Fazia uma semana desde a morte de Finn.

Como eu estava? Destruída, derrotada, triste, devastada... Tudo isso e um pouco mais. Na verdade, nenhum sentimento ao certo descrevia como eu estava.

- Rachel - Santana chamou, logo aparecendo na entrada de meu quarto - Estou indo na casa da Dani, e Lady Hummel foi até ao centro. Qualquer coisa, apenas me ligue.

- Ok Santana... Obrigada - Falei, dando um leve sorriso forçado.

Ela apenas assentiu e saiu do lugar de antes. Logo pude ouvir a porta se fechar.

Eu estava sozinha em casa, ou seja, uma oportunidade perfeita para mim colocar músicas tristes no máximo e chorar, apenas chorar.

Fui até o banheiro. Me olhei no espelho. Eu estava completamente devastada. Cabelos despenteados como se fosse um ninho de ratos, olhos inchados, maquiagem borrada e lábios rachados. Eu não me olhava no espelho desde o Funeral de Finn.

Liguei a torneira e passei uma água em meu rosto. Talvez eu estava um pouco melhor. Bom, apenas talvez.

Logo, ouvi fortes batidas na porta. Enxuguei meu rosto rapidamente e logo fui até a porta, e quando abri a porta, meu queixo caiu.

- Oi Rachel.

- - -

- Olha Quinn, você não precisava ter vindo... - Eu falei, me sentando ao seu lado.

- Rachel, olha só como você está, você está horrível, a Santana que me disse isso, por isso eu resolvi vir - Quinn falou, me observando, em seguida, me dando um leve sorriso.

- Eu sei, mas mesmo assim...

- Rachel, eu sei que você faria o mesmo por mim - Quinn me interrompeu.

Essas palavras entraram na minha cabeça e não saíram mais... " Eu sei que você faria o mesmo por mim ". E eu sabia que isso é verdade, eu faria o mesmo por ela, com certeza.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

- Rachel, não comece á chorar, por favor - Quinn falou, e em seguida, limpou a lágrima que tinha escorrido pelo meu rosto. Quando ela estava para tirar, segurei a sua mão, á impedindo de tirar do meu rosto.

- Quinn... Obrigada.

Ela sorriu levemente.

- Pelo quê?

- Apenas, obrigada - Eu falei, e em seguida me joguei em seus braços. Ela retribuiu o abraço, meio sem jeito. Aquele momento, eu não queria mais sair dos braços de Quinn, pra mim, viver ali estava perfeito.

Quando me dei conta, eu estava chorando, e as lágrimas já molhavam a camisa de Quinn, e uma das mãos dela acariciava os meus cabelos.

Depois de vários minutos, finalmente nos soltamos, e ficamos nos encarando.

- Rachel, você tem que ser forte nesse momento, você n- - E eu a beijei. E ela correspondeu. Coloquei uma mão no rosto dela e a outra em sua cintura, enquanto as mãos dela acariciavam as minhas costas.

O beijo durou vários e vários minutos, e logo depois, ela terminou o beijo me dando vários selinhos, e pela primeira vez, desde a morte de Finn, eu dei um sorriso sincero, que não foi nada forçado.

Eu não sei ao certo o que tinha passado em minha cabeça para mim beijar Quinn, eu apenas fiz, e aquilo tinha sido realmente bom.

- Rachel, você não acha que é meio cedo pra isso? - Quinn perguntou, franzindo a testa.

- M-me desculpe, eu não devia ter feito isso - Eu me levantei, mas Quinn me impediu de andar, segurando minha mão.

- Não foi isso que eu quis dizer... Rachel, você gosta de mim? - Ela perguntou. Aquela pergunta tinha me pegado, tinha REALMENTE me pegado.

Eu fiquei sem palavras, sem reação. Eu mexia minha boca, mas nenhum som fazia.

- Rachel?

- Eu gosto de você Quinn - Quando me dei conta, as palavras já tinham saído da minha boca, e Quinn se levantou, e em seguida, colocou as mãos na minha cintura. E então, ela foi se aproximando devagar do meu rosto.

- Eu também gosto de você, Rachel - Ela falou, quase um sussurro, e ela me beijou novamente.

Passei meus braços em torno de seu pescoço, e correspondi ao beijo. Continuamos o beijo por mais alguns minutos, até nos separarmos.

Colamos nossas testas e ficamos nos olhando, e um sorriso bobo e sincero se formou em meus lábios, e eu estava bem, pela primeira vez em uma semana.

- Fica comigo - Eu sussurrei.

- O que você quiser, Rach - E ela me deu um longo selinho, e eu me arrepiei, pois era a primeira vez que ela me chamava de Rach, e a única pessoa que tinha me chamado assim antes foi Finn.

E eu estava feliz, e finalmente havia encontrado alguém que podia me ajudar, ficar comigo nas horas difíceis, que poderia me apoiar em qualquer coisa que acontecesse comigo.

Esse seria um novo começo para mim.