A Exterminadora De Youkais, parte II. escrita por Flávia Letícia


Capítulo 7
Capítulo 7 - Clímax.


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera :) Eu sei, faz muito tempo que não atualizo a fanfic. Peço desculpas pelo atraso absurdo, mas estou sem tempo ultimamente. Espero que me perdoem. Esse capítulo é extremamente importante. Espero que gostem.



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“Tenha cuidado. Muito cuidado. Sua vida e a de seu filho correm sérios riscos.”

Rin acordou sobressaltada. Aquela voz estava fazendo parte de seus sonhos há duas semanas. No início, achou que podia ser só ansiedade e preocupação com a saúde do bebê, mas estava começando a acreditar que podia ser um presságio. Uma lágrima rolou em seu rosto. O medo de perder seu filho, que nem havia nascido ainda, provocava-lhe uma dor profunda.

– Rin, tudo bem? – perguntou Sesshoumaru que havia acabado de despertar.

– Sim, sim. Estou bem. – ela respondeu. Espreguiçou-se e decidiu levantar-se.

Assim que a jovem saiu do futon, sentiu a mesma dor que a atormentava desde o início da gravidez. Com o passar do tempo, Rin já estava com cinco meses de gravidez, as dores se tornaram menos frequentes, mas eram cada vez mais fortes. Ao sentir como se houvesse algo “rasgando-a” por dentro, Rin voltou ao futon e encolheu-se. Sesshoumaru estava há cinco meses lidando com aquela situação. Não havia muito o que fazer. Ele odiava ter que vê-la sofrendo tanto, mas era algo natural já que Rin estava com um filho metade youkai em seu ventre.

O príncipe, vendo a esposa encolhida e com expressão de dor, aproximou-se dela e acariciou os seus cabelos. Quinze minutos depois, finalmente tudo havia passado. Geralmente, Rin conseguia ser forte, mesmo sofrendo tanto. Dessa vez ela desabou. Começou a chorar desesperada. Tinha medo de não aguentar até o final, de acontecer alguma coisa, de não ser uma boa mãe... Eram tantas preocupações. O estado emocional de Rin estava abalado.

– Eu... eu não vou conseguir. – ela falou chorosa.

– Não diga bobagens. Você é forte. – Sesshoumaru respondeu com sinceridade.

– E se acontecer alguma coisa? – ela perguntou lembrando-se da voz do sonho.

– Rin... – ele abraçou a jovem, - não vai acontecer nada. Eu estou aqui para proteger você e o bebê.

Rin se sentiu mais confiante, mas a voz do sonho não saia de sua cabeça. Seria mesmo um presságio?

Alguns meses depois...

– Acho que já posso por meu plano em prática... – falou Takara para Toshiko e Kazuo. – Rin já está perto de ter o hanyou... agora é que as coisas ficarão interessantes.

– Takara, minha irmã... – começou Toshiko – tu achas mesmo que é certo fazer isto? Acabar com a vida de uma jovem mamãe e de um bebê? Duas pessoas que não tem nada a ver com seus caprichos inúteis?! – Toshiko estava desesperada. Fazia muito tempo que ela tentava impedir a irmã de fazer alguma coisa de ruim para Rin, mas Takara nunca dera ouvidos à irmã mais nova. Ela estava cega. Cega de ciúmes.

– Poupe-me de seu sentimentalismo, Toshiko! Eu fui muito humilhada por Sesshoumaru. Primeiro: o clã dele aniquilou o nosso, lembra? Sem dó nem piedade. Segundo: ele nunca sequer olhou para mim. Eu que sempre demonstrei um afeto por ele. Eu que sou uma youkai forte. ELE ME TROCOU POR UMA HUMANA! Será que você não entende?

– Não, não entendo. Ele não te trocou por uma humana. Takara, ele NUNCA prestou atenção em você. Ele ama Rin, entenda isso de uma vez por todas! – Takara com toda sua raiva bateu no rosto de sua irmã.

– Cale-se! – ela gritou descontrolada. Toshiko pôs a mão no rosto e olhou para a irmã com pena.

– Takara, você se arrependerá amargamente pelo que está fazendo. – dizendo isso saiu.

– Tola... quando eu finalmente alcançar meu objetivo, você ficará com inveja de mim e verá que tudo isso valeu a pena. Kazuo, pode ordenar para que o nosso clã ataque. – Kazuo não se mexeu, tinha os olhos fixos no chão. Pensava em Rin. Ultimamente, ele estava um pouco perturbado com toda essa história. Estava se achando um monstro, mas não podia morrer. Ele vivia um dilema. – KAZUO! – Takara gritou.

– Sim, minha senhora? – ele respondeu.

– É melhor que comece a ficar mais atento. Pode ordenar que o clã ataque.

Kazuo fez o que ela mandou.

Longe dali...

Rin estava pálida, magra, mas feliz. A grande hora se aproximava e ela estava cada vez mais ansiosa. Sesshoumaru estava sempre com ela, fazendo-a companhia. Apesar de estar mais magra e ter olheiras profundas – devido à várias e várias noites mal dormidas, por causa dos frequentes enjoos – Rin continuava uma moça muito bonita. Sua expressão era alegre e divertida. Ela e Sesshoumaru estavam conversando quando Jaken chamou o lorde com sua voz sibilante.

– Fique aqui. – Sesshoumaru disse a Rin. Ele caminhou até a porta da casa e viu o youkai verde com uma expressão desesperada.

– Sesshoumaru-sama! Precisamos... – o príncipe não deixou Jaken terminar.

– Já lhe disse que não posso sair de casa, Rin precisa de mim. Eu não posso deixá-la.

– Mas Sesshoumaru-sama, faz muito tempo que o clã daquela youkai de cabelos roxos... Takara, é o nome dela! Enfim, faz muito tempo que eles não atacavam o clã Taisho. Hoje pela manhã eles voltaram com um exército três vezes maior e mais poderoso.

– Vocês não precisam de mim. Existem guerreiros bons. Aquele clã nem é tão forte. – respondeu o lorde friamente.

– Meu senhor, sua mãe implorou que o senhor fosse ajudá-los.

– Jaken, não insista! Se eu... – o príncipe foi interrompido por Rin que se aproximou deles.

– Eu não pude deixar de ouvir. Sesshoumaru, por favor, não se prenda a mim. Eu estou bem. Vá ajudar seu clã e sua mãe, eles precisam de você.

– Mas você... – ele começou.

– Eu estou bem! Posso ficar com Kaede-sama.

– Eu não confio.

Rin deu uma risadinha:

– Você me deixou lá por toda a minha adolescência e eu estou bem viva. Vai dar tudo certo. Não quero ser um incômodo para você. Vá, por favor. – Sesshoumaru não queria deixar Rin, mas ele sentiu que se não fosse, deixaria sua esposa magoada.

– Você nunca foi um incômodo para mim.

– Por essa razão, vá. – ela falou.

– Jaken, fique aqui com Rin e certifique-se que tudo ficará bem. Depois, mande Ah-uhn levá-la na casa de Kaede.

– Sim, Sesshoumaru-sama! – Jaken prontificou-se a proteger Rin.

Sesshoumaru deu um beijo na testa de Rin.

– Não vou demorar. – dizendo isso saiu.

– Jaken-sama, vou me banhar, enquanto isso o senhor me espera aqui, certo?

– Sim, Rin. Vou chamar Ah-uhn para levá-la à casa de Kaede.

– Certo. – Rin preparou um kimono limpo e foi tomar seu banho.

Enquanto isso, Jaken procurava distraidamente pelo youkai de duas cabeças. Ele estava abismado com a mudança de Sesshoumaru-sama. Nunca vira seu lorde tão gentil, tão atencioso, tão preocupado. Infelizmente, Jaken estava tão absorto em seus pensamentos que não percebeu uma pedra vindo em sua direção. A pedra veio com tal força e velocidade que fez o pequenino cair desmaiado.

Rin terminou seu banho, vestiu um kimono largo e confortável. Sua barriga estava tão grande que a maioria de seus antigos kimonos não cabiam mais. Ela estava tão ansiosa... a cada momento o nascimento do bebê se aproximava. Ela passou a mão pela barriga. Saber que existia um pequeno ser lá dentro e que ele era fruto de um amor tão puro deixava a jovem emocionada. Ela, bastante emotiva, deixou sua casa a procura de Jaken e Ah-uhn para ir à casa de Kaede-sama. Porém, nenhum dos dois se encontravam por perto.

– Jaken-sama? Ah-uhn? – Rin chamou, mas ninguém respondeu.

Ela, abruptamente, sentiu um youki desconhecido. Antes que pudesse se esconder, já que estava sem condições de lutar, uma flecha atingiu certeiramente suas costas. Ela sentiu seu corpo queimar, sua visão ficar turva e suas pernas fraquejarem. O que ela faria?

“Tenha cuidado. Muito cuidado. Sua vida e a de seu filho correm sérios riscos.”


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Peço desculpas se houver algum erro de digitação, só revisei a história uma vez pra evitar um atraso maior. Deixem um comentário com a opinião de vocês. BEIJÃO e até o próximo capítulo :3