Rise of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 6
Capítulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Voltei de viagem e vou admitir meus últimos capítulos foram decepcionantes para mim, eu sinto falta daquela emoção! Mas antes eu queria falar uma coisa. Alguns leitores(acredito que foram mais de um) me perguntaram sobre a falta de "alguém para odiar", alguém além de Setrakus Rá, não exatamente um vilão, mas um antagonista e eu estava pensando no assunto. Eu realmente não quero incluir outro personagem, na minha opinião eu já tenho muitos personagens para trabalhar com e o outro motivo é que Setrakus vai aparecer mais de agora em diante. No entanto, eu vou apresentar uma nova personagem e quero saber se devo desenvolvê-la nas próximas temporadas. Me digam o que acham, ok? Vou parar de ser chata e pular para o capítulo.



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Eu odeio Jake Seja-Lá-O-Sobrenome.

Ele decidiu que minha perna precisava de medicamentos, portanto ele voltara para a cidade em busca de algo que poderia me ajudar. Devo admitir que me senti um pouco inútil ao ouvi-lo falar sobre os problemas da minha perna, sabe, isso não me torna uma inválida. Mas aparentemente eu não estou "em condições" para fazer nada.

Mesmo que esteja reclamando, os ferimentos em minha perna foram causados por uma mordida de piken e pode infeccionar rapidamente se não cuidar dela imediatamente, então de certo modo é bom que Jake esteja procurando por medicamentos.

Ao menos pude treinar, durante esses dois dias foi a única coisa que fiz, treinar e treinar e por um momento eu me perguntei como Sammy conseguia fazer aquilo com tanta facilidade, deve ser exaustivo.

Sammy.

Eu sinto tanta falta daquela ruiva durona e idiota e ao mesmo tempo eu me pergunto sobre Khanye, o mog. Nós nunca soubemos muito dele, mas devo admitir que não sei muito sobre o passado de Sammy, sei que seu Cepan desapareceu e que ela viveu em Detroit, mais o que? Nada.

Meus pensamentos são interrompidos pelo som de passos na água, imediatamente estendo o braço para agarrar o arco, enquanto me encolho na parede procurando não ser ouvida.

O dono dos passos não é Jake, mas eu não consigo muito bem identificar a figura mesmo que tente muito. No entanto, sei que a figura não é um mog, pelo menos não daqueles que costumam nos caçar, o que se esconde nas sombras não é alto o bastante, talvez 1,60cm ou até menos.

Sinto meus músculos ficarem tensos quando se aproxima de mim e eu escondo meu rosto no casaco, esperando que os passos parem, mas eles vão apenas se aproximando.

– Caroline? - ouço uma voz familiar me chamar.

Levanto a cabeça apenas para encontrar os olhos castanhos da última pessoa que esperava encontrar.

– Robertta? - sussurro quase sem voz para falar.

Mas algo nela está diferente, Robertta não era assim, ela nunca me chamou de Caroline, sempre Carol ou Um, quando estávamos sozinhas. Além disso suas roupas não são suas roupas habituais. O suéter cinza e o salto não eram bem o estilo dela.

Caroline, os mogs eles estão aqui, precisamos ir. Vamos. a loira diz em uma voz urgente que não pertence a ela.

– Você não é Robertta. – aperto a mão envolta do arco.

– Como? Besteira, vamos. - sua mão gelada agarra meu pulso me puxando para cima.

Solto um grito de dor e finalmente ela percebe a minha perna e um sorriso se forma no canto de sua boca e sua mão aperta meu pulso ainda mais começando a me puxar para fora de onde estávamos.

Tento tirar meu pulso de sua mão e ela o percebe. Rapidamente vira meu pulso fazendo-me exclamar de dor, o ato grita para mim que ela não é Robertta.

– Quem é você? - pergunto entre dentes. Você não é ela, você não é minha Cepan.

– Garota esperta. – a mulher diz, seu tom ficando frio e cortante.

Ela se aproxima de mim, torcendo meu braço atrás de mim, grito novamente.

– Mas eu sei quem você é – ela sussurra em meu ouvido - C-01.

– O que?

O que ela quer dizer com C-01? Coisas para pensar depois, preciso me soltar.

Ignorando a dor lancinante em minha perna e braço, faço a primeira coisa que qualquer criancinha faria: piso em seu pé.

Felizmente funciona, pois ela exclama de dor se distraindo rapidamente, jogo minha cabeça para trás batendo em seu nariz. Ela cambaleia para trás, colocando a mão sobre o nariz agora ensanguentado.

Me viro rapidamente puxando a corda do arco e mirando nela.

Na frente dos meus olhos eu vejo a mulher que parecia minha Cepan se transformar em alguém completamente diferente. Seu corpo se estica e sua pele fica doentiamente pálida, seus cabelos antes curtos e loiros crescem até a metade das costas, lisos e castanhos e quando se volta para mim, a mão ainda sobre o nariz, os olhos verdes e selvagens me fazem abaixar suavemente o arco, apenas para levantá-lo novamente.

– Responda minha pergunta! – exijo - Quem é você?

– Muito cedo, minha querida, muito cedo com a pessoa errada, você ainda tem muito o que aprender.

Vejo ela mover a mão ensanguentada em direção ao bolso tirando de lá uma pequena seringa contendo um estranho líquido brilhante. Sem hesitar, a mulher enfia a agulha no braço, gritando ao fazê-lo, mas não a tira até que todo o líquido dentro da seringa tenha se extinguido.

O sangue que escorria pelo seu nariz evapora e o nariz, que devo admitir estava um pouco torto, volta ao normal sem sequer um arranhão.

– Co-co-como? – gaguejo.

– Muito cedo – ela repete antes de evaporar em fumaça azul.

Sou deixada apontando uma flecha para o vazio, então ouço um grito masculino, nem tanto, mas uma voz que pertencia a alguém que eu conheço. Rapidamente eu penso: Jake.

Ando o mais rápido que posso, a dor em minha perna aumentando consideravelmente. Com dificuldade subo as escadas, empurrando a tampa do esgoto e saindo.

Jake está ao lado da tampa, cercado por mogadorianos e de joelhos. E é por isso, senhoras e senhores que eu não deixo ele sozinho. Ele segura a faca contra diversas armas que estão apontadas para o loiro. Um tiro e ele está morto.

Subo para a superfície, respirando o ar de uma Londres noturna e estranhamente silenciosa.

"O que diabos você está fazendo aqui?", posso sentir a dor em seus pensamentos.

"Comprando um cupcake, o que você acha que estou fazendo?", ele sorri suavemente.

Mas ambos sabemos que não é o bastante, se atacarmos eles atiram e se não atacarmos somos levados e não vai ser hoje que eu vou ser levada por mogs novamente.

Sem pensar duas vezes puxo uma flecha e atiro-a no primeiro que vejo, rapidamente ele cai de joelhos contorcendo de dor, um pouco antes de virar pó. Os outros não hesitam em puxar o gatilho, me abaixo colocando as mãos sobre a cabeça e Jake me segue, os tiros rolam por cima de nós atingindo alguns mogs, mas outros continuam de pé e rapidamente armam contra nós. Inesperadamente um deles vira poeira.

– Venham incomodar alguém do seu tamanho. – o sotaque americano e de um certo jeito irritante e ao mesmo tempo calorosa é familiar e me faz sorrir imediatamente.

– Sua idiota. – murmuro me levantando

Milagrosamente a garota que nunca esperei ver novamente desce a rua com o mog a seguindo de perto. Ela arma novamente contra o outro mog, mas eu giro em meus calcanhares e formo outra flecha atirando contra ele.

Jake está de pé junto comigo, jogando sua faca no estômago do mogadoriano a sua esquerda e em segundos o alienígena vira pó.

Os outros dois estão ao nosso lado rapidamente, quatro mogs, quatro de nós, dessa vez é uma luta justa.

Eles desistem de atirarem em nós e largam as armas se jogando contra nós em uma luta corpo-a-corpo.

O mog que está contra mim aproveita-se de minha desvantagem e segura minha perna apertando-a até que o ferimento volte a sangrar. Eu não consigo evitar e grito, Jake é o primeiro a perceber e rapidamente corta a cabeça de seu mog e se vira para me ajudar.

O loiro me joga sua faca, mesmo com a dor em minha perna eu finco a faca em seu ombro, distraindo-o. Agora é a vez do mog gritar de dor e ele o faz, tendo a chance, chuto-o com a minha perna boa e jogo-o no chão, me ajoelho ao seu lado retirando a faca do ombro brutalmente, muito ocupado com a própria dor para perceber, o mog tem uma fraqueza que me permite matá-lo rapidamente.

E ele era o último.

Ao me levantar, os cabelos e roupa sujos em poeira, percebo que Sammy e Khanye estão me encarando, olhos arregalados e queixos caídos e imediatamente me lembro que nunca me viram lutar assim.

A dor em minha perna está atingindo um ponto que não posso aguentar, eu caio, mas antes que possa atingir o chão Jake me segura levantando-me, no entanto ele não me solta. Seus olhos cheios de preocupação, mesmo que ele em si esteja muito pior do que eu.

– Tudo bem?

Escolho não mencionar a mulher de mais cedo e o pulso torcido

– Sim. - murmuro.

Ele sorri.

Somos trazidos para a realidade, saindo de nosso próprio mundinho, por Sammy pigarreando.

– Ahn...Vergonhoso, ok. Oi. – ela acena.

Sorrio para ela.

Com grande dificuldade, me solto do abraço protetor de Jake e manco até ela, me jogando sobre a ruiva e a abraçando desesperadamente.

– Eu senti sua falta. – digo, sentindo algumas lágrimas caírem do meu rosto, lágrimas de felicidade.

– Eu também. – ela sorri. – Andou se metendo em problemas enquanto estive fora? Até me substituiu? pergunta quando nós soltamos.

Eu rio fracamente.

– Ele não é seu substituto. Você é insubstituível.

O mog pigarreia.

– Não fala isso, o ego dela já é grande o bastante. – ele diz.

– Quase esqueci de você. - rio me virando para ele.

– Oi. – ele acena.

Dou-lhe um rápido abraço.

– Nós temos que sair daqui. – Jake interrompe.

– Verdade. – concordo.

Sammy balança a cabeça.

– Mas e sua perna. - aponta preocupada.

– Não se preocupe.

– Você não vai andar assim. – ela decide, me puxando para a rua de onde desceram.

Jake e Khanye nos seguem rapidamente, em questão de minutos eu vejo o carro que costumava ser de Robertta estacionado perfeitamente intacto em uma rua vazia.

– Você dirigiu até aqui? – eu pergunto surpresa.

– Claro que não, foi ele que dirigiu. Exceto a última viagem. – ela, afirma indicando Khan.

– Que foram as piores horas da minha vida. – ele concorda.

– Cale a boca. – ela murmura.

Não posso deixar de perceber como estão mais próximos desde a última vez que os vi.

Meus pensamentos são interrompidos pela mão em meu ombro, pulo de susto me virando para o dono que, no caso, é Jake.

– Temos que ver sua perna, pode ter infeccionado. – alerta.

Ao ouvir essas palavras Sammy volta a realidade, estando ao meu lado em segundos. A ruiva abre a porta de trás do carro.

– Entre.

Faço o que ela me diz e sento no banco de trás, escorregando para que a garota possa entrar também.

Ao se sentar ao meu lado, Sammy coloca suas mãos sobre o ferimento pressionando-o. Sinto uma dor imensa, mas de um modo é como se o a pele estivesse sendo puxada para se juntar, eu tento não gritar, o que resulta em lágrimas nos olhos e quanto acho que vou explodir, a ruiva retira as mãos do ferimento que agora é apenas uma cicatriz quase invisível, mesmo que a dor permaneça não é tão predominante quanto antes.

– O que acha? – ela pergunta, sua testa suando e voz ofegante.

– Novo legado?

– Sim.

Respiro fundo estendendo minha mão, uma pequena chama se forma em cima dela, flutuando.

– Wow. – ela murmura, seus olhos brilhando

– Wow. – concordo sorrindo.

Depois de nosso pequeno momento mostrando nossos novos legados, Sammy se senta no banco da frente, ao lado de Khan e Jake senta-se atrás comigo, parecendo melhor do que antes.

– Para onde agora?

– Casa da Sra. Evans. Sammy diz.

Posso não saber quem é Sra. Evans, mas eu confio em Sammy com minha vida, portanto desde que seja seguro, eu não me importo. Afinal, eu estou mais feliz do que poderia estar, Sammy está viva e a salvo, não tenho com o que preocupar.


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Notas finais do capítulo

SAMMY VOLTOU *O*
A mulher(não Mrs. Evans a outra) é a personagem que mencionei nas notas do começo. Mesmo que não queiram ela na história, ela vai continuar a aparecer para introduzir a história por trás da "Nova Garde".
Espero que tenham gostado(eu acho que o final podia ter sido melhor, mas eu estava com sono quando acabei, me dêem um desconto) e comentem.
Kisses Sammy



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