Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me escrita por Dai


Capítulo 11
Frente a frente... e agora?


Notas iniciais do capítulo

Oi Pooooooovo! bem, postando aki pra acelerar! to com essa fic quase pronta aki no pc, e tem uma perra preta excluida, a srtª Kamila, que anda quase louca com o desenrolar da história jijij
Desfruteeem!



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–O que você está fazendo aqui?! –Perguntou ela após uma troca de olhar dolorida.

–Desculpe-me por aparecer assim, mas preciso falar contigo. –Disse ele com os olhos também marejados.

–O que você quer? –Perguntou ela tentando parecer fria.

–Podemos conversar? -Disse ternamente.

–Ah, eu... não sei se... –O telefone celular dela toca. –Entre.

Paulina corre até a bolsa e pega o celular que tocava incessantemente.

Carlos Daniel caminhava pela casa observando com delicadeza cada detalhe. Nas paredes de cor clara, quadros com fotos das crianças faziam decoração. No centro da parede da sala, uma foto prendeu o olhar de Carlos Daniel. Paulina Grávida, Lizete, Carlinhos e Paulinha, sentados no jardim. Ele que tirou a foto. Era seu aniversário.

Ele caminhou até a sala. Paulina ainda falava no celular.

–Já estou indo filho, só estou resolvendo uns problemas. –Disse ela com a voz trêmula.

–Está tudo bem? –Perguntou Carlos Daniel parando ao seu lado quando a viu por a mão na testa.

–Quem é que esta ai mãezinha? –Perguntou Gabriel do outro lado da linha. Carlos Daniel pode escutar a voz do menino.

Paulina caminha alguns passos ainda de costas para Carlos Daniel

–Depois conversamos filho.

–É aquele seu amigo, não é? Não quero que você case com ele!

–Não é o Juan, Gabriel! E não vou casar com ninguém! –Disse ela trêmula, falando as palavras rapidamente.

–Então me diz quem é...

–Gabriel, depois conversamos! Quando a mamãe chegar ai, conversamos. Preciso desligar.

–Não mãe! Diz pra mim!

–Filho, não faz isso comigo, depois te digo quem é, depois conversamos. –Paulina desliga. Não podia dizer ao menino quem realmente estava lá.

–Por que não disse ao Gabriel que era eu que estou aqui?

–Para que? Ela o olhou com os olhos marejados.

–Por que sou o pai dele, quero vê-lo.

–Não acredito que escutei isso! –disse ela com um sarcasmo na voz.

–Isso o que? O que tem de errado em querer ver meu filho? –Disse aproximando-se dela.

–Você tem ideia de quantas vezes enxuguei as lágrimas de saudades dessas crianças? –Disse apontando para a foto de Paulinha e Gabriel sobre uma mesinha de centro.

–Eu...

–Inúmeras vezes! Dois anos, 3 meses e 5 dias! Exatos dois anos, 3 meses e 5 dias! Você nunca os procurou!

–Paulina, eu... Ela o interrompe novamente.

–Deixe-me terminar! –Disse ela enquanto uma lágrima desceu de seus olhos.

–ok... –Disse ele com lágrimas nos olhos.

–Você os esqueceu! Esqueceu dos nossos filhos, você... –Ele a interrompe.

–Eu não os esqueci! Você mentiu! –Exclamou olhando-a nos olhos.

–Eu? Eu menti?! –Ela soluçou.

–Por que não me disse a verdade?

Paulina gelou.

–Que verdade? Nunca te menti.

–Por que não me contou da nossa filha? –Aquela lágrima desceu do olhar dele.

–Quem te contou isso? –Sua voz ficou exaltada.

–Calma, ninguém me disse, eu...

–Como ninguém te disse? Como você sabe?!

–Eu escutei uma conversa de Carlinhos e Lizete no dia que voltaram pra casa. Eu Juro que não sabia de nada. Juro que não sabia de nada do que aconteceu. Juro pela minha vida, juro pelo nosso amor.

–Amor? –Paulina o olhou nos olhos. –Que amor? Cheio de desconfianças, esse amor?

–Paulina amor meu...

Ela gelou ao escutá-lo chamando-a assim depois de tanto tempo.

–Você não acreditou em mim! –Ela chorou, com todas as suas forças.

–Pense! Olhe o meu lado! O que você faria se me encontrasse na cama, nu, com outra mulher?

Paulina olhou nos olhos dele quando ele concluiu a frase.

–Amor meu, eu jamais te faria mal, eu... –Ela o interrompe.

–Você me deu um tapa Carlos Daniel! –Ela já soluçava entre as lágrimas.

–Você não sabe, não imagina o quanto esse tapa dói em mim! Você sabe, eu nunca faria aquilo.

–Mas fez! Você bebeu e fez! Se você me ouvisse, talvez hoje estivéssemos juntos e... e...

–E? –Ele aproximou-se dela e levantou seu queixo com o dedo indicador.

–E aquela tragédia não teria acontecido. –Ela chorou, chorou com dor, seu coração ficou despedaçado.

–Eu jamais quis te fazer mal, mas fiquei descontrolado. Você sabe que eu não queria que tudo aquilo acontecesse. Nem com Você, nem com nossa filha. Amor meu...

–Não me chama de amor! –Disse ela secando as lágrimas, afastando-se dele de costas.

–Paulina, eu te amo, você é meu amor! –ele chorava, sabia que tudo isso era culpa sua. Seu coração doía.

–Para Carlos Daniel! Para! –Ela pediu entre as lágrimas.

–Paulina, por favor! Nós precisamos conversar! –Pediu ele cercando-a.

Paulina tremeu só de sentir a respiração dele em contato com a sua. Carlos Daniel aproximou seus corpos.

–Eu te amo tanto... –sussurrou ele buscando seu olhar.

–Não Carlos Daniel! Você nunca me amou! Não engane a você mesmo! –Disse ela com a voz seca, engolindo o choro.

–Olha pra mim! –Pediu ele com um tom seco, chamando a atenção dela.

Paulina colocou seu olhar de encontro ao dele. Ele deu um passo a mais e tocou seu corpo ao dela.

–Você sabe que eu te amo... não faz isso com a gente. –Pediu ele com a voz baixa tocando o rosto dela com as mãos.

–Para, por favor... –Pediu ela enquanto seus olhos voltavam a marejar. –pare de me enganar.

–Eu nunca te enganei. Diga-me, -ele alisa o rosto dela. –Essa carícia parece de um homem que nunca te amou?

Ela fecha os olhos quando ele falou tocando-a. Ele pega a mão dela e coloca em seu peito.

–Esse coração que bate desenfreado aqui dentro deste peito, parece bater sem sentimento? –Aproximou sua boca do ouvido dela para falar.

Parecia que o coração de Paulina ia sair pela boca. O seu coração e o de Carlos Daniel, batiam no mesmo compasso, sem controle, apaixonado. Ela sentiu suas mãos suarem, seu corpo tremer.

–Diz que isso tudo não é verdadeiro? –Falou baixinho, respirando ofegante.

Paulina sentiu seu corpo temblar quando a respiração quente dele tocou sua pele, que necessitava a tanto tempo daquele calor.

–Por favor Carlos Daniel... Pediu ela tremendo, quase delirando.

–Eu te amo, e sei que você também me ama. Preciso de ti... –Ele aproxima seus lábios dos dela.

–Carlos Daniel, por favor, não faz isso comigo. –Pediu ela enquanto uma lágrima desceu de seus olhos.

–Me diz que você não quer, diz... –Ele roçou seus lábios aos dela.

–Por favor, não podemos... –Pediu tentando evitar.

Carlos Daniel firma sua mão na cintura dela. A conduziu lentamente alguns passos, até seus corpos colarem a parede.

–Carlos Daniel... –falou entre um suspiro, trancando um gemido na garganta.Paulina estava suando, podia escutar dentro de sua cabeça as batidas de seu coração ecoando. Em seus seios, podia sentir as batidas do coração do amado, batendo exatamente no mesmo compasso do dela, em um ritmo apaixonado.

–Diz que você não quer, diz, diz e eu paro. –Ele coloca os lábios no ouvido dela. –Diz que não esta sentindo tudo o que eu sinto... –Ele beija o pescoço dela fazendo-a arrepiar-se. –Diz que não sente falta das minhas carícias, -Ele coloca uma das mãos no pescoço dela, alisando-a, enquanto a outra ficava na cintura dela.- Das noites que um nos braços do outro nos amamos. –Ele roça os lábios no pescoço dela.

Paulina não queria, mas o amor falava mais alto, e em um pequeno movimento, mostrou que não suportaria aquilo muito tempo. Ela levemente jogou a cabeça para trás. Suas mãos apoiavam-se ao peito dele, assim como ele as tinha colocado anteriormente.

–Diz Paulina. Diz que não sente falta do meu corpo ao teu. –Ele aperta seus corpos um contra o outro. –Da minha boca... –Ele aproxima lentamente seus lábios. –...dos meus beijos... Diz.

Ele não a beijou, apenas ficou respirando com seus lábios próximos aos dela, acompanhando cada reação de sua amada. A vontade de Carlos Daniel, era beija-la, e mostrar que tudo o que havia falado era verdade nada era da boca pra fora.

–Diz que não me ama... diz. –Ele sussurrou.

Paulina permanecia de olhos fechados. Em sua mente milhões de palavras e lembranças circulavam, tentando faze-la agir com a mente e não coração. Mas era impossível. Aquele amor que morava naquele coração latente, jamais morreria, mesmo que ela negasse.

–Diz, Paulina, diz que não me quer... –Sussurrou ele quando levemente tocou seus lábios aos dela.

–Não posso. –Falou ela baixinho, arrependida do que nem ainda tinha feito, mantendo os olhos fechados.

–Por que não? -Falou ele no mesmo tom de voz dela.

–Não posso mentir. –Disse ela enquanto uma lágrima desceu de seus olhos.

Carlos Daniel no mesmo instante, cariciou o rosto dela, abraçou seu corpo com um dos braços, e buscou aqueles lábios que tanto desejava.

Paulina não conseguiu evitar. Seus lábios se tocaram, e um choque de emoções invadiu o corpo de ambos.

Aqueles lábios se moviam lentamente, procurando aquele encaixe perfeito que eles sempre encontravam. Não demorou muito, e seus lábios dançavam no ritmo do amor. Paulina parecia não acreditar no que estava acontecendo. As mãos dela permaneciam no peito dele. Elas suavam, estavam trêmulas, assim como todo o seu corpo. Já as de Carlos Daniel, uma a abraçava e a outra estava entre os cabelos dela, firmando sua cabeça, pressionando seus lábios aos dela.

Aquele beijo, ah, que beijo! Eles estavam perdidos em meio aquela maravilhosa sensação, que ambos necessitavam a um longo tempo.

Paulina em um momento de lucidez, rapidamente afasta o corpo de Carlos Daniel do seu, fazendo seus lábios se separarem bruscamente.

–Não! –Disse ela se afastando dele, ficando de costas.

Aquelas borboletas voltavam a moverem-se no estômago dela, e ela não queria sentir aquilo novamente, pelo menos era o que ela achava que queria, mas no fundo, o que ela mais desejava, era entregar-se de corpo e alma aos braços do amado.

–O que foi amor meu? –Perguntou ele aproximando-se dela, tocando-a nos ombros.

–Nossa história já acabou Carlos Daniel. –Disse ela segurando as lágrimas. Não era esse o fim que ela desejava, mas era o correto.

–Nossa história nunca vai acabar Paulina! Você sabe disso, não maltrate esse amor, não nos machuque mais ainda. –Ele a abraçou pela cintura, deixando-a de costas.

–Não, não quero. Vá embora Carlos Daniel. –Ela soltou-se dos braços dele.

–Paulina...

–Por favor, vá embora.

–Nosso amor superou tantas coisas, não pode acabar assim. Eu te amo. Você me ama também eu sei.

–Isso eu não posso mais negar, amo.

Carlos Daniel caminha alguns passos e abraça Paulina, virando-a de frente pra ela.

–Então, não nos machuque, deixe acontecer, deixe eu te amar, com todas as forças do meu ser... –Ele roça seus lábios aos dela.

–Não Carlos Daniel, tudo aquilo ainda dói, dói muito. Não posso. –Uma pequena lágrima escapou de seus olhos.

–Deixe eu curar essas feridas... –Ele levemente a beija, ela tentava recuar, mas não conseguia.

–Não posso, não me sinto segura. Por Favor, vá embora.

–Escute bem! –Disse ele, chamando a atenção dela. –Preste atenção! –Ele a aperta em seu abraço, fazendo-a segurar os braços dele. –Eu vou, mas vou fazer o possível e impossível pra te fazer minha outra vez. Te amo, e não vou deixar esse amor ficar machucado.

–Por favor Carlos Daniel... –Disse ela baixando a cabeça.

–Olha pra mim, -Pediu ele levantando o queixo dela com o dedo indicador. –Eu vou cuidar desse amor, vou cessar cada dor. Vou fazer tudo, ouviste? Tudo, pra te reconquistar!

Carlos Daniel segura o rosto de Paulina com as duas mãos, e a beija com força, apertando seus lábios as dela, deixando-a sem reação.

–Eu Vou, mas volto! –Disse olhando nos olhos dela.

Ele caminha em direção ao corredor saindo da sala.

–Ah, e jamais esqueça que te amo, mais que minha própria vida.

Ele sai e bate a porta. Paulina permaneceu no mesmo lugar. Não conseguia se mover. Não sabia o que pensar, o que sentir.

–E Agora? –Pensou ela passando levemente os dedos nos lábios, relembrando o calor doa lábios carnudos do amado, relembrando aquela maravilhosa sensação, que a tanto tempo não sentia, mas que desejava a cada dia mais.


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Notas finais do capítulo

Comentem povooooo!