O céu sob meu alcançe escrita por Chibi Lord


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Uma one simples, bem diferente de tudo que eu já escrevi, simplesmente tive vontade e quando a data de aniversário do meu bocchan de aproximou eu corri para terminá-la com a ideia de postar ela como uma homenagem ao meu menino.Agradeço a minha amada Lumi que sempre me auxilia e que sem ela estaria perdida em datas e fatos cruciais da narrativa.Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449098/chapter/1

Na manha fria do dia quatorze de dezembro de 1876 em uma cidade que ficava aos arredores da cinzenta Londres, onde todas as casas e estabelecimentos estavam decoradas por pequenas lampadas que piscavam intercalando as cores vermelha e verde, pessoas entoavam alegremente cânticos natalinos paradas estrategicamente em esquinas com suas roupas grossas para que assim pudessem se proteger do frio e da neve que caia incessantemente deixando as copas das árvores e os telhados das casas brancas.
Nesta manha que começou como qualquer outra para muitos a Condessa da família Phantomhive, a jovem Rachel de apenas dezessete anos entrava em trabalho de parto. As nove horas pouco depois do café da manha, após ser avisado por um dos servos que a senhora da casa estava por sentir as dores do parto o jovem Conde entrou em desespero e saiu correndo pelo imenso jardim trajando somente as roupas de dormir, quando já se aproximava do grande portão de ferro da entrada Vincent foi parado por seu mordomo.
–Se me permite jovem mestre gostaria de saber aonde o senhor estás indo? -o mordomo da família Tanaka pergunto.
–Eu? Ah! -olhou para os lados desorientado, olhou para suas roupas, olhou para as pantufas de couro, sujas de barro e não soube o que responder.
–Entre jovem mestre. -o mordomo colocou a mão no ombro do jovem confuso. -Quando Lady Rachel começou a se sentir desconfortável no dejejum, ordenei que o cocheiro buscasse a parteira.
O jovem senhor acatou a ordem, piscando e torcendo nervosamente os dedos enquanto se encaminhava de volta para dentro da mansão. Após alguns instantes em que o apaixonado casal se manteve juntos e abraçados na cama do quarto dos dois a parteira chegou, trazendo consigo coincidentemente Angelina Durless a irmã mais nova da Condessa, que interessada em seguir a carreira de medica acompanhava algumas vezes mesmo que contra a vontade dos pais a parteira de Londres.
–Angie. -a voz sofrega da loira chamou em surpresa a irmã, Angelina caminhou com pressa até a outra se ajoelhando ao lado da cama e pegando em sua mão.
–Quando soube que era a você que a senhora Medisson vinha ver, fiz questão de vir junto. -falou a ruiva.
A parteira ordenou aos servos da mansão que estavam ao seu dispor que trouxessem água morna, lenços de algodão limpos, álcool e uma tesoura nunca antes usada e por fim que Vincent se retirasse do aposento. Este engoliu em seco e lançou um olhar interrogativo para a esposa ele não queria se afastar de sua Rachel, ele queria ficar ali e acariciar seus fios loiros como o sol de verão, queria poder lhe garantir que tudo ficaria bem que ele a protegeria de tudo, que não deixaria que nada de mau aconteceria a si, mas ele próprio era somente temores. Rachel por sua vez sorriu docemente para o marido suavemente acarinhou a face deste com as costas da mão.
–Vá Senhor meu marido, vá, eu ficarei bem. -disse a bela.
–Prometa-me? -pediu Vincent beijando a mão da mulher que tanto amava.
–Sim -Rachel começou, mas foi abruptamente interrompida por uma forte contração, que a fez contorcer o rosto em uma careta de dor. Vincent então levantou-se da cama aonde estava acomodado.
–Eu me sinto mais confiante por você poder estar com ela Milady. -se dirigiu a Angelina que teve o rubor tomando conta das bochechas. -Cuide de sua irmã por mim? -ele pediu a jovem já próximo a porta.
–Eu cuidarei Conde, tenha certeza disse. -vencendo toda a sua insegurança em se dirigir ao esposo da irmã Durless falou parcamente confiante.
No corredor, de frente para a porta dupla do aposento do casal, Vincent a princípio sentou em uma das cadeiras que basicamente estavam ali para decorar, depois andou de um lado para o outro, seu semblante era penoso, as sobrancelhas em uma curva acentuada, as mãos se torcendo O fato de ter sua adorada esposa sofrendo e a incerteza, a incapacidade que ele julgava ter, afinal ele nada poderia fazer a não ser esperar o deixava agoniado e extremamente temeroso, mas ele somente podia esperar e rezar para o Deus todo poderoso e foi o que fez, esperou não tão pacientemente. As ajudantes da parteira corriam de um lado para o outro com bacias de louça com aguá quente dentro, panos brancos, que saiam do quarto coberto de sangue.
Vincent viu seu desespero triplicar ao ouvir o primeiro grito de sua Rachel, agoniado, doloroso, tentou inutilmente entrar no quarto, mas a porta trancada a chave o impedia.
–Eu preciso vê-la. -disse em um tom choroso. -Eu preciso. -sussurrou, e escorou a cabeça na porta de mogno fechada.
Apesar de ser um senhor de muitas terras, um Conde e prestar serviços obscuros para a Rainha, Vincent não passava de um rapaz de apenas dezenove anos. Qualquer outro homem estaria em estado parecido ao seu na situação que ele enfrentava
Depois de uma agoniante espera, que o jovem julgou uma eternidade. Depois de passar por uma grande curiosidade que durou meses, uma ansiedade quase sufocante e após ouvir o som de um choro forte de bebê e mais alguns minutos o Conde Phantomhive viu a porta do seu quarto ser aberta.
E por ela sair a jovem Angelina um tanto desalinhada com um pequeno embrulho nos braços. O sorriso de Vincent era tão largo que chegava a doer suas bochechas.
–Nasceu? -perguntou mesmo que a resposta fosse obvia.
–Ele é perfeito. -Angelina falou olhando para o pequenino em seus braços.
–E Rachel? -o Conde perguntou.
–Cansada. Mas passa bem. -a ruiva sorrio. -Gostaria de segurar o seu herdeiro Conde Phantomhive?
O rapaz esticou os braços o recebendo temeroso e segurando de modo protetor o pequenino amontoado de cobertas azuis. Em uma proteção quase divina que o jovem acreditava que o calor paterno podia exercer Vincent segurava pela primeira vez seu filho.
Era a criança mais bela que ele julgava já ter visto, as bochechas coradas, os belos olhos azuis iguais aos da mãe a pele macia, Vincent recebeu o pequeno em seu colo depois de horas de uma espera que quase o fizera adquirir cabelos brancos, mesmo tendo somente dezenove anos.
A passos lentos ele foi entrando no quarto, se aproximou da cama aonde a esposa sorria fracamente.
–Ele é lindo, minha senhora muito obrigado. -pequenas lágrimas se formavam em seus olhos.
–Eu que o agradeço meu senhor por toda está felicidade que me proporciona. -Vincent com cuidado se sentou na beirada da cama, Rachel se ajeitou sobre os travesseiros para que assim pudesse também apreciar a pequena perfeição.
–Ele tem seus olhos. -a voz não passava de um sussurro.
–Mas também é somente isto. -a jovem sorrio. -De resto é completamente igual a você meu marido.
O pequenino se remexeu inquieto nos braços do pai e Vincent o balançou suavemente, sabia bem que deveria dar ele a Rachel para que ela o amamentasse, mas queria o segurar só mais um pouquinho, mas o pequeno parecia estar esfomeado
–Ora veja se não é um pequenino mestre impaciente. -a loira disse divertida estendendo os braços para que o marido lhe entregasse o bebê e assim ele o fez. Vincent ficou ali observando em silencio enquanto a sua bela esposa alimentava seu filho, ele não acreditava que poderia vir a ser mais feliz do que era, acariciou e beijou os fios sedosos de sua senhora o tempo todo e quando está terminou de amamentar o pequeno pediu para que o marido chamasse uma das empregadas para colocá-lo no berço Vincent se antecipou pegando novamente o neném em seus braços.
–Não eu mesmo farei isto. -falou ao se referir ao fato de colocar o herdeiro para dormir.
–Mas meu marido. -Rachel tentou argumentar.
–Descanse um pouco minha senhora.
O Conde observou o rostinho do pequeno, os olhos extremamente curiosos a boca fina, aquela criança era a personificação de um anjo, um pedacinho do céu que ele podia segurar em seus braços. Mesmo que toda a sua vida fosse metida na sujeira das ruas de Londres, mesmo que tivesse o conhecimento de quanto o mundo era imundo ainda assim sabia que teria aquele pequeno milagre para o lembrar de o porque viver.
Mesmo que lá fora fizesse frio e nevasse Vincent saiu para a varanda, apertando forte contra o seu corpo o bebê.
–Veja. -disse baixinho. -Veja meu pequeno. -levou o dedo anelar a qual acomodava o anel de pedra azul aos olhos do neném. -Este anel o torna um legítimo Phantomhive e este. -mostrou o outro anel, o dourado para os olhos azuis que o observavam em curiosidade. -Este o torna o Conde, o senhor de todas estás terras. -o pequenino abriu a boca sem nenhum dente e o pai julgou este o ato mais belo do mundo. -Mas antes de todos estes títulos és tu meu filho, meu herdeiro e meu céu particular. -um pequeno floco de neve caiu sobre os dois. -Céu. -Vincent sussurrou pensativo. -Meu filho. -disse para o bebê em seus braços. -Você se chamará Ciel. -beijou a testinha da criança que já adormecida ressonava calmamente no colo do pai. -Ciel Phantomhive.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero comentarios.Bjinhos até



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O céu sob meu alcançe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.