Destiny escrita por Lúcia Hill


Capítulo 12
Capitulo - Closer than Most


Notas iniciais do capítulo

Apenas sinta o sussurro do vento e me abrace



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Kevin permanecia deitado, enquanto as suaves brisas adentravam ao quarto pela janela entreaberta juntamente com os primeiros raios de sol, um sorriso surgiu em seus lábios, sentia se vivo e com vigor, tateou a cama com sua mão esquerda, e abriu os olhos ao notar que estava sozinho naquela imensa cama de casal.

– Não pode ter sido um sonho. - resmungou enquanto fazia uma careta – Destino! Estou começando a acreditar em suas artimanhas. - sorri.

Não demorou muito para se levantar, estava apenas de cueca e com os cabelos todo bagunçado, caminhou na direção da porta, seus passos eram lentos, assim que desceu a escadaria pode ouvir o barulho da cafeteira, um sorriso maroto surgiu em seus lábios, ela estava na cozinha, tomando chá e lendo o jornal de sexta.

Ela levantou os olhos quando Kevin entrou.

– Enfim o belo adormecido acordou. - disse retribuindo o belo sorriso.

Kevin se aproximou da jovem que estava sentada e a envolveu em um abraço e depositou um beijo sobre sua cabeça.

– Estamos invertendo os papeis agora? - questionou ainda abraçado a ela - Então você será meu príncipe?

Belle não conteve uma risada, beliscou o braço de Kevin, fazendo o se soltar e sentar se ao seu lado.

– Não! Serei a princesa encantada, meu belo adormecido. - brincou.

Ele retribuiu o sorriso ao se recostar na cadeira, a jovem se virou para encará-lo, e lá estava eles que alguns dias atrás eram estranho, tinham vidas bem diferentes e rotinas estressantes, mas o desastre natural os uniu de uma forma esquisita, porem necessária.

Houve u breve silencio, Kevin solvia um pouco de seu café e observava as folhas amarelas do jornal.

– Kevin. - chamou o - Quer me contar sobre a depressão? - perguntou.

Kevin abaixou o jornal e encarou a por alguns segundos, não seria nada fácil reabrir naquela fase perturbadora que sua vida tomara há alguns meses atrás.

– Não é fácil contar sobre o que aconteceu. - anunciou sem encará-la - Mas depois da partida da Lana, senti meu chão abrir e tudo que tinha construído desabar. Quando a vi, me apaixonei logo de cara, sempre organizada, adorava viajar e se desprender da rotina, mas como sou médico isso se torna difícil e maçante. - ele pausou por um breve momento, mas logo prosseguiu - Sempre sonhei em ter uns dois filhos, mas ela dizia que ainda era cedo para pensar em filhos, que queria subir de cargo na empresa e curtir a vida um pouco, mas. - mostrou um sorriso triste - Mas ainda me lembro de quando brigamos pela primeira vez, ela estava linda naquele vestido vermelho, ela ficou furiosa por causa de uma moça que me sorriu em uma das festas do hospital. - parou para refletir e encarou a - Não sabe o quanto me arrependo de tê-los apresentados.

Belle o interrompeu.

– Não é culpa sua, as vezes na vida temos que aprender a perder, mesmo que doa. - disse colocando sua mão sobre a dele.

Kevin concordou e prosseguiu.

– Jordan sempre fora extrovertido e comunicativo, diferente de mim que sempre fui calado. Acho que era pra eles serem o casal perfeito. Quando cheguei em casa naquela noite chuvosa de janeiro a chamei, queria dizer que enfim havia comprado as passagens para o Havaí como ela ansiava a semanas, mas quando vi o bilhete sobre o balcão senti meu coração parar, foi como se tivesse tomado um choque de realidade. - pausou - Ainda me lembro do que estava escrito, ela tremeu e tinha uma linha borrada talvez ela estava chorando pela burrada de ter me conhecido, estava assim " Kevin não sei como vou lhe dizer, talvez nunca me perdoe por isso, mas a gente nunca daria certo e por isso preferi seguir meu caminho espero que faça o mesmo, Lana". - ele limpou uma lagrima teimosa - Ela tinha razão, mas nunca consegui sair daquele labirinto, fiquei três dias sem conseguir voltar ao trabalho, confesso que tentei me matar cortando os pulsos, mas para minha sorte ou azar o fiz quanto estava no hospital.

Belle o encarava com os olhos inundados de lagrimas, a jovem se levantou e o abraçou, naquele momento o verdadeiro Kevin se mostrou, ele chorou nos braços dela como se fosse uma criança desprotegida.

– Eu te amo. - murmurou a jovem enquanto o confortava - E quero que me ajude acompanhá-lo em seu caminho, quero te ajudar.

Kevin a soltou para que pudesse encará-la, e lá estava sua única esperança, uma jovem de apenas 18 anos incompletos com um sorriso perfeito nos lábios e um olhar sincero, estava no mesmo barco que ele, pois a vida não lhe tinha sido tão generosa.

Ele se levantou e a encarou por alguns segundos, Belle atirou os braços em volta do pescoço dele e o beijou com uma paixão fervorosa que imediatamente provocou nele uma onda feroz de posse – a mulher dele, agora e para sempre – e ele retribuiu o beijo, regozijando-se por possuí-la, por segurá-la, por amá-la e ser amado por ela.

Esse momento tão doce foi interrompido pelo cheiro de queimado.

–Acho que se esqueceu de desligar a torradeira. - disse enquanto ria daquela situação.

Belle arqueou a sobrancelha, bateu de leve no braço dele e correu para retirar as torradas que ficaram pressas dentro da torradeira.

– Não tem graça seu bobo. - resmungou enquanto pegava a espátula para retirar as torradas.

– Fica tão linda com essa blusa, acho que não tinha te dito isso ainda. - anunciou com um brilho no olhar.

A jovem colocou as torradas sobre o prato e virou se para encará-lo, suspirou profundamente, ele parecia feliz e ainda por cima, estava lindo, os olhos brilhando de prazer com que provocara em seus pensamentos.

Belle se aproximou e segurou o rosto dele entre suas delicadas e pequenas mãos, beijou de leve seus lábios e sorriu.

– Não sabe o quanto sou grata por ter permitido que eu pudesse entrar em sua vida. -disse.

Enquanto ela dizia ele permanecia com os olhos fechados e um sorriso magnífico, Kevin envolveu sua fina cintura fazendo a sentir as pequenas ondas de prazer percorrer seu corpo, não demorou para que ele a carregasse em direção ao quarto.

“Quem vai dizer ao coração que a paixão não é loucura, mesmo que pareça insano acreditar...” Oswaldo Montenegro


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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