Meu Trabalho É Um Parto escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 13
Cap 13 - Muito feliz.




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Capítulo 13

Annie PDV

Quando Percy voltou, os carros estavam se afastando para nos dar espaço e Apolo literalmente estuprou o pobre acelerador do carro até pararmos no estacionamento do hospital.

Logo que saí do carro, meu namorado (?) me pôs em uma cadeira de rodas, empurrando para a ala de maternidade enquanto eu tentava me lembrar das aulas de parto sem muito sucesso.

– 8,5. – Avisei quando paramos na recepção e ele me levou até o quarto que meu obstetra reservara para mim.

Eu tenho que confessar: As contrações haviam começado com início do dia e já estavam a todo vapor, o quê me deixava assustada.

Me mantive parada enquanto as enfermeiras me enchiam de equipamentos e uma delas fazia o exame de toque, e Percy não largou minha mão em nenhum momento.

– Você está com dilatação total, Annie. – Ela avisou e arregalei os olhos. – Não pode tomar a epidural, e o primeiro bebê já está coroando.

– E o segundo? – Percy a olhou, apertando minha mãe levemente.

– Nós estamos preocupados com o tamanho dele, então vamos levá-lo daqui para a UTI pré-natal para ganhar um pouco de pesa, mas não há muito com o quê se preocupar. – Afirmou. – Preciso avisar que ainda existe a possibilidade da cesariana se a sua pressão subir mais, não podemos arriscar em relação a isso.

Meu coração apertou levemente enquanto ela me posicionava devidamente na maca. Eu não gostava da ideia de ser cortada ao meio.

– Annabeth. – Meu amigo obstetra entrou, devidamente vestido e se posicionou entre minhas pernas. – Eu quero que, na próxima contração, você prenda a respiração e faça toda a força que puder para baixo enquanto eu conto até dez. Pode fazer isso?

Confirmei com a cabeça e respirei fundo quando a contração seguinte me envolveu, obedecendo a orientação de Apolo.

Percy encostou os lábios em minha mão enquanto eu o apertava sem controlar muito a força.

Aos sussurros, ele acompanhava a contagem de Apolo.

Devo confessar que a sensação de alguém sendo tirado de dentro de você é bizarra, parece que você está perdendo um órgão enquanto o seu filho sai.

– Mais uma vez.

Foram quatro empurrões até que eu finalmente desse a luz a Arthur e a enfermeira o pôs, chorando, meu peito.

– Ele é ruivo. – Ri feliz encarando meu filho que mal abrira os olhos. – Olá Arthur.

– Olá Arthur. – Percy tocou seu pezinho. – Seja bem vindo.

– O senhor quer cortar o cordão umbilical? – Ela ofereceu e Percy arregalou os olhos.

O loiro ao meu lado sorriu bobo e me olhou como se pedisse autorização. Confirmei com a cabeça e Apolo chamou minha atenção.

– Só mais um, Annie. – Avisou. – Ele ou ela está quase coroando, preciso que você se concentre.

Obedeci e empurrei na contração seguinte com a contagem.

– 7, 8, 9, 10. – Terminou.

Foram quatro contrações até que Apolo me mandasse parar. Eu estava me sentindo tonta e não havia tido nenhum avanço.

– Ela está perdendo sangue. – Avisou às enfermeiras. – Annie, como você está?

– Tonta. – Minha voz se revelou fraca e minha cabeça girou ainda mais intensamente.

– Annie. – Percy chamou, distantemente, mas mal consegui identificar sua voz. – Annie?

No segundo seguinte eu apaguei.

(...)

Apertei os olhos quando a luz machucou meus olhos e levei alguns minutos para finalmente entender o quê estava havendo à minha volta.

– Ei. – A voz de Athena chamou minha atenção. – Bom dia.

Me virei e minha irmã sorriu, acariciando meu cabelo.

– Como se sente?

– Estranha. Quanto tempo eu apaguei?

Ela deu de ombros.

– Pouco tempo.

– Onde estão meus filhos? – Me senti alerta, procurando-os pelo quarto.

Ao meu lado, Arthur repousava em um dos berços.

– Percy está com o James na UTI neonatal. – Avisou. – Você pode ir visitá-lo quando Apolo te liberar.

Levantando-se, ela caminhou até meu filho e o pegou no colo, trazendo-o até mim.

– Eles são ruivos, dá pra acreditar? – Brincou com seu pezinho. – Ruivos como a vovó.

Confirmei com um sorriso leve. Ele se parecia com o meu pai.

– Ele é lindo. – Sorri. – Não é?

Sorri e Apolo bateu na porta.

– Olá mamãe. – Sorriu. – Aposto que está sentindo falta de alguém. Quer vir vê-lo?

Confirmei com a cabeça e entreguei Arthur à minha irmã, sendo ajudada por ele a ficar de pé e sentar na cadeira de rodas.

– Nós usamos o fórceps assim que você desmaiou e parece que tudo está voltando ao normal com a sua pressão, mas vamos ficar aqui por 48h apenas por precaução. – Avisou. – Os gêmeos nasceram com 37 semanas, o quê é normal para uma gravidez múltipla.

Enquanto ele falava, nos movíamos pelo corredor até a área da UTI neonatal. Quando nos aproximamos da incubadora, Percy assistia meu menininho com uma atenção hipnotizante enquanto cantarolava para ela.

– Você acordou. – Ele sorriu para mim. – Venha aqui.

Sorri ao ver meu pequeno envergonhado se remexer na incubadora. Ele era tão pequeno.

Neguei com um riso.

No segundo que ele abriu seus olhos, notei que eles eram tão claros quanto o de Percy, e tão azuis quanto o de minha mãe.

Percy sorriu ao meu lado e me deu um selinho.

– Parabéns.

Passei meus braços ao seu redor e ele me ajudou a ficar de pé, beijando-me com paixão antes de olharmos meu filho novamente.

– Como se sente? – Indagou por fim.

Dei de ombros.

– Preocupada com o James. – Confessei. – Mas se quer saber, eu estou feliz. Muito feliz.


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