POV Alec:

Isso só podia ser alguma espécie de brincadeira. Não de jeito nenhum, eu não mataria aquelas pessoas. Era horrível ver todos aqueles corpos machucados e ensanguentados. O cheiro também era horrível e pra piorar ainda mais, com aquele cenário de morte e destruição, minha fome começava a apertar. Mas eu não podia ceder, não podia ceder ao instinto e então falei em alto e bom som.

–NÃO!!! EU NÃO VOU MATAR ESSAS PESSOAS!!!!- Eu gritei com toda a minha força

–Garoto, você é mesmo um grande idiota!- falou Aro

–Você vai fazer exatamente o que eu mandei e sabe por quê? Porque você sabe das consequências. Se não entrar agora nessa sala, juro que sua aberração e sua vagabundinha não verão o dia de amanhã- disse Aro ameaçando.

Eu me sentia perdido, entre a cruz e a espada. Eu não queria machucar ninguém mas não podia negociar a vida da Mel e da Rafinha. Sem saída, eu dei um passo a frente e entrei na sala. Todos, crianças, mulheres, idosos me olhavam com medo. Nessa hora, senti nojo de mim mesmo.

–Vamos! Faça logo o que eu mandei!!!- se exasperou Aro

Eu então me abaixei em frente a uma senhora que devia ter uns setenta anos e disse

–Perdoe-me senhora...Eu sinto muito. Ela olhou pra mim assustada e eu sem conseguir encará-la, apenas afundei minhas presas em seu pescoço e drenei todo o seu sangue. Depois, fiz o mesmo com as crianças, com homens, mulheres que não tiveram a menor chance de escapar. Não dei ao certo quantas vidas eu tirei, mas acredito que pela quantidade de pessoas formam umas cinquenta. Depois da minha última vitima, cai inerte no meio do chão da sala e tive uma crise de nervos. Comecei a me bater e a tremer desesperadamente tamanhos eram a dor e o remorso que sentia.

Não sei por quanto tempo fiquei ali caído até que finalmente esculto uma risada e palmas que mais pareciam terremotos em meus ouvidos.

–Meus parabéns, meu caro Alec!. Eu sabia que não me decepcionaria- disse Aro debochando

–Vá pro ínfero Aro!!! Você me obrigou a matar pessoas inocentes, pessoas que, como a Mel e a Rafaela nada tem a ver com sua sede de poder!- eu gritei

–Onde foi que aprendeu a ser tão altruísta? - disse Aro rindo

–Me deixe em paz!- eu falei

– Como quiser, caro Alec- falou Aro

– Seu quarto já está pronto- Aro disse

–Prefiro ficar no quarto de hóspedes- eu disse

– Vá porque amanhã recomeçaremos com a caça e com os treinos

POV Melissa

Não faziam nem três dias que o amor da minha vida, tinha sido levado para Itália por aqueles vampiros asquerosos e parecia que já tinham se passado anos.

Mas se Deus quiser esse pesadelo vai terminar logo logo. Amanhã irei a casa dos Cullen para saber como está o plano de fuga para ajudar o Alec. Tudo vai dar certo e logo vou ter meu Alec aqui comigo