A Alegria da Esperança escrita por Fefa


Capítulo 29
Sozinha


Notas iniciais do capítulo

Ouláááá!
Demorei a escrever por motivos de: viajei o carnaval inteiro uhu uhu foi mto bom, mas já estou de volta escrevendo para vcs, seus lindos



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Um vento gelado sacudiu meu corpo, rolei pela cama sem abrir os olhos até perceber que Peeta não estava lá. Abri os olhos e pisquei algumas vezes para focalizar melhor o quarto, estava vazio. Alguns fracos raios de luz escapavam pelas pesadas nuvens carregadas de neve, ainda era cedo, bem cedo.

Levantei da cama e fui até o banheiro, Peeta também não estava lá. Desci as escadas e constatei que ele também não estava na cozinha ou na sala. Eu estava sozinha em casa, como de costume. Depois que descobrimos que eu estava grávida Peeta começou a trabalhar o dobro, para dar uma boa vida para nossa família, e assim eu comecei a passar mais tempo solitária em casa.

Subi novamente para o quarto e sentei na cama, puxei a blusa deixando minha barriga de fora, agora com 4 meses já estava bem aparente. Antes eu usava blusas largas que escondiam a barriga e evitava perguntas de curiosos na rua, mas agora até a blusas largas aparentavam minha barriga, não tinha mais como esconder. Passei a mão pela barriga, apreciando o momento com meu maior companheiro do momento, meu pequeno filho. Fiquei mais um tempo ali parada, ainda me despertando para o começo do dia.

Levantei decidida a não ficar sozinha mais um dia, me agasalhei e sai porta a fora. Caminhei lentamente, pisando somente nos lugares planos para não correr o risco de escorregar na neve. A padaria não era longe e logo eu consegui avistar ela, me animei e comecei a acelerar o passo, sem tomar cuidado de aonde pisava. Um grande erro. Acabei pisando em um monte duro de neve e senti meu pés não tocando mais o chão, e logo depois, uma dor aguda em minha cabeça. Minha última visão foi do sangue vermelho escarlate manchando a branca neve.

Os sons de bipes ressoavam ao fundo, abri os olhos e fui invadida pela claridade da sala e logo minha visão foi preenchida pelos cabelos loiros brilhantes de Peeta. Pisquei algumas vezes tentando desembaçar os olhos e olhei para a expressão preocupada de Peeta.

– Kat, você está bem? - Ele falou com a voz preocupada e suas rugas de preocupação se formando na testa.

Eu não conseguia lembrar direito de o porque estava aqui, somente sentia uma forte dor de cabeça. Passei a mão ao lado direito da cabeça e senti algumas linhas - pontos.

– O que aconteceu? - Perguntei com a voz rouca.

Ele suspirou, pousou a mão sobre a minha e respondeu:

– Você escorregou na neve, bateu a cabeça na sarjeta e desmaiou. Claire achou ter ouvido seu grito e correu para fora, foi quando te viu no chão e te trouxemos para cá. Os médicos falaram que você ficara bem logo e só precisou de alguns pontos.

Quando Peeta estava terminando uma enfermeira entrou no quarto. Ela olhou para mim e abriu um sorriso amável, veio ao meu lado e começou a mexer nos soros e papéis que estavam lá.

– Que bom que acordou, querida. Vou fazer algumas perguntinhas rápidas está bem? - Antes mesmo que eu respondesse ela já falou. - Está se sentindo bem? Tontura? Enjoos?

– Sim, apenas dor de cabeça.

– Bem, isso é normal em vista da sua pancada. Você logo terá alta! Pelos exames está tudo bem com você e sua filha, foi apenas um susto. Mas irei te pedir para ficar em repouso, não poderemos arriscar que você se machuque ou desmaie novamente, pode ser perigoso.

– É.. é... uma menina? - Perguntei espantada.

– Oh, pelo visto você ainda não sabia. Sim, minha querida, é uma menininha! - A enfermeira respondeu com um sorriso no rosto.

Era bom saber disso. Agora não era somente um bebe, uma criança. É minha filha, minha menina, ela tem uma identidade. A enfermeira terminou de ajustar as coisas e saiu do quarto, me virei para Peeta e encarei seus brilhantes olhos azuis.

– Uma menina, vamos ter uma menina! - Eu disse animada.

– Sim, será nossa menininha. - Ele me respondeu acariciando meu rosto.

Ficamos um tempo apreciando o momento, quando percebi que Peeta parecia incomodado, olhei para ele esperando uma resposta e ele logo percebeu, abriu um pequeno sorriso e me respondeu:

– Me desculpe por estar tão ausente. Se eu ficasse mais tempo com você, você não teria saído hoje, não teria se machucado e tudo estaria bem.

– Peeta... não foi sua culpa. Não se culpe, por favor. Eu estava mesmo me sentindo sozinha, mas você está fazendo tudo isso para o bem da nossa família. Não tem o porque de se culpar por isso.

Eu percebi que ele ainda se culpava e que não adiantaria falar nada, então somente não tocamos mais no assunto. Mais tarde uma enfermeira foi até o quarto e me liberou para casa.

Nos próximos dias Peeta contratou mais funcionários e assim passava mais tempo em casa, já eu fiquei quieta dentro de casa para não prejudicar minha filha de forma alguma. Os primeiros meses da gravidez haviam sido difíceis, com constantes enjoos, mas agora eu me sentia melhor e estava até aproveitando dessa fase. O panico que me dominara antes estava se transformando em puro amor pela minha filha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Confesso que eu pensei em mil e uma coisas para escrever nesse cap e não conseguia decidir, acabou ficando isso ai kkk o que acharam?
Gente to sabendo TUDO de gravidez agora, sério, fiz um monte de pesquisas aqui... Se alguém quiser dicas u-u kk
Espero pelos comentárinhos de voces *-*