Aquele sorriso tão lindo e tão inocente.

Goyle amava aquele sorriso.

Um mês antes.

Queria poder se declarar, mas, algo dentro de si, o impedia.

Keeper entrou correndo na sala.

Seu esmalte, mechas em seus cabelos negros, suas roupas, ela sempre usava vermelho.

–Kyuu!–Ela o abraçou.

–Keeper!–Ele disse, correspondendo o abraço.

–Então, pra onde nós vamos?

–Surpresa!

–Odeio surpresas!

–Dessa você vai gostar!

–Ok–Ela revirou os olhos.

Ela mordeu os lábios.

Aquele olhar ameaçador dizia tudo.

Ela havia sede de perigo.

–Então vamos.

Eles invadiram uma boate, pois não tinham idade o suficiente para entrar.

Ela dissera, que nunca havia ido numa boate, que sempre quis ir.

Pelo menos, não ele.

Dançaram.

Ela estava selvagem naquela noite.

Ele tentava se declarar, porém o barulho alto o impedia, e ela não o deixava.

Não o deixava falar nada.

Havia algo estranho nela, algo que Kyuu nunca havia reparado nela.

Desistiu da ideia.

Ela achava que a conhecia, porém, a medida que dançavam, ele reconheceu que não sabia com quem havia se metido.

–Keeper.. Quero ir em bora..

–Fica mais um pouco–disse ela, rindo

–Não deveríamos ter vindo..

–Ah, vai–ela estendeu um copo para ele.

Álcool.

Ele o pegou e bebeu em um só gole.

Deu um sorriso.

–Que continue!

Alguns momentos depois, estavam sendo procurados, entraram em uma grande enrascada, sendo menores de idade.

Keeper e Kyuu se esconderam dentro de um closet, que havia no andar de cima da boate.

No quarto já havia um casal, cujo não viram Keeper e Kyuu entrarem no quarto e se colocarem dentro do closet.

Estavam ocupados.

Eram dois garotos.

Um deles colocava seu pênis devagar no anus do outro, e gozava.

O outro gemia, com expressão de prazer.

Aquilo, de algum modo, exitava Keeper.

Ela olhou em volta.

Percebendo que o closet era enorme, empurrou Kyuu até a parede.

–K-K-Keep.. P-Por favor..

–Não seja idiota–Ela sorriu, maliciosamente.

–Por favor..

–Você me ama.. Não ama?

–Eu te amo.. mas..

–Namorados fazem isso.. Eu posso ser sua namorada..

Kyuu não respondeu.

Assim, tão depressa?

Aquilo o incomodava, porém ainda não se encontrava totalmente sóbrio.

Keeper tirou as roupas de baixo de Kyuu, e as dela.

Se exitando, ele tirou sua camiseta, e em seguida, colocou suas mãos por debaixo da blusa de Keeper, até tirar seu sutiã junto com sua blusa, acariciando os seios nus.

Então, quando percebeu que era o que Keeper queria, ele enfiou.

Era uma sensação boa.

Ela gemia alto e o exitava mais.

Ele enfiava com mais força.

Começou a gozar.

Então, parou.

Começou a beijá-la.

Lambeu seu pescoço.

Seus seios.

Lambeu sua vagina.

Ela o empurrou contra as roupas e fez um boquete.

Adormeceram nus, um em cima do outro.

Um mês depois.

Ela não era mais a mesma.

Ele sentia como se estivesse escondendo algo dele.

Ela confirmara isso.

Sempre dizia:

Você é importante pra mim, para uma parte de mim.

Não me torture fazendo perguntas.

Ele se sentia agoniado.

Uma parte de mim

O que queria dizer isso?

Kyuu nunca havia visitado a casa de Keeper, ela sempre a adiava, sempre havia uma desculpa.

Ele insistiu.

Ela anda muito irritada ultimamente, havia causado muita confusão e a polícia a interrogava quase todo dia.

Roubo, invasão, álcool.

Entre outras coisas.

Achavam que ela era louca.

Como se isso não bastasse, Kyuu continuava insistindo.

Ela cedeu.

Chegara o dia em que ele iria a casa dela.

Ao abrir a porta, encontrou algo que não esperava.

Era um lugar muito escuro, e no meio da sala, lá estava ela, com as asas de demônio expostas.

Ela sorriu.

–Keep.. O que é isso?

Ela avançou contra ele.

Ele tentou resistir.

Ninguém vence contra um demônio.

Ela estava em sua pior fase.

Em sua segunda personalidade.

A que não consegue esconder dentro de sua casa.

Ao perceber o que havia feito, uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

Ela não havia mais o sorriso que Goyle amava.

Ela matara seu irmão.

A pessoa cujo era mais proxima.

Ela matara Goyle.

Ela matara Kyuu.

Ela matou a si mesma.