As relíquias dos Imortais-Reino dos Elementais escrita por Kai


Capítulo 21
Confronto Sísmico


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Perunú era forte. Para um silfo com centenas de anos que se alimentava de outros elementais ele era bastante ousado. Antes de atacá-la ele urrou e envolto num tornado voou em direção a Katherine. Atrás dele rajadas de vento foram disparadas fazendo os outros serem jogadas contra as árvores a campina boreal coberta de neve. Katherine caiu no chão frio e quase congelante de neve e então Perunú posicionou uma de suas mãos no pescoço dela fazendo a garota se sufocar e então abriu a boca. Como um buraco negro, Perunú começou a sugar todo ar e quase a essência elemental de Kate. Ela sentia como se seu poder estivesse desvanecendo até o momento que seus olhos foram fechando e a fraqueza surgindo no âmago do seu ser.

Quando pensou que iria morrer sendo alimento de um silfo parasita uma bola de fogo foi lançado contra Perunú. O silfo boi sentiu o queimar na pele, a sensação insuportável de dor, ele não suportava salamandras. Olhando para trás, seus olhos brilharam uma luz branca e desastrosamente pura a qual lembrou a Jack quando Kate fez uma demonstração de seu poder. O granizo tinha parado de cair mais vento ainda balançava a floresta e aterrorizava a todos. Jack não podia deixar Kate morrer, ela era o único pedaço da família dele que não tinha morrido mesmo sendo adotiva. Em posição de luta, o salamandra estava com as mãos envolvidas com chamas profundas e quentes.

E então começou a socar o ar, as chamas foram sendo lançadas contra Perunú que cada vez mais tremulava de aparência humana para de boi. Descargas elétricas se formavam perto do silfo negro e alto que rangeu os dentes que lançou uma rajada de ar contra Jack empurrando a mão para frente, o vento empurrou o garoto contra a árvore e fez ele ficar preso. As correntes de ar rugiam em seus ouvidos e cada vez mais que o homem-touro se aproximava, ele sentia o ar ficar cada vez mais apertado a ponto de esmagá-lo;

–Deixe o Jack em paz!- rosnou Suzana que correu em direção a Perunú. A medida que corria, a neve parecia abrir alas para a ondina que ao erguer as mãos invocou uma mini avalanche contra o silfo maligno que foi sufocado. Klaus tinha falado a ela que tinha pego Fang e levado a Fênix para a caverna, um lugar seguro onde a ave de fogo não poderia ser afetada por Perunú;

–Me largue sua... sua... sua...- Mas Suzana estava completamente infestada de raiva. Ele iria matar Katherine, e possivelmente fazer o mesmo com Jack: não poderia deixar isso acontecer! Apontando a mão trêmula para o Perunú em meio a neve foi fechando-a lentamente enquanto ele bramava por sangue e que iria matá-los, Mas era tarde ele estava congelado em meio a neve cristalizada e fosca. Suzana estava suada e o cabelo desgrenhado e bagunçado, Jack estava com falta de ar e com a mão no coração como se os pulmões fossem sair pela boca.

Perunú estava congelado não muito longe de Jack e Kate. Suzana correu em direção a Katherine que estava desmaiada com os olhos vazios e as pupilas vagas além de distantes. Tentou levantar a garota que estava adormecida mas no mínimo ela estava perto de hipotermia, olhou para trás e viu que Jack estava quase mancando para ir falar com ela. Os dois levaram Katherine para a caverna donde Klaus apareceu assustado e disse;

–Vocês não vão acreditar no que eu achei- falou ele com entusiasmo. No entanto nem Jack nem Suzana pareciam felizes, rapidamente o ignoraram e entraram na caverna. O lugar era frio e úmido mas melhor do que no gelo e neve. Suzana tomou o gorro de Klaus e tirou um par de roupas e pôs no chão, e depois colocaram Katherine nele. Ela era alta mas dava pro gasto, seu cabelo loiro curto estava com neve ainda, e os olhos azuis distorcidos além da pele quase azul de frio;

–Tem como ajudá-la?- perguntou Klaus a Jack que tremia um pouco e estava meio fraco;

–Acho que sim- Suzana sabia que era pressão demais para um garoto que mal sabia controlar o fogo, mas ele já tinha feito coisas que ela no 1º ano nem tinha ideia, e olha que ela faz parte do clã praticamente fundador dos ondins e ondinas na Ásia. Mesmo assim Suzana não conseguia pensar em algo mais importante do que ajudar Katherine. Sordidamente, Jack apertou os olhos e colocou as mãos sobre Kate, não tocando a pele dela, suas mãos ficaram mais quentes e ainda viu que elas chamuscavam. Enquanto ele aquecia a prima com o calor que produzia de sua aura, Suzana puxou Klaus e disse;

–Qual é Klaus?! Você vem falar de novidades quando a Kate está praticamente morrendo!- o gnomo parecia que iria contar alguma novidade, até que ficou triste com o fato de que Suzana parecia irritada com ele;

–Eu estava protegendo a Fang! Caso precisássemos de ajuda, ela seria o único meio de auxílio que teríamos!- a ondina assentiu e revirou os olhos. Ela estava muito nervosa, todos estavam nervosos, se sentia mal pelo fato de ter deixado Katherine e Jack quando mais precisavam por estar imóvel de tanto medo, afinal que elemental da água ela poderia ser? por que havia sido escolhida para ser uma das quatro integrantes? era fraca, burra e não tinha nenhum aspecto que lhe levasse a se destacar como os outros... Quem era Suzana comparada aos outros ondins e ondinas? Impressionantemente Fang estava encolhida perto deles em um tamanho reduzido como o de uma águia ou falcão, ela tinha feito um ninho com gravetos que tinha achado e chamuscava-o aninhando se.

–Me desculpe Klaus, eu... eu...- Suzana abaixou o rosto e deixou algumas lágrimas rolarem;

–Sou inútil, não sou esperta como você, corajosa como Kate que se arriscou por nós e nem forte como Jack... sou apenas uma ondina qualquer- ela sentia uma enorme tristeza até que Klaus a abraçou. Nunca tinha sido abraçada por um gnomo até aquele momento, apesar de ser meio tímido, o garoto era doce e gentil diferente dos outros;

–Não fique assim- dizia ele -Você é uma garota ótima, inteligente, bonita...- Depois disso Suzana deixou de chorar e olhou para ele com um sorriso torto;

–Digamos que eu seja.. você vai ter que me contar as novidades depois, agora eu tenho que vigiar um certo touro e não deixar que ele nos ataque de novo- ao falar isso, os dois olharam para o gelo que já rachava com Perunú congelado. O gnomo beijou a garota na testa e a deixou ir fazer o que tinha que ser feito.


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Notas finais do capítulo

Obrigado