O Número 51 escrita por Ian


Capítulo 3
Capítulo III - Canta quando está triste


Notas iniciais do capítulo

Hey! Espero que gostem e não se esqueçam de comentar :)



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... Quem era aquele? ....

O Homem de fato e gravata saiu do avião e indicou-lhes o caminho para sairem, mesmo que a porta estivesse mesmo ali á frente deles.

Era sinceramente duloroso lidar com a luz solar desta forma, tão de repente. Tanto Clark como Hayley tiveram de colocar a mão há frente dos olhos, para poderem ver algo á sua frente, porque senão, viam tudo, tudinho branco, desfocado.

Depois de piscar um pouco os olhos para se ambientar á luz, Hayley observa com atenção para a frente. Uma colossal e imponente montanha opoem-se na sua vista. Nela, está construído uma casa enorme que mais parece um castelo. Até tem torres. Mas apesar de estar rodeado de uma paisagem muito bonita, com farta vegetação e várias espécies de pássaros, o próprio Castelo era deprimente e tinha aspeto rude.

"Têm um ambiente um pouco acizentado, comparando a tudo o resto desta ilha" -Pensa Hayley- " WOW! Ilha?! Então.. Nós estamos numa ilha?" (Pensa ela depois, voltando um pouco a si). Hayley já tinha visto que estavam rodeados por mar, mas não ligou antes. Olhou em volta, para confirmar. "Sim, estamos numa ilha, no meio do oceano, perdidos algures pelo planisfério."

Por trás do avião, vêm dois homens, cada um com uma caçadeira na mão. Um deles cerra a sobrancelhas e "rosna" para Clark. Era o tal homem que espetou a Clark uma faca no braço e fez com que Hayley ferisse os pulsos.

Ambos os homens começaram a andar em direção dos irmãos, a apontar as armas. Nenhum deles tinha intenção de disparar (se bem que o outro homem ainda guardava a raiva e o rancor de Clark) . Apenas os estavam a ameaçar para eles andarem em frente. E foi o que aconteceu.

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A caminho do Castelo , passa pela cabeça de Hayley, uma música que a sua tia lhe costumava cantar quando estava triste ou zangada. Ela dizia sempre que era a música preferida da sua irmã (a mãe de Hayley e Clark).

"Quando o meu mundo está a ruir,

Quando não há luz para quebrar as trevas,

É aí que eu olho para você"

"Quando as ondas inundam o chão

E eu não consigo mais encontrar o caminho para casa

É aí que eu, eu olho para você!"

Hayley sente dor no coração, um aperto na barriga, nós na cabeça. Sempre que Hayley se depara com uma situação triste, lembra-se desta música. Lembra-se dos momentos que, quando era criança a faziam chorar, como ter deixado cair o rebuçado. Agora, ela está perdida numa ilha desconhecida, com dois homens a apontar cada um uma arma que mata um elefante a ela e ao irmão.

Uma lágrima escorre-lhe pela face, mas limpou-a antes que o irmão a visse e ficasse preocupado.

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A imagem do castelo aproximava-se cada vez mais. Era agora. O coração batia com muita força. Era agora que iriam saber o porquê de estarem ali, isto é, se alguém lhes dissesse.

O coração de ambos estavam a palpitar de uma maneira incrível. Estavam agora, todos eles, em frente aos portões grandes e imponentes do Castelo. Eram feitos de madeira, mas reforçados a metal e decerteza que não tinham menos de 3 metros.

Um estrondo ecoou por toda a ilha, o que causou um aperto na barriga dos irmãos. De seguida, os portões rangem e começam a abrir. Com as portas entre-abertas, Clark espreita lá para dentro, mas não serviu de nada. Os homens enfiaram-lhes de novo um saco na cabeça, mas desta vez, era preto e não havia químicos para os fazer desfalecer.

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Hayley e Clark são empurrados contra uma parede, depois, tiram-lhes os sacos da cabeça. Na frente deles, estavam um monte de pessoas, de camisola preta de manga curta, justa, e calças de fato de treino pretas também um pouco justas.
Todos pareciam espantados, mas de certa forma, todos se riam. Gozavam com eles.

A separar a "multidão" de Hayley e Clark estava apenas uma parede de vidro. Os irmãos pareciam assustados, mas a situação piorou quando um dos homem carregou num botão qualquer, que fez com que a parede de vidro levantasse.

Estavam agora todos na mesma sala. Através de uma coluna, presa entre a parede e o teto, sai um som. Uma voz.

–Avancem! -Diz a voz, de modo monótono-

As várias pessoas que atravessam no seu caminho desviam-se, criando um caminho direito a uma sala. Clark e Hayley levantam-se e olham em volta. Começam a andar, assustados em frente. Quem eram aquelas pessoas?
Depois de estarem completamente na outra sala, uma miúda avança para junto deles. Era Ruiva e tinha olhos verdes. Era sensivelmente da altura de Hayley e tinha a mesma idade que ela.

–Olha... Parece que temos dois novatos. E um deles é bem giro! -Diz ela, enrolando a ponta de uma tira de cabelo- Eu sou a Kira. Kira Sutherland. E vocês são...?

–Olá.... Sou..... A Hayley... -Responde Hayley, assustada- E este... é o Clark.... O meu irmão.... Que lugar é este?

Kira dá uma gargalhada de gozo. –Se ainda não descobriram por vocês próprios, não poderei dizer. Lamento!

Ambos os irmãos olham de novo em volta. Embora a rapariga até tenha sido simpática (até de mais, com Clark), o pânico já se começava a alastrar. Hayley estava a tremer. "Onde estamos? O que é isto? Quero ir para casa!"

Baixinho, quase a sussurrar, Hayley começa a cantar a sua musica.

"Quando o meu mundo está a ruir
Quando não há luz para quebrar.....
As trevas.. É aí...
Que eu.. E-eu olho...."

O seu corpo não a deixava continuar. Tremia de tal forma.....

Uma das miúdas ouviu-a, e fez um riso trocista semelhante ao da Kira, mas agora até acrescentou um insulto.

–Pff.. Não estás a melhorar a tua situação, novata. Mal chegas e já estas a mostrar medo? Ainda por cima a cantar uma musiquinha de bebés!

Hayley arregalou os olhos quando a miúda disse aquilo. A voz dela ecoava na sua cabeça. "musiquinha de bébes" "bebés" "bebés...."
Hayley semi-serrou os olhos, olhando para a tal miúda.

–Desculpa lá, mas quem é que tu achas que és para me falar assim?

–Assim como? Ah, não tenho culpa que pareças uma miúda de 5 anos a cantar canções de embalar!

.....

Aquela canção era a melhor e mais plausível memória que Hayley tinha. Não era nada infantil!

Era mais normal Hayley dar-lhe uma simples chapada, mas já tinha alguma raiva acomulada, tanto dos insultos como do rapto, portanto cerrou o punho e espetou-o na cara da miúda, que virou a cara mal Hayley lhe esmurrou. Agarrou-lhe no cabelo e deu-lhe um pontapé nas costas, o que a fez cair no chão. Depois, mais uma vez agarrou no cabelo dela e disse:

–Afinal não sou assim muito infantil, pois não? Ah, e só para que saibas, esse cabelo negro com pontas azuis precisa de ser lavado. Está oleoso.


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Notas finais do capítulo

A musica não me pertence.
— When i Look at You - pareceu-me a musica apropriada x)



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