Blue Hell - 3ª Temporada. escrita por Caio V


Capítulo 6
Traição.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo repleto de mortes para vocês ^^ Divirtam-se!
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449065/chapter/6

A morte, quando prevista, é rápida e indolor. Sem surpresas, sem arrependimentos, apenas um último suspiro.

Após minha sentença de morte ser assinada: com amor, papai, decidimos não contar nada para Bia. Acabaria atrapalhando seu desempenho na batalha e ela iria surtar.

– Como você está? – perguntou Afrodite.

– Melhor – respondi. Levantei da cama e sorri. – Nem parece que estou morrendo.

– Bom dia – disse Lucas. O maldito seguidor de Mors entrou no quarto e sorriu. Segurando uma taça de prata. – Mors pediu que eu entregasse isso a você, Caio. Um agradecimento por salvar a vida dele.

Lucas sorria torto.

– Mande Mors enfiar essa taça no...

Fui interrompido por um relâmpago. Lucas jogou a taça no chão e deu de ombros.

– Cadê sua irmã? – perguntou. – Aqua.

– Me procurando? – a voz de Carol invadiu o quarto e ecoou pelas paredes. Ela apareceu atrás de Lucas. O garoto virou-se e sorriu. – O que quer?

– Está na hora de pararmos com a brincadeira – ele sussurrou. Carol o olhou sugestivamente. – A verdadeira guerra vai começar. Seu disfarce não é mais necessário.

Carol sorriu maliciosamente. Encarei-a confuso.

– Finalmente – ela disse. Não parecia sua voz. Era mais fina, mais calma. Seu rosto começou a mudar, até que ela estava loira, mais alta, e seu cabelo estava mais cacheado. – Não aguento mais esse palácio.

– Carol? – minha voz falhou.

– Você e seu pai são mesmo tolos – ela sorriu. – Acreditaram mesmo que aquela garota era Mary?

– Que diabos...? – Afrodite murmurou.

– Há um ano, eu tomei o corpo de Caroline – disse Mary. – Mors disse que eu tinha de espionar vocês, e foi o que fiz. Foi até bem fácil.

Cerrei os dentes.

– Cadê a minha irmã? – perguntei.

– Não faço a menor ideia – ela deu de ombros. – Pergunte ao Mors.

Saquei minha espada e corri em direção à Mary, mas antes que eu chegasse perto da garota, ela esticou o braço e eu fui parar contra a parede. Ela virou-se para Lucas.

– Entregou o presente de Mors? – perguntou.

– Sim – Lucas apontou para a taça.

– Perfeito.

Mary esticou a mão e segurou o pescoço de Lucas. O garoto encarou-a tão confuso quanto eu. Os dedos de Mary entravam na pele dele, o sangue escorria e pingava no chão, até que a garota tirou a mão suja de sangue do pescoço de Lucas e ele caiu no chão, morto.

– Não deveria ter me machucado. – Ela virou-se para mim e sorriu. Desaparecendo em uma nuvem negra, junto com o corpo de Lucas.

– Eu deveria ter imaginado – murmurou Afrodite.

– Imaginado o que? – perguntei.

– Mary – ela disse. – Quem mais ajudaria Mors?

– Mas, se ela era a Mary, por que Mirella disse ser ela?

– Simples – disse Atena, entrando no quarto. –, Mors está controlando-a. Ou, pelo menos, estava.

– Claramente – murmurou Afrodite. – O que faremos?

Atena parou por um segundo.

– Precisamos ter certeza de que ela está do nosso lado – disse, enfim.

– Tortura? – sugeriu Dite.

– Não – intervi. Ela me encarou. – Não podem torturar a garota.

– Caio tem razão – disse Atena. – Não torturaram minha filha. Precisamos reunir os deuses. Imediatamente.

Horas depois, lá estávamos nós, todos – exceto Mirella – reunidos na sala principal do palácio. Murmúrios curiosos percorriam toda sala. Até que Atena iniciou a reunião.

– Deuses, semideuses, criaturas marinhas – ela disse. Olhou discretamente para Poseidon. – Hoje a traidora foi revelada.

Os murmúrios aumentaram. Um relâmpago retomou a atenção de todos.

– Obrigada, pai – Atena murmurou. Levantou a voz. – A traidora, obviamente, era Mary.

Só então notaram a ausência de Mirella.

– Mirella? – perguntou Poseidon.

– A verdadeira Mary – ela disse. – Tinha tomado conta do corpo de sua filha, Caroline. E Mors, aparentemente, está ou estava controlando minha filha, Mirella, para que ela assumisse ser Mary.

– E cadê minha filha? – perguntou Poseidon. – A verdadeira.

Atena balançou a cabeça negativamente.

– Não sabemos – respondeu. – Mary disse que deveríamos perguntar ao Mors. Ele, provavelmente, deve saber onde ela está.

– E onde está Mary? – perguntou Apolo.

Atena deu de ombros.

– Creio que tenha voltado para junto de Mors – disse. – Antes, temos que resolver o que fazer com Mirella. Precisamos descobrir se ela está mesmo ao nosso lado.

– Tortura? – sugeriu Ares.

Atena encarou-o, irritada.

– Ninguém torturará minha filha.

– Torturar Mors? – sugeriu o deus.

Poseidon soltou uma gargalhada irônica.

– E quem vai fazer isso? Você?

Atena repreendeu-o com o olhar, meu pai voltou ao seu estado normal e pediu desculpas.

– Poseidon tem razão – ela disse. – Não temos como torturar Mors. Nem sequer pudemos impedir que ele destruísse a Terra.

– Alguma ideia, Atena? – murmurou Ares.

– Podemos perguntar – respondeu Atena. Os murmúrios retornaram. Outro relâmpago fez com que eles voltassem a atenção para Atena. – Se ela estiver sendo controlada, agirá de forma estranha. Assim, saberemos a verdade. Alguém de acordo?

– Não dará certo – murmurou Ares.

Todos os outros deuses levantaram as mãos. Atena sorriu para o irmão.

Antes que pudéssemos colocar o plano de Atena em prática, a porta da sala principal explodiu. Mirella estava montada em um Cão Infernal, saltitando pela sala, carregando a lâmina de Mors. Todos os deuses afastaram-se. Ela voou em direção a Ares, que estava mais próximo. Poseidon lançou o tridente, mas era tarde demais. O cão desapareceu e apareceu atrás de Ares, Mirella cravou a lâmina infernal nas costas do deus. Ele rugiu e caiu, o sangue dourado expelindo por suas costas, até ele começar a sangrar vermelho. Mirella retirou a espada das costas de Ares e arrancou sua cabeça. Todos olhavam a cena paralisados, ninguém conseguia mover um músculo, enquanto Mirella seguia na direção de Afrodite. Tentei me mover para frente dela, mas o cão atacou por trás. Virei instantaneamente, a espada estava prestes a cruzar o peito de Dite quando o cão desapareceu e Mirella caiu indefesa no chão.

– O que...? – Olhei para Mirella, confuso.

Uma nuvem negra apareceu ao lado do corpo da garota e uma lâmina prateada perfurou o peito dela. Mirella gritou e evaporou. Ao lado dela, a nuvem se transformou em um garoto com mais ou menos a minha idade, ele era idêntico ao Mors, exceto por ser um pouco mais moreno, e uma cicatriz que corria todo o lado direito do rosto, exceto o olho.

– Eu sou Jack – ele sorriu. – Filho de Mors.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Personagem novoooooooo o/
FILHO DE MORS?! :O WTH?!
Gostaram? Comentem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blue Hell - 3ª Temporada." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.