Maresia escrita por Wanda Suiyama


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: Essa é minha primeira fanfic do fandom SnK aqui no site. Depois de tanto agonizar por horas e horas na frente do computador, finalmente me sai algo legível para se postar. Fruto de um momento breesa no Facebook com minha grande amiga Sagittarius, que de tanto me encher o saco, essa fanfic finalmente saiu tendo a aprovação da mesma. Valeu, minha beetch. ♥

Fanfic sem betagem, um aviso caso achem erros escorregadios na ortografia.

Bom, fora isso, nada a declarar. Apenas espero que tenham uma boa leitura.



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O horizonte era banhado pelo crepúsculo dourado reluzindo no trigo que dançava ao vento gélido do começo de noite, o pôr do sol se mostrava tão magnífico naquele dia quantos nos outros, com seus raios que aos poucos ai desaparecendo vagarosamente pela imensidão reluzia nos olhos cristalinos que assistiam atenciosos àquele fenômeno. As madeixas douradas acompanhavam o vento juntamente do campo de trigo, com suas poucas mechas que lhe caíam sobre o rosto.

Armin contemplava aquela visão, extasiado. Jazida sobre um pequeno relevo, Annie Leonhardt assistia a mais um pôr do sol, abraçando as próprias pernas e completamente indiferente ao ambiente ao redor, tanto que ainda nem se dera conta da presença do loiro que a observa logo atrás.

Ele não pôde deixar de admirar mutuamente a surpresa estampada nos olhos de Leonhardt quando se sentou ao seu lado, porém, ela manteve-se calada, como se pedisse alguma explicação ou motivo de se encontrar ali.

Armin apenas contemplou mais poucos segundos aqueles olhos cristalinos o encarando, para logo desviar o olhar novamente para o horizonte. As mechas douradas de ambos agora se confundiam ao vento, e o farfalhar do campo de trigo juntamente das árvores logo ao longe eram o único som que preenchiam seus ouvidos, uma música composta pela própria natureza para contemplar aquela paisagem com folhas voando ao vento. Uma melodia composta apenas para os que se encontravam ali.

– Isso me lembra sobre o que li em um livro – Armin começou, ainda tendo os olhos curiosos de Annie sobre si. – Em uma das páginas, tem uma gravura de um pôr do sol no oceano...

– Porque você sempre quis conhecer o oceano... – as palavras de Annie simplesmente escorregaram boca afora suavemente. Ela novamente se calou e desviou o olhar para o campo.

Armin não pôde evitar um sorriso despontar em seus lábios.

– Então, realmente se lembra do dia em que estávamos na biblioteca.

Fora um dia comum como qualquer outro. Annie, Armin e Marco foram incumbidos de organizar as prateleiras dos livros de pesquisa pertencentes ao Esquadrão. Logo após a tarefa cumprida, Armin buscou por seu livro e pôs-se a ler e comentar junto de Marco, que demonstrou grande interesse e discutindo juntamente de Arlert sobre seu conteúdo. Annie apenas havia se sentando numa cadeira perto de onde os dois rapazes estavam, observava a janela, mas manteve-se atenta sobre o que os dois comentavam.

“Droga, Annie!” sua mente fora repreensiva consigo após tal desleixo. Mas revolvera ignorar o olhar do loiro sobre si.

Perante o silêncio de Leonhardt, continuou seu argumento.

– Sim, eu sempre quis. E isso sempre me faz imaginar quais seriam as sensações que eu teria após conseguir tal feito. Como seria a vista, a brisa, as águas salgadas, e o sol se pondo sobre elas junto do vento, que certamente cheiraria a maresia.

Annie novamente volveu seus olhos para o loiro, que encarava com um leve sorriso o horizonte e seus olhos brilhavam sonhadores.

– Maresia... É uma palavra bonita – Armin baixa o olhar, com suas bochechas levemente coradas. – Lembram-me seus olhos.

Annie piscou uma, duas vezes, estática. Sentiu seu estômago vibrar por motivos que lhe eram desconhecidos. Franziu levemente o cenho, perguntando-o:

– O quê?

Sua voz não soara fria ou voraz, como Armin temia. Saíra apenas num sopro leve que apenas carregava dúvida consigo. Inexplicavelmente, ele sentiu seu peito aquecido com isso.

– Seus olhos... Eles me lembram do pôr do sol no oceano... Maresia – o rubor no rosto de Arlert aumentara de intensidade, o que o fazia se atrapalhar com suas próprias palavras. – Maresia é uma palavra bonita, assim como seus olhos... Assim como o pôr do sol.

A visão era encantadora, de fato. Um Armin Arlert corado encarando-a com aqueles olhos turquesa e com seus cabelos esvoaçando juntamente do colete e camiseta social, que se mexiam contra o vento em perfeita sincronia.

Annie não pôde evitar ficar boquiaberta.

– O oceano sempre fora meu sonho, assim como seus olhos... Eu gostaria de encontra-los, conhece-los... Mas eles sempre estão tão distantes, difíceis de alcançar... – seu olhar agora beirava ao clemente, terno... E sua voz fazia o peito de Annie aquecer-se de tal forma que não conseguiu reagir quando ele se aproximou vagarosamente.

– Por que me diz isso? – e mais uma pergunta. Armin desviou o olhar por alguns segundos antes de responder.

– Porque, de todos os sonhos e metas que eu tenho em minha vida, você é a que se mostra mais distante de mim, Annie.

Um silêncio caiu sobre os dois. O farfalhar do campo de trigo e do gramado se mostrava mais intenso, juntamente das madeixas douradas de ambos que balançavam de forma mais frenética. Annie o encarava de olhos arregalados, com milhares de pensamentos e indagações que só lhe mostravam uma única resposta:

Era um dos sonhos que Armin almejava realizar.

Como?

Por quê?

Por que mesmo sempre mantendo tudo e todos longe de si, ele ainda insistia em ser sua única companhia?

Por que a tornara um de seus objetivos?

Por que seria algo que se compararia próximo a sua felicidade completa?

...

Nada, apenas era um dos seus sonhos... O porquê ainda lhe era desconhecido.

– Annie – ele chamou-a novamente, levando uma das mãos ao rosto estático da loira.

– Armin! – sua voz soa falha. E em vão tenta fugir de seu toque.

Os olhares se cruzam novamente, ambos refletindo de diferentes formas ao crepúsculo rubro. Annie sente suas mãos gelarem ao ver os olhos dele úmidos e suplicantes.

– Não resista, por favor. Só dessa vez... – lhe sussurra rente aos lábios. Seu hálito quente confundindo-se ao dela. Um suspiro falho escapa dos lábios de Leonhardt.

Redenção.

Vagarosamente, seus lábios uniram-se em um beijo. Inicialmente ainda permaneceram tensos perante as sensações inusitadas, mas conforme os movimentos se sincronizaram, entregaram-se mãos abertamente um ao outro, de uma forma que Armin a enlaçara pela cintura enquanto Annie segurava firmemente seus ombros. Quando o seus pulmões suplicaram por oxigênio fora o momento em que cessaram o beijo.

Encaravam-se mutuamente. Ofegantes, corados, desejando sentir mais um do outro. Annie sentiu em calafrio lhe subir a espinha quando Armin encaixou-se na dobra de seu pescoço, aspirando profundamente seu perfume. Annie cariciou lhe os cabelos em resposta, um esboço de um sorriso despontando em seus lábios, apreciando pela primeira vez em muitos anos o calor que lhe aninhava e envolvia tão amorosamente.

Armin novamente inspirou daquela fragrância. Relacionando todas as sensações àquilo que mais desejava sentir naquele momento único, com um sorriso lhe enfeitando o rosto e o calor aconchegante em seu peito.

Maresia...


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Notas finais do capítulo

Curtinha, mas é isso. Críticas construtivas e comentários serão sempre bem vindos. E espero que minha singela escrita realmente esteja de agrado e que não tenha ficado algo meio... "dorgas". ~_~ Afinal, é algo feito de mim para mim, não que vá agradar a todos.
Para quem chegou aqui, agradeço imensamente por terem lido.



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