Blue Hell - 3ª Temporada. escrita por Caio V
Notas iniciais do capítulo
Um capítulo repleto de mortes para vocês ^^ Divirtam-se!
Espero que gostem!
A morte, quando prevista, é rápida e indolor. Sem surpresas, sem arrependimentos, apenas um último suspiro.
Após minha sentença de morte ser assinada: com amor, papai, decidimos não contar nada para Bia. Acabaria atrapalhando seu desempenho na batalha e ela iria surtar.
– Como você está? – perguntou Afrodite.
– Melhor – respondi. Levantei da cama e sorri. – Nem parece que estou morrendo.
– Bom dia – disse Lucas. O maldito seguidor de Mors entrou no quarto e sorriu. Segurando uma taça de prata. – Mors pediu que eu entregasse isso a você, Caio. Um agradecimento por salvar a vida dele.
Lucas sorria torto.
– Mande Mors enfiar essa taça no...
Fui interrompido por um relâmpago. Lucas jogou a taça no chão e deu de ombros.
– Cadê sua irmã? – perguntou. – Aqua.
– Me procurando? – a voz de Carol invadiu o quarto e ecoou pelas paredes. Ela apareceu atrás de Lucas. O garoto virou-se e sorriu. – O que quer?
– Está na hora de pararmos com a brincadeira – ele sussurrou. Carol o olhou sugestivamente. – A verdadeira guerra vai começar. Seu disfarce não é mais necessário.
Carol sorriu maliciosamente. Encarei-a confuso.
– Finalmente – ela disse. Não parecia sua voz. Era mais fina, mais calma. Seu rosto começou a mudar, até que ela estava loira, mais alta, e seu cabelo estava mais cacheado. – Não aguento mais esse palácio.
– Carol? – minha voz falhou.
– Você e seu pai são mesmo tolos – ela sorriu. – Acreditaram mesmo que aquela garota era Mary?
– Que diabos...? – Afrodite murmurou.
– Há um ano, eu tomei o corpo de Caroline – disse Mary. – Mors disse que eu tinha de espionar vocês, e foi o que fiz. Foi até bem fácil.
Cerrei os dentes.
– Cadê a minha irmã? – perguntei.
– Não faço a menor ideia – ela deu de ombros. – Pergunte ao Mors.
Saquei minha espada e corri em direção à Mary, mas antes que eu chegasse perto da garota, ela esticou o braço e eu fui parar contra a parede. Ela virou-se para Lucas.
– Entregou o presente de Mors? – perguntou.
– Sim – Lucas apontou para a taça.
– Perfeito.
Mary esticou a mão e segurou o pescoço de Lucas. O garoto encarou-a tão confuso quanto eu. Os dedos de Mary entravam na pele dele, o sangue escorria e pingava no chão, até que a garota tirou a mão suja de sangue do pescoço de Lucas e ele caiu no chão, morto.
– Não deveria ter me machucado. – Ela virou-se para mim e sorriu. Desaparecendo em uma nuvem negra, junto com o corpo de Lucas.
– Eu deveria ter imaginado – murmurou Afrodite.
– Imaginado o que? – perguntei.
– Mary – ela disse. – Quem mais ajudaria Mors?
– Mas, se ela era a Mary, por que Mirella disse ser ela?
– Simples – disse Atena, entrando no quarto. –, Mors está controlando-a. Ou, pelo menos, estava.
– Claramente – murmurou Afrodite. – O que faremos?
Atena parou por um segundo.
– Precisamos ter certeza de que ela está do nosso lado – disse, enfim.
– Tortura? – sugeriu Dite.
– Não – intervi. Ela me encarou. – Não podem torturar a garota.
– Caio tem razão – disse Atena. – Não torturaram minha filha. Precisamos reunir os deuses. Imediatamente.
Horas depois, lá estávamos nós, todos – exceto Mirella – reunidos na sala principal do palácio. Murmúrios curiosos percorriam toda sala. Até que Atena iniciou a reunião.
– Deuses, semideuses, criaturas marinhas – ela disse. Olhou discretamente para Poseidon. – Hoje a traidora foi revelada.
Os murmúrios aumentaram. Um relâmpago retomou a atenção de todos.
– Obrigada, pai – Atena murmurou. Levantou a voz. – A traidora, obviamente, era Mary.
Só então notaram a ausência de Mirella.
– Mirella? – perguntou Poseidon.
– A verdadeira Mary – ela disse. – Tinha tomado conta do corpo de sua filha, Caroline. E Mors, aparentemente, está ou estava controlando minha filha, Mirella, para que ela assumisse ser Mary.
– E cadê minha filha? – perguntou Poseidon. – A verdadeira.
Atena balançou a cabeça negativamente.
– Não sabemos – respondeu. – Mary disse que deveríamos perguntar ao Mors. Ele, provavelmente, deve saber onde ela está.
– E onde está Mary? – perguntou Apolo.
Atena deu de ombros.
– Creio que tenha voltado para junto de Mors – disse. – Antes, temos que resolver o que fazer com Mirella. Precisamos descobrir se ela está mesmo ao nosso lado.
– Tortura? – sugeriu Ares.
Atena encarou-o, irritada.
– Ninguém torturará minha filha.
– Torturar Mors? – sugeriu o deus.
Poseidon soltou uma gargalhada irônica.
– E quem vai fazer isso? Você?
Atena repreendeu-o com o olhar, meu pai voltou ao seu estado normal e pediu desculpas.
– Poseidon tem razão – ela disse. – Não temos como torturar Mors. Nem sequer pudemos impedir que ele destruísse a Terra.
– Alguma ideia, Atena? – murmurou Ares.
– Podemos perguntar – respondeu Atena. Os murmúrios retornaram. Outro relâmpago fez com que eles voltassem a atenção para Atena. – Se ela estiver sendo controlada, agirá de forma estranha. Assim, saberemos a verdade. Alguém de acordo?
– Não dará certo – murmurou Ares.
Todos os outros deuses levantaram as mãos. Atena sorriu para o irmão.
Antes que pudéssemos colocar o plano de Atena em prática, a porta da sala principal explodiu. Mirella estava montada em um Cão Infernal, saltitando pela sala, carregando a lâmina de Mors. Todos os deuses afastaram-se. Ela voou em direção a Ares, que estava mais próximo. Poseidon lançou o tridente, mas era tarde demais. O cão desapareceu e apareceu atrás de Ares, Mirella cravou a lâmina infernal nas costas do deus. Ele rugiu e caiu, o sangue dourado expelindo por suas costas, até ele começar a sangrar vermelho. Mirella retirou a espada das costas de Ares e arrancou sua cabeça. Todos olhavam a cena paralisados, ninguém conseguia mover um músculo, enquanto Mirella seguia na direção de Afrodite. Tentei me mover para frente dela, mas o cão atacou por trás. Virei instantaneamente, a espada estava prestes a cruzar o peito de Dite quando o cão desapareceu e Mirella caiu indefesa no chão.
– O que...? – Olhei para Mirella, confuso.
Uma nuvem negra apareceu ao lado do corpo da garota e uma lâmina prateada perfurou o peito dela. Mirella gritou e evaporou. Ao lado dela, a nuvem se transformou em um garoto com mais ou menos a minha idade, ele era idêntico ao Mors, exceto por ser um pouco mais moreno, e uma cicatriz que corria todo o lado direito do rosto, exceto o olho.
– Eu sou Jack – ele sorriu. – Filho de Mors.
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Personagem novoooooooo o/
FILHO DE MORS?! :O WTH?!
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