Sweet Blood escrita por Pikenna


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Minha fanfic é original, recuso imitações, qualquer cópia é considerado plágio e pode levar a prisão. u.u Portanto, não copie, crie. Vc tem criatividade para isso colega. ;D O tema é vícios e eu usei três itens, sangue, psicopatia e drogas ilícitas. É escrita em um ponto de vista de um personagem secundário. E usei somente uma frase que é "Procura a satisfação de veres morrer os teus vícios antes de ti." (Sêneca). A fanfic tem ao todo 1927 palavras. Ah e não, não revisei minha fanfic porque não tive tempo, aliás, eu fiz a fanfic em 10 dias, sem brincadeira. e_e Mas, espero que gostem. Eu fiz a fanfic porque achei o tema interessante. ;D Que o melhor vença!



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Sweet Blood

Por Pikenna

One-shot


Você se lembra do seu encontro com aquela mulher sedutora e amante dos prazeres carnais?


Tudo aconteceu em uma noite calma de Halloween, em que as crianças – almas puras, mas corrompidas pela sociedade – saiam fantasiadas pelas ruas batendo de casa em casa pedindo por doces. Você odiava tanto aquele festival, pois de acordo com suas concepções tratava-se de uma adoração às bruxas, o que era considerado um ato de heresia. Peter, Peter, Peter. A hipocrisia é o mau da humanidade e é o que rege toda uma sociedade elitista, estratificada e indiretamente, imutável. Pobre raramente se torna rico, é um fato inegável e você sabia disso, Peter.

Creio que nunca conseguirei compreender sua espécie, são criaturas estranhas, abomináveis e cruéis. E é claro que você se encaixava nesse grupo, Parker. Você foi até o subúrbio da cidade, mais especificamente na casa de Cassandra Collins, uma garota de programa, com a intenção de lhe fazer uma rápida visita. E esse foi seu primeiro erro cometido nesta maravilhosa noite de lua nova. Você adentrou na casa daquela mulher, a qual julgava ser profana, sem ser convidado. Um completo insolente! Peter, o Halloween costuma ser tão calmo e sereno para mim, mas foi por seus atos impensados que eu fui compelida a sair de minha paz e descanso para cumprir com meu dever. Se soubesse o tamanho da minha raiva, não teria feito nada daquilo, porém você agiu por impulso, certo? Seguiu suas crenças, não o culpo, afinal, é uma fraqueza da natureza de seus semelhantes.

E, sem qualquer pudor, você se jogou no sofá de Cassandra e se enfartou, de propósito, com a comida que estava guardada dentro da geladeira. Era perceptível em seus atos idiotas que você queria provocar a dona do casebre. E assim que a viu, quando ela mostrou o rosto após se apresentar na minúscula sala de estar, você desejou possuir aquele corpo repleto de curvas para si. Agora reflita sobre o que eu disse anteriormente acerca da hipocrisia ser o mau da humanidade. Oras Peter, você sabe perfeitamente do que estou falando. Considerava um ato de heresia o dia das bruxas e afirmava com convicção que o trabalho da mulher era sujo e profano. Na sua mente, você achava que ela merecia ser punida, não era? Peter, você não passa de um ser humano qualquer, igual a Cassandra. Contudo, não era dessa forma que você enxergava o mundo, o que te fazia um completo cego. Então, ao olhar para a prostituta que também o fitava, você abriu um sorriso cínico nos lábios, enquanto tragava seu cigarro com uma calma excessiva, o que demonstrava sua arrogância. Você pensou que sairia vitorioso. E esse foi seu segundo erro nesta belíssima noite sem luar. Julgar os outros pela aparência é uma burrice sem tamanho e você deveria ter conhecimento disso. Afinal,quem vê cara, não vê coração.

Cassandra não passava de uma mulher da vida aos seus olhos. Uma serva do demônio que se deleitava com o prazer carnal, totalmente viciada em sexo. Entretanto, não se esqueça de que você também é, ou melhor, era um viciado. Havia maconha naquele cigarro que você tragou, pelo cheiro se percebia. E ademais, você mesmo contou para a mulher encostada no batente da porta que aquela droga ilícita o preenchia de êxtase. E riu de sua confissão, um sorriso repleto de malícia e maldade. Ela viu que nos seus olhos havia um brilho estranho, porém Cassandra não correu ou tentou se proteger contra você, como esperava. E isso o irritou tanto que você crispou os lábios, apagando o cigarro no sofá, onde seu corpo estava esparramado de forma displicente. Um folgado! Isso fez com que a Collins risse de você, o que o deixou mais furioso ainda. Ela apenas o provocou, se vingando pela sua audácia de invadir a casa dela sem permissão e se aproveitar da estadia proibida.

Logo, você percebeu que ela era diferente das outras vítimas. Então por que não desistiu daquela ideia insana de puni-la? Devia ter deixado isso para a justiça dos homens. Contudo, você não podia, porque também tinha contas para prestar, era um estuprador de prostitutas. Se fosse pego, se cogitasse a possibilidade de ir até a polícia, você se auto entregaria e seria preso. E não era o que desejava, certo Peter? Porque sabia que o linchariam na prisão. Estupradores são seres abomináveis dentro da cadeia e você não compreendia o porquê. É um crime hediondo e um dos maiores pecados. Agora me diga Peter, quem é o herege? Cassandra até pode ser, mas você nunca foi e nunca será um inocente.

Então, repleto de cólera dentro de si, cego pelos seus vícios mundanos, você novamente se entregou aos seus impulsos. Peter, nunca lhe ensinaram que é melhor pensar duas vezes antes de agir? E seu terceiro erro nesta sublime noite de Halloween foi se permitir colocar uma venda escura em seus olhos, confiando cegamente em seus instintos. Você se levantou do sofá e com um sorriso diabólico nos lábios repuxados para o canto direito da boca, você caminhou em direção a Cassandra e ela não moveu um músculo. Esta atitude o deixou perturbado, mais que o normal, lhe causando estranhas sensações dentro de si. Uma corrente elétrica parecia passar por dentro de seu corpo que o levou ao ápice do êxtase e você sentiu como se tivesse recebido adrenalina na veia, a emoção de se divertir com aquela vítima pulsou em seu interior e foi bombardeada para todos os lugares possíveis e impossíveis, alcançando o topo, seu cérebro.

Você deu o bote, semelhante a uma cobra quando ameaçada, tentando capturar sua presa. Mas a mulher continuou imóvel, estoica em seu lugar, encostada no batente da porta. Você segurou o rosto dela, compelindo-a a fitar seus olhos negros foscos. Ela abriu um sorriso de canto e com um chute certeiro, ela acertou o lugar mais sensível de seu corpo, fazendo-o cair no chão de dor. Cassandra não pensou duas vezes em nocautear-te novamente, acertando um soco em seu queixo. E você, Peter, caiu no chão de costas, a dor estampada em seu semblante de descrença. Pois é Parker, seu orgulho havia sido ferido, afinal, uma mulher quem te venceu. Não esperava por isso não é? Julgou sua vítima pela aparência, achando que ela seria fraca, frágil e uma presa fácil como as demais. De todos os seus erros Peter, este foi o maior.

Cassandra o amarrou com as cordas que ela tinha em casa e você se perguntou que tipo de pessoa guardaria tal objeto em casa. A resposta para sua indagação não demoraria a chegar, era uma questão de paciência agora. Ela sorria da mesma forma que outrora você sorriu, diabolicamente. A garota de programa era quem comandava o jogo naquele momento. Você começou a dirigir palavras chulas e baixo calão para a mulher a sua frente, ofendendo-a. Não devia tê-lo feito, pois a deixou irritada com tamanha hipocrisia. A Collins disparou a questioná-lo sobre seus valores, não foi? E ela disse a você que ambos eram iguais, mas você não acreditou, voltando a ofendê-la. Peter, nunca o ensinaram que é melhor usar o bom senso quando não se está em condições de contestar o outro?

Naquela noite de Halloween, você conheceu a pior espécime de ser humano, os psicopatas – grupo do qual você fazia parte Peter, não se esqueça. Cassandra revelou a você, sem nenhum constrangimento ou hesitação, que era uma assassina de homens, principalmente de seus clientes. Ela gargalhava do seu medo, Peter, ao passo que o rodeava cantarolando uma música em uma linguagem totalmente desconhecida para você. Isso o deixou apavorado e essa emoção se intensificou quando a mulher começou a contar-te sobre os vícios dela. Aquilo foi simplesmente aterrador para você. Tanto, que as palavras se prenderam na sua garganta, certo Peter?

Assim que Cassandra disparou para a cozinha, você procurou se soltar, porém, era tarde demais para salvar sua miserável vida. Você sabia que seria totalmente drenado, pois a Collins era viciada em sangue, um líquido de coloração avermelhada que a levava ao êxtase quando se banhava nele. Sim Peter, ela era uma psicopata, assim como você.Procura a satisfação de veres morrer os teus vícios antes de ti.Se lembra desta frase Peter? Ah sim, você sabe do que estou falando. Sua irmã quem lhe disse isso uma vez e você não compreendeu. Ela queria que você se libertasse de seus vícios antes que eles o matassem. Melhor matar aquilo que no futuro irá levá-lo para o mundo dos não vivos. Quando ela lhe falou isso Parker, era melhor você ter perdido perdão aos céus, prometendo largar aquele vício do cigarro e de matar prostitutas, porque assim, talvez, os anjos ou o próprio ser superior que governa tudo lhe poupassem do seu fim que se encontrava bem próximo.

Enquanto a mulher cantava em alto e bom tom que iria matar mais uma ovelha de seu rebanho, desesperado, você começou a se mexer para lá e para cá, tentando arrastar seu corpo para bem longe, porém não obteve sucesso. Ela não demorou muito para voltar e logo que retornou, armada com duas facas, Cassandra disse a você que amava o Halloween – o contrário de você que o detestava – uma vez que tratava-se do único dia do ano em que todos usavam máscaras e não apenas ela. E com essa fala e um sorriso de diversão de tamanho desmedido, a Collins deu início ao ato de violência que arrancava gargalhadas doentias de dentro dela.

É óbvio que eu não aguentei presenciar tal cena hedionda, ainda que eu fosse um anjo da morte e já tivesse visto de tudo por este extenso mundo. Eu preferi ficar do lado de fora da casa, esperando que seus gritos de dor, os quais cortavam o vento daquela noite que tinha tudo para ser calma e não o foi, cessassem. E após horas e horas de martírio e sofrimento, você havia sido drenado por completo. É Peter, você havia morrido, mas somente de corpo, porque seu espírito pertencia ao meu mundo, os dos mortos. Sua raça é muito estranha e incompreensível para mim. Se eu fosse um ser humano, iria pensar duas vezes em meus atos antes de realizá-los para que dessa forma, eu pudesse preservar a minha vida por um longo tempo duradouro. Parker, é muito melhor viver em seu mundo que no meu, pois os horrores que vocês presenciam, apesar de todos os problemas que passam, são milhares de vezes menores e mais brandos com os quais eu convivo diariamente.

Eu retornei para dentro da casa de Cassandra a procura de seu espírito, contudo, você já tinha escapado, me dando mais dor de cabeça do que eu precisava. Seu último erro nesta linda noite de Halloween: uma tentativa imbecil de fuga. Ora Peter, você sabe que não pode se esconder, porque onde estiver eu vou te encontrar e no momento que isso acontecer, saiba que sua sentença é inevitável. Não haverá perdão jamais para você se não aparecer e posso te garantir que o inferno não está lotado, sempre cabe mais um herege naquele lugar quente e habitado por todos os tipos de criaturas malignas que puder imaginar. Eu tenho o conhecimento de toda sua história de vida, desde o dia que você nasceu até o dia em que morreu, que foi há dois minutos atrás. Acha que eu não saberei onde se escondeu? Não vai aparecer, certo? Pois bem, brincar de caçador e presa é divertido e você é mestre em ser a vítima, não é Peter?

Então, que comece a segunda parte da diversão noturna! E viva o Halloween!


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Notas finais do capítulo

Como viram, quem conta a história é a morte. Adoro fazer isso. *-* Eu sei que ta cheio de problemas o texto, mas dane-se. '-' E a frase sobre o Halloween é, eu peguei de um lugar ai. É de um anônimo. Espero que tenham gostado da fanfic, qualquer comentário é bem vindo, menos os destrutivos. ;D E putz man, falo pra carai. D: Que isso!



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