalideceu um pouco. — Se Quinn não se importar...

— Sim, está tudo bem, — eu prometi a eles. Eu posso não ser capaz de lutar contra os meus inimigos, mas eu podia pelo menos proteger meus amigos da queda de um penhasco. —Por favor, fiquem. —Eu me dirigi a Dorin. —Você sabe onde os quartos de hóspedes são.

—Sim, obrigado, Anastácia, — ele concordou. — Estou muito familiarizado com o castelo!

— Muito obrigada, — Sugar acrescentou.

— Não tem problema. —Levantei e me senti quase zonza, provavelmente porque eu não tinha comido nada desde aquela manhã. E eu tive uma vontade súbita de ver Quinn. Parecia que eu estava sempre nervosa naquele castelo, mas naquele momento, estava se solidificando em um mal-estar poderoso, quase como uma... Premonição.

Mas eu não acredito em premonições. Acredito?

De repente, eu não tinha certeza.

— Sugar? Será que você poderia dizer a Emilian que eu quero ir ao escritório de Quinn?

— Você tem certeza que não deveria ir direto para a cama? — ela sugeriu. — Você parece muito esgotada.

— Não, eu realmente quero ver Quinn. — Eu preciso vê-la.

—Ok, — ela concordou, mas com um olhar estranho no rosto. — Se você tem certeza. —Ela foi comigo até a porta e se dirigiu a Emilian, — Prendere Princesa Fabray Anastácia al princesa della Biblioteca.

Eu deixei meus parentes com uma rápida troca de boas-noites, e enquanto Emilian e eu fizemos o nosso caminho através dos corredores escuros, as minhas preocupações pareciam crescer a cada passo que eu dava. Mas quando cheguei ao estúdio de Quinn e abri a porta, minha mulher não estava andando, como eu esperava. Um fogo queimava na lareira, o seu laptop estava aberto sobre a sua mesa, e seu troféu de vôlei brilhava em sua estante.

Mas Quinn não estava em lugar nenhum para ser encontrada.

EU NÃO CONSEGUIA DECIFRAR os livros de Direito romenos da minha mãe, mas eu poderia ler o diário que ela tinha deixado para mim, e mesmo que eu estivesse incrivelmente grogue, peguei o livrinho, na esperança de encontrar algo que iria aliviar o medo estranho que estava começando a me sufocar.

Onde está Quinn?

Esticando-me na cama com a minha cabeça em direção ao fogo, deitei-me, lendo de lado, porque eu senti como se eu nem mesmo pudesse me sentar. E a minha curiosa mistura de cansaço e preocupação esmagadora fez das palavras um borrão nas páginas.

"Não confie em ninguém..." "Sangue é ambos vida e uma parte inevitável da morte, para os vampiros..." . A palavra estranha "blestemata", escrita ao lado de um símbolo ainda mais estranho desenhado nas margens ...

Onde eu tinha visto isso antes? E por que Mihaela escreveu aquilo em romeno?

E então aconteceu, assim que eu perdi completamente o foco e minhas pálpebras começaram a se agitar fechadas.

Eu vi a estaca novamente. Depositada bem na frente da minha cara na cama.

Recuando, eu apertei os meus olhos fechados.

NÃO. NÃO ESTÁ LÁ! Eu NÃO estou ficando louca!

Senti meu peito subindo e descendo duramente, mas eu me recusei a abrir os olhos. Recusei-me a deixa-los me enganar novamente. Mas, é claro, eu tive que olhar...

E quando eu o fiz, a estaca tinha sumido. E de alguma forma, porque eu estava tão incrivelmente cansada, eu fechei os olhos novamente e caí em um sono que deve ter sido muito, muito profundo, porque quando acordei, minha cabeça estava no meu travesseiro. E Quinn estava ao meu lado dormindo, nós duas em cima das cobertas. Ela usava calça jeans e uma camiseta, como se estivesse esgotada, também, e não tivesse sequer se preocupado em tirar a roupa antes de vir para a cama.

Eu verifiquei o seu rosto pela luz do fogo e ela parecia bem, mas eu envolvi meu braço em torno dela de qualquer maneira, assegurando-me que não havia sangue no peito dela, como da última vez que a estaca tinha aparecido tão vividamente diante dos meus olhos. Mas mesmo a sentindo respirando não era suficiente para espantar a sensação persistente de que algo estava errado.

— Quinn...

Eu estava prestes a acordá-la quando houve uma batida na nossa porta, e seus olhos se abriram de imediato, como se ela não estivesse dormindo depois de tudo. Ela era geralmente rápida em acordar a qualquer barulho estranho, mas naquela noite eu realmente dei um solavanco para trás com a rapidez com que ela reagiu.

— Quinn?

A batida soou novamente, e ela se levantou, dizendo-me calmamente, mas com firmeza:

— Fique aqui.

Sentei-me, confusa.

— Você está esperando alguém?

— Não. Eu não estou.

Isso me preocupou mais. E enquanto ela ia até a porta, ela olhou por cima do ombro e agravou os meus medos.

— Não se mova, a menos que eu disser para você fazê-lo. Mas se eu disser para você sair do quarto, você sabe para onde ir. E rapidamente.

Não foi até que ela abriu a porta que eu percebi que Quinn estava vestida e alerta porque ela pensou que alguém poderia estar vindo por nós. Ou por mim.

Claudiu. Talvez com outros Fabray que ele reuniu. Eles vão terminar a conspiração que Quinn não ia efetuar. Eles vão me destruir, porque eles não podem viver sob o domínio Dragomir. Isso é o que ele está pronto para fazer.

Eu mal tive tempo para ficar aterrorizada, entretanto, antes que eu ouvisse a voz familiar de Emilian e tomasse uma respiração profunda, calmante.

—... este mort, — Eu ouvi Emilian dizer.

Unde? Cum? — Quinn respondeu.

Eu peguei as palavras "onde" e "como" — mas nada mais.

Um momento depois, Quinn fechou a porta e voltou para a cama. Mas ela não foi para o seu lado. Ela se sentou ao meu lado e pegou minha mão, dizendo:

— Você precisa se vestir, Anastácia.

Eu procurei o seu rosto, mas era quase como se houvesse tanta coisa acontecendo na cabeça dela que eu não conseguia acompanhar, e meu medo voltou para assustar.

Ela usou o meu nome formal, também.

— Por que devo me vestir?

Os olhos de Quinn eram impossíveis de ler, mas sua boca desenhou-se para baixo em uma das carrancas mais graves que eu já tinha visto enquanto ela me informou.

— Claudiu está destruído. Precisamos ir. Agora.

Agarrei a mão de Quinn enquanto fazíamos o nosso caminho pelos corredores, indo em direção ao hall de entrada, onde o corpo de Claudiu esperava. Mesmo em uma crise, nós não nos apressamos, porque a realeza nunca corria, e quando passamos por uma das espessas janelas pelo caminho, eu tive um segundo para perceber que já era madrugada.

Eu dei uma olhada para o rosto de Quinn. Quão tarde era quando ela saiu? Onde ela estava? E como eu nem mesmo a senti deslocar-me na cama e colocar minha cabeça no travesseiro?

Eu queria fazerr todas essas perguntas, mas ela parecia muito preocupada, e, claro, Emilian e o guarda a quem Quinn raramente se preocupava em usar juntos, estavam atrás de nós, então eu fiquei quieta.

Foi Quinn que falou primeiro, quando nós viramos outro canto. Ela olhou para os guardas, ordenando:

Ramaneti acolo.

Eles pararam em suas trilhas, e ela levou-nos mais alguns passos para frente, então se inclinou para falar comigo em privado.

— Eu preciso liberar a sua mão agora. Você vai parecer forte parada por si mesma.

Eu balancei a cabeça.

— Eu entendo.

Os olhos verdes de Quinn encontraram os meus, como se ela estivesse tentando sustentar-me.

—E pode haver muito sangue. Esteja preparada para isso.

Eu balancei a cabeça novamente.

—Eu sei. —O diário da minha mãe biológica me avisou. — Sangue é... Uma parte inevitável da morte, para os vampiros. — Eu vou ficar bem.

Prometi a ela, mas quando contornei a esquina para o enorme hall de entrada, onde Quinn já havia me chamado a primeira prisioneira em uma guerra que ela tinha declarado com minha família, eu pressionei a minha mão contra a minha boca e nariz, e não em vista do corpo, mas, ao cheiro.

Vários dos Anciões já estavam lá, e no começo eu não conseguia nem ver Claudiu, porque eu era baixa e os vampiros mais antigos, que formaram um círculo que seguiu a curva das paredes, eram quase uniformemente alto, com a exceção de Dorin, a quem vi parecendo nervoso e ainda mais pálido do que o habitual, com seu casaco preto abotoado até sua garganta.

Sugar estava lá, também, agasalhada como Dorin, e no começo eu não conseguia descobrir por que eles estavam na propriedade de madrugada. O nosso castelo era tão grande, como uma cidade autossuficiente, que os Anciões Fabray vagavam à vontade e, muitas vezes permaneciam por semanas. Mas meus parentes Dragomir quase nunca dormiam lá.

Então eu lembrava vagamente de convidá-los para passar a noite. Eu estava extremamente cansada que eu quase não lembrei de fazer a oferta.

Forçando-me a puxar minha mão do meu rosto, eu dei ao meu tio e minha prima um pequeno aceno de cabeça quando os Anciões se separaram para dar lugar a Quinn e a mim, embora eu tenha me espremido através deles antes que eles cerraram as fileiras novamente.

—O que aconteceu aqui?—Quinn perguntou, indo diretamente para o centro do chão e ajoelhando-se. Não tenho certeza sobre o meu papel, eu parei perto e lutei ainda mais difícil para não ofegar quando o familiar — e desta vez repugnante cheiro — ficou ainda mais forte.

Desde que me tornei uma vampira completa, eu como todos os membros dos mortos-vivos, havíamos desenvolvido um nariz afiado para o sangue. O cheiro dele era tão distinto, para os vampiros, como impressões digitais ou DNA. E o sangue de Claudiu fedia como... Claudiu.

Enquanto o sangue de Quinn tinha um cheiro doce e inebriante, Claudiu cheirava a decadência para mim. Como se ele já tivesse apodrecido antes que fosse destruído. O cheiro quase tomava todo o salão.

Ainda assim, eu dominei meu reflexo tempo suficiente para, finalmente, olhar para o tio de Quinn, e embora eu quisesse ser forte naquele momento, eu era tanto o produto de uma bondosa família vegan como eu era uma princesa vampira, provavelmente ainda mais vegan do que vampiro e eu cobri minha boca novamente quando eu vi o corpo que estava na sombra da minha mulher.

Então eu olhei do cadáver para Quinn, que estava ajoelhada ao lado de seu tio, e aquela vontade de vomitar se intensificou quando me lembrei de como Quinn tinha ameaçado publicamente a vida Claudiu apenas um dia antes.

—Alguém fale, — Quinn ordenou, olhando de um Ancião para outro. — Como isso aconteceu?

Ninguém ofereceu uma resposta, e Quinn deixou o silêncio demorar, continuando a análise de cada rosto, mesmo quando ela enfiou a mão sob a cabeça sem vida de Claudiu, embalando-o em um gesto que eu não entendia muito bem.

Será que Quinn respeitava — mesmo amava — seu tio, de uma forma?

Mas Claudiu a bateu quando era mais jovem, e desafiou—a...

Eu não queria, mas eu não podia me impedir de olhar para o cadáver de Claudiu novamente. Ele quase parecia que estava dormindo, até que Quinn suavemente rolou-o de costas e eu pude ver que a estaca tinha entrado.

Eu encontrei-me contando. Uma, duas, três feridas. Há uma grande quantidade de sangue fresco no chão, o corpo...

Com a mão livre, Quinn fechou os olhos de Claudiu, que havia estado abertos e terrivelmente vago, mas o gesto pouco fez para tornar a cena menos terrível.

Cobri minha boca com a mão mais uma vez, frustrada de como eu poderia beber o sangue, que tinha sido parte do meu casamento, ainda sim, eu mal conseguia aguentar o mero sinal de ver isso.

Não passe mal. Você pressionou suas mãos sobre uma ferida como essa uma vez, de volta no celeiro de Brody Weston, na esperança de salvar Quinn. Você pode fazer isso. Você viu uma abundância de animais mortos na fazenda.

—Quem o encontrou? — Quinn finalmente exigiu, quando ninguém respondeu à sua primeira pergunta. Ela permaneceu de joelhos, parecendo não notar o acúmulo de sangue em volta dela, manchando a calça. — Alguém pode, pelo menos, responder a isso.

— Eu, Quinn. Eu o encontrei. — Virei-me para ver meu tio Dorin dando um passo à frente, toda a cor rosa em suas bochechas foi drenada, e sua mão direita estava balaçando. — Sugar e eu estávamos saindo de madrugada e nós o encontramos aqui.

Quinn olhou meu tio por um longo momento, sua expressão ainda mais sombria.

Não, uma parte de mim protestou. Você não pode ficar com raiva de Dorin apenas por estar no lugar errado na hora errada! Isso não é justo!

Mas eu não protestei, porque, embora eu queira proteger o meu tio, eu sabia que era ainda mais importante não mostrar qualquer divisão entre mim e Quinn. Ela sempre dizia que apresentar uma frente unida era fundamental.

Ou eu estava com medo de falar porque eu poderia dizer a coisa errada?

E como poderiam todos estar tão calmos? Havia um corpo lá. Não era alguma cena de crime da TV. Era real.

Eu mantive minha mão apertando minha boca. Este é o meu mundo.

Quinn enfiou a mão por baixo de Claudiu e gentilmente descansou a cabeça de seu tio novamente no chão, levantando-se e, embora o ferimento tivesse sido no peito de Claudiu, os dedos da minha esposa estavam manchados de sangue, exatamente como eles deveriam ter estado após a execução, que tinha realizado em menos de dois dias antes.

— Alguém envie os funcionários para limpar e preparar o corpo, — ela ordenou para os anciões em geral. — Vou ficar aqui até que eles cheguem, e nós iremos nos reunir no fim da tarde na sala de reunião. — Ela olhou incisivamente para Dorin, que se encolheu. — Espero que todos aqui compareçam. Cada Ancião.

Dorin assentiu.

— Sim, claro.

Tentei dar a Dorin um olhar simpático, mas sua cabeça já estava curvada, com os olhos escondidos.

Parecia que não havia mais nada a dizer, então, como se seguindo o exemplo de Dorin, nós todos curvamos a cabeça, oferecendo a Claudiu um momento espontâneo de respeito silencioso. Enquanto permanecíamos em silêncio, Flaviu se adiantou e colocou seu casaco sobre o corpo, em seguida, tomou o seu lugar entre os outros novamente.

Eu pensei que provavelmente devesse fechar meus olhos, mas não o fiz. Eu assisti Quinn através dos baixos cílios quando ela olhou para seu tio, sua expressão ilegível novamente.

— Desculpe-me?

Todos se viraram na direção da baixa e hesitante voz, para ver Sugar ainda de pé contra a parede.

O quê?

—Umm... Eu não quero interromper, mas a estaca não foi encontrada, não foi? — perguntou ela.

Nós todos olhando para ela, e ela ficou vermelha e ajeitou os óculos, e eu tendo a noção clara de que ela desejava não ter falado, quando eu meio que desejei ter dito alguma coisa. Qualquer coisa. Eu era uma princesa e deveria ter ficado ao lado de Quinn. Então todos nós viramos para a porta gigantesca que guinchou aberta sobre suas dobradiças antigas e alguém se juntou a nós, exclamando quando ela entrou no círculo de vampiros, claramente não entendendo o que estava escondido sob o casaco a seus pés.

— Santo Toledo! Eu cheguei, tipo, em um momento ruim?


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Notas finais do capítulo

As cartas estão na mesa... Quem matou Claudiu rsrs?



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