Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 47
Descalços no caminho do desespero.


Notas iniciais do capítulo

Oi amorecos!
Primeiramente... Gracias por todos os comentários, surtos e tudo mais.
Meninas que recomendaram... Vocês são "fodas"... Mto obrigada mesmo... Vocês me deixam sem palavras.
Aqui, deixo mais um capítulo pra vocês... Espero que gostem mesmo com essa maré de sofrimento. Hahahhaha
Desfrutem.
Beijos



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Paulina é acordada com um banho de água gelada. A mordaça lhe foi tirada em algum momento e ela não consegue sentir nada além de dor e uma angústia em saber que o amanhã pode não chegar.

Os gritos de desespero e dor ecoam pelo galpão vazio enquanto Diego delícia-se ao escutar as suplicas dela.

Quando ele desliga a água e ela finalmente consegue mirar ao redor, uma fogueira está no meio do galpão dando luminosidade ao lugar. Só o que ela consegue perceber é que já anoiteceu e que a ira naqueles olhos não desaparece.

—Dormiu bem?

—Diga logo o que quer... -murmura ela.

—Vamos fazer uma troca, que tal?

Paulina nada diz, apenas o observa com cautela.

—Espero sua resposta... Diz ele agarrando o relho sobre uma mesa.

—Como se eu tivesse alguma escolha...

—Vamos fazer o seguinte...

Diego sorri, larga o relho e agarra uma toalha sobre uma das cadeiras. Ele tenta se aproxima dela que se debate quase de forma involuntária.

—Sh... Calma, está frio não é mesmo? Apenas vou lhe secar...

Com uma suavidade que assusta Paulina, Diego agarra a toalha e começa a secar seu corpo. Seus braços, seus cabelos e logo seus seios.

—Seu rosto ficou marcado... Devo pedir desculpas?

A raiva de tamanha situação choca Paulina. O que esse infeliz ainda busca?

—Deveria era ir para o inferno. -murmura ela mirando-o nos olhos.

—Poderia ir sem problema algum... Claro que poderia... Mas... Você teria que ir junto, e... Estaria disposta?

A risada diabólica dele resoa pelo galpão e Paulina geme em dores quando ele puxa sem piedade um de seus mamilos entre os dedos.

—Você tem uma filha linda...Que idade ela tem? Lizete, não é mesmo?

—Não era eu quem você queria? Pois bem... Deixe minha família em paz.

Diego ri... Gargalha com o desespero de Paulina.

Afastando-se, ele vai até a porta entreaberta e parece conversar com alguém. Ela não consegue escutar a conversa, tanto pela distância quanto pelo ecoar de seus batimentos.

Diego volta com um dois caras que ela acredita serem os que a colocaram no carro.

Distante em pensamentos, ela observa enquanto eles se aproximam de seu corpo e a tocam.

—Ela é linda, não é? Murmura Diego para um dos homens.

Ela grita quando um deles simplesmente a puxa pelos cabelos e agarra seu peito com os lábios e logo dentes.

—Por favor... Por favor... -suplica baixinho, desesperada e sem mais forças.

—Quer falar com teu marido, querida? Acho que isso seria prudente antes que eles te dêem uma canseira...

Carlos Daniel acaba com a décima terceira xícara de café. Seus olhos parecem sem brilho enquanto ele segura a pequena Lupe nos braços em seu sono profundo. 

—Pai, você está bem? -Questiona Lizete entrando na biblioteca. -Você precisa de descanso...

—Não tenho como descansar assim... Já fazem mais de 15 horas que ela desapareceu. Não tenho notícia alguma, não posso fazer nada...

Os braços de Carlos Daniel acomodam a Guadalupe e uma grossa lágrima escorre de seus olhos.

—Pai, deixe-me colocar a Lupe no berço... Volto para cá com o Senhor, mas... Precisamos ser um pouco racionais, certo?

Lizete se aproxima de Carlos Daniel e mesmo um tanto relutante, ele acaba deixando que ela leve a bebê.

Quando Lizete regressa, Carlos Daniel está fixo mirando o celular. Ela se aproxima dele e é pega de surpresa quando ele lhe mostra a foto.

—Como você espera que eu fique vendo isso?

Os olhos de Lizete se enchem de Lágrimas. O medo também a consome, mas ela sabe que precisa ser forte pelo pai, pela sua mãe que não ficaria contente em saber de sua fraqueza, e no momento, ainda mais forte pelos seus irmãos.

—Vamos sair dessa... Mamãe vai aparecer...E bem.

Antes que Lizete possa entregar o celular ao pai, o telefone toca ecoando o som pela sala.

Carlos Daniel agarra o telefone com presa e sem mais pensar o atende.

—Alô?

—Olha, olha... se não é o futuro corno do ano. Como vai Dan?

Um estalo imediato ocorre com Carlos Daniel. Aquela voz... O jeito de falar... O apelido.

—Seu filho de uma puta, o que fez com a minha mulher?! Grita ele levantando da cadeira agoniado.

—Ela está bem... Muito bem... É muito bem acompanhada, diria eu.

—Seu...

—Hey Dan, vamos com calma... Liguei apenas para que fale com ela antes que ela fique muito cansada. Sabe como é, você com cinco filhos deve saber que o sexo cansa as mulheres...

A risada de Diego ecoa pela chamada e é como se uma faca fosse cravada no peito de Carlos Daniel.

—O que você quer para deixar ela livre? -pergunta desesperado. -É Dinheiro?

—Ah seu filho da Puta, como se dinheiro fosse um problema pra mim...

—O que você quer então? Pelo amor de Deus... Não consigo saber o que te fiz de tão mal para que queira me destruir.

—Ai está... -Diz ele sarcástico caminhando em direção a Paulina. Carlos Daniel podia escutar os passos ecoando ao redor, passando pela chamada e deixando-o com a mistura de ansiedade por ouvi-la com o medo de saber que ela está nas mãos de um desgraçado impiedoso. -Fale com seu maridinho, querida...

Carlos Daniel praticamente parou de respirar. Sua audição aguçada pelo nervosismo tentava identificar cada um dos ruídos da ligação. Partindo seu coração em dois, caindo a ficha mais uma vez de que aquilo era real, ele ouviu Paulina chamar seu nome.

Um grito veio como sequência do nome dele e Carlos Daniel não se conteve quando depositou um soco sobre a mesa de madeira, sentindo as lágrimas pinicarem seus olhos.

—Me deixem ir... Por favor... Por favor... -ouviu ele enquanto Paulina suplicava do outro lado da linha.

—Então, Carlos Daniel... Vou lhe enviar algumas fotos logo logo da tua amada... -Disse Diego afastando-se dos agora gritos de Paulina. -Espero que fique ansioso.
E deixando um Carlos Daniel desesperado e sem saber o que fazer, a chamada foi encerrada.


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Notas finais do capítulo

E então, amorecos? O que vai acontecer aí? Tenso, não é? Não deixem de comentar... Gracias.



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