Shy Violet escrita por Letys


Capítulo 12
Confusões


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE EU AINDA EXISTO!!!! Esse capítulo (inicialmente, pelo menos) foi feito unica e exclusivamente para eu dar um aviso nas notas finais, e não, ele não é o capítulo que estava programado pra ser a continuação do anterior.
Eu tinha postado um aviso em forma de capítulo mas aí me lembraram que é proibido (thanks ophelia) então, aproveitem o capítulo e leiam as notas finais
PS: O capítulo é tão aleatório que até o título tá uma bosta QQQ
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449195/chapter/12

[Kentin]

– O quão bizarro aquilo poderia ser? – Eu não parava de rir por um segundo, Alexy também não.

– Exato! Eles formam o casal perfeito – Ele tentava disfarçar a risada, já que os dois estavam perto da gente.

O que estava acontecendo? Ah sim, resolvemos matar aula naquele dia, estávamos no parque dividindo uma pizza grande, era um lugar bem aleatório para se comer uma pizza, mas não deixava de ser divertido mesmo assim. Eis que vimos nossas antigas paixões andando de mãos dadas no outro lado do lago. Dakota e Letícia, o cara que gosta de criar falsas expectativas nos outros, e a garota que gosta de fazer os outros de idiota. Perfeitos! Sem ironia alguma.

– Será que eles nos viram? – Perguntei

– Quem se importa? – Alexy riu – Estou dividindo uma pizza com uma pessoa incrível, por que eu ligaria para qualquer outra coisa?

Não pude deixar de sorrir ao ouvir aquilo. Agora que paro pra pensar, eu sempre fiz ele sorrir com coisas mínimas, e agora, todos esses sorrisos são recíprocos. Reciprocidade sempre soou como uma espécie de utopia para mim, mas agora que eu a tenho, sei que é uma das melhores coisas do mundo.

– Isso é muito bonitinho – Ele comentava enquanto mordia um pedaço da pizza

– O que?

– Você sorrindo assim, eu gosto.

Pronto, meu coração passou do estado de calmaria para o estado de britadeira.

– Argh! Por que você é assim? – Eu ria de nervoso com o coração derretendo, enquanto procurava algo para esconder a cara.

Alexy me deixava feliz demais, e aquilo era muito bom. Haviam algumas pessoas no parque, mas pra mim, era como se só houvéssemos nós dois no mundo, e sei que ele se sentia da mesma forma.

Nos distraímos tanto que nos esquecemos do horário. Normalmente era o meu pai quem me buscava no colégio, então eu tinha que estar na escola antes dele chegar. Tentei não demonstrar minha preocupação para o Alexy não me achar um idiota inocente que nunca havia matado aula na vida, mas a verdade é que essa era realmente a primeira vez que eu matava aula.

– Oh, Armin me mandou uma mensagem! – Alexy avisava, tirando o seu celular do bolso e abrindo o WhatsApp

"se vocês quiserem, já dá pra voltar pra escola

nem aula a gente tá tendo

está a maior bagunça aqui"

– Quer ir pra escola ver o que está acontec...

– Quero! – Prontamente respondi, percebendo só depois a expressão de alívio que eu provavelmente demonstrei naquela hora.

– Você está com tanto medo assim do seu pai descobrir que você matou aula? – Ele ria, eu só fiz uma cara de irritação e me levantei do gramado.

Eu dava passos longos e rápidos para chegar na escola, já Alex parecia mais relaxado, além de não ficar dois minutos sem tirar sarro de mim. No começo eu estava me irritando, mas depois percebi que eu realmente estava me preocupando demais, então comecei a achar graça também.

Assim que chegamos, pude ver Rosa e Íris perto da entrada, não demorou muito para que víssemos outros alunos andando por ali.

– Vejo que alguém aproveitou bem o dia hoje, hehe – Rosalya deu um soquinho no braço do Alexy, que corou instantaneamente.

– Ele está ali! – Lysandre gritava ao longe, apontando para o pátio

Todos correram pra lá, eu e Alexy fomos junto. Assim que chegamos no pátio, pude ver a pequena razão de tanta bagunça: um filhote de pastor alemão, bem bonitinho, mas no entanto, corria pra caramba.

– Ele está assustado – Violette parecia preocupada com o cachorro.

– Eu vou pegar ele! – Armin se aproximou com os braços esticados, mas assim que o filhote o viu, saiu correndo para dentro do prédio.

– Ah, mas eu vou te alcançar bichinho! – Alyssa saiu correndo atrás do cachorro.

Eu não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

– O que houve? – Perguntei.

– Parece que esse cachorro entrou na escola justo no dia em que o Totó estava aqui – Íris respondia – O cachorro tentou brincar com o Totó e a diretora interpretou como um ataque, e bem...

– É óbvio que ela quer o cachorro fora daqui – Rosa complementou.

Como conhecemos bem o doce de pessoa que a senhora Shermansky é, ela certamente descontaria em nós da forma mais infantil possível, seja abaixando as notas, nos obrigando a fazer atividades extracurriculares e afins, então achar o cachorro era um bem comunitário. Entramos no prédio e percebemos que perdemos a dona cunhadinha e o cachorro de vista. Rosa foi até a sala de aula B junto com Íris, Violette e Kim optaram pela biblioteca e eu fui até a sala de aula A com Alexy e Armin.

Quando acabamos de procurar e fomos rumo às escadas para o segundo andar, ouvimos algo quebrar

– Ah, uma coisa a mais ou a menos para eu pagar, que diferença faz? – Ouvimos Alyssa reclamando do andar de cima – Ei, não leva a sério tudo que eu falo! Eu não estou afim de pagar outro tubo de ensaio quebrado, sai daí!

Tubo de ensaio, mas é claro! Fomos todos até a sala de ciências, ao entrar, vimos o cachorro encolhido e chorando no meio de alguns tubos de ensaio no canto da sala.

– Pobrezinho... – Violette se agachou e tentou pegá-lo, mas ele tentou morder ela. Acho que ele só queria ficar quietinho no canto dele, se remoendo por ter entrado num lugar comandado por uma velha louca e várias pessoas que ficam mexendo com ele.

– Está tudo bem? Ele te machucou? – Alyssa se agachou ao lado de Violette, vendo cuidadosamente sua mão.

– Está sim, os dentes dele não fazem um grande estrago, se quer saber – Ela riu.

Alexy sentou no chão e tentou chamar o cachorro com a típica voz idiota que uma pessoa faz quando fala com um animal ou criança - mas que soava bem bonitinha, já que era a voz dele.

Me sentei ao lado dele, e assim que coloquei a bolsa no chão, o cachorro parou de chorar.

– Oi garotão – Eu batia os meus dedos no chão, fazendo um pouquinho de barulho. Ele farejou e começou a se aproximar, mas logo se afastou – Calma...

Mexi na minha bolsa, ele começou a balançar a cauda de um lado pro outro, e assim que eu peguei um pacote de cookies, ele começou a latir.

– Será essa a versão canina do Kentin? – Armin perguntava, soltando uma leve risada.

Tirei os recipientes cuidadosamente da frente do cachorro e coloquei um cookie próximo a mim. Ele parecia com medo, mas veio e começou a comer.

– Alguém pega ele enquanto ele está distraído! – Armin avisou.

– Não, eu pego! – Lentamente posicionei minha mão sobre as costas do cachorro enquanto ele comia e comecei a fazer carinho, indo em direção ao peito. Quando ele parecia ter se acostumado, coloquei a outra mão nas costas dele e o carreguei pra fora da sala.

– Finalmente alguém pegou esse cachorro. – Castiel comentava indiferentemente da porta da sala. Desde que hora ele estava olhando sem ajudar?

(...)

Estava decidido, eu iria ficar com o cachorro. Meu pai nunca foi contra, e minha mãe adora animais. Estávamos sentados no ponto de ônibus perto da escola decidindo qual seria o nome do cachorro.

– Eu gosto de Teemo! – Armin opinava

– Se tem um nome que eu acho muito bonito, é Alexy – Alexy fazia o mesmo

– Eu também acho... – Decidi olhar pra baixo e encarar as minhas pernas ao invés de ver as múltiplas reações da minha melosidade que havia soltado sem querer.

– P-Pode ser o nome de algo que você goste muito! – Violette sugeria timidamente, como de costume

– Então tem que ser Alexy! Estão vendo? É a vida dando sinais de que tem que ser Alexy – O próprio dizia enquanto ria, sorri em concordância com o que ele falou.

O cachorro não parava de cheirar a minha bolsa por um segundo, se eu desse mais algum cookie para ele, ele poderia ter uma overdose de cookie ou o que quer que fosse, tendo em vista que era só um filhote.

– Poderia ser algo que você gosta, ao invés disso, não poderia? – Eu perguntava olhando para o pequeno fazedor de bagunça que eu segurava em meus braços – Está tudo bem, eu também gosto bastante disso.

E na tarde daquele dia, eu fui embora com um novo amiguinho que me acompanharia por um longo tempo. Meus pais também gostaram do Cookie, por mais que ele tenha vomitado no carro enquanto íamos para casa, mas são só detalhes.

[Alyssa]

É muita intromissão eu ler um bilhete alheio sem a pessoa saber? Eu não tive culpa, estava no chão perto da minha bolsa quando o notei.

"Queria você perto de mim, sempre"

Eu andava pelos corredores em direção ao meu armário com o papel verde-água na mão. Ele tinha as bordas rasgadas de todos os lados. Pra ser sincera, não parecia um bilhete, parecia mais um pedaço mal rasgado de uma carta, até porquê, a letra Q estava pela metade.

O bilhete estava perto de mim. Violette se senta ao meu lado. As folhas do caderno da Violette são daquela cor.

– É só um mal entendido, só um mal entendido, se acalme... – Eu pensava comigo mesma.

– O que é isso aí, guria? – Kim perguntou surgindo sei lá de onde, juntamente com Violette.

– Não me assustem assim! – Violette ria do pulinho que eu dei quando ela e Kim apareceram.

– É um admirador secreto? – Violette perguntou – Isso é tão romântico, as vezes sinto vontade de ter um, mas acho que não saberia como lidar.

Realmente, acho que ela só lida bem porque não sabe que tem um. Aquele foi o primeiro momento em que desconsiderei a possibilidade dela correr para o mais longe possível de mim se soubesse, afinal, o bilhete era dela, e eu não estava descartando a possibilidade de ser pra mim.

– Talvez, pode ser a vida querendo me desencalhar, vá saber... – Eu dava uma risada desengonçada enquanto guardava o papel na minha bolsa, droga, não conseguia nem disfarçar.

Kim acompanhou eu e Violette até o ponto de ônibus, juntamente com Alexy, Armin e Kentin. Eu estava tão ansiosa que mal consegui prestar atenção no assunto. Foi durante um tempo vago na Winterz em que haviam poucos pedidos, que eu me dei um tapa - ainda que mentalmente - por ser tão desligada, devido à euforia pela cor da folha do bilhete: a letra não era da Violette.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Queria ter conseguido descrever melhor a confusão com o Cookie, perdão por isso T^T
Curiosidade inútil (ou não): Teemo, o nome cujo Armin tinha sugerido, é o nome de um personagem de League of Legends c:
Ok seguinte xenti: Eu tinha empacado no capítulo que ia ser o show (que na verdade tá muito cedo pra banda pra fazer show, decidi que vai ser um ensaio aberto em um estúdio mesmo) e fiquei parte de 2015 forçando pra sair algo, quando vi que não saía, procurei inspiração em outras coisas, e como podem perceber, não funcionou.
Percebi que o que estava me empacando não era só o capítulo, e sim, vários pedacinhos da história, algumas coisas não estavam me deixando satisfeita, e por conta disso, decidi reformar a fanfic.
Mudarei algumas coisas nos capítulos e vocês podem acompanhar a reforma pelas notas da história, daqui um tempo, quando vocês receberem a atualização de um novo capítulo. significa que a reforma acabou e a história se segue normalmente, yay.
Me perdoem por ter sumido, não pensem que tava sendo fácil pra mim deixar uma história de lado :(
Espero que entendam, um kissu da tia Letys



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shy Violet" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.