Would You Be My Thousand Fucks? escrita por Persephonne


Capítulo 3
Capítulo 3




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- Você realmente precisa cortar essas costeletas. – Bert falou, tocando o rosto de Patrick suavemente. Os dois estavam no ônibus do FOB, e Bert estava deitado em cima de Patrick. Nada de mais acontecia, os dois estavam vestidos (Bert estava sem camiseta, mas isso é normal), conversando.

- Não posso. É o que me faz único. Você não vai ver costeletas como as minhas em lugar nenhum na Warped.

Eles riram e Bert mordeu um pouco a orelha dele. De zoação no início, então começou a beijar e morder o pescoço dele. Sorriu quando sentiu as mãos de Patrick na sua cintura e o beijou nos lábios. O beijo se aprofundou na medida que eles sentiam os volumes nas calças um do outro crescendo..

Bert abriu a calça de Patrick e meteu a mão por dentro da roupa de baixo dele. Sorriu ao vê-lo fechar os olhos e cravar as unhas nas suas costas. A dor era boa. Este o beijou novamente nos lábios, mordendo o seu lábio inferior.

Bert não era novato naquilo, então fez a sua calça e a de Patrick desaparecerem como mágica, de modo que agora os dois não estavam usando nada. As mãos de Bert passeavam pela pele branca do outro. Cada gemido, cada suspiro, cada movimento apenas contribuía para a excitação crescente dos dois.

O contato dos dois corpos era demais para Bert. Ele levou a mão até os joelhos de Patrick e os afastou. O olhou nos olhos antes de dar uma risadinha e morder o nariz dele. E então se impulsionou para a frente, fazendo Patrick fechar os olhos e puxar seu cabelo com força.

Bert não o poupou. Já tinha começado rápido, fazendo o outro gemer tanto de dor quanto de prazer. A pele dele era como seda ao toque de Bert. Quase perfeita demais pra ele.

Bert continuou, cada vez mais fundo e mais forte, até Patrick o agarrar pelo pescoço e o beijar como nunca tinha beijado ninguém. Foi com esse beijo que Bert se convenceu de que não merecia Patrick.

Eles se aliviaram, quase ao mesmo tempo, e Bert sorriu pra ele.

- Eu não mereço você, sabia? – falou. Mas Patrick não o levou a sério. As pessoas nunca o levavam a sério. Então ele deitou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos, tentando não pensar em nada a não ser na pele de Patrick e afastando os pensamentos sobre a de Gerard.

***

Bert não sabia o que era pior: se sentir culpado toda vez que Patrick demonstrava carinho com ele (principalmente em público) ou ter que ver Gerard e Synyster Gates desfilando por aí. Tentava controlar o ciúme, e com o tempo tinha aprendido a mascará-lo, mas era difícil quando o seu objeto de desejo fazia questão de se agarrar com outro em público.

E Syn nem era tão bonito.

O pior é que nem adiantava Bert também se mostrar com Patrick porque sabia que não era nele que Gerard estava fazendo ciúme. Era em Frank. Sempre foi e sempre seria Frank. Então só restava para Bert mascarar a sua tristeza e aproveitar Patrick.

Mesmo que não o merecesse.

***

Finalmente eles pegaram a estrada, para a próxima cidade da turnê. Era praticamente impossível alguém de uma banda diferente viajar junto com outra, então Bert e Patrick viviam no telefone.

- Mas ele reclama muito? – Bert perguntava, deitado no seu beliche e com o telefone no ouvido.

- Tanto quanto eu. Você sabe. – veio a voz de Patrick do outro lado.

- Nunca pensei que o Pete fosse tão...

- Sentimental?

- É. E como o Mikey tá?

- Ahm... O Frank falou que ele é bem menos dramático. Parece que ele falou “a gente vai se ver daqui a uns dias, pra quê tanto drama?”. Aparentemente ele puxou a... falta de emoções do irmão.

Nessa hora Bert sentiu o traço claro de mágoa na voz de Patrick, mesmo com ele não ter falado nada. Perguntou timidamente:

- Você não fala mais com o Gee?

- Ahm.... não. Mas ei, você também não fala com o Zacky.

- É, eu sei. – ele lamentou.

- Fodam-se eles, Bert. Nós estamos juntos e é o que importa, certo?

Nessa hora Bert se sentiu pior ainda. Ele realmente não merecia alguém tão fantástico como Patrick.

- Certo.

- Ei, o que você tá fazendo agora?

- Ahm... nada. Deitado na minha cama, falando com você.

- Legal, eu também. – Patrick falou com falsa casualidade. Bert sorriu ao notar. Já sabia o que ele queria. Ia dar o primeiro passo, mas mais uma vez o ficante o surpreendeu: - Onde está a sua mão?

Bert quase riu. Deixou seus dedos viajarem pela pele do seu quadril, lentamente. Falou:

- Logo acima da minha calça.

- E ela tá aberta?

- Agora tá. – Bert falou, abrindo o fecho da calça e a abaixando. Botou a mão por debaixo da sua roupa de baixo. – E a sua mão?

- Abrindo minha calça. E agora.... – um suspiro veio como um chiado no telefone.

Apenas este som já foi o suficiente para Bert ter que morder o lábio inferior. Imaginou-se com Patrick, os dois juntos, gemendo como estavam agora, suas peles juntas...

A sua respiração falhou, assim como a do outro lado do telefone. Quando bert se deu conta já estava com a mão na sua ereção, tentando desesperadamente fazer os seus movimentos se igualarem às cenas na sua mente. Mas a cada toque ficava mais difícil manter a sua respiração estável e a boca fechada. Do outro lado do telefona Patrick parecia estar no mesmo estado.

- Caralho.... – ouviu a voz entrecortada do outro lado da linha, e isso só o excitou mais. Agarrava o lençol com uma mão enquanto a outra o aliviava. Estava quase lá, já sentia o formigamento familiar...

Foi então que ele ouviu uma voz gritando do outro lado da linha:

- Pat! – nessa hora Bert ouviu um barulho de algo (na verdade alguém) caindo de algum lugar. Com certeza era Patrick caindo da cama – Pára com essa putaria e vem pra cá!

- Ahm, tenho que ir, tchau. – foram as palavras que Bert ouviu antes do telefone ser desligado. Por um segundo ele ficou sem ação, mas não podia parar, não agora. Foi aí que um rosto familiar invadiu a sua mente: Gerard.

Tá no inferno, abraça o capeta.

Ele continuou, mas agora era Gerard na sua mente. Podia sentir cada poro seu ardendo de desejo. Então sentiu seu corpo relaxar, com a súbita onda de prazer que o dominou.

Ele ficou lá deitado por alguns segundos, tentando normalizar sua respiração. Então a culpa pesou. Ele tinha conseguido com o pensamento de Gerard, não com o de Patrick. Se sentia como se tivesse o traído. Mas uma voz no fundo da sua mente lhe falou para não se preocupar. Bert fechou os olhos e dormiu.

***

Bert teve que esperar mais 2 dias, movidos a sexo por telefone até que eles chegassem ao seu destino. Assim que o ônibus do Used estacionou Bert ficou elétrico, esperando o do Fall Out Boy chegar. Quase nem lembrava mais dos seus problemas.

Ele estava tão elétrico que não notou que o ônibus do MCR também já tinha chegado. Também não notou alguém vindo na sua direção. Foi só quando sentiu a mão no seu ombro que Bert se virou e viu Gerard. Ele parecia mal. Muito mal.

- Gee, o que houve?

Este lançou um olhar miserável a Bert.

- Syn. Ele me.... Ele me chutou.

- Ah, eu sinto...

Bert não terminou de falar, porque nessa hora Gerard o abraçou. Provavelmente era o primeiro chute que ele levava na turnê. Bert estava pronto para consolar o amigo, até que sentiu um volume familiar na altura do quadril pressionando-o e a respiração quente de Gerard no seu ouvido:

- Vamos.

***


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