O vento batia nas árvores, fazendo pequenos barulhos, que deixava a vila mais calma. Mas na verdade não estava, e nunca estaria. Era época de guerra, e naquele dia, era escolhido mais um tributo.

E dessa vez era...Charlotte Benson.

A garota apenas tinha 18 anos, tinha o QI muito alto, por isso os soldados a queriam...Para ser "o cérebro do grupo" digamos. Mas ela também tinha poderes, claro. Sugava os poderes dos adversários, podia se transformar em animal...E podia controlar o fogo. Os soldados realmente, tinham fé nela.

Naquela manhã, Charlotte, mal acordou, e já estava debruçada sobre uma mesa velha, mexendo nas engrenagens de uma pequena máquina, que ela mesma não sabia o que era, mas seu amigo George havia lhe dado de presente. A curiosidade era maior,mal sabia que era o dia da colheita, seus cabelos loiros caiam sobre seus ombros, e seus olhos negros observavam a máquina com atenção. Até alguém bater na porta.

–Olá senhorita Charlotte- Um homem alto e musculoso, com uma traje de guerra fez uma saudação.

–Já sei, fui escolhida.

–Huhuhu,espertinha não?- o homem tocou no cabelo da garota.

Ela deu um tapa na mão do soldado, que recuou surpreendido.

–Vamos, senhora irritadinha?

Ela suspirou. Mas sabia o que tinha que fazer. Sempre ficou sozinha...Mas isso a tornou mais forte, e era ela que iria acabar com aquela guerra, ela sentia no fundo do coração. Olhou para o lado, no meio das pessoas, estava George. O seu cabelo estava bagunçado, o que raramente acontecia, e seus óculos estavam tortos. Ele sorriu e apontou para o presente, que estava na mão de Charlotte.

Ela sentiu um aperto no coração, mas ergueu a cabeça.

–Vamos.