As relíquias dos Imortais-Reino dos Elementais escrita por Kai


Capítulo 14
Sangue das Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Jack estava desesperado. Há algum tempo atrás ele estava num orfanato sozinho e chorando, depois sua prima adotiva (Kate) tinha vindo para levá-lo até um lugar do outro lado do mundo por meio de um "guarda-fuga" para descobrir que existem elementais, goblins, espíritos do bem e do mal... era muito informação para um garoto de apenas 13 que apenas queria respostas. Agora ele já sabia que sua prima estava a procura dele, que seus tios estavam desaparecidos e seus pais a qual nem tinha conhecido estavam mortos... era muita carga para alguém que tinha causado acidentes nos seus passados orfanatos porque não tinha controle sobre seus poderes. Depois do discurso de Gaio, Samara, Aleister e Nicole acerca dos espírito das chamas negras ele sentia cada vez medo desse reino cheio de fábulas e mistérios com elementais.

Depois de ir ao chalé das salamandras, viu que ele era maior do que pensava, existiam troféus uma pequena mesa onde todos faziam refeições como café da manhã e jantar. Nos andares acima existiam os quartos, muitos dividiam com os outros, mas Jack tivera a sorte de ter um quarto só para ele. Era bem arejado e fez ele ter uma boa noite de sonho. Enquanto dormia teve um pesadelo. Ele corria da escuridão por caminhos pedra como aqueles que levavam ao centro da ilha: Yomi. Mas a escuridão vinha sobre eles e as chamas ardiam em cor preta, ele fugia e fugia o mais rápido que podia com Kate e Klaus até a hora que percebeu que o chão desmoronava e caia nas chamas. Jack ouviu choro, gemidos e ranger de dentes, ele sentia uma enorme dor no peito e sentiu vontade de se jogar naquelas chamas pois o terror e o espanto eram enormes.

Quando chegou no fim da trilha tentou confrontar a escuridão mas ela o agarrou e lutou contra ele. De alguma forma, Jack invocava o fogo ao seu redor e seus olhos passaram a brilhar uma luz clara que lembrava a luz do sol. Mas a escuridão era forte demais e tinha engolido o garoto, o que fez ele acordar sordidamente desesperado. Virou-se sobre a cama tentando pensar até que viu na cômoda ao lado o seu relógio que já marcava 10:00 da manhã! o horário marcado tinha sido 09:40, vinte minutos de atraso! Dante havia sido bem claro a Jack, e ele tinha prometido ser pontual. Colocou as roupas que tinha achado no armário (afinal os funcionários da A.E.T se encarregavam de colocar vestes para uso escolar) e então ele correu pelas escadas do chalé, sem tomar café da manhã correu em direção a Yomi.

Chegando lá estava ofegando e suado quando percebeu que os quatro chalés de cada ponto cardeal da ilha Tartária estava agrupado respectivamente em quatro fileiras: Ondins, Salamandras, Gnomos e Silfos. Viu que em frente a Yomi um mesmo palanque estava estendido com os quatro conselheiros, mas que goblins, seres reptilianos e meio huamanoides iam de fila em fila anotar os nomes dos alunos, possivelmente para o sorteio a qual a chama sagrada escolheria. Viu então que um grande altar se encontrava no espaço entre o palanque e as quatro fileiras dirigidas verticalmente, muito bem padronizadas. De fininho percebeu que Dante tentava improvisar e enrolar o goblin que perguntava onde estava a 24ª salamandra, de fininho entrou na fila e cortando Dante, o monitor aflito, dizendo;

–Jack- o goblin resmungou alguma coisa e anotou o nome dele em uma folha de papel com outros 23 nomes. Dante olhava aflito e com raiva até a hora que murmurou algo pelo canto da boca. Jack riu um pouco e reconheceu que estava ele de fato errado, afinal tinha prometido ser pontual. Olhando para a fila avistou que alunos faltavam do chalé dos ondins (elementais da água) e das salamandras. Então lembrou-se de que Markus e Andrew haviam sido delegados por Samara e Gaio, segundo Kate eles tinham ido para as masmorras. As masmorras ficavam próximas ao rochedo, lá ficavam os alunos detentos, irresponsáveis e desobedientes as regras. Quando todos os goblins tinham juntado os nomes, as quatro folhas foram entregues a cada um dos conselheiros, Aleister se levantou entre todos e começou a falar em voz alta:

–Afirmo a todos novamente o que nós quatro dissemos ontem a noite na fogueira!- dizia ele com audácia e responsabilidade, como se o peso e toda a responsabilidade acerca dos alunos estivessem em suas costa -A fogueira sagrada é mística, nenhum de nós tem controle sobre as escolhas dela. Originalmente, foi a chama a qual o deificado Prometeu tirou e deu a tocha aos mortais. Ela é a fonte de sabedoria e desenvolvimento da humanidade, precede desde os tempos de nossos ancestrais- Segundo Aleister, existia uma profecia a qual Paracelso,o fundador da Academia Elemental Tartariana, teve (já que era alquimista) na noite que seu filho foi curado. A qual a chama sagrada contendo o sangue dos quatro conselheiros iria eleger os quatro elementais alunos que iriam delegar e colocar fim nas trevas.

Aleister, Gaio, Samara e Nicole tiveram contato na noite passada com os pais do alunos a qual foram um pouco aflitos acerca das responsabilidades que seus filhos estariam tomando a partir daquele momento. Aleister pegou uma faca, com lâmina de prata, e cortou o pulso. Da mesma forma, os outros três conselheiros cortaram seus pulsos e sangue começou a pingar, os goblins colocaram os papéis no fogo e os conselheiros deixaram algumas gotas do sangue de cada um deles caírem. O fogo deixou de vermelho laranjado para tremular entre quatro diferentes cores: Azul, verde e até branco voltando ao seu estado original. Parecia um show de chamas psicodélicos, mas Jack sabia a importância do resultado, os escolhidos de alguma forma teriam a responsabilidade do mundo nos ombros.


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Notas finais do capítulo

Obrigado