O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 38
Capítulo 12 - O Senhor de Gondor




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Sauron caminhava lentamente e manco até mim, mas por suas costas, Brake, o meio-orc louco surgiu e tentou acertar Sauron rapidamente com sua espada, mas ele desviou e a espada o acertou em sua barriga de raspão. Quando Sauron se virou, Brake tentou atacá-lo novamente, mas Sauron segurou sua espada com as mãos, e a destruiu como se não fosse nada. E assim cravou a espada negra no meio do peito de Brake. Matando assim o último entre os meio-orcs.

Brake não havia matado Sauron como queria para vingar a morte de sua amada. Mas se não fosse por sua ajuda, talvez tivéssemos perdido a luta contra Kazurk. E graças a esse ato, Sauron estava mais lento.

Sauron novamente tentou aproximar-se de mim, mas Hildwyn tentou impedi-lo com uma flecha, porém ele novamente liberou a mesma fumaça de antes, envolvendo apenas eu e ele dentro de uma cúpula negra.

Agora era apenas eu e Sauron, dentro da escuridão que nos envolvia e me sufocava. Ele se aproximou de mim, que estava sentado ao chão encostado em uma pedra, eu mal conseguia ver aonde ele estava.

— Esse é o fim, menino de Gondor. – disse ele na escuridão.

Sauron se agachou em minha frente e apontou sua espada para mim, e nesse momento eu pensava:

— É esse o fim? A batalha foi perdida, e não somente Gondor e Rohan cairão, mas toda a Terra-Média está perdida. Perdoe-me Aratus, perdoe-me Karick, perdoe-me Hildwyn, perdoe-me meu pai. Eu não fui forte o suficiente para vencer a sombra. – Então nesse momento, lembrei-me de algo que estava comigo há muito tempo. A faca que Tuandil havia me dado quando ainda era pequeno, que eu havia segurando com tanta força antes de ser jogado na cachoeira.

Levei minha mão até a cintura, e retirei a faca da bainha. Nesse momento, Sauron me atacou, mas eu desviei meu peito ante que a espada me acertasse, e ela atravessou meu ombro, fincando na rocha que estava atrás de mim. E assim com a mesma força que havia segurado essa faca antes, e com a força dada pela sede de vingança e justiça, cravei a faca no peito de Sauron, e no mesmo momento a fumaça negra que estava em nossa volta desapareceu; e todos conseguiram ver a faca no peito de Sauron, e eu a segurando.

O chão tremeu, e entre o céu negro raios de sol começaram a aparecer, assim fazendo com que os lobisomens voltassem a ser homens, os orcs caiam ao chão e desapareciam, sobrando apenas suas armaduras e ossos; pois a magia que haviam usado para trazê-los estava desfeita, e os Trolls viravam pedra novamente.

Estava feito, a batalha estava vencida. Do corpo de Sauron, uma grande sombra em forma de homem se levantou e tentou fugir, mas Olórin apareceu, e com apenas metade de seu cajado, liberou um raio de luz branco sob a sombra, fazendo-a desaparecer completamente de todos os mundos.

Todos gritavam pela vitória, e muitos choravam de felicidade. Logo os reféns de Minas Tirith foram libertados, e Lemlie estava entre eles.

Todos riam e festejavam, outros nem mesmo acreditavam que finalmente havia acabado. Hildwyn veio até mim e me abraçou, eu disse a ela que estava com dores no corpo todo, mas ela não ligou e apertou ainda mais.

Nesse momento, tudo que eu mais queria era Aratus e Karick ao nosso lado, para poderem ver que nosso povo estava livre, mas eu tinha certeza que eles também estavam comemorando junto conosco em algum lugar entre os mundos.

— “Se as trevas podem se levantar e trazer medo aos nosso povo, porque não a luz também não pode trazer a esperança?” – Foi o que Olórin disse para nós em nosso primeiro encontro.

A Cidade de Minas Tirith estava devastada pela guerra, os Ladrões e Bárbaros que ajudavam Sauron foram aprisionados e condenados. Os próximos dias foram de luto pelos mortos, Eremon foi enterrado entre os grandes de Gondor, e durante isso tentávamos consertar as casas e limpar Minas Tirith da sujeira da guerra e dos orcs.

Quando tudo estava pronto, eu me encontrava em um cenário que agora se tornava um pouco desagradável, mas ao mesmo tempo honroso. Olórin forjou uma nova coroa para o Rei de Gondor, uma coroa de prata, semelhante a que Aragorn, o Elessar, usava em seu reinado, e agora todos estavam no jardim de pedra, onde fica a Árvore Branca de Gondor, que incrivelmente sobreviveu à guerra, e que agora estava florescendo mais uma vez.

Olórin me coroou Rei de Gondor, e todos se curvaram, mas logo pedi que se levantassem. E para cima do altar, eu chamei aqueles que foram essenciais nessa guerra; chamei os anões Glorick e Grodrick, Tuandil e os Hobbits Paladim Tük e Tolman Gamgi, Hildwyn e Dyut, Lemlie e Barad, o rei de Rohan.

E para esses eu me curvei, e pedi para que todos fizessem o mesmo.

— Eu não teria chegado a lugar nenhum se não fosse por vocês. – eu disse a eles.

Então Olórin riu.

— Lembro-me de uma cena muito parecida com essa – disse ele, principalmente para Tolman e Paladim. – Porém foram para quatro Hobbits que todos se curvaram, há incontáveis anos atrás.

E assim após algumas semanas, todos voltaram para seus antigos lares. Os Hobbits foram para o Condado novamente, com a notícia de que o Rei de Gondor havia retornado, e assim a muralha que protegia o Condado foi derrubada; ordenei que nenhum homem pisasse no Condado sem ser convidado, como assim foi antes.

Tuandil se tornou o Senhor dos Guardiões, e assim foi com eles para a Floresta das Trevas, levar a mesma notícia para os povos de lá. Glorick e Grodrick nunca voltaram a se entender, e Glorick passou ser um Guardião e viver com Tuandil. Grodrick, Sangue Azul, como assim seu povo o chamava, voltou para as Ilhas do Norte, para levar a mesma notícia para o seu povo. E Lemlie o último elfo da Terra-Média foi com os anões, atitude inusitada, mas para ele isso fazia todo sentido, pois seu pai partiu para as Terras Sagradas com um anão¹, e ele estava indo para as "Terras Sagradas" dos anões com eles. E assim a magia dos elfos deixou totalmente a Terra-Média.

Olórin, também chamado de Gandalf ou Mithrandir, ou apenas "Mago Branco", simplesmente desapareceu, uns dizem tê-lo visto partir para o Oeste, e assim nunca mais foi visto na Terra-Média até os registros de hoje.

Gondor estava em paz, e depois de mais alguns dias chegou a hora de nós três, Barad, Hildwyn e eu nos separarmos, pois Barad também era rei e deveria retornar para Rohan.

O sol se colocava por trás das Montanhas Sombrias, a Cidade Branca ficava com um tom alaranjado durante o final da tarde. Au adorava ver o sol se por ao alto da torre.

— Chegou a hora de dizer adeus, meu irmão. – disse Barad.

— Sentirei falta de vocês. – disse a eles os abraçando.

Com muita dor eles partiram com os Rohirrim, mas logo nos veríamos novamente.

E assim termina essa história, a paz retornou para a Terra-Média, até que outra ventura aconteça. Finalmente termino esse livro, e como sou um personagem de minhas histórias, eu me coloco ao topo da torre branca, olhando para o horizonte enquanto sol se esconde atrás das montanhas e o vento toca meu rosto. Eu já disse que amo ver isso?


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Notas finais do capítulo

1 - Legolas, nos apêndices de O Retorno do Rei, levou consigo Gimli, filho de Glóin para Valinor, a Terra Sagrada dos elfos.